11.8.06

Mais um...

O Emanuel Bento fechou a caixa de comentários. Lamento, compreendo mas lamento! É uma pena quando a ofensa leva a melhor sobre o debate!

10.8.06

WTC


Estreou ontem nos EUA World Trade Center, de Oliver Stone. É a América que continua a reencontrar-se.

Paridade?

Discretamente, o Dr. Cavaco (um "perigosíssimo homem de direita", não me canso de repetir) mandou publicar a lei que nos diz, no essencial, que ter uma determinada percentagem de mulheres nas listas dos partidos políticos, rende dinheiro. A partir de agora quem conseguir cumprir com a quota recebe a subvenção total a que tem direito e quem não cumprir, não recebe. Tudo de uma clareza aterradora.
Há quem chame a isto paridade. Mas eu duvido do disfarce. E, claro, da intenção. Conheço alguns países onde ainda é (infelizmente) prática corrente trocar mulheres por gado, terrenos ou outro tipo de bens que valem como um dote. Mas isso, julgava eu, era lá longe, bem longe da civilização e dos princípios em que acreditamos. Em Portugal, bem mais perto, e no século XXI, troca-se as mulheres mesmo por dinheiro. Reconheça-se que é mais directo. Mas não lhe chamem paridade.

Co Adriaanse

O futebol português, como toda a gente sabe, detesta gente educada, aprumada e bem vestida. Daí que seja normal o afastamento (ou demissão) do treinador do Porto por motivos, julgo eu, relacionados com alguma questão de autoridade ou descontentamento com o plantel. Confesso que não era grande admirador do senhor nem do futebol enfadonho e repetitivo que o Porto praticou uma época inteira e que chegou a desesperar muita gente. Mas uma coisa reconheço: Adriaanse era um cavalheiro, um perfeito gentleman, que assumia totalmente as suas responsabilidades, mesmo quando isso nos dizia inapelavelmente que ele era totalmente deslocado da realidade imunda, prática e teórica, do futebol português. Por isso, é com alguma pena, mas também com alguma satisfação, que o vejo partir. É que o nosso futebol merece mesmo é os Pachecos, os Cajudas, os Necas, os Santos e os Bentos: tudo gente com muito mais nível, que enche estádios e que em muito contribui para a pacificação e clareza do futebol português, nomeadamente no sector da arbitragem.
Como em muita coisa na vida, a corda rebentou no lado mais fraco. Infelizmente, para o futebol português. Acho eu.

Primeiro como tragédia, depois como comédia

Na Irlanda um curioso anúncio desperta as atenções. Uma empresa pretende contratar para os seus quadros apenas não fumadores. Perante aquilo que muita gente considera um atentado impossível de concretizar, eis que na União Europeia algumas mentes iluminadas decidem aplaudir e “ratificar” o direito da empresa em questão. Eu não fumo e por isso, talvez não obviamente, discordo deste delírio. Esta coisa de ser comandado à distância começa a saturar e, desconfio, começa a arregimentar cada vez mais adeptos para a linha “inimiga”. Os eurocratas de Bruxelas, um bando de perfeitos inúteis, irritam pelo politicamente correcto e pelo inferno burocrático que querem construir a soldo da nossa liberdade. Daí até se meterem a regulamentar o tamanho dos amendoins, as embalagens do azeite, o aspecto das tascas e até o peso das laranjas e a respectiva cor da casca foi um passo. Mais um, rumo ao inferno portanto. Mas a coisa como se vê, promete não ficar por aqui porque no fundo, tenho a certeza, não há limite para a estupidez. Contudo, face a esta caminhada para a loucura (subitamente desdita), polvilhada de enorme irresponsabilidade, desfaçatez e, claro, falta de bom senso, eu gostaria de colocar três pequeníssimas e singelas questões: 1- Se fumar é assim tão mau por que razão ainda não proibiram o comércio do tabaco? 2- É possível colocar anúncios onde apenas se manifeste desejo de contratar gente loira de olhos azuis? 3- E se for apenas para gajas com sutiã 46, pode ser?
Um tipo que se suicidou num bunker em 1945 deve andar a rir-se. E à força toda, de certeza absoluta. E ainda dizem que a história não se repete?

O último gajo do União

9.8.06

7.8.06

São Pedro

Sempre achei piada ao restaurante São Pedro. Principalmente quando se mantinha aberto a noite toda, guardando um conjunto de estranhas personagens. Ontem, descobri que tinha sido totalmente remodelado. O espaço tá engraçado, decorado em tons negros e vermelhos, com mobiliário moderno e mais luz. E os empregados são os mesmos. E é caricato ver o senhor Júlio

(acho que o homem se chama assim!)

tentar servir imperiais com tremoços a meio de um balcão desenhado por um arquitecto, ou mover-se por entre mesas de design italiano,

(mas de fabrico nacional, com certeza!)

procurando sobretudo não causar danos de monta

(e na montra!).

Pena é que o São Pedro agora feche às 23:00. São os revezes da modernidade!