20.1.06

Os indecisos

É preciso ter muita atenção com os indecisos que ainda se contabilizam em todas as sondagens publicadas hoje. Como muito bem explicava ontem Pedro Magalhães (especialista em sondagens) num dos telejornais, os indecisos estão na sua grande maioria à esquerda (e não à direita onde supostamente há unanimidade) divididos entre Alegre e Soares e, em menor número, entre Louçã e Jerónimo. Daí a extrapolação perigosa de dividir proporcionalmente os indecisos peloas percentagens de possíveis votantes de cada candidatura.
Contudo, e quanto a mim, há que destacar um outro efeito junto dos indecisos que pode beneficiar o candidato da direita: haver gente que estando farta de tudo isto, opte por resolver o problema logo no domingo.

19.1.06

Pequenos prazeres

Os artigos de Luciano Amaral no DN.

Um facto normalizado

A irritação do primeiro-ministro sempre que fala com a comunicação social. Ou pelo menos, com aquela comunicação social que lhe coloca perguntas difíceis às quais ele não quer responder.

A ler

A ler, o ensaio de hoje de Vasco Pulido Valente no Público (só para assinantes) sobre os presidentes.

17.1.06

Também ouvi

Não foi delírio, alucinação, ou outra coisa qualquer. É que eu também ouvi.

Coisas simples

A direita conservadora









Já nas bancas.

A direita liberal

Está tudo igual por cá.

Juro-vos que ouvi ontem o Sr. Isidoro de Câmara de Lobos garantir-nos que o melhor candidato para defender os interesses dos pescadores era o Dr. Manuel Alegre porque ele praticava pesca desportiva e era consequentemente um pescador amador. Juro-vos do fundo da alma e do meu coração, que ouvi isto. E é verdade: eu também não queria acreditar.

As eleições

A coisa aproxima-se do fim e está cada vez mais enfadonha. Não consigo ver na televisão nada que já não tenha visto e nenhum candidato é autenticamente capaz de inovar em algum sentido. A campanha caiu por isso no limite do absurdo com o evidente desespero à esquerda e com uma necessidade muito forte de se conter (para não responder aos ataques directos) à direita para evitar escorregadelas ou qualquer lapsus linguae que comprometa a preciosa vantagem arrecadada. Destas eleições retira-se uma mensagem forte, talvez a mais importante de todas: as campanhas e as pré-campanhas estão totalmente desenquadradas dos tempos contemporâneos sendo exercícios práticos de masoquismo e de profundo cansaço para todos, durando demasiado tempo. As campanhas são, por isso, longas, ineficazes e transformam-se amiúde num coliseu onde não se pode esperar – a não ser os imprevistos naturais da campanha que rapidamente se transformam em notícias de abertura como a pretensa agressão a Soares ou a estupefacção de Cavaco perante as declarações de Santana – nenhuma ideia. Assim, para além das promessas de enorme patriotismo e amor à Pátria, todos os candidatos prometem essencialmente o mesmo: atenção, ajuda ao governo, propensão para ajudar a sair da crise, trabalho, vigilância, empenho e outras coisas do género. Nada de substancial. Nada de concreto. Logo, o contacto com o povo torna-se numa manifesta demonstração de força onde cada um tenta atrair para si o maior comício, o maior jantar, a maior arruada, o melhor expontâneo popular, que transmita, a quem vê e a quem sente, uma imagem positiva da sua campanha. Depois muito se joga nos jornais e nas sondagens decisivas para a orientação do voto e para a manutenção de uma moral elevada entre as hostes que criteriosamente preparam os dias diabólicos e porventura desumanos de cada um dos candidatos, alimentados a vitaminas. Mas isso são contas de outro rosário que ficarão para uma próxima oportunidade.

16.1.06

Bem feito

A RDP resolveu fazer um frete e arranjar um debate à última da hora. Cavaco não vai. É bem feito.

O Fiel Jardineiro

Só ontem vi "O Fiel Jardineiro". E o mínimo que posso dizer é que o filme é muto bom. A um excelente argumento juntam-se boas interpretações de Ralph Fiennes e de Rachel Weisz e uma realização soberba do brasileiro Fernando Meirelles (fotografia saturada, uso da câmara ao ombro, abordagem crua e documental, à semelhança de "A Cidade de Deus"). Muito bom, de facto.

15.1.06

Aclamação do Rei D. Carlos I

Restauradores

Este meu amigo Trabalho no ANIM- Arquivo Nacional das Imagens em Movimento. Trabalha com películas. Deve ter encontrado isto um dia destes.
O que posso dizer. É um óptimo exemplo de como o tempo acaba por dar valor ao inútil.

Ponte 25 de Abril



É um presente de um amigo que recebi no Natal de 2005.

Como só agora abri a caixa de correio. Uma que tenho - "género contentor de 20 pés", é que encontrei esta preciosidade.

Ainda por cima é da cidade (com todas as letras) mais bonita do Mundo. Também só conheço duas ou três, mas Lisboa tem um facascínio especial.