7.3.09

Nick Drake - Pink Moon

MAZGANI

Mazgani

Outra notícia agradável. Desta vez, sobre o músico português Mazgani.

Aqui.

Heath Ledger em homenagem a Drake

Em 2007 Heath Ledger, actor recentemente falecido gravou, para uma uma instalação artística, uma cover de Black Eyed Dog, de Nick Drake. A gravação será incluída num albúm de homenagem a Drake que será editado este ano pela Johnson's Brushfire Records (de Jack Johnson) e que contará com as participações, entre outros, de Eddie Vedder (Pearl Jam), Dave Grohl, Norah Jones e Jack Johnson.

Mais de 30 anos após a morte de Nick Drake, o seu génio começa a ser reconhecido.

Para saber mais:

Reuters

Público

Guardian


Pelo que li, ainda não há data para o lançamento do disco. Mas não deixa de ser uma boa notícia.

La vida es una tómbola

O Manu é que sabe. Tal como o grande Maradona.

A merda das distribuidoras que controlam os cinemas desta terreola vão fazer-nos o favor de não exibir o documentário do Kusturica, que fez furor em Cannes. É por essas e por outras que defendo que se saque tudo e mais alguma coisa da net. Quando nos tratam assim, só apetece mandá-los para a pqp e roubar da rede tudo aquilo que for possível. À má fila, mesmo, boicotando as salas de cinema.

A propósito: O Vicky Cristina Barcelona estreou esta semana, acho eu. Quase um mês depois de ter chegado às salas de Lisboa e Porto. É obra!

6.3.09

Tic Tac

Às vezes, sinto-me uma bomba relógio prestes a causar dano. E oiço o  Tic, Tac, Tic, Tac, Tic, Tac, Tic, Tac, Tic, Tac a adiar o inevitável...

5.3.09

Resignação ou como nos tentam enganar com supostas inevitabilidades

Tenho visto por aí muito gente catastrofista que se resigna perante matemáticas simplistas.
A questão das reformas é só mais uma.
Basta fazer as contas, dizem eles. Assim, nas continhas de supermercado, o dinheiro que um trabalhador desconta ao longo da vida não chega sequer para pagar o primeiro ano de reforma. O outro argumento é de que os descontos anuais da população activa pode não chegar para fazer face às despesas com as reformas.
Nestas lógicas, o Estado tem dinheiro para tudo: para injectar ad eternum nas empresas públicas que alimentam a clientela partidária; para compensar as perdas de empresários gananciosos; para duplicar pagamentos em acordos que beneficiam apenas meia-dúzia; para apoiar investimentos de rentabilidade duvidosa; para investir das contas-poupança de alguns, em nome de uma suposta manutenção de alegados "centros de decisão" em mãos (e bolsos) portuguesas (como se isso pudesse acontecer num mundo global, ou sequer que fosse benéfico, sem que implicasse obrigatoriamente que nos fechássemos sobre nós próprios).
Esses são todos investimentos necessários para o país.
Mas o Estado não tem capacidade financeira para fazer face às suas responsabilidades sociais. O Estado, em que alguns crêem, não tem viabilidade para redistribuir a riqueza produzida pelos trabalhadores ao longo da sua vida.
Esta é a lógica da tradição liberal de Locke, de onde emergiu a concepção individualista do cidadão, em que se crê que os benefícios privados (do capital, ora pois) redonda em benefícios públicos, conforme defendia Hayek. Não há espaço para solidariedade institucional. A lógica da teoria da "mão invisível", de Smith, em que a intervenção do Estado só é admitida para garantir as liberdades individuais. Aumente-se os lucros, que a partilha emergirá, sussurram-nos em voz doce (com mel é que se apanham as moscas).
A ditadura da mensurabilidade. Se é demonstrável empiricamente, sim senhor (vai sendo tempo de perguntar aos economistas se já ouviram falar no Princípio da Incerteza, de Heisenberg...). O consumidor é a melhor tarimba para medir a qualidade, o que neste caso significa que o sistema só é viável se houver quem o financie. A linguagem hermética do rei-economista/gestor. O interesse comum, os produtos imateriais, como a cultura, ou as responsabilidades sociais que advêm de uma ética de Estado, são tretas.
E perante as ideias catastrofistas, há quem se resigne. Não se pode distribuir o que não há, suspiram.
A questão é que há. Não pode o homem ser refém de sistemas, sejam eles de que género forem. Os sistemas, as convenções, as lógicas, os cálculos, a racionalidade, devem servir o homem e não aprisioná-lo. Pois se o sistema não se financia a si próprio, que se vá buscar às empresas públicas, aos investimentos do Estado que alimentam tantas mãos "institucionais" e institucionalizadas. Que se vá buscar, em última análise, onde a riqueza está.
Por isso é que cada vez mais desisto da ideia de Estado-Nação. Estou mesmo convencido que o futuro, com uma população mais crítica, consciente e reactiva irá exigir outro conceito de organização social. Porque não temos que nos resignar. Eu, por mim, não o faço. E se vierem com falinhas doces e já que não há ouro, por mim estou disposto a distribuir chumbo!

Direito à revolta? Sim, mas só para alguns...

Assim, não...!
Ah, assim sim!

Depeche Mode - Never Let Me Down Again

Eis uma banda de que gosto muito (é o meu lado mais pop aos gritos). Ao vivo são absolutamente geniais.

CM e o nosso futuro

A comemorar 30 Anos, o Correio da Manhã criou uma espécie de concurso a que chamou Figuras do Futuro. Para pôr a coisa em marcha nomeou senadores que por sua vez escolheram candidatos de várias áreas, que supostamente marcarão o nosso futuro colectivo. Em gíria futebolística, "revelações que são quase certezas".

Entre os candidatos estão o cineasta Manoel de Oliveira, acabadinho de completar 100 anos, Maria João Pires, António Barreto, Guilherme d'Oliveira Martins (Presidente do Tribunal de Contas), Leonor Beleza, Rui Machete, entre outra "rapaziada jovem", a quem a idade permitirá, estou certo, uma enorme progressão!

A Madeira está representada por três senhores e assim, na área do Ambiente aparecem Raimundo Quintal (outro jovem, apresentado como vereador da Câmara Municipal do Funchal) e Hélder Spínola. No desporto surge o inevitável Cristiano Ronaldo.

Desta vez ganhámos aos Açores por 3 a 1, já que as outras ilhas fazem-se representar, exclusivamente, por Berta Cabral, presidente da Câmara de Ponta Delgada. Que, aliás, já anda a fazer campanha, a julgar pelo sms que recebi esta tarde...

(A comparação com os Açores foi o meu modesto contributo para a guerra de números e argumentos que por aí anda, na qual alguns querem provar que estamos à frente dos compadres das nove ilhas e outros querem-nos convencer de que afinal andamos atrás. É óbvio que nada disto tem a ver com a cor política de cá e de lá, mas enfim...)

Bom, resumindo e concluíndo: se quiserem votar num dos três mosqueteiros madeirenses vão a www.correiodamanha.pt. Registem-se e votem as vezes que vos apetecer.

Post-Scriptum: Na categoria de cinema não pude deixar de escolher um rapazito de apelido Oliveira, que, ao que dizem, tem jeito para filmar. Um tiro no escuro, esse meu voto!  

Maus hábitos

O www.noticias.rtp.pt é um bom meio. Infelizmente, não me parece destacar, como devia, a informação produzida nos centros da Madeira e dos Açores. Um mau hábito, de facto!

Chomsky sobre Obama

Noam Chomsky classificou Barack Obama nestes termos:

Produto da indústria de relações públicas que governa as extravagâncias quadrienais denominadas eleições.

Em entrevista ao site da RTP, o académico desmonta a ideia de mudança da marca Obama e aponta a satisfação de nacionalistas de direita e elites corporativas.

Chomsky é, talvez, a mais proeminente figura da extrema esquerda norte-americana e faz da crítica violenta uma espécie de modo de vida.

De qualquer forma, o que diz de Obama pode revelar que algumas franjas da esquerda norte-americana estão a começar a ficar impacientes. Vamos ver o que acontece nos próximos tempos.

4.3.09

A tiny grief song

Geoffrey Oryema - Solitude

Já uma vez postei uma música do senhor. Mas, "Solitude" é a música para quem chora os seus.

Um apagão

Acho piada ao Miguel Fonseca. Muitas vezes, acho que é dos tipos mais lúcidos do PS-Madeira. Creio, no entanto, que teve um apagão semelhante àquele que aconteceu no Congresso do PS. Quando escreveu isto. Ó Miguel, confundir aquele encontro deprimente, no qual os oradores competiram entre si para ver quem mais louvava o chefe, com uma demonstração de vitalidade é obra...

Atéo Farpas reconhece que a coisa foi apenas um espaço de mediatismo e consagração...

Quem trava estes imbecis?

Esta manhã assisti a (mais) uma cena idiota. Na paragem de autocarros em frente ao Reid's um taxista abordava, de forma absolutamente despropositada, todos os turistas que por ali andavam, oferecendo os seus serviços. Em passo apressado, passeio fora, dirigia-se aos desgraçados dos visitantes com ar esgroviado, tentando, presumo eu, vencer pelo susto.

Um jovem casal que estava à espera da "camioneta" foi a maior vítima, pois durante cinco minutos o homem tentou arrancar-lhes o horário do voo de regresso e o nome do hotel em que estavam instalados.

"No taxes... Cheap and easy" esgrimia, em inglês macarrónico, esbracejando. A cena só acabou quando o rapaz lhe repetiu, com cara de poucos amigos, a frase "go away".

Infelizmente esta não é uma cena isolada. Quem, como eu, passa pela Estrada Monumental diariamente vê-a repetida dezenas de vezes. São os taxistas em frente aos hóteis, são os vendedores de quartos em time-share, são empregados de restaurantes a vender "menús turisticos" e trabalhadores de rent a car a mostrar que um Clio custa só 49 euros por dia. Na Avenida do Mar, a esta fauna já suficientemente diversificada juntam-se aquela espécie de "bilheteiros" pós modernos que tentam meter os "ingleses" em camionetas mais ou menos descapotáveis.

Hoje, não há restaurante entre o Lido e o Ribero Sêco que não tenha um "angariador de clientes" à porta. Para sobreviver naquela zona, um desgraçado de um turista tem de ser um óptimo saltador de barreiras, ou uma espécie de Cristiano Ronaldo sem bola, capaz de fintar todos os menús e os tipos de laço que lhe aparecem pela frente. Na zona velha o cenário é igual.

Resta a pergunta: não há ninguém que controle esta merda? não há polícia, não são necessárias licenças para tentar vender o que quer que seja fora de portas?

O Turismo na Madeira não vive dias bonitos. A crise internacional ajuda. Mas os excesso de construção em algumas zonas, com a a consequente descaracterização ambiental e paisagista também. Tal como as taxas aeroportuárias. Tal como a diminuição de qualidade em alguns serviços prestados. Mas será que queremos acrescentar mais um problema a uma equação já demasiadamente complexa? Será que vamos perder aquela característica que nos tornava de alguma maneira diferentes de destinos concorrentes, que era a tranquilidade com que os visitantes podiam circular nas nossas ruas, sem medo de serem abordados por táxistas, por empregados de restaurantes, por vendedores de time-share, por gente de rent-a-car, por "bilheteiros" e por assaltantes de seringa na mão?

Será que, tal como acontece nas piores zonas de Canárias e do Algarve, vamos deixar que quem nos visita se sinta uma espécie de porquinho mealheiro pronto a ser partido na primeira esquina?

Chiça, será assim tão impossível controlar esta merda?

Post-Scriptum: Não tenho nada contra a maioria dos taxistas, ou contra os "angariadores de clientes" ou trabalhadores de rent-a-car ou de outros prestadores de serviços que, se calhar por falta de emprego melhor, são obrigados a sobreviver, jogando um jogo que não é deles e no qual não têm qualquer responsabilidade. Tenho é contra quem os põe na rua atrás dos "ingleses". E contra quem não controla.

Católico, mas não praticante!

A minha proposta de hoje é fazer uma análise à frase: - cristão, mas não praticante!

A dúvida surgiu na sequência da iniciativa do Bispo do Funchal que, pela primeira vez, usou o Youtube para transmitir uma mensagem, sobre a quaresma.

A reflexão é fruto de uma conversa, com uma amiga agnóstica.

Para ela, os católicos ou são ou não são. Após uma troca de argumentos, chegamos à conclusão que é absurdo um católico dizer que é católico, não praticante.

O que é um católico não praticante? Aquele que nasceu num país católico, é filho de pais católicos, frequentou a catequese, recebeu o baptismo, fez a primeira comunhão, o crisma e, abandonou o culto religioso?
Só vai à missa nas datas especiais, como, Páscoa e Natal? É Católico, tal como é do Benfica, mas nunca teve a preocupação de perguntar porquê? Será uma herança cultural, uma “tradição” social do local onde habita?

A questão, quando observada ao pormenor é no mínimo estranha. Não praticante, soa-nos a aldrabice, a um chavão politicamente correcto, mas demasiado incompleto.

Basta inverter os papéis para colocar a nu a hipocrisia. Heterossexual, mas não praticante! Quem é esta criatura? Homossexual? Hetero, mas com pouca prática, ou será que abandonou por completo a respectiva sexualidade?

A mesma questão se coloca num casal. São casados, não praticantes. Ou seja, vivem juntos mas só dão uma queca? Dão umas quecas, mas já não se entendem, por isso, já não se consideram um casal, etc., etc..

E se for um médico. É médico, não praticante. Engenheiro, não praticante. Até conheço um. O Primeiro-Ministro.

Alguém já ouviu um islâmico, budista, testemunha de Jeová, dizer que é não praticante?

Em síntese, não fica bem dizer que é católico, não praticante. É melhor e mais fácil afirmar - CATÓLICO. Ou se preferir. Não vou à missa. Não cumpro as regras do catolicismo. Acredito em Deus, mas não, na igreja. Não cumpro o que diz a Bíblia.

Sejam sinceros e não transformem coisas simples, em chavões politicamente incorrectos.

3.3.09

FDP

Perdoem a pergunta, mas quem foram os filhos-da-puta que definiram que quando eu me reformar apenas receberei 50% do meu ordenado?
Só não percebo porque é que não começam a cortar nos seus ordenados e/ou nas suas reformas da sua clientela!

Queremos ou não a construção europeia pelos cidadãos?

E o Tratado de Lisboa não foi ratificado e o mundo não acabou!
Que papão irão criar desta vez?

Falha de carácter! claro que sim!

O meu magister Miguel Nóbrega defendeu no seu blog a «honestidade, honradez e probidade» dos seus camaradas de partido.
Está no seu direito, mas isto fez-me pensar sobre a ideia politicamente correcta de que só se pode discutir ideias, que é mal-educado falar em pessoas, em atitudes, em carácter.
Pois eu não alinho cá em tretas dessas e acho que 80% das pessoas ligadas à política partidária têm graves falhas de carácter. E estou cada vez mais convencido que esta percentagem é bem superior, dentro do PS.

Vital Moreira, ou como se cria um flop!

Habilmente, Mário Crespo conseguiu mostrar, hoje, no Jornal das 9, a tanga que é Vital Moreira como "homem esquerda".
Ó rapaziada, o homem não defende valores de esquerda nem aqui, nem na cochinchina, nem mesmo nos jardins da Madre Teresa. Um flop, como será, aliás, do ponto de vista eleitoral! Mas isso é um problema dos socialistas!

2.3.09

Manuel Fino irá financiar campanhas do PS? Veremos...

Estaremos atentos para ver se Manuel Fino irá figurar na lista de sponsers das campanhas do PS. E depois digam que é campanha negra...

Congresso como exercício de democracia?! Não brinquem...

É impressão minha, ou o Congresso do PS serviu apenas para os lacaios irem ao beija-mão do magnânime líder?

Habilitações académicas de Armando Vara






Recebi o mail que apresento em baixo. Como me pareceu demasiado surreal, fui ao site do BCP. E não é que está lá mesmo assim?!
Deixo os printscreen que fiz, porque o link pode ser desactivado!

Isto está no site institucional do BCP!
Divirtam-se ou chorem!
Abaixo encontram a cópia do que ainda está hoje (23 de Fevereiro) pois amanhã já pode estar "corrigido". Armando António Martins Vara
Dados pessoais:
Data de nascimento: 27 de Março de 1954>
Naturalidade: Vinhais - Bragança
Nacionalidade: Portuguesa
Cargo: Vice-Presidente do Conselho de Administração Executivo
Início de Funções: 16 de Janeiro de 2008
Mandato em Curso: 2008/2010
Formação e experiência Académica:
2005 - Licenciatura em Relações Internacionais (UNI)
2004 - Pós-Graduação em Gestão Empresarial (ISCTE)
Extraordinário... CV de fazer inveja a qualquer gestor de topo, que nunca tenha perdido tempo em tachos e no PS! Conseguiu tirar uma Pós-graduação ANTES da licenciatura... Ou a pós-graduação não era pós-graduação ou foi tirada com o mesmo professor da licenciatura dele e do "Eng." Sócrates...

Cultura socialista

Vital Moreira foi apresentado, no congresso do PS, como alguém fora da política activa. Aliás, ele próprio o assumiu.
Ora, alguém que me explique, se faz favor, o que significa estar de fora da política activa. Existe política passiva? Ou inactiva? É que eu não percebo o que querem dizer com isto, mas é demonstrativo do rigor linguístico, cultura e capacidade intelectual desta gente.
Aconselho vivamente uma leiturazinha de Aristóteles. Go back to basics!

Para além disso, se com política activa, referem-se a alguém que não ocupa qualquer cargo, é verdade é há já muito tempo que isso não acontecia com o constitucionalista. Mas o homem nunca deixou de fazer política! Basta ver a actividade que exerce como comentador e blogger.

Por outro lado, andam agora a querer pintá-lo como homem de esquerda. Para além de eu duvidar que algum homem de esquerda se unisse a Sócrates (de resto, ninguém com o mínimo de bom-senso o faria), basta ler os escritinhos de Vital Moreira sobre as políticas do governo, para percebermos o esquerdismo do senhor.

Outra prova da cóltura socialista foi dada hoje por Augusto Santos Silva, na RTP-N, quando ironizou com a sua agregação, dizendo qualquer coisa como: tendo em consideração ao meu fraco intelecto, o juri deve se ter enganado.
Ora, pois eu concordo! É que só pode ter sido um engano, ou então é demonstrativo da qualidade do ensino em Portugal. Veja-se a licenciatura do Sócrates, ou a do Armando Vara (ver post posterior).
Portanto, uma sugestão, se me permite: não diga isso tipo de coisa, que somos tentados a concordar!