29.9.07

Resposta para o Gonçalo

A única coisa que reconheço em Pedro Santana Lopes é a coragem de não concordar com a SIC e de protestar em directo.
Na minha opinião, abre um interessante precedente (debate) na televisão nacional.

Quanto ao resto, vamos aos factos: O directo (exterior) demorou 1 minuto e meio. Quando a entrevista foi interrompida já ia longa. Santana já repetia ideias. Embrulhava-se em argumentos para justificar o adiamento das eleições do PSD. Toda a gente já tinha percebido a mensagem.

A realidade profissional

Em televisão é necessário ritmo. “Galopar” para não chatear o telespectador. Revelam as audiências, dizem os manuais do audiovisual. Por mais importante que seja a notícia, a entrevista, o documentário, a série, etc., etc., é necessário trabalhar bem a forma para adaptá-la ao meio. No caso concreto, à televisão.


Quantos aos critérios do que é notícia, apresentados pelo Gonçalo para sustentar o texto, reconheço que os usou de forma inteligente, mas tal como eu sei, julgo que ele também sabe, que existem outros critérios. Além disso, o jornalismo não é uma ciência nem obedece a um método fechado. Trabalha com muitas variáveis. Aliás, ninguém melhor do que ele, devido à formação académica de base, para saber do que falo.


Um outro pormenor é critérios jornalísticos, e critérios editoriais. São coisas diferentes. A SIC Notícias assume-se como um canal 100% de informação. Por este motivo, considero que a interrupção da entrevista se enquadra dentro de Livro de Estilo do canal. Se o caso fosse numa estação generalista, (RTP, TVI ou a própria SIC) compreenderia a birra de Santana.

Quanto à política, acho que estamos entendidos. Já nem tudo é política caro amigo. Infelizmente, ainda existem muitos políticos, neste país, que não perceberam isso. Julgam que o mundo gira em volta dos discursos que fazem.

O próprio jornalismo está a mudar. Já não se abrem telejornais ou blocos de informação só com política ou políticos. E a explicação é simples: - o espaço que outrora ocupavam nos meios de comunicação social e na própria comunidade, foi paulatinamente roubado por outros protagonista, que emergiram da sociedade civil.

PS - por razões técnicas, do meu computador, só agora foi possível contra-argumentar o texto do Gonçalo:- "Bem Vindos ao Circo"

28.9.07

Sporting 7 x 1 Benfica

Este foi inesquecível...

O grande e o outro

O grande...





E o seu cliente favorito!



Sancho amigo, queres um conselho? Não vás ao Estádio da Luz, camarada, olha que ainda apanhas uma doença má... Ouvi dizer que o estaminé daaquela agremiação da segunda circular com nome de uma freguesia de Lisboa não é muito saudável...

O Inferno



Amanhã estarei lá e comemorarei a vitória de modo igualmente fanático!

Em vias de extinção

No Brasil um interessante debate futebolístico ocupa alguns intervenientes desportivos. Kerlon, assim se chama um jogador de futebol, tem uma finta curiosa que deixa os adversários à beira de um ataque de nervos e predispostos a cometer homicídio involuntário. A coisa é simples, pelo menos aparentemente: Kerlon entretém-se a correr pelo campo ao mesmo tempo que dá toques de cabeça ludibriando assim os adversários. É possível encontrar vídeos no You Tube que mostram o número, original e extremamente divertido. Mas o debate está animado, porque recentemente um defesa de nome Coelho, farto eventualmente do espectáculo a solo, decidiu armar-se em Fernando Couto/Bruno Alves/Lobão/Jorge Costa/Ricardo Rocha/Petit (riscar o que não interessa) e pregou violenta pancada no desgraçado do Kerlon, lesionando-o com alguma gravidade. O público vociferou contra a violência, os comentadores falaram em atentado à integridade, o Coelho queria esconder-se na toca e o homem que inventou a foca acabou a pensar na vida.

Eu entendo a frustração do Coelho farto do número pelo qual não recebia comissão e a desilusão do inventor da foca agora que lhe abriram caça grossa. Mas este último devia saber que as espécies em vias de extinção mesmo que protegidas e melhor tratadas não vêem garantida a sua sobrevivência na selva do futebol. Um jogo com qualquer equipa do Jaime Pacheco provaria esta tese sem grandes alaridos.

Se o desgraçado do Kerlon (sempre adorei a imaginação dos brasileiros para inventar nomes) alguma vez tivesse experimentado os campos de alcatrão do Bairro da Nazaré, cedo teria percebido que jamais uma foca mete a cabeça numa jaula de leões ou de bichos piores. Naquele tempo, tempos áureos em que a Nazaré ganhava os torneios de bola contra os bairros vizinhos, a bola jogava-se pelo chão, embora a maioria das tentativas de desarme fosse, curiosamente, acima dos joelhos. Num campo de cinco, era possível uma equipa jogar com três defesas centrais, alguns com bem perto dos cem quilos. Tudo isto mais não era que um pequenino gesto intimidatório que nos ensinou uma coisa importante na vida: joga simples, nunca compliques, porque senão atrás de ti haverá sempre um elefante ou um rinoceronte mais pesado do que tu pronto para te dar pancada. O alcatrão não mata, mas acreditem que mói.

O desgraçado do Kerlon quer aprender da pior maneira. Tivesse passado com distinção na velha escola nazarena, perita no 1-3-0-1 e na velha máxima “Se passar a bola, não passa o jogador” não estaria a esta hora ainda a contar os dentes.


27.9.07

Ceci n'est pas Auschwitz

Enquanto os judeus eram gaseados, os torcionários viviam a pacatez da sua vida...

Porque de alarvidades o mundo ainda não está cheio, aqui vai a minha!

É óbvio que Santana Lopes esteve bem ao abandonar o estúdio.
É óbvio que a atitude de Ricardo Costa, ao não ter assumido um pedido de desculpas, é imbecil, nada digna e pouco condizente com o cargo de director de informação.
Mas também é óbvio que não é um Estatuto do Jornalista que permite ao Governo intervir na actualidade noticiosa que irá resolver a questão. Por mais que não seja, porque provavelmente a posição de Ricardo Costa até foi subscrita por políticos "reformados" e no activo, essa belíssima casta, cuja maior ambição seria controlar a comunicação social!

Novos canais

A FOX lançou no cabo os seus novos canais temáticos: o FX e o FOX Crime. A coisa tem que se lhe diga, até porque nestes canais estão a passar coisas geniais que convém ver. Assim, aproveitem para ver (ou rever) nestes novos canais (custam apenas 5€ por mês) séries como Deadwood, The Wire (A Escuta), The Office, Sete Palmos de Terra, Boston Legal, 24 ou Lei & Ordem nas suas diversas versões. E já agora, e porque a RTP2 dá algumas coisas de qualidade a horários decentes, vejam neste canal, os Sopranos (repetição da primeira parte da sexta série) e Weeds (Erva, às segundas-feiras pelas 22h40 depois do telejornal). Vão ver que vale a pena. E que não dão o vosso tempo por mal empregue.

Um discurso

Sócrates foi à ONU ler umas folhas. Para começar, discursar não é fácil. E discursar também não é simples. Neste caso, a plateia era composta por gente importante e elaborar um discurso que saísse da modorra instituída era tarefa que exigia outra inteligência, coisa que às vezes não abunda na ONU. Sócrates optou pelo caminho mais acessível. Optou por atacar os Estados Unidos (um moda que estranhamente pegou), utilizando a argumentação sectária do costume que, de tão gasta, já nem devia merecer destaque. No fundo, Sócrates entendeu que falar do unilateralismo (!) e do aquecimento global lhe daria um ar de importante junto de pessoas que não lhe dão importância nenhuma. O mundo é hoje, com toda a certeza, um lugar mais feliz.

A brincar com coisas sérias

Parece que o presidente iraniano foi a uma universidade americana dar uma conferência. À parte o caricato da situação, que tem a ver com o dar liberdade de expressão a quem não a defende e muito menos proporciona, o dito senhor, depois de alguns apupos, provocou sonoras gargalhadas ao afirmar que no Irão não há homossexuais. O espectáculo de stand up comedy gerou alguma incredulidade que rapidamente foi ofuscada por não se lhe dar a devida importância. Relembre-se que o caso não é único: para o poder iraniano o holocausto é um mito (também reafirmado na conferência) e Israel deve ser varrido do mapa. À bomba se necessário.

Claro está que a maioria dos políticos ocidentais olha para semelhante idiotia e limita-se a rir ou a perdoar o desvario, como se este tipo de afirmações não tivesse ou não representasse qualquer gravidade. Há gente que acredita que é possível uma via diplomática para resolver certos imbróglios cujo desfecho é tudo menos optimista. É por isso que o Irão se torna perigoso de dia para dia. Alimentar absurdos à conta do deixar andar, um mito alimentado pela nossa arrogante mania de superioridade moral e intelectual que tudo perdoa e tolera, não garante segurança a ninguém e muito menos faz do mundo um lugar mais interessante. Hoje é Israel e os homossexuais. Amanhã, quem sabe?

Casar a prazo e, talvez, viver e pronto

Uma das ideias mais atraentes que ouvi nos últimos tempos partiu de uma senhora de nome Gabriele Pauli, excelentíssima presidente da Câmara de Fuerth, na Alemanha. A senhora veio propor que os casamentos deviam ter um prazo de validade de sete anos renováveis por mútuo consentimento das partes. Convenhamos que a ideia é original e que por isso provocou enorme celeuma junto de alguns sectores mais tradicionais e conservadores. Eu sou um liberal e não vejo grande problema com o assunto. Já cheguei a um ponto onde não me espantaria ver um tipo do Bloco a querer casar com um pé de milho, por exemplo. A ideia merece por isso ser comentada. Num tempo de grande egoísmo, onde tudo gira à volta do umbigo, facilitar a vida ao pessoal parece ser sempre uma ideia pertinente que acrescenta mais-valia. Só penso que casar a prazo, deve também pressupor alguma vivência a pronto: porque não casamentos de uma semana, de dois meses, de três horas, em part-time (podendo assim garantir vários casamentos) ou mesmo em regime precário? E já agora, que a quebra de contrato seja apenas permitida em caso de subida precipitada das taxas de juro ou pelo não cumprimento sistemático do horário de trabalho. Desde que não se chame Simão Tibério e seja dono de qualquer coisa, deve ser razão mais que suficiente para mudar de situação. Imediatamente. E com retroactivos.

Bem vindos ao circo

Ao contrário daquilo que escreve o Angel, eu concordo em absoluto com a postura de Santana Lopes, ontem, na SIC Notícias.

O critério jornalístico (particularmente nas televisões) é um desgraçado prisioneiro das audiências. Se quisermos, sobrevive quase exclusivamente como figura de estilo. É óptimo utilizar-se o conceito para desculpar todas as idiotices com que se abrem os telejornais, sejam elas o pontapé do "Marco na Marta" - parece ficção, mas creio que alguns de vocês ainda se lembram desta autêntica pérola do jornalismo que abriu um Jornal Nacional da TVI, com direito a psicólogo no estúdio e tudo - um assalto a um banco em Moimenta da Beira que rendeu 150 euros aos "perigosos meliantes", o último episódio da novela ou a chegada de um treinador de futebol ou de uma equipa de basquetebol ou rugby.

Eu não creio que as televisões devam formar. Mas creio que devem informar com um mínimo de qualidade e rigor. O que implica a adopção de critérios jornalísticos que se sobreponham à guerra de audiências. Por definição, o "critério jornalístico" não é aquela "coisa vaga" atrás da qual se escudam os órgãos de comunicação social e os jornalistas para esconderem falhas ou omissões (propositadas ou não).

Se quisermos, e partindo da definição clássica, "critério jornalístico" deverá ter sempre em conta as seguintes condicionantes:

A notícia é:

- Importante?
- Afectará a maioria da audiência?
- É interessante?
- É nova?
- Ocorreu longe ou perto?
- É verdadeira?
- É exclusiva?
- Está de acordo com a política editorial?

Em resumo, a grelha ajuda a perceber que, actualmente, cometem-se muitas idiotices à sombra de qualquer coisa que não é, definitivamente, "critério jornalístico".

Atente-se aos exemplos do "caso Mourinho":

Dois dias depois do despedimento, a RTP abriu o telejornal e dedicou 17 minutos a Mourinho (sem que o próprio tivesse pronunciado uma só palavra). Os 17 minutos incluiram um directo de Londres que nada teve de relevante. Nesse tempo de emissão, não trouxe nada de novo ao conhecimento público. A notícia não era nova, não era exclusiva não afectava a maioria da audiência, em resumo, na grelha acima proposta (e que é consensual entre a maioria dos investigadores clássicos), nunca seria motivo para abertura de Telejornal. Muito menos com 17 minutos de emissão.

Ontem, o treinador chegava ao Aeroporto da Portela. O que era novo? a chegada, só se for. E aquele espectáculo deprimente de "fans" a acenar, a chorar desalmadamente e a dizer alarvidades pela boca fora.

A notícia não era exclusiva (estavam lá todas as televisões). Não era nova. Não era importante. Não afectava a maioria da audiência. Em resumo, não merecia, de facto, um directo.

Falando só de jornalismo, a SIC, e a audiência da SIC, perderia alguma coisa se visse a chegada do Mourinho em indeferido, alguns minutos depois de ter acontecido? Havia algo de tão relevante que obrigasse a um directo? Mourinho ia suicidar-se em público? Ia anunciar a candidatura à presidencia do Benfica? Ia dizer qualquer coisa de novo?

Segundo a definição de "critério jornalístico", o assunto mais relevante do momento a nível nacional serão as "directas" do PSD. Porque a política, quer se queira quer não, afecta a maioria - se não a totalidade - da audiência, sendo por isso interessante. Para além do mais, a entrevista de Santana era um exclusivo, tendo obviamente matéria nova para analisar e ser analisada. Em resumo, preencheria mais entradas da grelha acima colocada, para aqueles que querem fazer uma análise qualitativa.

A atitude de Santana Lopes é assim, à luz daquilo que aprendi sobre jornalismo, perfeitamente legitima e pertinente. Tanto que vai sucitar algum debate. Tal como a resposta de Ricardo Costa.

A mim, caro Angel, o que me deixa "absbélico" é a forma como alguns agentes de comunicação (sejam jornalistas, editores, chefes ou directores) permitem que o Jornalismo se transforme numa espécie de circo, que diverte mas não informa.

A BIRRA DE SANTANA.

Assisti, em directo, ao triste espectáculo de Pedro Santana Lopes na SIC notícias. Confesso que fiquei, abesbélico, com a reacção do antigo Primeiro-ministro. Tal como eu, julgo que existem muitos portugueses que não reconhecem, que Santana Lopes desempenhou tão importante cargo. As razões para o descrédito são as que o empurraram, e o deixaram cair, da cadeira do poder.

O directo até correu mal para a SIC e para o jornalista que aguardava a chegada de José Mourinho, mas continuo a achar, tal como considerou a Direcção de informação da SIC, que era pertinente interromper a entrevista para dar a chegada do treinador.

Os portugueses dão cada vez menos importância à política. Só os políticos é que não querem ver, ou perceber, que houve uma mudança de paradigma. A confirmação do que acabo de dizer é o triste espectáculo das directas do PSD.

Não tenho dúvidas que os partidos, tal como existem, têm os dias contados. São autênticos sacos de pulgas.

Como se não bastasse, muitos dos políticos existem graças à comunicação social, que os colocou nas luzes da ribalta. Santana Lopes é um bom exemplo. Na hora da verdade, provou que valia zero.

Agora considera-se special one, quando lhe falta estatuto para….

A política será reservada aos homens (e mulheres) bons, tal como já foi num passado não muito longínquo.

26.9.07

Só um cigarrinho, agora que desisti!

Coffee and Cigarettes: melhor é impossível!

O meu reino por um cigarro


Dir-se-ia que passados 100 dias desde o último cigarro, sentir-me-ia melhor. Então, porque é que não me sinto?

A agora, o futuro...

Terminou a odisseia dos Lobos em França. Da forma que era previsível: com quatro derrotas.

Ontem, confesso, estava à espera de mais qualquer coisa. Podíamos ter vencido a Roménia, equipa que só nos é superior fisicamente.

De qualquer maneira, a derrota não ofusca a boa participação portuguesa no campeonato. A selecção foi uma equipa digna, combativa, alegre, corajosa. Tentou, em todas as circunstâncias, discutir o jogo pelo jogo, mesmo enfrentando adversários de outra galáxia (Nova Zelândia) ou de dimensão incomparávelmente superior (Escócia ou Itália). Os "Lobos" conseguiram, sobretudo, fazer com que o país olhasse para um desporto absolutamente fantástico que a paixão pelo futebol ofusca (como a todos os outros, de resto).

Espero que a partir daqui nada seja igual no Rugby português. Os primeiros números são animadores: este ano, milhares de miúdos inscreveram-se nos diferentes clubes do país para practicar a modalidade. Só o Belenenses recebeu mais de 100 novas inscrições.

A Federação conquistou patrocinadores tão importantes como a maior cervejeira portuguesa (title sponsor do próximo Campeonato Nacional), a Peugeot, a CGD (que se empenhou em comunicar o apoio à selecção), entre muitos outros.

Os primeiros jogos do Nacional terão, com toda a certeza, muito mais gente a ver. Tal como os próximos compromissos dos "Lobos".

Esperemos é que isto não se transforme num "amor de Verão", bonito, intenso, mas tão passageiro como o sol quente de Agosto. É agora necessário canalizar todo este apoio, toda esta energia, para a consolidação do número de practicantes e de equipas e para o aumento do público, mantendo sempre o interesse das televisões, verdadeiras "catalizadoras das massas" na modalidade. Para isso, são necessárias estratégias desportivas (que incluem formação de mais e melhores técnicos, árbitros e agentes desportivos) e de marketing correctas. Esperemos que a Federação as tenha. Se as tiver, pode ser que no próximo Mundial voltemos a estar presentes. E desta vez, para ganhar um jogo!

Saquinho de chocolates (baratos)

Toda esta trapalhada à volta das eleições do PSD só vai fragilizar o partido na figura do actual (futuro) líder, Marques Mendes que, partindo em posição de claro atraso face ao bacharel Sócrates, vê a sua condição piorar mais, mesmo após a previsivel vitória interna.

Razão têm aqueles que defendem que só há um caminho para o PSD: o aparecimento de uma terceira via que nada tenha a ver com o cavaquismo. É urgente que o partido se liberte do fantasma de Cavaco e que esse exercício permita também a eliminação de "barões" e "baronetes" que deste os tempos das maiorias absolutas dividem o PSD em feudos pessoais, que só os beneficiam a eles.

Não sou militante do Partido Social Democrata, por isso nada tenho a ver com o assunto(directamente). Mas é deprimente ver que o único partido que podia ser alternativa a este desastre chamado Sócrates entrou num beco sem saída, sendo agora pior que um albergue espanhol: um simples saquinhos de M&M's.

25.9.07

A culpa é do Cavaco!

O PSD é alvo, demasiadas vezes, de críticas injustas e encomendadas, provenientes da intelligentsia de esquerda que domina os meios de comunicação social nacionais.
Por isso, tento não me deixar influenciar pelos fazedores de opinião, sempre tão hostis ao PSD, recorrendo a outras fontes de informação.
Todavia - e nos últimos anos acontece com demasiada frequência -, às vezes o PSD não só merece a crítica, como também a exige.
É o que acontece com toda esta trapalhada da eleição do próximo líder. Independentemente dos jogos políticos que Luís Filipe Menezes e Marques Mendes possam estar a fazer - que são patetas e suicidários, uma vez que apenas prejudicam os próprios e o PSD -, a verdade é que o partido deveria ter muito bem definidos os procedimentos relativamente às eleições directas. E o facto de ser a primeira vez que se realizam directas no PSD não atenua a trapalhada. Num partido minimamente organizado, com regras de funcionamento claras, não existiriam dúvidas sobre quem poderia ou não votar, sempre tão prejudiciais e potenciadoras da suspeita. E a culpa do processo poder vir a arrastar-se para os dias seguintes ao dia 29 de Setembro, não será do candidato derrotado - seja quem for, nunca se poderá exigir muito mais, ou sequer que ponha os interesses do partido acima dos interesses pessoais, uma vez que ambos já demonstraram não ter capacidade para tal -, será da própria máquina que não soube antecipar e dissipar as dúvidas.


A verdade verdadinha, é que o PSD está à beira da ruptura. Passados 12 anos, sofre ainda do cavaquismo (veja-se que todos os líderes, desde 1995, foram membros dos governos de Cavaco) e do que de pior deixou no partido: uma classe política interesseira que nem profissional soube ser. Aliás, um mal que mina o PS há anos e ao qual o PSD ia resistindo.
Na minha modesta opinião, apenas quando toda esta "tralha cavaquista" (desculpa lá Vicente Jorge Silva, mas a expressão é boa!) estiver arredada da esfera do poder do PSD é que o partido se poderá regenerar e renovar. Porque o que sobra em quadros técnicos de qualidade, falta em oportunidades.

Ahmadinejad mostra o caminho

Daqui
Áh ganda presidente, que a gente não gosta cá de mariquices!

24.9.07

Eso es Cuba X







País progressista, com abortos e tudo

Aos poucos, a mentira começa a cair. Afinal, em 2 meses de completa liberalização, foram praticados em Portugal cerca de 1400 abortos (muito longe dos 60.000 abortos anuais que nos quiseram impingir), e apenas 5 foram feitos em grávidas com idades inferior a 15 anos.

Aliás, 67% (947) dos abortos praticados desde a entrada em vigor da nova legislação, foram realizados em mulheres com idades compreendidas entre os 20 e os 35 anos.
Posso estar a exagerar, mas estou convencido que se fizéssemos uma análise às condições socio-economicas das grávidas que abortaram, constataríamos que afinal não são provenientes das classes sociais mais desprivilegiadas.
Por enquanto, manda-nos a prudência aguardar. Mas veremos no futuro, quando algum estudo verdadeiramente sério for feito.
Se bem que nessa altura, o aborto será já tido como um método contraceptivo perfeitamente normal e legítimo e não um procedimento de excepção que deva er combatido. E isso é o que mais me revolta!