13.6.08

Memórias II


E por falar em memórias, aqui vai outra!
"(...) With the lights out its less dangerous
Here we are now
Entertain us
I feel stupid and contagious
Here we are now
Entertain us
A mulatto
An albino
A mosquito
My libido
Yea (...)"

Memórias

quanto tempo, meu Deus! Que dramas foram vividos ao ouvir Creep! Quanta tragédia! Quantos desencontros...

When you were here before,
Couldn't look you in the eye
You're just like an angel,
Your skin makes me cry
You float like a feather
In a beautiful world
I wish I was special
You're so fuckin special
But I'm a creep,
I'm a weirdo
What the hell am I doin' here?
I don't belong here

I don't care if it hurts,
I wanna have control
I want a perfect body
I want a perfect soul
I want you to notice
when I'm not around
You're so fuckin special
I wish I was special
But I'm a creep
I'm a weirdo
What the hell am I doin' here?
I don't belong here,
ohhhh, ohhhh
She's running out the door
She's running out
She run run run run...run...

Whatever makes you happy
Whatever you want
You're so fuckin special
I wish I was special
But I'm a creep,
I'm a weirdo
What the hell am I doin' here?
I don't belong here
I don't belong here...

Traulitadas

Sinceramente, a haver referendo, até faria campanha pelo Sim. Mas como Sócrates impediu-nos de nos manifestarmos, é com muito regozijo que recebi a notícia da vitória do Não na Irlanda. Para mostrar que não se constrói uma Europa nas costas do(s) povo(s).
Estes irlandeses são terríveis: fingem que estão sempre bêbedos e vai que não vai, pregam uma traulitada no bom do inglês, que neste caso foi em toda a Europa.
Como bem lembraste Blueminerva: porreiro, pá!


"In your head, in your head, Zombie, zombie, zombie, Hey, hey, hey.
What's in your head, In your head, Zombie, zombie, zombie?
Hey, hey, hey, hey, oh, dou, dou, dou, dou, dou... "

Say what?!

Andam por aí uns socialistas a bater palminhas a umas afirmações de alguns ministros sobre umas propostas absurdas (que, por absurdas, nunca tiveram como objectivo ver a luz do dia) da Comissão Europeia sobre o horário de trabalho semanal (aquela, das 65 horas semanais).
Como se este governo da República ainda merecesse algum tipo de credibilidade. Como se fosse para levar a sério o que dizem, sabendo nós que hoje dizem uma coisa e a amanhã o seu contrário, com a maior das naturalidades! Como se eles próprios estivessem dispostos a engolir tudo o que lhes querem vender sem qualquer tipo de reflexão crítica (vejam lá, não se engasguem). Evocam Zapata: mas já nem estão de pé nem de joelhos, simplesmente rastejam!

11.6.08

Indignações: cada um tem a sua!

Acho graça à indignação da inteligentsia politico-económica portuguesa relativamente ao poder de uns miseráveis camionistas. Áh e tal, como é possível que meia-dúzia de mentecaptos consigam paralisar o país?, perguntam. Curioso que não os tenhamos visto tão indignados quando se trata das situações de monopólio que alimenta os patrões que lhes dão de comer. É que deve ser fodido ver que uma merda de um camionista tem poder suficiente para impedir que a lagosta nos chegue ao prato...

PS - Declaro desde já que não concordo com a forma como alguns camionistas e empresários do sector violam a liberdade de outrém.

10.6.08

Será vergonha?

Como devem ter reparado os que gostam de uma boa conspiração (que é como quem diz, os cibernautas que por cá passam), tenho reduzido a minha produção bloguista nos últimos tempos. Sim, o principal motivo é a falta de tempo, misturada com alguma saturação de ter de alimentar o "monstro". No entanto, a principal razão é mesmo a falta de temas. Melhor, há temas sobre os quais gostaria de escrever: o problema é não ter tempo para os desenvolver convenientemente. Assim sendo, tenho optado por não escrever nada.
Uma sorte, dir-me-ão alguns! Não são, contudo, obrigados a ler as minhas larachinhas e há sempre a opção de eliminar do histórico do browser a morada deste blog (ou então, apenas não ler).
Mas porque fiz uma pausa e para que este texto não seja uma inutilidade absoluta, deixo apenas a minha surpresa pelas últimas atitudes do governo da República.
Conforme previsto há uns tempos pela SEDES, Portugal está mergulhado numa convulsão social sem precedentes desde há pelo menos vinte anos. A pobreza aumenta, o fosso entre ricos e pobres não pára de crescer, a classe média começa a ser eliminada, a degradação do sistema e a desconfiança nos políticos generaliza-se. Perante tal cenário, as manifestações contra o governo e as suas políticas (que Sócrates, num exercício atroz de autismo, insiste em atribuir aos comunistas, como se estes pudessem manipular cem mil professores) sucedem-se a um ritmo vertiginoso; somos diariamente confrontados com novos problemas que afectam trabalhadores e empresas de áreas para as quais não estávamos atentos (a pesca e o transporte, apenas para lembrar as últimas); enfim, encaminhamo-nos perigosamente para um certo caos social.
Estando a raiz de alguns problemas distante do centro de decisão política do nosso país, seria, no entanto, natural e expectável que os nossos governantes estivessem atentos e agissem no sentido de minimizar algumas das suas consequências, numa intervenção com vista à reposição da paz social.
O que assistimos, contudo, é imensuravelmente ofensivo e de uma grosseria política ímpar.
Perante a crise nas pescas, o ministro afirmava "esperar" - é verdade, um ministro que entende que o seu trabalho é "esperar"... - que não faltasse peixe nas bancas; uma paralisação nos transportes e o primeiro-ministro que mostra-se dispostos a "ajudar" o sector - vejam bem o verbo empregue: "ajudar", como se a sua função não fosse resolver os problemas dos portugueses -, constituído, na sua maior parte, por pequenos empresários que atravessam uma crise sem precedentes; uma manifestação de 200 mil pessoas e um governo que afirma que não governa pela rua.
O estilo mudou. Não muda, no entanto, a absoluta falta de capacidade e competência para resolver os problemas do país; não há um laivo de criatividade para o desenvolvimento de novos rumos, com novas políticas. Enfim, o país arde e à boa maneira de Nero, os governantes desta nação assistem sem qualquer tipo de intervenção. Pelo menos, por agora, algum pudor ainda os vai impedindo de rir. Veremos até quando!