5.5.07

Em Reflexão

Depois do resultado do referendo sobre o aborto não é necessário fazer mais sondagens na Madeira.

O NÃO venceu e para mim explica tudo.
Qualquer outro estudo de opinião é uma perda de dinheiro. O resultado será sempre favorável aos Social-Democratas. Foram eles que fizeram campanha contra a despenalização da interrupção voluntária da gravidez. Foram os madeirenses que depositaram o voto na urna. Não houve uma única freguesia onde o SIM ganhasse.

Se numa questão pessoal foram convincentes, por que diabo é que falhariam agora o alvo? Sobretudo, quando o tema é política?

Assinatura de Deus

James Cameron fez um documentário sobre a alegada descoberta do túmulo de Jesus Cristo. A tese é absolutamente especulativa (a qual dedicarei um post em breve). Mas curioso é que Jesus Cristo tenha dado a resposta há 2000 anos:

Respondeu-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. (Lucas 9:58 - Mateus 8:20).


Lembrei-me disto devido a uma conversa que tive ontem.
Encontramos em tudo o que nos rodeia indícios da obra de Deus. Mas a Sua assinatura, que sabemos existir, continuamente se nos escapa. E esta é a derradeira delícia da Criação Divina: a assinatura de Deus é toda a obra que Ele pretendeu assinar!

Questão de rigor

Gostei do post, mas gostei mais do último comentário. Vale a pena ler.

Para uma mulher que foi pássaro

Isto é medonho, não é?

4.5.07

Falta pilhas

A julgar pelo Blog de campanha, as energias do PS-M estão a esgotar-se rapidamente...

Humilhação total

Segundo a sondagem da Católica, o PS-Madeira corre o risco de eleger apenas 8 deputados, com uns míseros 16% de votos. Se esta sondagem se confirmar, isto não é uma derrota: é uma humilhação!

3.5.07

Ah fadistas!

Fáfá (belo nome!) de Belém (ainda se fosse de Alvalade ou do Campo Grande!) vai discursar (perdão, cantar) na Praça do Município esta noite. E Serrão fará a primeira parte, cantando o seu "Fado do Desgraçado". Na companhia, provável, pelos vistos, de Manuel da Bexiga...

É pelo menos isto que se anuncia no blog do PS, ou seja, um concerto, e não um comicío partidário...

Eis a letra, caso a dupla Serrão/Bexiga se esqueça:

"Somos dois caminhos paralelos
Vamos pela vida lado a lado
Doidos que nós somos
Loucos que nós fomos
Nem sei qual é de nós mais desgraçado"

De qualquer maneira, se o bom do Bexiga der à sola e for Victor Freitas o segundo do dueto com Jacinto, serão com certeza estes os versos a cantar:

"Ombro a ombro tanta vez mas tão longe
Indiferença entre nós quem diria
Custa a crer que tanto amor tão profundo amor tenha acabado
E nós ambos sem amor lado a lado"

Ah fadistas!

Depois vem a Fafá. De Belém...

Força Célia

Parece que a Célia Pessegueiro poderá não ser eleita (espero bem que não, a ver se melhora a qualidade do Parlamento madeirense, ainda que a estética fique a perder). O que é uma boa notícia para a aspirante a política, uma vez que agora terá de arranjar um trabalhinho. E todos sabemos que trabalhar faz bem, mesmo para os que querem ser políticos a full-time!
Força Célia: o dia 7 poderá ser o primeiro dia do resto da tua vida!

Histerias

O líder regional do PND é um bocado histérico, não é?


Só ontem é que me apercebi que o homem realmente leva-se a sério!

Uma questão de respeito

O "respeito" que o PS Nacional nutre pelos seus congéneres da Madeira é tão grande que nem no sítio (portal) oficial do partido coiloca o link para o blog, e para s sítio, da rapaziada de cá. Curiosamente, as "poderosas" estruturas locais de freguesias como Alvalade, entre muitas outras, têm lugar nos lista de ligações.

Bem pode Serrão esfalfar-se e dizer amén a tudo que que vem de lá...

2.5.07

Falta de habilidade

O PS-Madeira anda de cabeça perdida. Hoje, o blog de campanha da rapaziada "rosa" dedica-se a fazer uma acérrima defesa dos candidatos do...PND. Uma agremiação que, quando muito, lhes tira votos. Há semanas que Serrão não apresenta uma única ideia (válida ou não) limitando-se pura e simplesmente a tentar ganhar terreno... num terreno onde fica a perder claramente. De facto, não há Marketing que resista a tamanha falta de habilidade!

A bola por quem percebe de bola

OLD TRAFFORD: Dois Génios e um Guerreiro

"O duelo de génios Kaká-Cristiano Ronaldo fazia tremer Old Trafford. O público levantava-se excitado sempre que um deles arrancava com a bola, mas a única vez que Ancelotti se ergueu decidido foi quando Gattuso, o seu médio pica-pedra, caiu e fez sinal que não dava para continuar. O futebol tem meios mágicos de nos deslumbrar, mas entre jogadores e treinadores existe outro mundo de emoções, temores, receios e esperanças, que escapam ao simples adepto. A partir desse momento, Ancelotti passou a maior tempo de pé gritando com Brocchi, o substituto de Gattuso. Pedia-lhe para encostar em Ronaldo, não perder os espaços de marcação. O facto de estar a jogar mesmo perto de si, junto à linha, ajudou à tarefa. A par do futebol dos génios, selvagem e maravilhoso, existe o futebol dos treinadores, racional e calculista. Enquanto uns pensam em como devorar o jogo, os outros pensam em como anular o adversário. No relvado, dois estilos, duas estratégias, duas grandes equipas. O Manchester joga naquela intensidade toda a época. É a única que faz sentido em Inglaterra. O Milan não. A Liga italiana tem altos e baixos e há jogos em que o ritmo desce muito. No domingo anterior descansara toda a equipa. Podia-se pensar que estaria melhor fisicamente na parte final do jogo. Aconteceu o contrário. Foi o Manchester (sem fazer uma substituição durante os 90 minutos) a acabar o jogo imprimindo um ritmo vertiginoso. No sábado anterior jogara quase com a mesma equipa. A capacidade de imprimir e manter uma intensidade alta de jogo, depende muito dos hábitos físicos e competitivos adquiridos. O jogo está perto do fim e a ultima imagem que nos oferece é um longo sprint de um jogador com 33 anos. Giggs. De uma área à outra, contra-ataque, passe vertical perfeito e a chuteira de Rooney feita metralhadora para o golo da vitória.Manchester vive o futebol como fizesse parte da sua alma. Milão sente o futebol como ele fosse um fato de gala. Rooney joga como um gladiador. As arrancadas de Ronaldo são épicas. Káká é diferente. Personifica a alta-costura de Milão. Não cultiva os malabarismos brasileiros. As suas fintas e arrancadas com a bola têm uma elegância de top-model na passarelle. Mesmo quando imprime maior velocidade, parece que impõe uma pausa no jogo. A indispensável combinação entre velocidade e precisão de execução emerge com a mesma naturalidade de um cartaz empunhado pelos seus adeptos: Kaká falli ballar, Kaká fá-los dançar. Evra e Heinze viram bem de perto essa arte. Aos 25 anos, continua com a cara de menino que tinha com 19. Sem adornos de imagem. Acho que vai ficar assim até ao final da carreira. Um toque. Pausa. Outro toque. E arranca para a baliza. Estética perfeita." Luís Freitas Lobo

Beijar o Dr. Macário Correia

O Dr. Macário Correia, um perigoso fundamentalista não declarado, veio a público afirmar que o tabaco deve ser tratado como uma droga. O pressuposto faria, por exemplo, de todos os fumadores, potenciais toxicodependentes a carecer de tratamento psiquiátrico, prozac e camisa de forças. O Dr. Macário Correia, toda a gente sabe, tem piada. Aquele tipo de piada amarela, sem sal e politicamente correcta, vinda geralmente de políticos incapazes de ter uma ideia decente, mas sempre prontos para aparecer nas notícias como um ar cândido de quem sabe do que fala. Desde os tempos em que o Dr. Macário Correia garantia que beijar uma mulher que fumava era igual a beijar um cinzeiro que ele, o Dr. Macário, se tornou alvo apetcecível de piadas muito bem conseguidas. Eu por mim nada tenho a opor a semelhante delírio, sinónimo inequívoco que o Dr. Macário Correia não é especialista do beijo, como a afirmação deixa transparecer. No entanto, como sou da velha guarda, continuo a achar que o velhinho Independente é que tinha razão: beijar o Dr. Macário Correia deve ser bem pior que beijar um cinzeiro.

Um exército

O governo continua a sua saga em prol da transparência da sua administração. Mesmo que o Eng. (?) Sócrates não seja lá grande exemplo dessa mesma transparência, os episódios que por aí pululam são abundantes e adornam um quadro digno de exposição. A última do governo passa por constituir um verdadeiro exército de chibos contra a suposta corrupção na Administração Pública. A intenção vale o que vale, o que neste caso diz muito sobre as prioridades governativas do elenco socialista: se há corrupção e se há gente que sabe que ela existe porque não a denuncia deixando assim de ser cúmplice? E, já agora, por onde anda a responsabilização dos dirigentes dos serviços? Toda a gente sabe que o português médio gosta muito do respeitinho e da autoridade que tudo controla e prevê. O paraíso dos portugueses é um sítio onde os políticos decidem tudo por eles para que não se gaste a cachimónia com trivialidades bacocas que nos façam perder tempo e disponibilidade para a novela, o futebol e concursos de variedades com o Malato. Na verdade, e sociologicamente, a maioria dos povos ignorantes e atrasados dá-se muito bem neste ambiente claustrofóbico onde o poder de delatar e de denunciar alguém traz um suplemento acrescido de moralidade e a talentosa sensação de dever cumprido. De alguma maneira, conseguimos sempre lavar as mãos das nossas responsabilidades porque é sempre mais fácil acusar os outros dos nossos males do que reconhecer as nossos erros e incapacidades. E este apelo irresistível denota bem como o Eng. (?) Sócrates conhece bem as linhas com que se cose e o povo ignorante que lidera.

O novo CDS

O Dr. Portas venceu confortavelmente o Dr. Ribeiro e Castro na disputa doméstica. Os números revelaram-se esmagadores e ao Dr. Castro não resta outra alternativa senão aceitar a sua triste sina, fechar a porta e voltar para Bruxelas. O desfecho, diga-se, era o provável. O Dr. Portas, no fundo, nunca deixou de liderar o CDS através dos seus lacaios na Assembleia que faziam o seu jogo sujo, desrespeitando as orientações do líder legítimo. Mas agora que a situação é mais transparente e o líder da seita regressou em apoteose, eu não tenho dúvidas que o Dr. Portas será o verdadeiro rosto da oposição em Portugal, uma vez que os outros partidos têm lideranças questionáveis e porque o Eng. (?) Sócrates encarregar-se-á de promover mediaticamente o Dr. Portas, desprezando os partidos à sua esquerda e o seu principal adversário, o PSD. A situação é, nestes moldes, alarmante para o PSD, fustigado pelos movimentos de contestação internos que tornam a liderança do Dr. Marques Mendes, infelizmente, uma questão de tempo.

6000 páginas

A Universidade Independente preparou 6000 páginas de argumentos para rebater a sua aparente degradação pedagógica. A notícia saiu há poucos dias e é a resposta da instituição perante a tragédia em que mergulhou. Reconheçamos que 6000 páginas são sempre 6000 páginas, mesmo que se desconheça o tamanho da letra e do papel usados. Se a argumentação é notável e de peso é coisa também que por agora ainda nos escapa (ter o Dr. Armando Vara como aluno não deve ser grande argumento nem serve de grande justificação). Mas o que mais espanta é a capacidade de síntese da instituição. Um volume de 6000 páginas é sempre material digno de realce, nem que seja pela sonoridade do número, ainda para mais numa universidade onde uma simples prova de inglês técnico pode ser feita em apenas... meia página.

Para não cair no esquecimento

Sejamos claros: o processo da licenciatura do primeiro-ministro é algo de muito esconso e estranho. As denúncias constantes feitas em vários órgãos de comunicação social são elucidativas de como este processo merece maior aprofundamento e dedicação.

Claro está que é mais fácil e lucrativo tentar escamotear e esconder este triste filme, usando os subterfúgios mais patéticos, do que proceder à sua urgente clarificação. É isto que o partido socialista, o governo, alguma comunicação social e o primeiro-ministro têm, a todo o custo, tentado fazer. Mas também é importante perceber o sumo da questão. O desemaranhar desta imensa teia assume-se como vital para que se perceba os tenebrosos interesses e as negociatas urdidas, em surdina, responsáveis por este lamentável resultado final. O primeiro-ministro, já todos perceberam, deve explicações. E deve explicações porque a entrevista concedida à RTP nada explicou de concreto sobre a aventura do seu diploma.

As mais recentes notícias continuam, infelizmente para ele, a anunciar um processo obscuro, onde a partilha ou troca de um favor já é mais do que um mero boato ou evidência. A situação é, nestes moldes, insuportável e insustentável. Um primeiro-ministro que obtém por meios pouco lícitos um qualquer favor (neste caso um grau académico) é um político ferido: ferido na legitimidade, ferido na coerência, ferido na credibilidade. O problema é ainda mais acentuado se toda a sua acção política, desde o princípio, se alicerçou nos mitos do rigor, da transparência, do trabalho, da ousadia, da competência, tudo predicados mandados ao ar.

Um dia, quando esta história for relatada à distância recomendada, e sem as pressões políticas que transformaram, por exemplo, uma conferência bombástica num mera declaração inócua, tudo deverá ser claro. Claro o suficiente para que finalmente se entenda o logro em que estivemos envolvidos. Para mal dos nossos pecados, essa dúvida demorará demasiado tempo a ser desfeita e pairará continuamente na já de si muito debilitada, taciturna e nefasta classe política portuguesa. Se não formos capazes de ver isto, não somos capazes de ver nada.

Violência, provocação e falta de ideias

Acho infame que tenham agredido - ainda que de forma tentada - elementos do PND. Mas todos sabemos que a provocação constante poderia provocar situações destas. Acho mesmo que a presença do PND em todas as inaugurações tem apenas como objectivo fazer com que a turba popular os agrida. De forma a "mostrarem" a falta de espírito democrático do PSD-Madeira.
Quem já apanhou boleia desta estratégia foi Jacinto Serrão. O que demonstra que qualquer candidatura que vale menos de 1% de eleitorado tem mais ideias que o PS-Madeira.

Rir faz bem

Parece que Baltazar Aguiar não gostou que Jardim o conotasse com o colonialismo. O Eduardo Welsh também não gostará. Lá diz o ditado: quem não deve, não teme. Mas, sinceramente, nesta candidatura gosto é de Gil Canha. Por vezes, parece que ele é o único que não esquece que a candidatura é apenas mais uma versão do satírico Garajau. É para rir, não é para levar a sério!

Déficit democrático: onde?

Nunca vi uma candidatura que poderá representar 0,5% do eleitorado, como é o caso do PND, ter tanta cobertura mediática. E ainda dizem que na Madeira vive-se um clima de déficit democrático!

O que pensa Bernardo Trindade?

A candidatura do PS-Madeira começa, timidamente, a fazer algumas críticas ao governo de Sócrates. Gostava de saber o que pensa Bernardo Trindade. É que o Secretário de Estado do Turismo deste governo, também é o número 2 da candidatura. Coerências...

A agonia de Jacinto Serrão

É impressão minha, ou a candidatura do PS-Madeira está agoniante? Jacinto Serrão limita-se a repetir todas as críticas já gastas do seu partido a Jardim e não lança uma única ideia nova. Jacinto Serrão critica a reforma de Jardim, tando mantido-se calado em relação a todas as subvenções auferidas pelos seus camaradas de partido. Jacinto Serrão critica o incitamento à violência que "vê" nos discursos de AJJ, quando ele próprio não faz outra coisa. Por fim, Jacinto Serrão tenta agora demarcar-se de Sócrates, quando todo ele era elogios à governação socialista, ainda há bem pouco tempo. Definitivamente o homem vê que o fim está próximo. Para regozijo de muitos socialistas madeirenses!

Uxu Kalhus


Uma nova forma de fazer música em português. Muito bom!

O primeiro videoclip já cá está. E, uma vez mais, a rapaziada não desiludiu. Ou não fosse o realizador o vencedor do DocLisboa!

A ver e a ouvir. Em repeat!


De estepilha a estafermo

Estepilha. Confesso que é a minha expressão madeirense favorita. Talvez por ter sido frequentemente mimoseado com ela depois de jogos de futebol entre os vasos com azáleas da minha avó. A embalagem de óleo Fula que muitas vezes substituia a bola fazia estragos inacreditáveis à luz do entendimento da Srª. Maria, a mais velha empregada doméstica do mundo, que desde o inicío dos tempos trabalhou naquela casa do Caminho de Santo António.

Estepilha, gritava a Srª. Maria ao ver o chão de calhau roliço coberto pelo arco-irís das flores de azálea. Estepilha... E eu ainda hoje rio quando oiço o adjectivo.

Estepilha é sinónimo de estouvado, reguilha. Qualifica essêncialmente quem practica actos de alguma forma inocentes, e por isso inconsequentes. Actos que fogem da norma e que são, na maior parte dos casos, divertidos.

Muitas vezes, no meio da paródia, um estepilha acaba por fazer pensar quem sente, ou vê, as suas "aventuras".

No meu caso, os vasos com azáleas foram ligeiramente afastados, propocionando uma área maior para o meu estádio privado.

Lembrei-me da expressão a propósito da personagem Manuel da Bexiga, criada pelo PND. Confesso que no inicio achei alguma graça à criatura e à caricatura. Era um estepilha. Brincava com a política e com os políticos. Era inconsequente e medianamente divertido, como devem ser todas as caricaturas.

Depois, com o evoluir da campanha, o Manuel da Bexiga foi-se desgastando. E acabou, como era previsível, engolido pela fúria de protagonismo de que necessita a candidatura da Nova Democracia.

Levado pela onda, a criatura tornou-se ofensiva. Vil. Idiota demonstração de desprezo pelo povo que supostamente quer embalar.

E em vez de contribuir para o debate, ou para que haja debate, com humor - e eu também acho que o humor é a melhor arma para mudar o mundo -, criou condições (provavelmente de forma propositada) para trazer à superficie a pior face da política, traduzida em reacções como aquela que se viu ontem em São Martinho.

De facto, de estepilha, a personagem transfomou-se em estafermo, sem graça e sem qualquer tipo de utilidade.

Estou em crer que o actor que incorpora a caricatura ainda não percebeu que está a ser lamentavelmente (mal)utilizado por aqueles que o deitarão no lixo depois das eleições.

Deve ser preciso fazer um desenho...

Será que o Dr. Serrão ainda não percebeu que jogando no terreno do adversário acabará sendo goleado? Será que inda não entendeu que Jardim tem as costas suficientemente largas para aguentar todas as provocações, as respostas e contra-respostas que lhe são feitas e dadas pelo PS? E para sair airosamente da refrega? E que, para marcar a diferença, a campanha socialista deveria apresentar propostas e não provocar querelas imbecis? Será que é assim tão dificil perceber, ou é preciso fazer um desenho?

Marcello Caetano - As desventuras da razão

Acabei há 10 minutos de ler "Marcello Caetano - As Desventuras da Razão", de Vasco Pulido Valente. A primeira, e provavelmente única obra editada em Portugal, que mostra que era o último Presidente do Conselho.

Sem grilhões ideológicos, o investigador explana a sua tese com a objectividade histórica exigida a um documento desta natureza. E mostra Marcello como um homem ideologicamente coerente mas pouco hábil do ponto de vista político, incapaz de ler os sinais que anunciavam o fim do regime. Um intelectual na política - "o maior da história moderna portuguesa" - com uma enorme vontade "modernizadora". Lançado num vácuo deixou, contudo, o país bastante melhor do que aquele que tinha encontrado.

O ensaio deve ser lido por todos aqueles que querem saber um pouco mais sobre a História Moderna Portuguesa. Se me apetecer, um dia destes escreverei, com mais detalhe, sobre a obra.