31.3.08

PS/Madeira ou o prenúncio da morte de uma quimera?

Por uma questão de decência, não vou elogiar as palavras de Jaime Gama.
Mas são bem demonstrativas do que vale o PS/Madeira para a estrutura nacional. Não passa de carne para canhão, quando dá jeito. Mas, não merecendo o meu aplauso, também não são declarações surpreendentes: o PS/Madeira tanto se tem vergado - conforme se viu na votação do último orçamento de Estado - , que neste momento vale o mesmo que nada (que, de resto, é o que vale eleitoralmente). Esta é uma situação que demonstra bem que o PS reconhece que os socialistas madeirenses não falam, porque não sabem nem nunca souberam, falar com os madeirenses e que, portanto, não têm qualquer importância no jogo político que se desenrola na Madeira. E, conforme já esclareceu André Escórcio, não tente o PS/Madeira justificar os elogios de Jaime Gama a Alberto João Jardim com a necessidade de manter um bom relacionamento institucional: porque as palavras não são institucionais e têm uma intencionalidade ainda não totalmente esclarecida, mas absolutamente inquestionável.
Estou, contudo, convencido, que apresentado o voto de protesto, o PS/Madeira tentará esquecer mais esta falta de solidariedade e completa descredibilização e voltará a cometer todos os erros do passado, vendendo a defesa da Madeira e dos madeirenses em favor de uma suposta superior estratégia nacional. E continuarão a ser subservientes a Lisboa, para mal dos seus pecados!