"Reúne sete ou oito sábios e tornar-se-ão outros tantos tolos, pois incapazes de chegar a acordo entre eles, discutem as coisas em vez de as fazerem" - António da Venafro
5.3.10
Paris no Brasil
No Brasil, Paris Hilton protagonizou este anúncio para a cerveja Devassa. Aparentemente, a publicidade não foi bem recebida e um tal de Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária classificou-a como demasiado “sexy”, proibindo, consequentemente, a sua difusão. Confesso-vos que já vi melhores argumentos para atacar Paris Hilton, uma verdadeira celebridade feita na internet através de vídeos ousados em poses ousadas e a fazer coisas ousadas. Foi por isso que, despertado pela curiosidade, andei à procura daquilo que não batia certo neste vídeo em que a senhora é alvo de uma série de voyeurs, enquanto se bamboleia deliciada com uma lata de cerveja.
Depois de uma apurada investigação, tenho de reconhecer que o CONAR, sigla (juro-vos que é verdade) do organismo brasileiro em causa, foi demasiado brando na sua própria avaliação. Na verdade, este anúncio não é demasiado sexy, nem demasiado ousado, sequer. Este anúncio é mesmo publicidade enganosa do pior que já vi, porque se repararmos bem, há ali, e bem visível, um vestido preto a mais.
Assobiar
Em Coimbra, a selecção realizou um jogo de preparação com a China, um adversário, dizem os entendidos, muito parecido com a Coreia do Norte. Mau grado a escolha sem grande sentido e baseada num critério geográfico balofo e ignorante, a selecção do Sr. Queirós acabou assobiada aparentemente por ter tido mais uma daquelas exibições de encher o olho. Claro está que os senhores dirigentes da federação não gostaram do tratamento aplicado e logo vieram condenar os assobios dos coimbrões mais atrevidos. Não sei em que mundo certas luminárias vivem. E não sei que mundo da bola é este em que não se pode assobiar gente adormecida e sem vontade de jogar à bola. Quem paga o espectáculo tem todo o direito de assobiar, apupar e até de atirar maçãs e laranjas contra gente que não respeita aqueles que vibram com a selecção e que pagam dinheiro do seu bolso para vê-la jogar.
Certa gente devia assim encarar as críticas responsavelmente e pedir desculpa pela má prestação e pela falta de empenho de uma meia dúzia que ganha aos milhares para vestir uma camisola. Não basta apresentar resultados desportivos e não basta, certamente, fazer-se passar por virgem ofendidam como se um coro de vaias fosse uma qualquer tragédia irremediável.
Se o Dr. Madaíl, líder incontestado da seita, fosse inteligente, certamente tiraria daqui uma enorme e valiosa lição, pois manda a verdade que se diga que o povo português, pelo menos, assobia de frente. Não faz como o Dr. Madaíl e a sua horda de patetas que assobiam para o lado.
Certa gente devia assim encarar as críticas responsavelmente e pedir desculpa pela má prestação e pela falta de empenho de uma meia dúzia que ganha aos milhares para vestir uma camisola. Não basta apresentar resultados desportivos e não basta, certamente, fazer-se passar por virgem ofendidam como se um coro de vaias fosse uma qualquer tragédia irremediável.
Se o Dr. Madaíl, líder incontestado da seita, fosse inteligente, certamente tiraria daqui uma enorme e valiosa lição, pois manda a verdade que se diga que o povo português, pelo menos, assobia de frente. Não faz como o Dr. Madaíl e a sua horda de patetas que assobiam para o lado.
2.3.10
Claro que é boy
Caro senhor, até os comunistas e os bloquistas sabem que o PSD, por norma, nomeia para cargos de Estado pessoas com CV relevante construído foram da política, enquanto que o PS nomeia, para os mesmos cargos, pessoas para que tenham CV relevante quando saírem de política. É assim desde o 25 de Abril e desafio-te a enunciares figuras de proa do PS que tenham demonstrado alguma coisa, antes de chegarem à coisa pública.
Não fumar
Ficamos hoje a saber, via telejornal, que Obama fez o seu primeiro check up médico desde que está na Casa Branca. Depois de uma bateria de testes variados, os médicos tranquilizaram o mundo dizendo que Obama está bem e recomenda-se, apenas com um ligeiro senão: precisa de deixar de fumar.
Registamos agradavelmente que Obama não sofre de diabetes, nem de nenhuma doença fulminante. O seu único problema de saúde prende-se, então, com o fumo que inala às escondidas, longe da vista dos filhos, e fora dos ambientes fechados. Ainda assim, o próprio Obama promete continuar a tentar deixar de fumar para que seja, julgamos nós, um pai exemplar, um cidadão sem vícios, um presidente candidamente puro.
Resta-nos esperar que a ansiedade natural provocada por nova tentativa não desvie as atenções dos problemas reais da América e do mundo que ela domina. E que, simultaneamente, o Presidente não se embrenhe em mais dramas e filmes desnecessários enquanto tenta encarecidamente abandonar o vício. Começar por cumprir algumas das promessas feitas pode ser um poderoso antídoto libertador da natural ansiedade. Não fará o mundo respirar melhor, mas com certeza fará o mundo respirar de alívio.
Registamos agradavelmente que Obama não sofre de diabetes, nem de nenhuma doença fulminante. O seu único problema de saúde prende-se, então, com o fumo que inala às escondidas, longe da vista dos filhos, e fora dos ambientes fechados. Ainda assim, o próprio Obama promete continuar a tentar deixar de fumar para que seja, julgamos nós, um pai exemplar, um cidadão sem vícios, um presidente candidamente puro.
Resta-nos esperar que a ansiedade natural provocada por nova tentativa não desvie as atenções dos problemas reais da América e do mundo que ela domina. E que, simultaneamente, o Presidente não se embrenhe em mais dramas e filmes desnecessários enquanto tenta encarecidamente abandonar o vício. Começar por cumprir algumas das promessas feitas pode ser um poderoso antídoto libertador da natural ansiedade. Não fará o mundo respirar melhor, mas com certeza fará o mundo respirar de alívio.
Não comer
Nas malhas públicas do adultério caiu Tiger Woods. O mundo saltou-lhe em cima e algumas ex-amantes, ávidas pela glória e dinheiro fáceis, também. Alguns livros no prelo prometem importantes revelações e há, inclusive, sugestões para um hard core com o desempenho de Tiger, com actrizes e acessórios reais e tudo.
Entretanto, o mesmo Woods perdeu alguns milhões em patrocínios vindos de marcas que não estão para vestir um adúltero ou para perfumar um tipo que não se aguenta sem meter o taco no buraco mais perto. Woods confessa-se, ainda, um viciado em sexo à procura de tratamento e garantiu que enquanto não se curar não voltará a jogar golfe.
Gostamos da reacção de Woods, na verdade um verdadeiro cavalheiro, que jamais revelou o nome das donzelas feridas, mantendo um elevado secretismo em torno de situações tidas como muito delicadas. Pena que algumas das meninas com quem Woods se envolveu não pensem do mesmo modo e se assemelhem, comportamentalmente, a prostitutas baratas que trocam a intimidade e a alma pelo vil metal, ao mesmo tempo que procuram deitar abaixo, literalmente, aquilo que antes, e efusivamente, gozavam.
Da nossa parte, apenas desejamos o rápido regresso do atleta à alta competição que domina. Afinal, o bom golfista é aquele que acerta no buraco. Ainda que no alheio.
Entretanto, o mesmo Woods perdeu alguns milhões em patrocínios vindos de marcas que não estão para vestir um adúltero ou para perfumar um tipo que não se aguenta sem meter o taco no buraco mais perto. Woods confessa-se, ainda, um viciado em sexo à procura de tratamento e garantiu que enquanto não se curar não voltará a jogar golfe.
Gostamos da reacção de Woods, na verdade um verdadeiro cavalheiro, que jamais revelou o nome das donzelas feridas, mantendo um elevado secretismo em torno de situações tidas como muito delicadas. Pena que algumas das meninas com quem Woods se envolveu não pensem do mesmo modo e se assemelhem, comportamentalmente, a prostitutas baratas que trocam a intimidade e a alma pelo vil metal, ao mesmo tempo que procuram deitar abaixo, literalmente, aquilo que antes, e efusivamente, gozavam.
Da nossa parte, apenas desejamos o rápido regresso do atleta à alta competição que domina. Afinal, o bom golfista é aquele que acerta no buraco. Ainda que no alheio.
When things explode
Uma canção brutal... Os senhores UNKLE encontraram-se com o sr. Ian Astbury (do you remember The Cult?) e fizeram isto... Há encontros explosivos, de facto.
Esquerdo e direito
O meu pé esquerdo
Em Alvalade, o Sporting deu um ar de sua graça e arredou os actuais campeões nacionais do título. Num jogo com um pressing verde e branco muito pouco habitual, mais intenso do que propriamente bem jogado, o Sporting marcou três golos de pé esquerdo, todos resultantes de maus alívios da defesa azul e branca, em momentos cruciais da partida: início do jogo, fim da primeira parte e início da segunda parte, deitando por terra qualquer veleidade portista. Quem é supersticioso fica a saber que no mundo do futebol nem sempre é mau entrar com o pé esquerdo.
O meu pé direito e o meu pé esquerdo
Em Matosinhos, o Benfica passeou no confronto contra a pior equipa do campeonato dos últimos anos. Começando com o pé direito de Eder Luis, terminou no inevitável pé esquerdo de Di Maria que, por três vezes, meteu a bola no saco. No mundo da bola, às vezes, começa-se com o direito e termina-se com o esquerdo, mantendo a mesma eficácia.
O meu pé direito
Com o pé direito começou o Marítimo, pelo inevitável Kléber, na sua visita à Naval 1º de Maio. Apanhado muito cedo na posição de vencedor, a equipa maritimista não foi suficientemente arguta para segurar um resultado importante na sua luta pela Liga Europa, cada vez mais uma miragem. Mesmo começando bem, é preciso notar que não há assim tantos milagres no extraordinário mundo da bola e que, às vezes, quem com o pé direito mata, com o pé direito morre. Neste caso preciso, morre pelo pé direito de Marinho.
Em Alvalade, o Sporting deu um ar de sua graça e arredou os actuais campeões nacionais do título. Num jogo com um pressing verde e branco muito pouco habitual, mais intenso do que propriamente bem jogado, o Sporting marcou três golos de pé esquerdo, todos resultantes de maus alívios da defesa azul e branca, em momentos cruciais da partida: início do jogo, fim da primeira parte e início da segunda parte, deitando por terra qualquer veleidade portista. Quem é supersticioso fica a saber que no mundo do futebol nem sempre é mau entrar com o pé esquerdo.
O meu pé direito e o meu pé esquerdo
Em Matosinhos, o Benfica passeou no confronto contra a pior equipa do campeonato dos últimos anos. Começando com o pé direito de Eder Luis, terminou no inevitável pé esquerdo de Di Maria que, por três vezes, meteu a bola no saco. No mundo da bola, às vezes, começa-se com o direito e termina-se com o esquerdo, mantendo a mesma eficácia.
O meu pé direito
Com o pé direito começou o Marítimo, pelo inevitável Kléber, na sua visita à Naval 1º de Maio. Apanhado muito cedo na posição de vencedor, a equipa maritimista não foi suficientemente arguta para segurar um resultado importante na sua luta pela Liga Europa, cada vez mais uma miragem. Mesmo começando bem, é preciso notar que não há assim tantos milagres no extraordinário mundo da bola e que, às vezes, quem com o pé direito mata, com o pé direito morre. Neste caso preciso, morre pelo pé direito de Marinho.
1.3.10
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