23.3.07

Perfect Sense

Perfect Sense, Part I

The monkey sat on a pile of stones
And he stared at the broken bone in his hand
And the strains Viennese quartet
Rang out across the land
The monkey looked up at the stars
And he thought to himself
Memory is a stranger
History is for fools
And he cleaned his hands
In a pool of holy writing
Turned his back on the garden
And set out for the nearest town
Hold on hold on soldier
When you add it all up
The tears and marrowbone
There's an ounce of gold
And an ounce of pride in each ledger
And the Germans killed the Jews
And the Jews killed the Arabs
And Arabs killed the hostages
And that is the news
And is it any wonder
That the monkey's confused
He said Mama MamaThe President's a foo
lWhy do I have to keep reading
These technical manuals
And the joint chiefs of staff
And the brokers on Wall Street said
Don't make us laugh
You're smart kid
Time is linear
Memory's a stranger
History's for fools
Man is a tool in the hands
Of the great God Almighty
And they gave him command
Of a nuclear submarine
And sent him back in search of
The Garden of Eden

Roger Waters

Confuso? Sim, senhor!

Não celebrei o Dia da Poesia, como não celebrei o 1º Dia de Primavera, como não celebrei o Dia da Árvore, como não celebrei o Dia do Sono, como não celebrei o Dia do Teatro Amador. Que se celebraram todos no dia 21 de Março...

Coisas de macho


Ando a ler uma coisa interessante, de Elisabeth Badinter: XY Identidade Masculina. Gosto especialmente da tónica colocada no facto da identidade masculina ser um processo muito mais traumatizante do que a criação da identidade feminina. Os homens são verdadeiros traumatizados, por isso todo o machismo posterior apenas repõe a igualdade questionada pela natureza. Gostei!
Roubada daqui.

Assim não!


Quem me conhece sabe que em política não me chegam os argumentos legais. Por isso, numa fase delicada como é uma demissão, acho que é contraproducente o presidente do Governo Regional fazer adjudicações milionárias. Pode ser legal, mas lá diz o ditado que “à mulher de César não basta ser séria, é preciso parecer”. E acho que AJJ é inteligente o suficiente e anda nisto há demasiado tempo para se deixar prender nestas pequenas armadilhas. Já existem demasiadas armas apontadas. É desnecessário oferecer mais aos nossos adversários.
Roubada daqui.

Critérios II

O Gonçalo questionou a pertinência do editorial do Público a justificar a oportunidade da reportagem sobre as habilitações (ou falta delas) do Primeiro-Ministro. É que o respeitinho é muito bonito. Parece que a pressão não existe apenas na Madeira. Basta ver que na mesma edição, há uma notícia sobre o debate na AR em que o Dr. Sócrates (temos de mudar o prefixo, uma vez que o homem não é engenheiro) surge como inapelável vencedor. Porquê pergunto eu? Apenas porque, qual virgem ofendida, repetiu muitas vezes: “eu não lhe admito”? São estas as “ideias” e “projectos” que os jornalistas do Público reconhecem ao Dr. Sócrates e que fazem dele sucessivo vencedor dos debates mensais? Enfim, critérios...
E por falar do Público, que pensar acerca do pequeno texto do “Sobe e Desce” (acho que a rubrica não se chama assim, mas enfim...) da última página da edição de hoje (dia 23 de Março) sobre a adjudicação de empreitadas por AJJ, no dia da sua demissão?! Um autêntico hino à imbecilidade, veiculada por um órgão de referência da comunicação social portuguesa.

Critérios


Percebo cada vez menos os critérios editoriais dos boletins noticiosos da televisão portuguesa. Porque raio 9 milhões de portugueses têm que papar com 10 minutos de entrevistas, directos e reportagens sobre a invasão marítima de um parque de campismo, durante 5 dias seguidos?

Sociedade equivocada


Que sociedade é esta em que se celebra a estupidez e existam pessoas que não se coíbam de desfilar toda a sua ignorância? Em nome de quê?
Roubada daqui.

22.3.07

A visitar

Há blogs de que gosto muito. Este. E também este. Na Madeira, a maioria (onde me incluo) escreve quase exclusivamente sobre política. Elas, pelo contrário, escrevem sobre outras coisas. Bem mais importantes, por sinal. Bem mais estimulantes.

Público

Percebo a notícia. Mas honestamente, não percebo o editorial. Para quê "pedir desculpa"? E justificar perante os leitores a pertinência uma investigação que é relevante (como o próprio editorial reconhece)? Para quê?


Por que decidimos fazer esta investigação

Há cerca de um mês que se avolumaram, na blogosfera, referências múltiplas, algumas delas entretanto reproduzidas em jornais ou citadas nas rádios, à forma como José Sócrates obtivera a sua licenciatura em Engenharia Civil.Para o PÚBLICO, o currículo académico de um político ou qualquer outra figura pública não é critério para o avaliar nem como pessoa, nem para saber se é ou não competente para exercer o cargo que ocupa. Grandes figuras políticas europeias - como Jacques Delors - não possuíam qualquer licenciatura. Na banca portuguesa, o presidente de um dos principais bancos privados e o vice-presidente doutro grande banco também não completaram a sua licenciatura. E, entre os seis membros da direcção do PÚBLICO, só um completou a licenciatura, e não é o director. Em contrapartida, para o PÚBLICO, é importante verificar se referências susceptíveis de colocar em dúvida a forma como o primeiro-ministro se licenciou merecem ser investigadas. Não para saber se merece ou não o título com que se apresenta, mas para verificar se agiu sempre de forma limpa, leal e legal. Era isso que os boatos que corriam um pouco por todo o lado punham em causa - e saber se um curso superior foi obtido ou não de forma limpa, clara e legal é fácil de provar. O resultado dessa investigação, assim como os passos dados pelo jornalista para recolher a informação aqui reunida, permite ao leitores ajuízarem sobre o que estava certo e o que estava errado no que se dizia à boca pequena, algo que só foi possível porque o próprio primeiro-ministro deu autorização para que consultássemos o seu processo individual na Universidade Independente. Desse processo apenas reproduzimos nestas páginas imagens das peças que considerámos mais relevantes, o que resultou da opção de não divulgar outros elementos do currículo escolar que não eram relevantes para esta investigação. Fizemo-lo por considerar que isso podia configurar uma intromissão na esfera privada de José Sócrates que nada acrescentava ao esclarecimento do que era relevante. Esta investigação permitiu já ao gabinete do primeiro-ministro corrigir um elemento do seu currículo que era disponibilizado no site oficial do Governo, o que em si mesmo é positivo.O PÚBLICO não dá à estampa boatos, mas não deve ignorar que eles existem e que a melhor forma de acabar com eles é confirmá-los ou infirmá-los. Foi isso que procurámos fazer, até ao limite do possível, com esta investigação.

O Dr. Fino

Entre muitas coisas sem qualquer importância e às quais ninguém liga pevide, o Dr. Fino diz que a vida parlamentar não o seduz. E que o parlamento da Madeira não dignifica a democracia porque é mau e constituído por más pessoas (que não são todas do PSD, presumo). Após as ilações, o Dr. Fino chega às conclusões: não lhe apetece voltar à Assembleia, 11 anos após ter saido sem deixadar saudades ou trabalho que se visse.

O Dr. Fino foi ontem apresentado como candidato ao Parlamento nas listas do PS. E, o que é mais curioso, quando confirmou a aceitação voltou a proferir a sentença do parágrafo acima.

Presumo, portanto, que o Dr. Fino seja apenas um troféu para enfeitar a lista do PS-Madeira. Ou será que o ordenado e as mordomias da Assembleia vão convencê-lo a fazer o supremo sacrifício de sentar-se ao lado de "gente menor" (incluíndo aqueles que são do seu próprio partido)?

21.3.07

Com dedicatória

Às vezes, quando já é quase noite, lembramo-nos do tempo dos segredos. Este tem uma dedicatória especial.


Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos.
Era no tempo em que o teu corpo era um aquário.
Era no tempo em que os meus olhos
eram os tais peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade:
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor...,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas, tenho a certeza de que todas as coisas estremeciam só de murmurar o teu nome no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.


Eugénio de Andrade

Dia Mundial da Poesia

É hoje, Mas o que é que isso interessa? Abaixo ficam alguns poemas. Mas o que é que isso interessa?

Uma revolução espiritual sob o signo da Liberdade

Ainda hoje, perante a desagregação dos principais sistemas que têm regido a cultura do Ocidente, há quem não se tenha apercebido de que, de entre as ruínas mais ou menos esplendorosas que nos restam das ortodoxias de um lado e outro, uma luz surgiu, a luz de uma nova aventura do espírito humano, sob o signo da liberdade. Essa aventura visava a restituir a unidade do espírito, restabelecer o homem no universo, recuperar as energias na plenitude do desejo, libertar o homem das apertadas malhas em que durante séculos o comprimira um racionalismo desenraizado, sem consonância com a vida. Pretende-se hoje que o movimento que consubstanciou este ideário, o surrealismo, deixou de ter qualquer vigência. A verdade, porém, é que, na sua essência, a aventura perdura, porque com este ou outro rótulo, a poesia continua, sob o mesmo signo, a ser o lugar dessa aventura e desse debate espiritual, que é porventura o maior e mais significativo do nosso tempo. É o homem que a si mesmo se pretende encontrar e para isso não receia arriscar a razão e a própria vida. Essa luta poderá ter custado, pelo menos a alguns, tão terrível preço. O suplício moderno, como dirá Octavio Paz, consiste na presença contínua da consciência estranha ao nosso corpo. É a separação e o sentimento do absurdo. E a revolta. E a tentativa de unir o que está cindido, de estabelecer a unidade perdida e reconquistar uma nova consciência original, elementar. O homem no homem, o homem no universo, a vida de novo na sua ardência primeira, o esplendor da criação, a aliança entre o sonho e a realidade, a identificação dos contrários, a comunhão fraterna – tudo se consubstancia neste sonho que não é sonho, pois que ele é a realidade primeira e a única realidade a conquistar. A poesia tende à essência humana. Ter-se-á sabido fazer justiça a esta extraordinária revolução que transformou o espírito humano, que o identificou com a liberdade – «Liberte couleur d’homme»? A finalidade da poesia é estabelecer a integração imediata do homem no mundo através da combustão verbal, salvar o mundo e o homem no seu encontro e na sua unidade. Pela imaginação poética – e só por ela – todas as energias do universo ascendem à palavra, como afirma Gabriel Bounure.

António Ramos Rosa in Poesia, Liberdade Livre, Lisboa: Moraes, 1962, pp 11-12

Ultimatum Futurista (às gerações portuguesas do Sec. XXI)

Acabemos com este maelstrom de chá morno!
Mandem descascar batatas simbólicas a quem disser que não há tempo para a criação! Transformem em bonecos de palha todos os pessimistas e desiludidos!
Despejem caixotes de lixo à porta dos que sofrem da impotência de criar!
Rejeitem o sentimento de insuficiência da nossa época!
Cultivem o amor do perigo, o hábito da energia e da ousadia!
Virem contra a parede todos os alcoviteiros e invejosos do dinamismo!
Declarem guerra aos rotineiros e aos cultores do hipnotismo!
Livrem-se da choldra provinciana e da safardanagem intelectual!
Defendam a fé da profissão contra atmosferas de tédio ou qualquer resignação!
Façam com que educar não signifique burocratizar!
Sujeitem a operação cirúrgica todos os reumatismos espirituais!
Mandem para a sucata todas as ideias e opiniões fixas!
Mostrem que a geração portuguesa do século XXI dispõe de toda a força criadora e construtiva! Atirem-se independentes prá sublime brutalidade da vida!
Dispensem todas as teorias passadistas!
Criem o espírito de aventura e matem todos os sentimentos passivos!
Desencadeiem uma guerra sem tréguas contra todos os "botas de elástico"!
Coloquem as vossas vidas sob a influência de astros divertidos!
Desafiem e desrespeitem todos os astros sérios deste mundo!
Incendeiem os vossos cérebros com um projecto futurista!
Criem a vossa experiência e sereis os maiores!
Morram todos os derrotismos!
Morram!
PIM!

Almada Negreiros

O Clamor

Tudo vem ao chamamento
Noite após noite o que dissemos e
O que nunca diremos - a viagem
Com uma giesta de algodão presa nos cabelos e
A sensação fresca de um sulco de aves na pele
Tudo vem ao chamamento- os lobos
Os anões as fadas as putas as bichas e
A redenção dos maus momentos - enquanto te barbeias
Vês no espelho o homem
Cuja solidão atravessou quase cinco décadas e
Está agora ali a olhar-te - queixando-se da tosse
Da dor de dentes e do golpe que a lâmina fez
Num deslize perto da asa do nariz
Não sei quem é - sei porém que vai afogar-se
Naquela superfície clara quando dela se afastar e
Abrir a porta para sair de casa murmurando: tudo
Vem ao chamamento
Por dentro do clamor da noite.

Al Berto

Rondel do Alentejo

Em minarete
mate
bate
leve
verde neve
minuete
de luar.

Meia-noite
do Segredo
no penedo
duma noite
de luar.

Olhos caros
de Morgada
enfeitava
com preparos
de luar.

Rompem
fogo pandeiretas
morenitas,
bailam tetas
e bonitas,
bailam chitas
e jaquetas,
são de fitas
desafogo
de luar.

Voa o xaile
andorinha
pelo baile,
e a vida
doentinha
e a ermida
ao luar.

Laçarote
escarlate
de cocote
alegria
de Maria
la-ri-rate
em folia
de luar.

Giram pés
giram passos
girassóis
os bonés,
os braços
estes dois
iram laços
o luar.

colete
esta virgem
endoidece
como o S
do foguete
em vertigem
de luar.

Em minarete
mate
bate
leve
verde neve
minuete
de luar.

Almada Negreiros

O Poema Original

Original é o poeta
que se origina a si mesmo
que numa sílaba é seta
noutra espasmo ou cataclismo
o que se atira ao poema
como se fosse ao abismo
e faz um filho às palavras
na cama do romantismo.
Original é o poeta
capaz de escrever em sismo.

Original é o poeta
de origem clara e comum
que sendo de toda a parte
não é de lugar algum.
O que gera a própria arte
na força de ser só um
por todos a quem a sorte
faz devorar em jejum.
Original é o poeta
que de todos for só um.

Original é o poeta
expulso do paraíso
por saber compreender
o que é o choro e o riso;
aquele que desce à rua
bebe copos quebra nozes
e ferra em quem tem juízo
versos brancos e ferozes.
Original é o poeta
que é gato de sete vozes.

Original é o poeta
que chega ao despudor
de escrever todos os dias
como se fizesse amor.
Esse que despe a poesia

como se fosse mulher
e nela emprenha a alegria
de ser um homem qualquer.

Ary dos Santos

Amor em Visita

Cantar? Longamente cantar,
Uma mulher com quem beber e morrer.
Quando fora se abrir o instinto da noite e uma ave
o atravessar trespassada por um grito marítimo
e o pão for invadido pelas ondas,
seu corpo arderá mansamente sob os meus olhos palpitantes
ele - imagem inacessível e casta de um certo pensamento
de alegria e de impudor

Herberto Hélder In "Amor em Visita"

Adeus

Como se houvesse uma tempestade
escurecendo os teus cabelos,
ou, se preferes,
minha boca nos teus olhos
carregada de flor e dos teus dedos;
como se houvesse uma criança cega
aos tropeções dentro de ti,
eu falei em neve - e tu calavas
a voz onde contigo me perdi.
Como se a noite se viesse e te levasse,
eu era só fome o que sentia;
Digo-te adeus, como se não voltasse
ao país onde teu corpo principia.
Como se houvesse nuvens sobre nuvens
e sobre as nuvens mar perfeito,
ou, se preferes, a tua boca clara
singrando largamente no meu peito.

Eugénio de Andrade

20.3.07

Deve ter sido do vento...

Esta manhã, a Avenida do Mar pareceu-me tão bonita outra vez... Deve ter sido do vento de ontem, não sei. Mas lá que me pareceu bonita, sem objectos estranhos presos por cordas, pareceu-me... Deve ter sido do vento!

Isto é uma espécie de partido

Ao melhor estilo dos "Gato Fedorento", o regresso de Paulo Portas à liderança do PP está a converter-se numa trapalhada monumental, como aliás as primeiras declarações do candidato e de Ribeiro e Castro indiciavam.

Depois de insultos à la PREC à saída do Conselho Nacional de sábado, Maria José Nogueira Pinto espumou indignação por, supostamente, ter sido agredida pelo deputado Hélder Amaral.

A resposta não tardou. Hoje, o bom do Amaral - parlamentar de quem nunca ninguém ouvira falar - arengou que não batera em Zezita. O problema, disse, é que a presidente do Conselho Nacional não gosta do tom de pele dele. Fosse eu branco, lamentou-se o desconsolado Amaral...

Aguardo ansiosamente as cenas dos próximos capítulos de "Isto é uma espécie de partido político".

Mas alegro-me por haver finalmente quem dê uma pitada de graça à política portuguesa. Dois anos com um cinzento Sócrates, um desaparecido Mendes e com um indignado Louçã matam qualquer um de tédio...

19.3.07

Mário Lino mentiu, ou faltou à verdade?

Não tenho certeza de que Lisboa precise de um novo aeroporto, tenho dúvidas que este novo equipamento seja indispensável para Portugal e para o progresso nacional, não sei se existem alternativas adequadas à construção de uma infra-estrutura de raiz e estou céptico acerca da imperiosa necessidade da sua localização ser a preconizada pelo Governo. Ainda assim, admito toda a minha ignorância nestes assuntos e também não tenho paciência para ler os estudos produzidos. E, para ser mais sincero, estou me borrifando se é na Ota, Figo Maduro, ou nos jardins da Madre Teresa de Calcutá. Em todo este processo, o que me tem incomodado verdadeiramente é a teimosia prepotente do Governo e, muito mais grave, o facto do Ministro das Obras Públicas mentir com todos os dentes que tem na boca. Já não devia surpreender, eu sei, mas não posso deixar calar as mentiras descaradas e obscenas de um Ministro de Portugal. Como é que um Ministro pode afirmar não conhecer nenhum estudo sério que aponte fragilidades ao projecto, quando tem dentro da gaveta um documento elaborado pela Navegação Aérea de Portugal que coloca em causa algumas das suas premissas? Como é que um Ministro pode afirmar que todos os estudos são públicos, quando sabe que ocultou da opinião pública um documento menos favorável à sua decisão?
Já uma vez disse que este governo não é sério e já nem quer parecer, mas as mentiras do Ministro Mário Lino são miseráveis e têm superado todos os limites do razoável. Num país sério este homenzinho seria posto a andar no dia seguinte.

PS – Acho estranho que neste momento o debate esteja apenas centrado no estudo e não na mentira do governante. Também acho estranho que a retórica parlamentar - que deveria ser a garantia da elevação no debate político e não uma retórica estéril de branqueamento - impeça os partidos da oposição de utilizarem o verbo adequado ao comportamento do ministro: mentir!