13.8.08

Santa Teresa Benedita da Cruz: a Santa Judia ou a descoberta da Verdade em Jesus

No dia 9 de Agosto celebrou-se o dia de Santa Teresa Benedita da Cruz, co-padreira da Europa.
Poderia a data ter importância apenas litúrgica. Mas falo nisso porque Santa Teresa Benedita é-me cara, pelo seu martírio, mas especialmente pela vida que levou e a intensidade com que sofreu o apelo da sua vocação.
Nasceu judia de nome Edith Stein, em Breslau (então Alemanha, hoje Polónia), no final do séc. XIX. Apesar do apelo familiar para professar o judaísmo, desde a sua juventude (14 anos, mais concretamente) que se auto-intitulou ateia. Talvez por isso tenha seguido Filosofia, tornando-se discípula da Fenomenologia de Edmund Husserl (também mestre e amigo de Martin Heidegger e atraiçoado por este último), chegando mesmo a ser sua professora assistente na universidade.
Defendia, portanto, o ateísmo militante, ainda que reconhecesse que a fenomenologia husserliana permitia a verdade católica (estabelece mesmo, ou pretende estabelecer, uma ponte mística entre a filosofia e Deus, como um dia reconheceu Husserl).
Aos 30 anos lê a autobiografia de Santa Teresa de Ávila e fica maravilhada. Aos 31 anos é baptizada, contra a vontade da família. Aos 42 entra para as Carmelitas Descalças, tomando o nome de Santa Teresa Benedita da Cruz, em honra da sua devoção pela homónima de Ávila e por Jesus Cristo.
Em 1940 foge da perseguição nazi para a Holanda, mas é alvo de denúncia e é presa e levada para Auschwitz, continuando a envergar o hábito das carmelitas e onde tentava converter os judeus ao cristianismo (entendia ser essa a sua missão evangelizadora).
Morreu, gaseada, no dia 9 de Julho de 1942.
Ao longo da sua vida como cristã tentou conciliar a fenomenologia com a tradição filosófica da cristandade, mais concretamente de S. Tomás de Aquino, tendo produzido algumas obras como "Ser finito e Ser eterno", "A ciência da cruz" ou "Diálogo nocturno". Poderia ter sido uma filósofa brilhante (Max Scheller o reconhecia). Preferiu ser "noiva" de Jesus, entendendo que como religiosa prestava um melhor serviço à humanidade.
Por tudo isto, Santa Teresa Benedita da Cruz é uma das minhas mais dilectas Santas, até porque a minha devoção é também intelectual.

Anúncio de construção de uma nova linha? Não, são uns grandiosos 200 metros...

Caros amigos socialistas não corem: é verdade, o governo que vocês tanto veneram não se limita a inaugurar obra já feita (atitude que vós tanto criticam no governo regional). O governo do vosso contentamento ultrapassa quem querem imitar e inauguram o lançamento de uma obra de uns grandiosos 200 metros. É verdade, a senhora secretária de Estado dos Transportes, com toda a pompa e circunstância, chama a comunicação social para anunciar a assinatura de um contrato de construção. Prodigioso, não haja dúvida...