Pergunta: porque raio não consegue um governo justificar politicamente as decisões que toma? Resposta simples: por nítida e manifesta incompetência, ademais aprofundadas pela falta de preparação de muitos dos seus quadros e pela cobardia de um primeiro-ministro incapaz de dar a cara pelos projectos que aparentemente apadrinha nos conselhos de governo. O problema por isso, meus caros, não é financeiro. É antes de tudo, político.
"Reúne sete ou oito sábios e tornar-se-ão outros tantos tolos, pois incapazes de chegar a acordo entre eles, discutem as coisas em vez de as fazerem" - António da Venafro
28.7.05
... os 13 magníficos
Um manifesto publicado por 13 economistas de renome levantou celeuma porque desmontou a impraticabilidade e a inutilidade das mais recentes grandes obras anunciadas pelo Governo de Sócrates. O Governo, por seu turno, tremeu, meteu os pés pelas mãos e respondeu timidamente à provocação lançada garantindo que não era bem assim e que as coisas estavam devidamente pensadas e planeadas. Perante a trapalhada, a desconfiança naturalmente disparou.
Os 12 magníficos + ...
De acordo com notícia saída no DN, 12 notáveis do PS/Madeira subscreveram uma petição a apoiar a candidatura de Mário Soares. Fazem-no totalmente “desalinhados” da actual direcção, na qual não se revêem e da qual não gostam. Percebo-os perfeitamente: o Dr. Serrão não inspira confiança e a primeira linha daquela bancada é de duvidosa capacidade e educação.
Mas o Dr. Soares não vale o esforço. Aliás, nem o Dr. Cavaco, homem austero com fama de mastigar com a boca aberta. Para quê o drama, então? Para nada. Por nada. Apenas por protagonismo fácil e demagogia barata. Ganhe quem ganhar, o sistema está falido e o país também. A única vantagem do Dr. Soares relativamente ao Dr. Cavaco é que o primeiro acelera o processo, enquanto que o segundo, adia-o. Seja como for, o circo assentou arraiais na silly season. A luta promete? Não. A luta continua.
PS: já estou a imaginar o Dr. Soares, algures montado numa tartaruga gigante negociando com Bin Laden de AK-47 na mão.
PS2: Tenho de pedir desculpa: uma manchete do Expresso afinal parece que se vai concretizar...
Mas o Dr. Soares não vale o esforço. Aliás, nem o Dr. Cavaco, homem austero com fama de mastigar com a boca aberta. Para quê o drama, então? Para nada. Por nada. Apenas por protagonismo fácil e demagogia barata. Ganhe quem ganhar, o sistema está falido e o país também. A única vantagem do Dr. Soares relativamente ao Dr. Cavaco é que o primeiro acelera o processo, enquanto que o segundo, adia-o. Seja como for, o circo assentou arraiais na silly season. A luta promete? Não. A luta continua.
PS: já estou a imaginar o Dr. Soares, algures montado numa tartaruga gigante negociando com Bin Laden de AK-47 na mão.
PS2: Tenho de pedir desculpa: uma manchete do Expresso afinal parece que se vai concretizar...
PS3: Socorro!
27.7.05
Independência
Uma colectânea independente de ideias absurdas:
- Colocar portagens à entrada do Funchal para controlar excesso de tráfego.
- Criar um corpo de Polícia Municipal com 32 elementos a pagar com o orçamento camarário.
- Fazer um Parque de estacionamento subterrâneo no Largo do Colégio.
E viva a independência...
- Colocar portagens à entrada do Funchal para controlar excesso de tráfego.
- Criar um corpo de Polícia Municipal com 32 elementos a pagar com o orçamento camarário.
- Fazer um Parque de estacionamento subterrâneo no Largo do Colégio.
E viva a independência...
Drama Box
Estive de férias. E mudei de emprego (nada de especial). E marco o regresso com uma sugestão.
"Drama Box", assim se chama o novo disco de Mísia. Boleros, tangos e fados. Canções escritas por Vasco Graça Moura (poeta magnífico e romancista desastrado), José Saramago (romancista magnífico e poeta desastrado), Natália Correia, José Luís Peixoto, Armando Manzanero, entre outros.
Só para abrir o apetite deixo-vos um excerto de "Fogo Preso", de Graça Moura:
"Quando se ateia em nós um fogo preso
o corpo a corpo em que ele vai girando
faz o meu corpo arder no teu acesso
e nos calcina e assim nos vai matando"
Digam lá se não foi um bom regresso...
"Drama Box", assim se chama o novo disco de Mísia. Boleros, tangos e fados. Canções escritas por Vasco Graça Moura (poeta magnífico e romancista desastrado), José Saramago (romancista magnífico e poeta desastrado), Natália Correia, José Luís Peixoto, Armando Manzanero, entre outros.
Só para abrir o apetite deixo-vos um excerto de "Fogo Preso", de Graça Moura:
"Quando se ateia em nós um fogo preso
o corpo a corpo em que ele vai girando
faz o meu corpo arder no teu acesso
e nos calcina e assim nos vai matando"
Digam lá se não foi um bom regresso...
Boa notícia
A candidatura de Soares é um sinal de desespero de uma esquerda que apesar de ser poder não se consegue renovar. E provavelmente, o último acto da comédia em que se transformou este regime.
Só por isso é uma boa notícia.
Só por isso é uma boa notícia.
26.7.05
A campanha independente, dita socialista.
Recordo-me, aquando do aparecimento do candidato independente à Câmara do do Funchal, que foi enviada uma carta ao actual Presidente da CMF, apelando ao civismo, à elevação do debate, à focagem na mensagem, à luta de ideias e ao esgrimir de projectos.
Estas eram as intenções. Assim se quedaram, intenções. Todos os dias assistimos ao candidato independente a subir o nível da ofensa e a surpreender pelo incipiente e fraco produto. Confesso que esperava um outro tipo de prestação, a imagem vendida ao longo destes anos correspondia a um diferente grau de desenvolvimento e qualidades pessoais. Nem mesmo o esforço abnegado do Diário de Notícias (que tanto preza a sua equidistância, desde sempre mal disfarçada) consegue esconder a sensaboria desta candidatura independente.
Convenhamos, apresentar uma ideia por dia, durante 120 dias, constitui uma tarefa hercúlea. Só está ao alcance de poucos, daí a profusão de rabiscos pouco pensados, atirados sobre o anfiteatro, quais asas delta que, impreterivelmente, terminam o seu voo na praia.
Estas eram as intenções. Assim se quedaram, intenções. Todos os dias assistimos ao candidato independente a subir o nível da ofensa e a surpreender pelo incipiente e fraco produto. Confesso que esperava um outro tipo de prestação, a imagem vendida ao longo destes anos correspondia a um diferente grau de desenvolvimento e qualidades pessoais. Nem mesmo o esforço abnegado do Diário de Notícias (que tanto preza a sua equidistância, desde sempre mal disfarçada) consegue esconder a sensaboria desta candidatura independente.
Convenhamos, apresentar uma ideia por dia, durante 120 dias, constitui uma tarefa hercúlea. Só está ao alcance de poucos, daí a profusão de rabiscos pouco pensados, atirados sobre o anfiteatro, quais asas delta que, impreterivelmente, terminam o seu voo na praia.
Normas, provérbios e aforismos de Woody Allen
Aquele que não perecer pela espada ou pela fome perecerá pela peste. Porquê fazer a barba?
É impossível experimentar objectivamente a própria morte e continuar a assobiar uma musiquinha.
Não só Deus não existe, mas tentem lá arranjar um canalizador num fim-de-semana.
I want to be immortal by not dying.
E se tudo for uma ilusão e nada existir? Nesse caso, não há dúvida que paguei demais por aquela carpete.
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