2.6.07

Comfortably Numb

Absolutamente intemporal!

Hoje, como ontem e como, com certeza, amanhã, emociono-me a ver/ouvir The Wall!

Um fotógrafo, um telemóvel e os EUA

A Robert Clark, um dos mais conhecidos fotógrafos da actualidade, foi proposto que viajasse pelos Estados Unidos da América, fotografando aquilo que bem entendesse. Com uma única condição: utilizar apenas a câmara de um telemóvel. Os resultados do trabalho podem ser vistos aqui. Vale a pena.

Humoral da história

Humoral da história by António.

1.6.07

O público e uma sandes de presunto

O pessoal do Público on-line deve tar doente. Não é que esta manhã, o destaque foi, durante horas, a Madeira? E não foi por ter morrido alguém, por ter havido uma catástrofre (verdadeira ou não, às vezes pouco importa), por alguém ter sido preso ou por alguma declaração de AJJ. Foi pela positiva, ou seja, por isto. Há dias assim... Estranhos. Deve ser da sandes de presunto... É isso...

Sandes de presunto e Internet sem fios

Se há uma coisa que me fascina é a Internet sem fios. E cá estou eu a postar, num centro comercial, com uma sandes de presunto ao lado, em plena hora de almoço... O mundo é mesmo estranho. Digo isto pela sandes de presunto, só isso...

A Cidade

Naquela que parece ser uma clara jogada de antecipação do Grupo Liberal - há muito tempo que se discutia a hipótese de viabilizar o Jornal da Madeira transformando-o em diário gratuito e aumentando a sua tiragem e circulação – foi ontem apresentado, no Funchal, o matutino “A Cidade”, com edição diária de segunda a sexta-feira.

Um projecto desta natureza só pode ser viabilizado sobre três eixos fundamentais e interligados: rigor jornalístico; agressividade comercial; bom sistema de distribuição

O rigor jornalístico é fundamental para qualquer órgão de comunicação que se preze. Mas num projecto de distribuição gratuita, absoluta novidade entre nós, é imprescindível não só ser rigoroso na abordagem das questões, mas também demonstrar esse rigor com força redobrada, já que os leitores tendem sempre a desconfiar daquilo que, utilizando uma figura popular, lhes “é dado”.

A imagem de “jornal sério” terá também de ser dada, claramente, aos potenciais anunciantes. Que numa primeira análise tenderão a desconfiar do projecto. Não pelo grupo que o sustenta ou pelas pessoas que o incorporam, mas sim por ser novo no panorama mediático regional. Agressividade comercial parece-me ser palavra-chave para o sucesso.

O terceiro eixo é tão importante como o primeiro que aqui referi: o sistema de distribuição terá de ser cuidadosamente pensado. Há que fazer chegar “A Cidade” aos leitores encontrando caminhos alternativos em relação aos canais tradicionais (tabacarias, quiosques, assinaturas, etc). Mas não chega. Porque esse trajecto do jornal até o leitor não pode desvalorizar o produto, um dos mais sérios riscos do projecto em questão. Há que incutir no público a ideia de que, apesar de gratuito, o jornal acrescenta qualquer coisa ao dia-a-dia. Voltamos ao rigor jornalístico. Mas não só. Porque uma apresentação cuidada (graficamente falando) de “A Cidade” e uma definição/identificação clara dos pontos de distribuição são também importantes.

Em resumo, sou daqueles que acreditam que o novo jornal pode chegar a bom porto. O grupo Liberal tem alguns anos de experiência acumulada nas áreas da comunicação social (Tribuna, Saber Madeira, Saber Açores, Fiesta) e da edição. Os seus títulos têm sobrevivido à queda do investimento no mercado publicitário e à crise generalizada, que também afasta leitores. É um bom indício. A redacção é dinâmica e, ao que tudo indica, será chefiada por um profissional jovem mas com trabalho feito – Juan Andrade. Mas é importante que sobreviva aos primeiros sobressaltos. Se isso acontecer, lá para o fim do ano ver-se-á que mudanças trouxe.

Aqui ficam os mais sinceros desejos de boa sorte.

31.5.07

Só pela TV

A partir de agora, só os veremos na TV. Já começo a ter saudades.

Aberto até de madrugada

E mais um blog de cá. Aberto até de madrugada.

Blog da Madeira

Um blog de que gosto muito. Já está nos links.

Patetas

E um galo de Barcelos, caro Jean Pierre, pode entrar?

Sempre achei a Bélgica um dos mais desinteressantes países da UE. Uma pequena pátria cinzenta, feia e limitada, cujo contributo para a história da humanidade foram os chocolates, Jacques Brel e alguma BD.

Daí que não estranhe a mais idiota medida de que há memória para, segundo os belgas, atenuar os problemas de segurança no estádio onde os pobres coitados receberão a selecção nacional portuguesa: proibir, terminantemente, a utilização de simbolos nacionais de Portugal em 3/4 do estádio (a excepção é a zona onde ficarão concentrados os adeptos que viajarem da lusa pátria).

Honestamente, não sei a que símbolos nacionais se referem os pobres belgas. Bandeiras são certamente. Mas e então o hino? Proibirão que se cante "A Portuguesa"? Que farão aos prevaricadores? E o Cavaco? Se quiser ir à bola, impedem-no de entrar? Ou atiram-no para a "confusão"?

Já agora, e como para os belgas os cachecóis e as camisolas da selecção também serão encarados como simbolos nacionais portugueses (só assim se entende a medida idiota), resta perguntar se um tuga munido de um vistoso galo de barcelos (insuflável, bem entendido) pode entrar no simpático estádio?

Não se deveria, simplesmente, apagar do mapa esta patética província franco-holandesa?

Uma longa..."estória"

Para começo de “estória”, convém confessar-me. Sou um verme. Um reles criminoso. Um devedor ao fisco. Um não cumpridor perante o estado português, esse modelo de lisura, transparência e seriedade. Como tal, não mereço mais do que aquilo que ontem me aconteceu e que hoje vos relatarei.

Devo às Finanças a exorbitante quantia de 113,12 euros. O prazo para pagamento terminava a meados de Maio. E eu, reles devedor, tencionava pagar até os 12 cêntimos que os senhores resolveram extorquir-me. Como tal, dirigi-me até à “minha” repartição. Corria o dia 18 de Maio do ano de Deus de 2007.

Ao chegar às atafulhadas instalações, informaram-me de que afinal não podia pagar nada. Porque o meu banco já tinha recebido uma cartita a penhorar-me a conta. Encolhi os ombros, fui ao Multibanco mais próximo e percebi que de facto os meus parcos trocos tinham passado para saldo contabilístico. Lá sobrevivi o resto do mês à conta de um generoso empréstimo dispensado por alguém de quem gosto muito. Na altura, confesso, apesar do aperto fiquei com a sensação de dever cumprido. Eu, este criminoso, espécie de Al Capone dos tempos modernos, atingira a redenção. Alvíssaras!

A minha vida continuou ao ritmo normal. Sem dinheiro para mandar o ceguinho João tocar o hino do Marítimo.

E todos os meus problemas, acreditava eu, estariam resolvidos a 30 de Maio. Mas, oh, vã ilusão! Ontem saltitei em direcção ao Multibanco, feliz como uma criança a olhar para um combate de wrestling. Mas o mundo é feito de surpresas. Continuava com a conta penhorada! E, pior do que isso, a simpática senhora dos Recursos Humanos cá da casa recebera uma cartita das Finanças a anunciar a intenção de me extorquir, no próximo ordenado, a quantia de 113,12 euros. Em resumo, para além de me terem bloqueado - “ad eternum”, pelos vistos - a conta com o objectivo de me surripar, os senhores das Finanças tencionavam calmamente levar-me parte do ordenado. Uma dívida cobrada a dobrar, pelos vistos!

Com os 5 euros que me restavam, certitos para apagar o parque de estacionamento, lá arranquei furiosamente em direcção à ”minha” repartição de Finanças. Parecia o Alonso numa pista de Fórmula 1. Se o Robocop me apanhava, lá ia a licença de condução p’ó galheiro!

Lá chegado, uma senhora funcionária sentou-me à sua frente. Sim, de facto tinha a conta bloqueada. Sim, de facto tencionavam surripar-me parte do ordenado, disse alegremente. Minha senhora, retorqui eu com a calma de um Ulisses amarrado ao mastro, eu quero pagar o que devo. Mas como hei de fazê-lo se vossas excelências não me deixam tocar na massa que está no banco? Olhe não sei, esgrimiu a senhora. Peça emprestado, venha cá pagar a dívida e depois desbloqueamos a conta, sentenciou, sem encontrar explicação para a carta enviada aos recursos humanos da minha empresa. Confesso que dei uma gargalhada tão grande que me doeram os rins. E lá me vim embora, aos soluços.

Na segunda etapa fui ao meu banco. Sábia instituição à qual a minha genética falta de vocação para papelada me mantém fiel. Sim senhor, disse-me um sábio funcionário de balcão. Tem a conta bloqueada. Mas vai ser melhor falar com o gerente, que o caso é “complexo”.

Complexo, pensei eu? Complexo? Complexas são as prelecções do Dr. José António Cardoso. Complexa é a gonorreia! Complexos são os discursos do Paulo Bento! Complexa é a sua santa mãezinha! Isso é que é complexo, pensei eu, mais furibundo do que um fundamentalista muçulmano a ver um vídeo da Madona! Complexo!

Sim, realmente tem a conta bloqueada, garantiu-me sabiamente o gerente. De facto, chegou uma “cartita” das Finanças, arengou…

Oiça, meu caro amigo, eu quero pagar. Eu desejo pagar. Eu anseio pagar. Eu suspiro por pagar. Um quero redimir-me. Livrar-me do fogo do Inferno. Mas como o farei se vossas excelências me bloquearam uma conta que tem, felizmente, mais massa do que os benditos cento-e-treze-euros-e-doze-cêntimos que devo? Vossa senhoria é capaz de explicar? Passo um cheque sem cobertura? Faço um biscate na construção e recebo a grana a pronto? Assalto uma velhinha? Roubo um banco? Este banco? Emigro para França? Junto-me ao “iscortimadeira”? Peço à porta da Sé? Perguntei, com a calma do Mike Tyson a arrancar orelhas. Com a classe de um pacóvio do Texas a lidar prisioneiros em Abu Ghraib.

Pois, realmente… Respondeu sabiamente o gerente.

Após quatro telefonemas, e quase por favor, lá me desbloquearam a conta. Tinham passado três horas após o início da aventura. Agora, tenho de voltar às Finanças a suplicar para que mandem outra “cartita” aos recursos humanos da empresa a desmentir a missiva de extorsão anterior. Tenho de lhes pedir que não me cobrem duas vezes. E orar a Deus e a Maomé para que o problema fique resolvido. Com sorte, ainda me pedem para levar lá a senhora dos recursos humanos. É como o outro: já lhe mostrei o rabo, já lhe trouxe a sanita, já lhe mostrei a merda, agora vende-me a porra do papel higiénico? Se faz favor…

Nani




O Nani já foi. Se é verdade que o MU pagou 25 milhões de euros pelo atleta, então foi um bom negócio para o Sporting. Embora eu, enquanto adepto, fique triste por ver mais um jovem leão partir para outras paragens. Que tudo lhe corra bem... Na memória ficarão as fintas prodigiosas, e os mortais, esses saltos fantásticos com que Nani celebra os golos. E o jogo das Antas. Se calhar, o mais bem conseguido do leão. O pobre do lateral do Porto que o diga...

30.5.07

O tribunal da minha consciência também falha

Sempre que voto, faço-o em consciência.

Tenho por hábito reflectir acerca das opções que me são colocadas. Debato comigo próprio as alternativas, num processo dedutivo interior, até chegar a uma conclusão. Por norma, a escolha nunca está em completa concordância com aquilo que sou, que quero e que penso. Pode-se mesmo dizer que é a escolha do mal menor. Mas ultrapassada esta fase, costumo defender a minha selecção, uma vez que as várias possibilidades colocadas foram submetidas ao tribunal da minha razão.

Porque não voto por razões clubísticas e porque o processo, em consciência, é rigoroso, não costumo arrepender-me das minhas opções de voto.

Mas ultimamente tenho questionado o meu voto nas eleições presidenciais. Sei que votei em Cavaco Silva conscientemente e crendo que ele seria a melhor opção, entre aquelas que me foram impostas pelos partidos e sociedade civil. Mas hoje, e depois de muito reflectir, arrenpendo-me amargamente do meu voto. Não tenho dons de prestidigitador: mas tenho quase certeza que melhor teria feito se tivesse votado em Manuel Alegre. Porque, a despeito do que então pensava, ele, na sua intervenção civil, tem feito mais pela defesa da democracia portuguesa do que Cavaco Silva como presidente.

DIRECTOR REGIONAL DO TURISMO


Finalmente a cara,
já que a notícia não é novidade…

29.5.07

Amanhã faço greve, mas vou trabalhar...

Parafraseando os "gatos", amanhã faço greve, mas vou trabalhar, faço greve, mas vou trabalhar...

Arrogância socialista inviabiliza eleição de vice

Digam lá o que quiserem, mas para mim a não eleição de Bernardo Martins é da única e inteira responsabilidade do PS-Madeira.
Como se os resultados das últimas eleições não tivessem demonstrado a falência da estratégia arrogante e parola adoptada durante a campanha, o PS-Madeira persistiu em não negociar com a restante oposição para viabilizar a eleição de um deputado da sua bancada parlamentar para a Vice-Presidência da Assembleia Legislativa Regional (ALR). Ora, é absolutamente patético que um partido que representa 16% do eleitorado exija eleger um Vice-Presidente sem negociar o seu nome com os restantes partidos da oposição, sabendo à partida que o PSD mais não faria do que garantir o número mínimo de votos para garantir a sua eleição, desde que todos os restantes deputados votassem favoravelmente.
Esta atitude do PS demonstra que a prepotência (a tal, de que acusa o PSD), a arrogância e a altivez absolutamente bacocas - características de quem ainda não sabe bem o que anda a fazer - ainda não abandonaram a Rua do Surdo.
Vejo também as acusações de oportunismo, que lançam a João Isidoro, com alguma perplexidade. Até podem ser verdadeiras, mas depois do "caso" que o opôs a Bernardo Martins bem como à Direcção do PS; depois do blog oficial e outros oficiosos terem reiteradamente injuriado João Isidoro - a tal piada do salsicha, repetidamente ouvida em surdina nos corredores da ALR, na última legislatura -, ainda estavam à espera que ele votasse favoravelmente o nome de Bernardo Martins, antes de qualquer negociação?
O PS-Madeira ainda não aprendeu que se quer ser líder da oposição tem de fazer política: tem de negociar, mesmo que seja com uma força política que elegeu apenas um deputado.
E por isso, sinceramente, a mim todo este espectáculo parece-me delicioso. Absurda e repugnantemente delicioso, reconheço.
E o PS-Madeira pode fazer lá as fitinhas que entender, mas apenas elegerá um Vice-Presidente quando negociá-lo com o MPT. Porque a vingança serve-se fria, pensará João Isidoro.

28.5.07

Preto de cabeleira loura...



A Pasta Medicinal Couto ressuscitou. Gostava de os ver voltar a utilizar as deliciosas assinaturas que marcavam a comunicação da marca. Como estas:


"A pasta que anda na boca de toda a gente”;


Palavras para quê… é um artista português!”


Só falta reaparecer o Restaurador Olex. Esse sim, dono do melhor spot de todos os tempos. Se não vejam. É genial...
"Um preto de cabeleira loura ou branco de carapinha não é natural. O que é natural e fica bem é cada um usar o cabelo com que nasceu!”.
Post-Scriptum: As imagens foram roubadas indecentemente aqui. Um espaço que merece a visita.

Primeira de muitas


A rapaziada ganhou com mérito. Foi a primeira final de muitos jovens leões. Que superaram a prova. A ser verdade que dali não sai ninguém, que venha só um ponta-de-lança. Porque esta equipa vai dar que falar. Ora se vai!

Vivó Sporting

Vivó Sporting... Oiçam, que vale a pena!

Analogikas Antagonikas



O Rod é um dos fotógrafos mais talentosos que conheço. E é um tipo porreiro. Por essas duas razões amanhã estarei na inauguração da exposição que promoverá na Mouraria. Já agora, deixo uma palavra de incentivo ao Ricardo pela aposta que tem feito nos jovens criadores de cá.

Legolândia



Apeteceu-me postar isto. Não tinha nada para escrever, é isso... Mas tá com piada.

Mais blogs da Madeira

Adicionei mais blogs da Madeira à lista. Alguns têm interesse. Digo eu...

Liberdade para a Estónia, mas pouco!

Ouvi hoje, no debate de eurodeputados transmitido pela 2, Miguel Portas acusar Tallin de provocar os russos, pelo facto do Parlamento da Estónia ter deliberado retirar todas as estátuas que celebravam a opressão soviética. De acordo com o eurodeputado eleito pelo BE, a atitude - legítima, diga-se de passagem - do Governo de Tallin, em querer eliminar todos os símbolos da potência invasora, é reprovável. Apesar dos russos terem invadido a Estónia em 1940; apesar de ter sido anexada e ocupada pela força; apesar da União Soviética ter sido uma das maiores e mais cruéis ditaduras que o mundo já conheceu; apesar de oligarquia que domina Moscovo reiteradamente se imiscuir nos assuntos internos da Estónia independente, não respeitando a sua auto-determinação.
Ora, não é este mesmo senhor que se opõe a criação de um museu de Salazar, por entender que representa um branqueamento do fascismo em Portugal? Quer dizer, em Portugal ele quer impedir que a minoria de portugueses que idolatram o parolo de Santa Comba Dão criem um museu em sua memória, mas não reconhece a legitimidade do povo estónio em querer eliminar os símbolos de uma potência invasora. Ou seja, ele não respeita o direito de livre expressão de uma minoria em Portugal, mas quer que o povo estónio tenha que gramar com símbolos que representam a opressão de que foi alvo.
É, este senhor deveria receber um prémio pela hipocrisia.

Lisbon Story 2


Fim da manhã de sábado. Lisboa arrasta-se. Cinzenta. A chuva miúda encera as calçadas, transformando-as em pistas escorregadias. Uma volta pelo Bairro, ainda com a música de Dave Matthews Band a ecoar nos tímpanos.

Voltar? Apetece escorregar. De pé, com os braços bem abertos para manter o equilibrio, tocando à vez as paredes de azulejos. E chegar enfim ao rio que se adivinha no fim da rua. Voltar?

Lisbon story 1




27.5.07

Um caso de polícia


Levantei-me e as nuvens continuam carregadas. Cor de chumbo. Nem parece Primavera.

Este tempo recorda-me o estado da política, da economia e da sociedade na Madeira. Apenas acrescentava-lhe o estado da justiça em Portugal.

O caso Madeleine Mccann colocou a nu a forma de agir das nossas polícias. Continuam a trabalhar à moda do século XIX, XVIII ou quem sabe XVI.? Viradas para dentro, para não ter que admitir, para cada uma delas. Parece-me que ainda não perceberam que a sociedade evoluiu. Que o mundo mudou. Não sei se é mais transparente, mas uma coisa é certa. Comunica mais.

Só tenho pena que tenham sido os ingleses a colocar o dedo na ferida. Como sabem, são presunçosos. Infelizmente, sinto que foi obrigado a vergar-me perante “Sua Majestade”.

Vamos aos factos. À moda portuguesa não existiam conferências de imprensa. Com o batalhão de jornalistas a especulação e o disse que, viu, supõe-se que aconteceu, seria o dia-a-dia da informação.

Numa sociedade mediatizada como a actual, até o Brasil dá cartas nesta matéria. Só o Portugal europeu, mas virado para o Atlântico, (USA e cultura anglo-saxónica) ainda não percebeu isso.

No meu país quando um cidadão roubado, um familiar de alguém se dirige à polícia para saber em que ponto está a investigação, a resposta é matemática: - ESTAMOS A INVESTIGAR!

Não há direito, a um mas; nem como, nem onde.
Nada! Caso a vítima insista ainda corre o risco de ser escorraçada. Em Portugal as polícias não dão justificações. São uma espécie intocável. Se dizem que estão a investigar, é que estão! Ponto final!

É também neste mesmo país que há investigações com 3 anos (caso Sofia de Câmara de Lobos), 9 anos (caso João Teles, também de Câmara de Lobos). São duas crianças madeirenses desaparecidas

Das outras investigações nem falo. A polícia chega ao cúmulo de dizer na cara dos familiares que só devem falar (com a polícia) quando tiverem provas. A isto chama-se demissão de funções e subversão, inaceitável, de quem deve investigar.

Será que vai existir um antes Madeleine Mccannn e um depois???????????

Pluralidade e senso comum

O Roberto Rodrigues, assumindo dotes de prestidigitação até agora desconhecidos, informa os seus leitores de que os "conspiradores" (para utilizar a sua terminologia) irão justificar os elogios feitos por Alberto João Jardim ao Ministro da Agricultura.

Caro Roberto, como já deve ter reparado, este é um blogue plural. Todos assinam com o seu nome verdadeiro - a exemplo de muitos outros blogs, incluíndo o seu - e os textos não traduzem uma opinião unânime, mas vinculam apenas os seus autores (o que acontece com este post, naturalmente). Por isso, cada um dos "conspiradores", porque em liberdade e em consciência pensam pelas suas próprias cabeças e não seguem os ditâmes de quem quer que seja, divergiriam na análise ao facto que enuncia no seu post. Ou não, porque em liberdade e em consciência, também é possível e desejável que se concorde com opiniões de outros. Acontece-me muitas vezes concordar com opiniões de pessoas que se situam noutros quadrantes politico-ideológicos.
Tudo isto para lhe dizer que aqui não há pensamento único hermético, ainda que nos possamos situar em horizontes ideológicos próximos.
Sobre esse alegado elogio, não faço comentários porque não os ouvi. Mas estranho que o Roberto encare a política dessa forma tão maniqueísta. Então, por se criticar um governo não se pode reconhecer os méritos de alguns ministros? Isto é uma questão de senso comum e não do politicamente correcto.