Há gestos que não devem ser publicitados.
O cónego Martins, ex-padre da Sé, criticou as empresas e os particulares que, no Natal - e apenas nesta altura do ano, fazem caridade. Pior, é expor o acto na comunicação social.
Foi na missa das 10 horas, deste sábado, em Machico.
O Cónego explicou que a solidariedade, não deve “ferir a dignidade” de quem precisa de ajuda. A pobreza, ou os pobres, são uma coisa muito “séria”, referiu o sacerdote.
Identifico-me com a ideia. O cónego não referiu nomes, mas recordo-me de duas instituições: - da RTP-Madeira e da Juventude Popular (JP). As duas foram notícia porque entregaram donativos. A RTP-Madeira aos sem abrigo e a JP ao Centro da Mãe.
Infelizmente, o que o cónego Martins diz na missa já não é notícia. Está distante dos holofotes dos média.
"Reúne sete ou oito sábios e tornar-se-ão outros tantos tolos, pois incapazes de chegar a acordo entre eles, discutem as coisas em vez de as fazerem" - António da Venafro
26.12.09
23.12.09
Não é mesma coisa
Na minha casa já não existe Natal.
O pinheiro foi substituído por um objecto artificial. Não cheira, não cai ramos no chão….não é a mesma coisa.
Era eu o caçador de pinheiros. Cheguei a sair de manhã de casa e só regressei ao fim do dia. Não era uma tarefa fácil, encontrar um pinheiro decente para o pai natal. Não tinha consciência, mas acredito que era uma espécie de, Robin dos Bosques.
Ia com os meus vizinhos. Recordo-me de fazermos quilómetros e quilómetros, no meio de acácias, quando o que nós queríamos eram pinheiros; rasgar silvado, feiteira, à procura da árvore ideal. Aconteceu várias vezes, estarmos num monte e avistarmos no vale oposto um pinhal. Corríamos para lá, quando chegávamos eram pinheiros com mais 8 10, 15 e 20 metros de altura. Nem um pinheirinho para o pai natal. Passávamos horas e horas nisto.
Depois, deixei de ter “tempo” e ia ao Santo da Serra buscar um pinheiro. Mais tarde, já existiam pinheiros à venda em todo o lado, até que alguém comprou um pinheiro de plástico para casa…..
O pinheiro foi substituído por um objecto artificial. Não cheira, não cai ramos no chão….não é a mesma coisa.
Era eu o caçador de pinheiros. Cheguei a sair de manhã de casa e só regressei ao fim do dia. Não era uma tarefa fácil, encontrar um pinheiro decente para o pai natal. Não tinha consciência, mas acredito que era uma espécie de, Robin dos Bosques.
Ia com os meus vizinhos. Recordo-me de fazermos quilómetros e quilómetros, no meio de acácias, quando o que nós queríamos eram pinheiros; rasgar silvado, feiteira, à procura da árvore ideal. Aconteceu várias vezes, estarmos num monte e avistarmos no vale oposto um pinhal. Corríamos para lá, quando chegávamos eram pinheiros com mais 8 10, 15 e 20 metros de altura. Nem um pinheirinho para o pai natal. Passávamos horas e horas nisto.
Depois, deixei de ter “tempo” e ia ao Santo da Serra buscar um pinheiro. Mais tarde, já existiam pinheiros à venda em todo o lado, até que alguém comprou um pinheiro de plástico para casa…..
22.12.09
Nota 10
Os últimos dias serviram-me para testar o Serviço Regional de Saúde.
Sábado, após me ter atirado de uma escada, para não cair no chão como um boneco da banda desenhada, foi obrigado a ir à urgência do Hospital. A minha entrada aconteceu às 19:10 m. Às 21:40m já tinha sido observado por um médico; já me tinham realizado 3 raio-x ao pé esquerdo; a enfermeira enrolado uma compressa….e um funcionário até me ofereceu uma luva branca (a mão direita) com gelo, para colocar na “ferida”, enquanto aguardava boleia para regressar ao local do “crime”.
Quando cheguei foi tratado como um verdadeiro doente. Um funcionário, ao ver a minha dificuldade em andar, ofereceu-me uma cadeira de rodas. Até gosto de carrinhos e rodas, mas causou-me algum desconforto ter que me sentar naquela cadeira.
Só percebi que estava no objecto certo, quando foi encaminhado para a Ortopedia. Lá, encontrei mais doentes de cadeiras de rodas. Àquela hora eram poucos. Talvez dez. A maioria tinha um braço pendurado ao pescoço. Olhei-os a todos. Eles olharam-me e assim ficamos durante alguns minutos. O nosso silêncio apenas foi interrompido pela minha prima. Queria saber como eu estava. Foi a minha irmã que lhe deu a notícia. Passados alguns minutos, a minha prima regressa com um saco de gelo para eu colocar no pé. Ela é enfermeira, e vejam a minha sorte. Estava a trabalhar na urgência.
Voltei a olhar para as outras pessoas. Sorri-lhes. Até que uma senhora desabafa, com qualquer coisa do género: já estou cansada de estar aqui. Curioso, aproveitei para entrevistá-la. Fiquei a saber que nem era a doente. Ao lado estava uma senhora mais velha, mas com o mesmo ar cansado no rosto, a olhar para o vazio do corredor. Já estavam há 4 horas à espera que uma ambulância para regressarem à Madalena do Mar. Entraram no hospital por volta das 13 horas. Às 17 já tinham sido prestados todos os cuidados de saúde, mas ficaram retidas no hospital. Um táxi custa entre 50 a 60 euros.
A minha deambulação pelo sistema regional de saúde não termina aqui.
Na segunda-feira fui ao Centro de saúde, da minha área de residência, para o obter uma baixa. Disseram-me para voltar, terça-feira, de manhã, antes das 9:30 m. Levantei-me cedo e consegui consulta num médico de recurso, passavam poucos minutos das 11 horas.
Poderia ter ido ao privado, mas considero um crime pagar 50 euros para obter um papel.
No Centro foi atendido por uma enfermeira, que me encaminhou para um colega especializado em ortopedia, que me observou o pé, e fez algumas recomendações.
A todos, obrigado e um BOM NATAL.
Nota: o pé não está partido, nem rachado. Apenas ficou maltratado da queda. Há muitos anos que não fazia o salto em altura. Especialmente, de cima para baixo.
Sábado, após me ter atirado de uma escada, para não cair no chão como um boneco da banda desenhada, foi obrigado a ir à urgência do Hospital. A minha entrada aconteceu às 19:10 m. Às 21:40m já tinha sido observado por um médico; já me tinham realizado 3 raio-x ao pé esquerdo; a enfermeira enrolado uma compressa….e um funcionário até me ofereceu uma luva branca (a mão direita) com gelo, para colocar na “ferida”, enquanto aguardava boleia para regressar ao local do “crime”.
Quando cheguei foi tratado como um verdadeiro doente. Um funcionário, ao ver a minha dificuldade em andar, ofereceu-me uma cadeira de rodas. Até gosto de carrinhos e rodas, mas causou-me algum desconforto ter que me sentar naquela cadeira.
Só percebi que estava no objecto certo, quando foi encaminhado para a Ortopedia. Lá, encontrei mais doentes de cadeiras de rodas. Àquela hora eram poucos. Talvez dez. A maioria tinha um braço pendurado ao pescoço. Olhei-os a todos. Eles olharam-me e assim ficamos durante alguns minutos. O nosso silêncio apenas foi interrompido pela minha prima. Queria saber como eu estava. Foi a minha irmã que lhe deu a notícia. Passados alguns minutos, a minha prima regressa com um saco de gelo para eu colocar no pé. Ela é enfermeira, e vejam a minha sorte. Estava a trabalhar na urgência.
Voltei a olhar para as outras pessoas. Sorri-lhes. Até que uma senhora desabafa, com qualquer coisa do género: já estou cansada de estar aqui. Curioso, aproveitei para entrevistá-la. Fiquei a saber que nem era a doente. Ao lado estava uma senhora mais velha, mas com o mesmo ar cansado no rosto, a olhar para o vazio do corredor. Já estavam há 4 horas à espera que uma ambulância para regressarem à Madalena do Mar. Entraram no hospital por volta das 13 horas. Às 17 já tinham sido prestados todos os cuidados de saúde, mas ficaram retidas no hospital. Um táxi custa entre 50 a 60 euros.
A minha deambulação pelo sistema regional de saúde não termina aqui.
Na segunda-feira fui ao Centro de saúde, da minha área de residência, para o obter uma baixa. Disseram-me para voltar, terça-feira, de manhã, antes das 9:30 m. Levantei-me cedo e consegui consulta num médico de recurso, passavam poucos minutos das 11 horas.
Poderia ter ido ao privado, mas considero um crime pagar 50 euros para obter um papel.
No Centro foi atendido por uma enfermeira, que me encaminhou para um colega especializado em ortopedia, que me observou o pé, e fez algumas recomendações.
A todos, obrigado e um BOM NATAL.
Nota: o pé não está partido, nem rachado. Apenas ficou maltratado da queda. Há muitos anos que não fazia o salto em altura. Especialmente, de cima para baixo.
20.12.09
Qual fé?
A publicidade reflecte um aspecto, ainda ignorado, mas já enraizado, na sociedade contemporânea. A secularização da Europa e de uma boa parte dos países do mundo. Hoje, retiram-se os crucifixos das escolas, dos hospitais, dos lares, das creches, com o argumento da laicidade dos Estados. Nas casas das novas famílias, também já não existem crucifixos. Até os católicos deixaram de usar fios de prata ou de ouro, com uma cruz, ao pescoço. Trocaram-nos por objectos de outras religiões, que compraram ou lhes ofereceram, da Índia, no caso do Hinduísmo, do Tibete – o Budismo. Quem é que não se recorda das pulseiras da sorte do Brasil, e de outros adereços adquiridos, sobretudo, em viagens que as pessoas usam religiosamente?
É esta a fé dos homens na Europa. Uma fé agnóstica.
Os movimentos maçons conquistaram terreno. Infiltraram-se em todos os sectores da sociedade. Especialmente, na área económica e financeira dos Estados. Nunca como agora, tiveram sucesso, os livros que falam do “anti-cristo”. Quem não leu “O Código Da Vinci” e todos os descendentes desta linhagem literária?
Quem já não procurou, ou ainda procura encontrar a paz, a serenidade, ou uma cura para os males da vida, na Nova Era - New Age. Não me refiro à música, (os Enigma, por exemplo) mas a um estilo de vida moderno – como a prática do reiki, do yoga, a homeopatia, a consulta dos horóscopos, a frequência de centros espíritas e de outras "filosofias", para espantar os males da alma?
É este o nosso mundo.
É esta a nossa fé. Não a minha fé. Sou católico. Não sou praticante. A religião não é um desporto. É um acto de amor. O amor não se pratica. O amor sente-se. Manifesta-se no mais íntimo de cada um.
A campanha da PETA. Mais uma do género, revela que a organização não olha a meios para atingir fins
É esta a fé dos homens na Europa. Uma fé agnóstica.
Os movimentos maçons conquistaram terreno. Infiltraram-se em todos os sectores da sociedade. Especialmente, na área económica e financeira dos Estados. Nunca como agora, tiveram sucesso, os livros que falam do “anti-cristo”. Quem não leu “O Código Da Vinci” e todos os descendentes desta linhagem literária?
Quem já não procurou, ou ainda procura encontrar a paz, a serenidade, ou uma cura para os males da vida, na Nova Era - New Age. Não me refiro à música, (os Enigma, por exemplo) mas a um estilo de vida moderno – como a prática do reiki, do yoga, a homeopatia, a consulta dos horóscopos, a frequência de centros espíritas e de outras "filosofias", para espantar os males da alma?
É este o nosso mundo.
É esta a nossa fé. Não a minha fé. Sou católico. Não sou praticante. A religião não é um desporto. É um acto de amor. O amor não se pratica. O amor sente-se. Manifesta-se no mais íntimo de cada um.
A campanha da PETA. Mais uma do género, revela que a organização não olha a meios para atingir fins
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