Mas, para já, o que em causa está, é colocarmo-nos de acordo em relação às questões de fundo e que são transversais à sociedade e a todos os partidos da oposição. Está em causa agitar consciências adormecidas por anos a fio de rotinas, de cada um para seu lado, de lutas individuais e inglórias, de colocar a sociedade a experimentar o novo, a sair da toca do medo, da crítica inconsequente, de um coma político induzido pela pressão, pela irracional gritaria do aparentemente mais forte. É isso que está em causa. Está em causa fazer acordar os milhares e milhares com direito a voto, que sofrem mas que não comparecem no dia das eleições.
A "Plataforma Democrática" constitui um acto de cultura, de liberdade e de respeito do Homem por si próprio. Um acto que, objectivamente, pretende dizer à sociedade, de lés-a-lés, dos pobres aos ricos, do sistema empresarial às instituições, sejam elas quais forem, de natureza social, cultural ou desportiva, que em defesa de todos nós madeirenses e porto-santenses, não podemos continuar com este jogo de cabra-cega que nos está a empurrar para o abismo fatal.
Se é um acto de cultura unirmo-nos contra a prepotência, contra a trafulhice, contra a mentira na política e na governação, contra a vigarice, contra o compadrio, sim senhor, estou disponível para apoiar uma coligação alargada a toda a oposição.
Mas não bastam palavras. São precisos actos que demonstrem a bondade destas ideias. Por isso, deixo aqui um repto aos mentores e apoiantes desta solução:
TENTE O DEPUTADO ELEITO PELO PS/MADEIRA UNIR TODA A OPOSIÇÃO NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA CONTRA O PODER SOCRÁTICO E APOIAREI SEM RESERVAS O MESMO PARA A MADEIRA
E agora, que dizem?
"Reúne sete ou oito sábios e tornar-se-ão outros tantos tolos, pois incapazes de chegar a acordo entre eles, discutem as coisas em vez de as fazerem" - António da Venafro
28.8.10
26.8.10
Imbecilidade
Tem sido uma reclamação recorrente de alguns leitores – como Record tem 850 mil. segundo o Bareme, isso não nos impressiona demasiado – o “pouco destaque” dado a um ou outro tema que, ocasionalmente, é matéria de primeiro plano na informação desportiva. Mas Record conduz-se exclusivamente por critérios editoriais e, entre eles, valoriza o que entende ser o interesse da maioria dos seus leitores. Compreendo que os adeptos do Sp. Braga e do futebol em geral gostassem de ver hoje toda a primeira página de Record a glorificar a fantástica jornada bracarense de Sevilha, mas nós entendemos que, para uma eliminatória de acesso à Champions, bastaria um grande destaque no alto da primeira página. E foi o que fizemos. Porque essa opção pertence aos jornalistas e à direção do jornal, e não aos leitores – muitos deles que viram apenas a capa nas bancas, na TV ou na edição gratuita online – que gritam mais alto ou insultam melhor. Record é um órgão de informação privado, não é um serviço público pago pelos contribuintes, pelo que o único direito que assiste aos reclamantes é… não comprarem o jornal. E se divulgo as mensagens acima (as únicas que recebi por esta via, aliás) é apenas para confirmar aos visitantes ocasionais aquilo que os nossos leitores já sabem: nada tememos, temos um rumo e mantê-lo-emos.
Esta é a imbecil justificação do Director do Record para a vergonhosa primeira página da edição de ontem desse jornal, monopolizada por um "candidato a reforço do Benfica". Eu vou seguir o conselho do Sr. e deixar de comprar o pasquim - peço desculpa, mas só posso classificar desta maneira um jornal que, em editorial, escreve aquilo que puderam ler - que dirige. Para quem se ufana de ter 850.000 leitores, um pobre comprador-duas-vezes-à-semana não deve fazer grande diferença!
Tenho pena de me ter inscrito na dita Liga Record, honestamente...
Esta é a imbecil justificação do Director do Record para a vergonhosa primeira página da edição de ontem desse jornal, monopolizada por um "candidato a reforço do Benfica". Eu vou seguir o conselho do Sr. e deixar de comprar o pasquim - peço desculpa, mas só posso classificar desta maneira um jornal que, em editorial, escreve aquilo que puderam ler - que dirige. Para quem se ufana de ter 850.000 leitores, um pobre comprador-duas-vezes-à-semana não deve fazer grande diferença!
Tenho pena de me ter inscrito na dita Liga Record, honestamente...
25.8.10
Javardos do desporto luso
O futebol que a selecção portuguesa pratica desde que Carlos Queiroz chegou à selecção é abominável. Mas não menos abominável é o que o secretário de Estado do Desporto (mas quem é o gajo e o que é que ele fez pelo Desporto em Portugal?), Madaíl e outros apaniguados pretendem fazer com o seleccionador.
Depois da aberração que foi o processo, deveria esta gente estar quieta e deixar a coisa morrer, para não dar mais nas vistas. Mas a filha-da-putice (estou a ofender a mãe de alguém?) é tão grande, que faz com que estes tipos mesquinhos, interesseiros e sem-vergonha se arroguem ao direito de continuar a perseguir Queiroz, apenas porque ele se atreveu a chamar os bois pelos nomes (sim, porque esta gente está-se a marimbar para a qualidade do futebol. Quer é tratar da barriguinha própria e a dos amiguinhos…)
E acho intolerável esta intromissão da política no movimento associativo e desportivo português. Como acho inqualificável que ninguém, neste país da treta, se insurja contra comportamentos como aqueles que Laurentino Dias tem vindo a assumir.
Depois da aberração que foi o processo, deveria esta gente estar quieta e deixar a coisa morrer, para não dar mais nas vistas. Mas a filha-da-putice (estou a ofender a mãe de alguém?) é tão grande, que faz com que estes tipos mesquinhos, interesseiros e sem-vergonha se arroguem ao direito de continuar a perseguir Queiroz, apenas porque ele se atreveu a chamar os bois pelos nomes (sim, porque esta gente está-se a marimbar para a qualidade do futebol. Quer é tratar da barriguinha própria e a dos amiguinhos…)
E acho intolerável esta intromissão da política no movimento associativo e desportivo português. Como acho inqualificável que ninguém, neste país da treta, se insurja contra comportamentos como aqueles que Laurentino Dias tem vindo a assumir.
Desempregados?
E no tal país em que Cunha e Silva se demitiria, em que Roberto Silva se demitiria, em que Miguel Albuquerque se demitiria, não haveria lugar para demissões de Laurentino Dias, de Augusto Santos Silva, José Sócrates?
Plataforma democrática: a quem interessa?
Jacinto Serrão já nos habituou a ideias estapafúrdias. A plataforma democrática é só mais uma. O que estranho, contudo, é que Miguel Fonseca, que é um tipo esclarecido e conhecedor da história política, embarque neste non-sense, que só faz sentido nalgumas mentes socialistas.
Admito que alguns apologistas desta solução acreditem que a unidade de toda a oposição pode enfraquecer o PSD. Parece-me, contudo, que teria o efeito contrário, pois dificilmente o eleitorado comunista entenderia uma coligação com os conservadores e liberais do CDS, ou estes aprovariam uma aliança com a ortodoxia do PCP, ou estes ainda com os senhores aristocratas do PND.
Acho mesmo que seria desmobilizadora, prejudicando eleitoralmente todas as forças políticas envolvidas.
Por outro lado, esta plataforma seria amorfa, sem qualquer definição ideológica, parecendo-me incapaz de criar um programa político coerente. Que compromissos poderiam ser estabelecidos entre o Bloco e o CDS? E qual seria a matriz ideológica desta aberração mutante? Direita? Esquerda? Centro?
Ora, do ponto de vista ideológico, parece-me que apenas o PS poderia ser beneficiado porque a haver um entendimento, teriam os partidos mais extremistas que fazer uma inversão ao Centro, aproximando os seus programas ao do PS. Isto seria matar a força motriz destes partidos, que se definem e diferenciam pela sua identidade ideológica e projectos políticos alternativos.
Mas se por um lado a proposta do PS é arrojada e até exótica, por outro é compreensível que venha desse partido, porque é o que mais teria a ganhar e o que menos teria a perder. Se o projecto não vingasse, pior não poderia ficar e teria mostrado ao eleitorado de toda a oposição que as diferenças entre os vários partidos são apenas nominais e não substanciais, catalisando o voto útil em posteriores eleições.
Se, por um qualquer capricho do destino, a plataforma conseguisse derrubar o PSD, a aritmética da vitória colocaria militantes socialistas em todos os lugares chave da administração, relegando para segundo plano os dirigentes dos outros partidos, com uma prática governativa socialista, diluindo qualquer esperança de diferenciação ideológica (qual seria a posição desta plataforma sobre o CINM, ou sobre as questões de costumes, ou sobre a governação de Sócrates, ou sobre candidatos presidenciais, ou sobre a Educação, a Saúde, etc.?)
Por isso, faz sentido que seja o PS a fazer a proposta. O que não faria qualquer sentido era que os restantes partidos a aceitassem, porque reduziria a política a um mero jogo de poder. E a ideia é estapafúrdia exactamente por isso: porque não se pode querer igual aquilo que é, por natureza, diferente.
Admito que alguns apologistas desta solução acreditem que a unidade de toda a oposição pode enfraquecer o PSD. Parece-me, contudo, que teria o efeito contrário, pois dificilmente o eleitorado comunista entenderia uma coligação com os conservadores e liberais do CDS, ou estes aprovariam uma aliança com a ortodoxia do PCP, ou estes ainda com os senhores aristocratas do PND.
Acho mesmo que seria desmobilizadora, prejudicando eleitoralmente todas as forças políticas envolvidas.
Por outro lado, esta plataforma seria amorfa, sem qualquer definição ideológica, parecendo-me incapaz de criar um programa político coerente. Que compromissos poderiam ser estabelecidos entre o Bloco e o CDS? E qual seria a matriz ideológica desta aberração mutante? Direita? Esquerda? Centro?
Ora, do ponto de vista ideológico, parece-me que apenas o PS poderia ser beneficiado porque a haver um entendimento, teriam os partidos mais extremistas que fazer uma inversão ao Centro, aproximando os seus programas ao do PS. Isto seria matar a força motriz destes partidos, que se definem e diferenciam pela sua identidade ideológica e projectos políticos alternativos.
Mas se por um lado a proposta do PS é arrojada e até exótica, por outro é compreensível que venha desse partido, porque é o que mais teria a ganhar e o que menos teria a perder. Se o projecto não vingasse, pior não poderia ficar e teria mostrado ao eleitorado de toda a oposição que as diferenças entre os vários partidos são apenas nominais e não substanciais, catalisando o voto útil em posteriores eleições.
Se, por um qualquer capricho do destino, a plataforma conseguisse derrubar o PSD, a aritmética da vitória colocaria militantes socialistas em todos os lugares chave da administração, relegando para segundo plano os dirigentes dos outros partidos, com uma prática governativa socialista, diluindo qualquer esperança de diferenciação ideológica (qual seria a posição desta plataforma sobre o CINM, ou sobre as questões de costumes, ou sobre a governação de Sócrates, ou sobre candidatos presidenciais, ou sobre a Educação, a Saúde, etc.?)
Por isso, faz sentido que seja o PS a fazer a proposta. O que não faria qualquer sentido era que os restantes partidos a aceitassem, porque reduziria a política a um mero jogo de poder. E a ideia é estapafúrdia exactamente por isso: porque não se pode querer igual aquilo que é, por natureza, diferente.
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