8.5.10

Alta velocidade pára em todas as estações e apeadeiros

Iremos construir cerca de 200 km de alta velocidade para um combóio que irá parar em todas as estações e apeadeiros. Não é só irresponsabilidade: é mesmo burrice!

PS - Faço uma declaração de interesses: para mim, é óptimo haver uma estação em Évora.

Para memória futura

Estou convencido que o governo terá de render-se à evidência e recuar relativamente ao TGV. O que obrigará nao Estado pagar indemnização ao consórcio. Veremos!

7.5.10

PCP irresponsável

O PCP foi absolutamente irresponsável na votação ao apoio à Grécia. Tem razão no argumento de que o Banco Central Europeu deveria emprestar directamente aos estados, mas isso não pode servir de desculpa para deixar cair a economia de um país nosso parceiro.
Ainda para mais quando temos certeza de que para a Grécia nem um tostão, mas para "democracias" como Cuba, Coreia do Norte e, até, para Venezuela, os comunistas lusos estarim dispostos a fazer o portugueses apertarem o cinto.
Com atitudes ignóbeis e imbecis deste calibre, venham, depois, queixar-se da irrelevância política em que estão a tornar-se.

6.5.10

Ricardo Rodrigues, o deputado que o Partido Socialista elegeu para paladino da Ética, é ladrão. Eu vi-o, na televisão, a roubar. Processe-me!

Repararam no jeito ligeiro com que Ricardo Rodrigues fanou os gravadores aos jornalistas? Tal a habilidade que, cá para mim, não é a primeira vez que o faz...
E perante as imagens do ladrão em pleno acto de furto, o que fazem os socialistas? Gritam que o senhor é vítima de perseguição.
Estamos conversados no que toca à seriedade desse partido (ou melhor, do que é o PS de Sócrates).

Mas eu acredito em Satanás

Todos nós conhecemos aquele ditado que nos ensina que a maior façanha de Satanás foi fazer-nos acreditar que ele não existe.
É, por vezes, isso que eu sinto quando oiço os representantes do capital (digo-o sem qualquer carga ideológica) e os seus lacaios (a carga ideológica cai toda aqui) papaguearem a saída para a crise.
Garantem-nos que a classe média e os pobres deste país têm de contribuir para recuperar as finanças públicas portuguesas. Chegam ao ponto de colocar questões, nas televisões, do tipo: “o que estaria disposto a prescindir para ajudar Portugal?”.
Reconheço que esta é meia verdade e que independentemente das culpas que possam ser atribuídas aos cretinos que têm constituído as elites dirigentes nacionais, vamos ter todos que contribuir para retirar o país do buraco para onde nos atulharam.
Mas, como disse, esta é só meia verdade. A outra meia, o que não nos dizem, é que esses representantes do capital não estão disponíveis para fazer qualquer esforço e que a fossa não foi cavada pelo Estado Social, mas pela ganância desses mesmos representantes. Quando vemos consórcios como a Taguspark, que tem lucros que não chegam aos 4 milhões, distribuir 750 mil Euros para um filme publicitário (e assumindo que foi legítimo, o que todos sabemos ser mentira); a manipulação que governos fazem de empresas como a PT; a colocação de boys, com ordenados milionários (querem poupar 40 milhões com os cortes nos subsídios de desemprego, mas estão dispostos a pagar milhões aos Ruis Pedros Soares deste país), em empresas públicas ou com interesses no Estado; os vencimentos indecorosos de banqueiros que se revelam nulidades ao nível de gestão; a corrupção que mina e domina a classe dirigente nacional; os milhões que são absolutamente desperdiçados para benefício pessoal de políticos, gestores, administradores e outros quejandos, perguntamo-nos, afinal, se é legítimo sermos chamados a pagar essa despesa de que outros foram os beneficiários.
E perante a pergunta, ouvimos as respostas sempre fantásticas: ah e tal que isso são peanuts; que é inveja; que o mérito deve ser pago. E o mérito dos outros, da população que lhes paga as mordomias? Esse não deve ser pago?
Atiram-nos, também, com a esfarrapada desculpa de que é preciso respeitar as instituições do Estado. Respeitar quem? Uma Assembleia que acolhe e protege deputados como Ricardo Rodrigues? Uma Justiça que ampara os corruptos deste país, que elimina provas, que faz desaparecer processos? Respeitar uma classe empresarial sem qualquer responsabilidade social, constituída por meia dúzia de gananciosos que acham que os milhões de portugueses existem par lhes fazer crescer os lucros? Respeitar um governo liderado por um por 1º ministro que está metido em tudo o que é caso de corrupção do país?
Não, desculpem lá, mas isso é cair na tal esparrela de Satanás. É fazer-nos acreditar que a crise é tão só motivada pela evolução natural das coisas. É fazer-nos acreditar, afinal, que este país não está na degeneração absoluta devido à podridão que infesta a classe dirigente portuguesa. E papo muita coisa. Mas isso, não estou disposto a papar!

5.5.10

Viver noutra dimensão

O “suprapartidário mas não neutro” Dr. Alegre apresentou finalmente a sua candidatura presidencial. Por terras açorianas, encheu um teatro e declarou-se às novas gerações aparentemente “desinteressadas da política”. O Dr. Alegre sabe ao que vem mas não sabe ao que vai. Depois de 35 anos de carreira o Dr. Alegre já devia ter crescido e percebido que o seu discurso é inócuo e pouco atractivo. Para velhos e para novos.

4.5.10

Os mercados

A propaganda pode ser nefasta e, ao mesmo tempo, gloriosa. De tanto se repetir o engodo ficamos todos convencidos que a culpa da nossa situação é dos mercados e dos especuladores selvagens à procura de nova vítima. Mas a sobrevivência do mais apto não cola e o discurso pode agradar algumas franjas radicais mas não me agrada a mim. E tudo porque o problema do nosso país continua a ser irremediavelmente estrutural.

A Igreja

A Igreja anda no centro do debate. Como costume, quando rebentam escândalos logo saltam os inimigos da Igreja com as acusações torpes. A táctica é recorrente e não deve admirar. Negar o que a Igreja representou e representa na construção das nossas sociedades, é cegueira sem remédio e sem solução. Quanto ao resto, basta algum respeito: nenhuma instituição sobrevive 2000 anos por obra do acaso. Tenham juízo.

Quase lá II

Na luta pela Europa, o Marítimo depende quase exclusivamente de si. Ganhar ao Guimarães, sem Nuno Assis, é o que se exige, até porque não consigo imaginar uma derrota do Braga no Estádio da Madeira. Numa época cheia de percalços, registe-se o feito de Van der Gaag. Sem ovos não se fazem omeletas, mas a nossa frigideira ainda está a aquecer no lume.

Quase lá

Parece-me haver um penalti claro sobre Maxi Pereira uma vez que Álvaro Pereira apesar de jogar a bola, toca primeiro na perna do defesa encarnado. Quanto ao resto, assinale-se a inabalável tendência de colocar o Benfica a jogar contra 10, mesmo quando é recorrente o uso da agressão, sempre impune, por parte dos seus atletas. O título não ficou decidido anteontem, mas pouco ou nada haverá a fazer.

vamos à bola (ao circo)

A RTP dá 20 milhões por jogos da bola... Ah grande negócio! Uma forma do PS compensar quem o ajuda. E não é a RTP certamente (e a chuva não bate assim). Basta ver a quem a televisão dita pública quer entregar os tais 20 milhões... Défice? Crise? Vamos mas é à bola (ao circo) que isso tudo passa!

Será uma tentativa de condicionar o mercado, inflacionando os preços?

(Bom, não sei onde vou buscar estas ideias! Logo agora, que a paz e a harmonia reinam e que anjos nos matraqueiam as cabeças com hinos de glória e de louvor, vou escrever estas coisas! Mas que querem, para mim, o Sócrates continua a ser um mau primeiro-ministro, com um percurso, no mínimo, questionável).