Apraz-me registar a iniciativa inédita conseguida pela RTP-M. Ao fim de três décadas de regime democrático e passados inúmeros actos eleitorais, conseguiu-se finalmente juntar os candidatos todos, sim, incluindo o PSD, num debate televisivo. São recorrentes os agendamentos deste tipo de debate, a cada momento eleitoral, mas no que diz respeito à Madeira, é uma grande novidade. Deixo apenas algumas questões: porquê agora, e ainda por cima no âmbito de uma Eleição ao Parlamento Europeu? Será um novo élan para o sistema político regional? Será que estamos perante uma nova estratégia de comunicação política por parte do PSD-M? Esta inesperada concordância é para continuar? Em 2011 iremos assistir a um debate com os candidatos concorrentes às Eleições para a Assembleia Legislativa Regional da Madeira, com os respectivos cabeça de lista, e futuro Presidente do Governo Regional?
"Reúne sete ou oito sábios e tornar-se-ão outros tantos tolos, pois incapazes de chegar a acordo entre eles, discutem as coisas em vez de as fazerem" - António da Venafro
22.5.09
21.5.09
20.5.09
Porque outros dizem melhor do que eu
Os revolucionários têm que ser sempre perspicazes, para compreender o pobre material humano com que às vezes têm o infortúnio de trabalhar.
VS Naipul, in Sementes Mágicas
VS Naipul, in Sementes Mágicas
PS achincalha escola pública (e queriam mais)
Numa palávra: espúria!
Apenas assim é que consigo qualificar a medida socialista de distribuir preservativos nas escolas.
Nada me move contra a distribuição gratuita de preservativos (eu próprio tenho sido promotor de iniciativas que incluem este tipo de medida). Não percebo, contudo, porque é que se quer distribuir preservativos nas escolas, a não ser que se pretenda o seu absoluto abandalhamento. Como é que se pode credibilizar uma escola que começa a prestar os mesmo serviços que os bares? Como sustentar a ideia de que a escola é um espaço de trabalho? Assim, é impossível.
E agora o que é que se segue: distribuição de seringas?
Apenas assim é que consigo qualificar a medida socialista de distribuir preservativos nas escolas.
Nada me move contra a distribuição gratuita de preservativos (eu próprio tenho sido promotor de iniciativas que incluem este tipo de medida). Não percebo, contudo, porque é que se quer distribuir preservativos nas escolas, a não ser que se pretenda o seu absoluto abandalhamento. Como é que se pode credibilizar uma escola que começa a prestar os mesmo serviços que os bares? Como sustentar a ideia de que a escola é um espaço de trabalho? Assim, é impossível.
E agora o que é que se segue: distribuição de seringas?
Imoralidade domina actualidade do governo socialista
Parece-me evidente que o presidente do IEFP manipulou os dados do desemprego. Se a mando do ministro da tutela, para evitar que se chegasse a essa barreira psicológica dos 500 mil desempregados, se por sua auto-recriação, importa averiguar. Do que não restam dúvidas é de que houve um acto deliberado e não nos venham tentar enganar com erros informáticos. Isso já começa a ser parra que deu uva.
A minha maior estranheza é que, contudo, um acto como este não seja assumido politicamente por ninguém, nem que daí sejam extraídas as necessárias consequências. Surpreende-me? É verdade, conforme um comentador anónimo sugeria aqui há uns tempos, eu sou ingénuo e ainda acredito numa forma séria de estar na política.
O mesmo aplica-se, naturalmente, ao presidente do Eurojust. Talvez seja como ele diz e evocou ilegitimamente os nomes do primeiro-ministro e do ministro da Justiça para pressionar os seus colegas magistrados (é curioso que o nome de Sócrates seja evocado ilegitimamente tantas vezes. Era capaz de ser interessante fazer um estudo sociológico sobre o assunto, isto é, saber porque é que tanta gente se sente legitimada a recorrer ao nome do primeiro-ministro quando quer cometer uma qualquer ilegalidade [ou imoralidade]).
Mas esta possibilidade não é menos preocupante: denuncia uma certa forma de estar na política de alguns socialistas (de outros quadrantes também haverá, mas não me lembro de tanto caso como agora). É que o Lopes da Mota não é um mero magistrado: é um ex-secretário de Estado de um governo socialista.
Ninguém retirar daqui consequências é imoral, indecente e prenuncia uma total falta de respeito pela ética democrática.
Esta situação é tão mais grave quando estamos à beira de eleições. Este tipo de situação faz-me temer pela total falta de escrúpulos que alguns socialistas mais proactivos possam vir a adoptar. A quantidade de governadores civis, de directores de serviços que possam seguir estes (bons) exemplos, assusta-me
Ainda para mais, quando parece que para o PS toda a situação é normal e ninguém assume o embaraço internacional que esta situação está a causar.
Temo mesmo que os próximos tempos venham a ser negros...
A minha maior estranheza é que, contudo, um acto como este não seja assumido politicamente por ninguém, nem que daí sejam extraídas as necessárias consequências. Surpreende-me? É verdade, conforme um comentador anónimo sugeria aqui há uns tempos, eu sou ingénuo e ainda acredito numa forma séria de estar na política.
O mesmo aplica-se, naturalmente, ao presidente do Eurojust. Talvez seja como ele diz e evocou ilegitimamente os nomes do primeiro-ministro e do ministro da Justiça para pressionar os seus colegas magistrados (é curioso que o nome de Sócrates seja evocado ilegitimamente tantas vezes. Era capaz de ser interessante fazer um estudo sociológico sobre o assunto, isto é, saber porque é que tanta gente se sente legitimada a recorrer ao nome do primeiro-ministro quando quer cometer uma qualquer ilegalidade [ou imoralidade]).
Mas esta possibilidade não é menos preocupante: denuncia uma certa forma de estar na política de alguns socialistas (de outros quadrantes também haverá, mas não me lembro de tanto caso como agora). É que o Lopes da Mota não é um mero magistrado: é um ex-secretário de Estado de um governo socialista.
Ninguém retirar daqui consequências é imoral, indecente e prenuncia uma total falta de respeito pela ética democrática.
Esta situação é tão mais grave quando estamos à beira de eleições. Este tipo de situação faz-me temer pela total falta de escrúpulos que alguns socialistas mais proactivos possam vir a adoptar. A quantidade de governadores civis, de directores de serviços que possam seguir estes (bons) exemplos, assusta-me
Ainda para mais, quando parece que para o PS toda a situação é normal e ninguém assume o embaraço internacional que esta situação está a causar.
Temo mesmo que os próximos tempos venham a ser negros...
Balada de Marie Sanders
E como abaixo falamos de autores (ou músicos) alemães, cá fica Bertolt Brecht e a sua Balada de Marie Sanders.
Em Nuremberga passaram uma lei
fazendo chorar muitas mulheres
que dormiam com o homem errado.
"Mais e mais gente nas ruas,
com força toca o tambor,
Deus do Ceú, se houvesse alguma coisa
seria esta noite..."
Marie Sanders, o teu amado
tem o cabelo muito preto,
o melhor é não o veres hoje,
como ontem o foste ver.
"Mais e mais gente nas ruas,
com força toca o tambor,
Deus do Céu, se houvesse alguma coisa
seria esta noite..."
Minha mãe, dá-me a chave
nem tudo corre mal,
A lua está igual.
"Mais e mais gente nas ruas,
com força toca o tambor,
Deus do Céu, se houvesse alguma coisa
seria esta noite..."
Certa manhã, às nove, atravessou a cidade,
de camisa e de placa ao pescoço,
o cabelo rapado, a rua aos berros,
ela de olhar gelado...
"Ficamos nas ruas,
o Streicher vai falar esta noite...
Grande Deus, se soubessem ouvir,
saberiam o que fazem connosco..."
Bertolt Brecht
Em Nuremberga passaram uma lei
fazendo chorar muitas mulheres
que dormiam com o homem errado.
"Mais e mais gente nas ruas,
com força toca o tambor,
Deus do Ceú, se houvesse alguma coisa
seria esta noite..."
Marie Sanders, o teu amado
tem o cabelo muito preto,
o melhor é não o veres hoje,
como ontem o foste ver.
"Mais e mais gente nas ruas,
com força toca o tambor,
Deus do Céu, se houvesse alguma coisa
seria esta noite..."
Minha mãe, dá-me a chave
nem tudo corre mal,
A lua está igual.
"Mais e mais gente nas ruas,
com força toca o tambor,
Deus do Céu, se houvesse alguma coisa
seria esta noite..."
Certa manhã, às nove, atravessou a cidade,
de camisa e de placa ao pescoço,
o cabelo rapado, a rua aos berros,
ela de olhar gelado...
"Ficamos nas ruas,
o Streicher vai falar esta noite...
Grande Deus, se soubessem ouvir,
saberiam o que fazem connosco..."
Bertolt Brecht
Ute Lemper - L'Accordéoniste
Continuo a achar que esta senhora tem, provavelmente a melhor voz da actualidade. Ora oiçam lá, meus caros amigos, esta interpretação de L?Accordéoniste, aquele "velho" clássico da Edith Piaf. Digam lá se não é melhor que o original...
Uma aventura que merece ser acompanhada
Depois de, em 2008, ter atravessado a faixa de água que separa a Madeira das Ilhas Selvagens montado na sua mota de água, Frederico Rezende quer ir mais longe. Já em Junho prepara-se para ligar o Funchal a Santa Cruz de Tenerife, também em mota de água. Uma aventura que merece ser acompanhada.
Pode fazê-lo aqui:
www.fredericorezende.blogspot.com
Pode fazê-lo aqui:
www.fredericorezende.blogspot.com
19.5.09
A puxar para a lágrima fácil, mas mesmo assim...
É verdade, o filme, premiado num festival internacional de curtas, puxa para a lágrima fácil. Mas não deixa de estar bem feito. Se calhar até fazer pensar um bocado.
Isto é lindo!
José Eduardo Bettencourt aparece, qual D. Sebastião, à frente de uma lista para liderar o Sporting. Clube e SAD, pelo que percebi. Logo a abrir diz que faz depender a sua candidatura da... decisão do treinador da equipa principal de futebol!
Em resumo, para além de gritar, qual Fernando Mendes da Juve Léo, Paulo Bento Forever (juro-vos que é verdade), afirmou taxativamente que só é candidato porque o bom do treinador decidiu ficar à frente da equipa.
Não tenho nada contra o Paulo Bento, mas parece-me um mau principio que um candidato a líder de uma qualquer instituição faça depender a candidatura da manutenção em funções de um funcionário. Ou não?
E agora, Dias Ferreira? Você avança ou nem por isso?
Em resumo, para além de gritar, qual Fernando Mendes da Juve Léo, Paulo Bento Forever (juro-vos que é verdade), afirmou taxativamente que só é candidato porque o bom do treinador decidiu ficar à frente da equipa.
Não tenho nada contra o Paulo Bento, mas parece-me um mau principio que um candidato a líder de uma qualquer instituição faça depender a candidatura da manutenção em funções de um funcionário. Ou não?
E agora, Dias Ferreira? Você avança ou nem por isso?
18.5.09
Dave Matthews Band - Funny The Way It Is
Gosto deste primeiro single. Agora quero ouvir o disco todo. Já em Junho (segundo creio).
Do you want a big Whiskey?
17.5.09
Um prenúncio?
Lá consegui ver o jogo. Um surpreendentemente pobre Nadal perdeu por duplo 6-4 com Federer. Um prenúncio para Roland Garros?
Mais um Nadal versus Federer
Nadal contra Federer. Daqui a 10 minutos. Final do Open de Madrid. Ráios parta a Sport TV, que "roubou" o ténis ao democrático Eurosport. Xiça, deve haver uma porcaria de uma televisão nas próximidades que não esteja ocupada com mais um jogo da liga inglesa ou de outro campeonato de futebol qualquer. Deve haver, digo eu... Vou à procura.
D. Duarte e Cavaco
D. Duarte foi interrompido e tirado do ar para que Cavaco fosse filmado a sair do carro oficial. Foi hoje, na RTP. Não deixa de ter graça.
Um livro aberto ao calhas
Os sonhadores sonham para cima, com o pescoço seguramente amarrado à cadeira eléctrica.
Henry Miller em Primavera Negra
Henry Miller em Primavera Negra
Bloco de Notas
Poderei ser como julgo ser ou como os outros julgam que sou? É aqui que estas linhas se transformam numa confissão na presença do meu eu desconhecido e incognoscível, desconhecido e incognoscível para mim mesmo. É aqui que eu crio a lenda segundo a qual devo sepultar-me a mim mesmo.
Miguel de Unamuno
Miguel de Unamuno
Subscrever:
Mensagens (Atom)