26.5.10

A selecção

A selecção realizou um jogo de preparação para o Mundial. O jogo, que não vi, acabou num nulo contra C. Verde, uma selecção digna da Liga dos Últimos. O Prof. Queirós, magnânime, aproveitou a ocasião para garantir aos lusos, sem se rir, que os seus objectivos foram atingidos. Resta-nos um consolo real: está à vista que a epopeia custará muito menos dinheiro do que o previsto. O que em tempos de crise dá sempre jeito.

A senhora professora de Bragança

Em Bragança, uma professora decidiu de forma original vencer a crise mostrando os seus atributos ao mundo e à pequenada. O país, conservador e moralista, caiu-lhe em cima e a moça acabou atirada para o arquivo municipal certamente com o intuito de protegê-la. Mas registe-se, para outro arquivo, o feito: num país que não suspende uma má professora, ande muita gente obcecada em suspender uma professora boa.

As batalhas

O Dr. Nobre, candidato à República, desdobrou-se em entrevistas aos jornais no fim-de-semana. O discurso oco revela bem o ridículo em que caiu uma certa esquerda dita moderna e dita progressista. A meio de uma das entrevistas, por exemplo, o Dr. Nobre garante que as batalhas difíceis são para ser travadas. Faltou acrescentar que as que são impossíveis, como este seu caso manifesta e inequivocamente comprova, também.

25.5.10

Não lugar (comum)

Gosto do Júlio e daquilo que o Júlio escreve. Gosto do Sancho e gosto das opiniões do Sancho. Gosto do Bruno e da ironia do Bruno. Gosto daquilo em que este blog se transformou: uma espécie de não lugar (comum).

A manhã da tarde



Não foi o final de "uma tarde em Itapoã" -essa tarde chegará e será mais lenta que o urbano final da tarde. Mas no principio das coisas, na manhã de todas as tardes que ainda hão de vir, o final da tarde trouxe-me a luz matinal da voz de João Gilberto. A eterna voz que representa todas as tardes que quero eternas.