22.9.06

O Sol


O novo semanário português não vem acrescentar nada de novo à imprensa que se faz em Portugal. O jornal, do ponto de vista da organização das rubricas, é caótico. Política e Sociedade, Conversas na Prisão, Asfalto, Solidariedade, Estilo, Opinião, Desporto, vem tudo misturado. Se, com ventania, se deixar o jornal desfolhar no chão e depois se juntar tudo em ordem diferente quase não se dará pela diferença.

Na Opinião, que é o credibiliza qualquer jornal, não há verdadeiramente ninguém de peso. Nem mesmo o professor Marcelo que, como se sabe, quer estar sempre de bem com todos, com Deus e com o Diabo. Depois, não sei se será só nestas primeiras edições, o semanário dá importância a um conjunto interminável de irrelevâncias que ao fim de poucas semanas tornar-se-á num aborrecimento.

Positiva é a apresentação dos accionistas da publicação na revista Tabu. Têm rosto, negócios e, evidentemente, objectivos. A saber: José Paulo Fernandes, Joaquim Coimbra e Paulo Azevedo. Ainda que pareça bem, convém também desconfiar deste jogo de sinceridade.

Mau por mau, por mim vou me valendo do Público e do Expresso, mas só quando este trás DVD’s.

O grosso dos agentes educativos

Já deu para ver que mesmo antes de se propor uma qualquer medida em Educação os professores, por defeito, já estão contra. Como há muito os docentes estão “sequestrados” pelos sindicatos, não é possível, pelos menos na próxima década, andar-se um passo que seja para a frente.

No debate promovido esta semana pela RTP deu para ver isso mesmo. À excepção da ministra, que, com todos os seus defeitos, sabe ao menos como deverá funcionar um sistema educativo orientado para resultados (e não para vacuidades como formar bons cidadãos), a literacia dos restantes intervenientes foi de morrer.

O que aquele conjunto de pessoas diz, e que ainda por cima acredita mesmo no que diz, não nos levará a lugar nenhum. O seu entendimento do assunto educativo não ultrapassa a sociologia vulgar assente em pensamentos como “a escola é o reflexo da sociedade em que vivemos”. E daí não saem. E até fazem estudos, com amostras faraónicas, para chegar à conclusão de que os pais (60%) têm confiança nos professores portugueses. Está bem, e o que é que isso interessa?

Sem ser da boca da ministra, praticamente não se ouviu falar de testes, exames, mérito, ensino científico, exigência, competência. Tudo isto, para nosso grande mal, soa a estranho ao grosso dos agentes educativos.

Cortar as mãozinhas


Gostava, a sério que gostava, de ver os autores da “brincadeira” dos incêndios nas zonas altas do Funchal ficarem sem as mãos que atearam o fogo. E nisto o velho método árabe é preventivo:
– Meu amigo, com que mão pegaste fogo à floresta?
– Foi com esta.
– Então é mesmo essa que te vamos cortar. Zás.

Compromissos II

No telejornal da RTP de ontem, o colóquio, como jocosamente lhe chamou o ministro Silva Pereira, Compromisso Portugal, teve honras de elevado destaque. Como não podia deixar de ser, o Dr. Carrapatoso foi aos estúdios explicar as ideias profundas produzidas no Convento do Beato destacando-as como evidentes mais-valias para o nosso futuro. Ninguém explicou se ele (o futuro) seria mais ou menos negro, mas penso que isso será pormenor de somenos importância, uma vez que as ideias do bando são para discutir e não para praticar. O Dr. Carrapatoso candidamente identificou os problemas do costume como qualquer estudante do 12º ano: há problemas na justiça, na educação, no Estado, na qualificação dos portugueses, nas leis laborais, enfim, a ladainha de sempre que faz do nosso país um país adiado e com crescimento estagnado. Nada de novo aqui, portanto. Antes do Dr. Carrapatoso despejar a sua teoria económica, já o telejornal havia dado profundo destaque às palavras do Dr. Alexandre Relvas (um tipo género António Borges e que já foi carinhosamente baptizado de Mourinho pelo Dr. Cavaco em plena campanha eleitoral), um dos responsáveis pelo colóquio (como jocosamente lhe chamou o ministro Silva Pereira, convém não esquecer) e figura pelos vistos muito conceituada no meio empresarial. No meio dos lugares comuns da sua intervenção (género discurso do Eng. Sócrates na ONU), eis que o telejornal decide destacar uma das emblemáticas frases do discurso do Dr. Relvas: “Nenhuma empresa sobreviveria se fosse gerida como é gerido o Estado português”. A frase não é original, mas demonstra bem a vacuidade de certa gente e as razões pelas quais não são, nem podem ser, levadas a sério. O Dr. Relvas não percebe a diferença entre as funções do Estado e as funções das empresas. Confunde ambas e limita-as a uma simples questão de gestão. O Dr. Relvas não devia ser assim tão básico. Mas paciência. Azar o dele. Alguém que lhe explique as diferenças. Se houver paciência.

PS: também foram perguntar ao Dr. Mendes o que é que ele achava do colóquio (como jocosamente lhe chamou o ministro Silva Pereira, convém sempre relembrar). O Dr. Mendes, obviamente, louvou a iniciativa apelidando-a de “positiva”, realçando, contudo, que não concordava com muitos dos seus pontos de vista. Claro está, que o Dr. Mendes é contra o despedimento dos 200 mil funcionários do Estado. Como convinha confirmar. Não vá o diabo tecê-las.

Bom fim de semana



















Cezanne sous-bois Provençal

21.9.06

Compromissos

De vez em quando, um bando de gente ilustre lança-se à conquista da sociedade civil prometendo o paraíso na terra e a miraculosa cura para todos os nossos males. Temo bem que eles só se lembrem da maioria das pessoas nas épocas de crise em que os negócios não correm de feição e o crescimento económico fica aquém do desejado.

A nova edição do Compromisso Portugal (compromisso com quem e com quê?) é um belo exemplo do surrealismo económico que quer fazer de Portugal um país sério, de vanguarda e de topo, suponho eu que mundial. Claro que poucos sabem como é que o país na realidade funciona, pois o problema dos economistas portugueses não é não terem muitas vezes razão, como decerto muitos reconhecem: é não perceberem que a realidade desmente o sonho (ou a utopia se preferirem) que eles querem alcançar.

O Portugal que temos é um Portugal que não vive sem o Estado, sem a sua segurança e que se alicerça precisamente num certo imobilismo social e no respeitinho pelos costumes e pelas práticas instituídas. É interessante, aliás, analisar como os políticos portugueses contemporâneos mais amados, Cavaco e Guterres, foram os que mais seguiram esta estratégia, engordando à grande o Estado, atraindo os portugueses e transformando precaridades em garantias reais de segurança. Construiu-se assim, uma classe média que, mesmo ténue, decide eleições e tem algum poder de compra. Em troca, ela só exige do Estado a tal segurança, no seu sentido mais lato e abrangente – no emprego, na segurança social, na saúde, no ensino, por exemplo. Não estranhem, por isso, o Portugal do século XXI. Não se apaga da memória nem se mexe nas suas estruturas sem consequências sérias e graves, sem motins ou revoluções.

Quem não conhece a realidade, pouca legitimidade tem para os conselhos. E o problema do Compromisso acaba por ser precisamente esse: não consegue estabelecer qualquer conexão entre aquilo que propõe e a sua implementação; ou, para sermos mais claros, não consegue estabelecer nenhuma possibilidade de relação entre as teorias que defende e as práticas que são possíveis. Por isso, dizer que o Estado tem de despedir 200 mil funcionários em cinco anos, pode ser uma medida económica muito bonita e necessária e que eles, lá entre si, vão aplaudir em força enquanto não acordam do sonho e do delírio colectivo do encontro. Mas uma coisa é fechar uma fábrica e colocar algumas centenas no desemprego. Outra coisa, bem diferente, é mandar quase um quarto de milhão para casa por conta do Estado. Uma multidão em fúria não se controla.

20.9.06

Uma escolha

O problema de avançar com nomes nos jornais não é apenas uma questão de acerto ou não acerto, como alguns parecem acreditar. Muitas vezes, os nomes avançados servem ou para lançá-los numa corrida ou, pelo contrário, para queimá-los nessa mesma corrida. Os jornalistas são assim usados em nome de interesses dúbios, tornando-se, consequentemente, cúmplices das maroscas e da má-fé de alguns invejosos. Também haverá casos, em que os exercícios de adivinhação não passam de mau jornalismo sem qualquer base sólida com o intuito de fabricar uma grande notícia. Em ambos os casos, o resultado pode ser desastroso. Por um lado, pode promover-se quem não merece o que leva, por um outro lado e como resultado imediato, à não promoção de alguém muito mais competente. Isto acontece de cada vez que algum lugar importante fica vago, por exemplo, no Estado. Desta vez, e apesar do DN ter feito uma não-notícia, optou-se, e bem, por fechar rapidamente o processo para não dar azo a muitos exercícios especulativos. Mas é sempre bom estar atento a algumas manobras menos claras.

19.9.06

A verdade das Palavras

A VERDADE DAS IMAGENS não passa de um pseudo documentário.

Tem muitas fragilidades técnicas. Além disso, não consegue atingir os objectivos para os quais foi realizado, porque não é ficção, não é documentário. É uma produção “doméstica”.

Ainda por cima, sabe-se que, a encomenda, tem um objectivo. Mostrar que depois das obras; muralha, enrocamento ou o que lhe queiram chamar, existem condições para a prática do surf no Jardim do Mar.

Neste aspecto o filme falhou. Durante os cerca de 8 minutos de documentário, só foram filmados 8 planos que incluem: obra, surfistas e mar aberto com ondas. Para quem conhece de montagem, sabe que é fácil captar imagens num local de surf, algures no mundo, e inseri-las no trabalho que foi, supostamente, realizado na região. Não estou com isto a querer dizer que as imagens não são do Jardim do Mar. O contrário também não posso afirmar. O enquadramento dos planos não me dá essa garantia. O realizador optou por filmar planos demasiado fechados, o que se torna impossível identificar o local da acção. Uma outra possível “manipulação” é as imagens terem sido captadas antes da realização das obras. São dois, pormenores, tecnicamente executáveis, que deitam por terra o objectivo número um do “CONTRA-DOCUMENTÁRIO” como alguém já lhe chamou. Falta-me ver o outro. “A Jóia Perdida do Atlântico” para pronunciar-me sobre as polémicas imagens.

PS- "A Verdade das Imagens" é um documentário apresentado pela Secretaria do Equipamento Social e Transportes para contrariar a ideia "errada" de que as obras acabaram com o surf. Dizem que está na net. Procurei-o, mas não encontrei. Agradece-se o contributo de quem saiba para disponibilizá-lo aqui.

As noites de Budapeste (e da Europa Central)

Prólogo: Fecha os olhos e deixa-te conduzir.Estás em Budapeste. Inverno de 91. Ano 1 da queda do comunismo. É noite desde as 3 da tarde. O tempo está frio, gelado. Olhas à tua volta e vês uma cidade escura, de belos edifícios decrépitos, ruínas, fachadas enegrecidas pela poluição. Por todo o lado, filas de vendedores do mercado negro. As paredes estão repletas de cartazes, numa língua impossível, indecifrável. Tu sentes-te perdido. Mas eu conduzo-te. Segue-me.

Cá vou eu no meu Traby
De bar em bar a aviar
Sempre a abrir a noite toda
Sempre a rock & rollar

Charro aqui charro ali
Mais um vodka p'ra atestar
Corro Peste corro Buda
Sempre a rock & rollar

As noites de Budapeste
São noites de rock & roll

P'las caves da cidade
São só bandas a tocar
Pondo tudo em alvoroço
Tudo a rock & rollar

Mulheres lindas de morrer
Mini-saias a matar
Não tem fim o reboliço
Tudo a rock & rollar

As caves de Budapeste
São caves de rock & roll

Cá vou eu no meu Traby
De bar em bar a aviar
Sempre a abrir a noite toda
Sempre a rock & rollar

Charro aqui charro ali
Mais um vodka p'ra atestar
Sempre a abrir a noite toda
Sempre a rock & rollar'

As noites de Budapeste
São noites de rock & roll

Adolfo Luxúria Canibal - Mão Morta

O optimismo começa a desvanecer-se em Budapeste. O plano de austeridade aprovado pelo Governo Socialista de Ferenc Gyurcsany, tido como necessário, tem dificultado a subsistência de milhares de húngaros.

Ontem, vários movimentos de extrema direita organizaram uma manifestação para apelar à demissão do primeiro ministro, acusando-o de mentir. De manhã, acamparam à frente do Parlamento e da Sede de Governo. À noite, tentaram ocupar a sede de um canal de televisão, para ler um comunicado à população. A polícia entrou em acção. Mais de 100 carros foram incendiados. Mais de 150 pessoas ficaram feridas.

Segundo a agência Lusa, as manifestações tiveram origem na divulgação, pela rádio pública húngara, no último domingo, da gravação de um discurso à porta fechada feito pelo primeiro ministro aos deputados do partido socialista em Maio passado, no qual declarou que o governo só fez disparates e mentiu durante um ano e meio, para esconder o seu projecto de plano de austeridade, considerado doloroso embora necessário.

O Público ainda vai mais longe, escrevendo que Gyurksany referira, no mesmo momento, que a Hungria só não estaria em recessão "graças à divina providência, à abundância de dinheiro na economia mundial e a centenas de truques".

Segundo o mesmo jornal, o gabinete do primeiro-ministro já reconheceu a veracidade dos excertos publicados, mas minimizou os apelos para a demissão do Governo. Em duas entrevistas à televisão estatal, Gyurcsany tentou centrar a discussão nos erros cometidos pela elite do país desde a queda do comunista, afirmando ser urgente reformar o sistema político.

O certo é que, mais do que a adesão às manifestações de ontem na Hungria, o crescimento gradual da extrema direita no país e em toda a Europa Central deve ser motivo de reflexão.

Na terra dos magiares, a "mentira" de Gyurcsany foi a "gota de água que fez transbordar o copo", dando aos movimentos mais radicais de direita um pretexto para mostrar aquilo que valem.

E se por enquanto ainda não valem mais do que uns milhares de manifestantes, poderão, com acções do género, cativar muitos mais. E não são necessárias grandes doses de criatividade. "Basta" que o desemprego suba, que a insegurança aumente, que o nível de vida oscile. E que o discurso seja suficientemente demagógico para cativar jovens desenraizados sem passado e com pouco futuro.

Na Alemanha, ainda esta semana o Partido Nacional Democrata ultrapassou as barreira mítica dos 5% nas regionais realizadas no mais pobre dos estados alemães, Mecklenburg-Pomerânia, conseguindo representação parlamentar.

Recentemente, um relatório da Central de Protecção da Constituição Alemã, a que o jornal francês Le Monde teve acesso, dava conta de que no país de Angela Merkel existam mais de 9.000 skinheads, sendo que os actos de violência atribuídos aos extremistas cresceram 5,4% em apenas um ano. A esmagadora maioria dos "cabeças rapadas" vive nos territórios da antiga RDA.

Calculam-se existirem, na Alemanha, 49 organizações de extrema direira, sendo a maior o Partido Nacional Democrata, que afirma ter por missão "politizar os skinheads". E se melhor o diz, melhor o faz, colocando espaços seus à sua disposição de grupos de skin, convidando-os para organizar espectáculos e organizando os esquemas de transporte até os locais das manifestações. Em troca os skin só têm de divulgar os eventos.

Face ao cenário, o Governo Federal da Alemanha, pela voz da Ministra da Familía, Ursula von der Leyen, anunciou já um investimento de 19 milhões de euros, em 2007, com o objectivo de reforçar a diversidade e a tolerância e democracia.

Se na Hungria e na Alemanha a situação é mais visível, a verdade é que os movimentos de extrema direita grassam em toda a Europa central, ganhando força na mesma proporção em que o desemprego aumenta, os preços sobem e os salários reais se desvalorizam.

São noticiados, frequentemente, ataques contra extrangeiros em Moscovo e em diversas cidades da Federação Russa (calcula-se que existam 50.000 skinheads nas repúblicas), na Ucrânia, na Bielorussia, na Roménia, entre outros estados da Região.

Até na Turquia, as Brigadas de Vingança Turca reenvindicaram, há uma semana, um atentando que matou 10 curdos.

Não me parece que a situação seja absolutamente dramática - não faço a figura patética que fazem alguns histéricos dirigentes do bloco e do PC em Portugal (também eles extremistas), que às vezes parecem estar rodeados de fascistas e neo-nazis prontos a tomar o poder - mas exige alguma reflexão. Porque pretextos aparecem sempre...

Where will you find him?

Um anúncio que usa a imagem de Jesus num copo de cerveja está a provocar discussão pública em Inglaterra. A campanha foi criada a pedido de um grupo de igrejas que pretendem incentivar os fiéis a ir à missa no Natal.

A imagem de Cristo aparece no vidro do copo juntamente com a frase "Where will you find him?".

As igrejas afirmam que querem chamar a atenção para o vazio espiritual do Natal e oferecer Jesus Cristo como alternativa.

Este não é o primeiro anúncio do grupo a gerar confusão, já que há alguns anos, um outro fazia referência a Jesus como líder revolucionário, lembrando Che Guevara.

Em 1999, a Igreja Católica Romana abandonou o grupo por não concordar com os métodos utilizados.

Where will you find him?

18.9.06

Propostas

A marcha pelo emprego do Bloco de Esquerda terminou em aparente apoteose. Aos jornais, uma tal de Helena Pinto, defendeu uma semana de quatro dias de trabalho, com redução imediata do número de horas semanais de 40 para 36. Ninguém, obviamente, se questionou sobre o impacto negativo e da consequente inexequibilidade destas propostas, que roçam o absurdo e a mais abjecta da demagogia. Tudo pormenores recorrentes em organizações deste calibre, apostadas essencialmente na aparência efémera das coisas. Mas confesso que nesta miscelânea, onde pontifica gente muito estranha, embora se diga “inteligente”, os artistas são de facto imaginativos.

Estejam mas é quietos!

O jogo de Andebol do Estádio de Alvalade mostrou porque razão são os próprios árbitros a recusar a profissionalização.

Recusam-na porque disfrutam de um estatuto de impunidade único, podendo cometer os erros que quiserem sem serem punidos.

Ficam assim livres para fazerem os favores que lhes são pedidos pelos "reis" do Pontapé na Bola. Em troca de "meninas" ou "meninos" - depende das preferências - nos quartos de hotel, de viagens, de relógios ou de outras coisas que tais.

No futebol existem coincidências no mínimo estranhas. Se não vejamos: Foi o presidente do Benfica (honra lhe seja feita) que ressuscitou o Apito Dourado.

Logo no primeiro jogo da época, no Estádio do Bessa, frente ao Boavista, calhou aos encarnados que o árbitro fosse um tal de João Ferreira, por sinal fortemente indiciado no processo.No Bessa, a arbitragem dessa personagem foi claramente tendenciosa, prejudicando o Benfica.

Curiosamente, uma semana depois o presidente do Sporting falou pela primeira vez sobre o Apito Dourado.

No fim de semana, chegou a Alvalade um tipo que não só deixou passar um golo com a mão, como não viu um penálti claro na área do Paços de Ferreira e como se enganou sistematicamente - ele e os assistentes - na marcação de foras de jogo. E para não destoar, ainda permitiu que os jogadores do Paços de Ferreira simulassem lesões, demorassem tempo excessivo na reposição de bola e fizessem inúmeras faltas sem que lhes fosse mostrados cartões amarelos. Sabem quem era o “rapazinho”? Pois, chamava-se João Ferreira e é mais conhecido por ser um dos "meninos do major".

A mim, parece-me que a Liga, com o que resta do seu poder, enviou um aviso claro às duas equipas de Lisboa: Estejam quietos, porque os João Ferreiras deste mundo podem cair-vos em cima!