8.10.05

Pormenor

Consta que uma câmara do norte da ilha, - não quer dizer nortenha,- apresentou na última semana o troço da via-expresso que passa pelo concelho.

Para satisfação dos munícipes, praticamente não é necessário fazer expropriações. O traçado escolhido coincide com o vale de um ribeiro. Evitam-se chatices e proprietários furiosos com o governo.

O engraçado nesta estória, é que a sessão pública de esclarecimento aconteceu na respectiva Câmara Municipal, à revelia do dono da obra. Na Secretaria Regional do Equipamento social, ninguém tem conhecimento do tal novo projecto de execução da via-expresso.

Porque será que isto acontece?

7.10.05

Pergunta

Porque razão para alguns "entendidos" as sondagens só são boas quando dão a vitória aos "seus"?

É que eu não vi ninguém questionar as sondagens do DN quando, há meses, davam vantagens confortáveis ao PS em concelhos como São Vicente ou Ponta do Sol.

6.10.05

Bob Dylan

“Neighborhood Bully”

Well, the neighborhood bully, he's just one man,
His enemies say he's on their land.
They got him outnumbered about a million to one,
He got no place to escape to, no place to run.
He's the neighborhood bully.

The neighborhood bully just lives to survive,
He's criticized and condemned for being alive.
He's not supposed to fight back, he's supposed to have thick skin,
He's supposed to lay down and die when his door is kicked in.
He's the neighborhood bully.

The neighborhood bully been driven out of every land,
He's wandered the earth an exiled man.
Seen his family scattered, his people hounded and torn,
He's always on trial for just being born.
He's the neighborhood bully.

Well, he knocked out a lynch mob, he was criticized,
Old women condemned him, said he should apologize.
Then he destroyed a bomb factory, nobody was glad.
The bombs were meant for him.He was supposed to feel bad.
He's the neighborhood bully.

Well, the chances are against it and the odds are slim
That he'll live by the rules that the world makes for him,
'Cause there's a noose at his neck and a gun at his back
And a license to kill him is given out to every maniac.
He's the neighborhood bully.

He got no allies to really speak of.
What he gets he must pay for, he don't get it out of love.
He buys obsolete weapons and he won't be denied
But no one sends flesh and blood to fight by his side.
He's the neighborhood bully.

Well, he's surrounded by pacifists who all want peace,
They pray for it nightly that the bloodshed must cease.
Now, they wouldn't hurt a fly.To hurt one they would weep.
They lay and they wait for this bully to fall asleep.
He's the neighborhood bully.

Every empire that's enslaved him is gone,
Egypt and Rome, even the great Babylon.
He's made a garden of paradise in the desert sand,
In bed with nobody, under no one's command.
He's the neighborhood bully.

Now his holiest books have been trampled upon,
No contract he signed was worth what it was written on.
He took the crumbs of the world and he turned it into wealth,
Took sickness and disease and he turned it into health.
He's the neighborhood bully.

What's anybody indebted to him for?
Nothin', they say.He just likes to cause war.
Pride and prejudice and superstition indeed,
They wait for this bully like a dog waits to feed.
He's the neighborhood bully.

What has he done to wear so many scars?
Does he change the course of rivers?
Does he pollute the moon and stars?
Neighborhood bully, standing on the hill,
Running out the clock, time standing still,
Neighborhood bully.

Source: Copyright © 1983 by Special Rider Music. All rights reserved. International copyright secured. Reprinted by permission.

Terrorismo Político

Investigue-se e divulgue-se os resultados.
É estranho o que está a acontecer em São Vicente.

Primeiro, foi o roubo de uma vaca. Levaram o animal, deixaram a cabeça. Macabro, não é?

Há algum tempo, foram cortadas numa propriedade, 350 videiras. Curiosamente, o agricultor tomou no dia anterior, uns copos de sercial, na respectiva residência, com João Carlos Gouveia.

Depois, foi o misterioso incêndio do carro do candidato. Agora, é o derrube de uma viatura, de um apoiante de campanha….

É demasiada violência, não concordam? Ou será coincidência?

Também corre , entre alguns políticos do PSD, a teoria de que tudo não passa de uma conspiração, do próprio João Carlos Gouveia, ou de alguém próximo do candidato.


Agora também vou conspirar. O incêndio, uma única pessoa provoca. (As investigações perliminares da polícia judiciária, de imediato afastaram, a hipótese de curto-circuito). O que uma pessoa já não consegue fazer, é virar um carro, sozinha, para dentro de uma ribanceira. Tal como matar uma vaca e deixar a cabeça; ou cortar 350 parreiras.

Aliás, a estória da vaca e as videiras, aconteceram após a eleição, para deputado, de Gouveia, nas últimas regionais.

O que também é público, em São vicente, é que a influente família Drumond, está dividida. Uma parte continua fiel ao PSD, a outra, está com o PS.

Investigue-se

As situações ocorridas em São Vicente em nada beneficiam o PSD-Madeira, diz Alberto João Jardim. E é verdade. Eu pessoalmente não acredito que a estrutura regional, ou mesmo as estruturais locais do partido em São Vicente tenham qualquer tipo de relação com aquilo que se vem passando na campanha a norte. Mas também tenho dificuldade em acreditar na "teoria das conspiração", segundo a qual os candidatos socialistas têm "martirizado" os seus próprios automóveis para tirar dividendos eleitorais. Era demasiado rebuscado. Compete por isso à PJ investigar e descobrir os culpados. Ontem, alguém dizia-me que a norte ainda há muitas "remeniscências da Flama". Será?

4.10.05

Roubos e trogloditas

A Liga que já não é Super começou há pouco tempo e, como já deu para perceber, mantém intactas as "qualidades" de anos anteriores.

Na Madeira, o melhor Marítimo que se viu este ano (será sol de pouca dura, ou será sintoma de uma melhoria efectiva?) viu-se privado da vitória por um árbitro que fez vista grossa a um penálti maior do que a torre da Sé e anulou mal um golo mais limpo do que as casas de banho do Vaticano.

De facto, o senhor Dr. Gomes, madeirense de nascimento e advogado de profissão, teve uma noite má. Só que, como habitualmente, errou em favor de um grande. Que por coincidência era o Porto. Equipa de Pinto da Costa, homem que faz e desfaz árbitros, elevando-os à categoria de internacionais ou relegando-os para os jogos de júniores do distrito de Viana do Castelo.

Curiosamente, o Dr. Gomes, que até trabalha no escritório de Hugo Velosa, deputado do PSD-Madeira na Assembleia da Republica (será este penalizado por albergar aquele que, nas palavras de Alberto João Jardim, é um "madeirense frustrado"?) e maritimista convicto, é um dos mais recentes internacionais do apito português.

Se na Madeira o jogo soube a "roubo", em Lisboa um Vitória de Guimarães em recuperação viu um dos seus melhores e mais promissores atletas ser substituído com suspeitas de uma lesão grave, motivada por uma entrada assassina daquele que é um dos piores e mais inestéticos jogadores de futebol da actualidade, Petit de seu nome.

Esse verdadeiro troglodita dos relvados (confesso que se eu fosse árbitro aplicava o conceito de justiça preventiva e dava cartão vermelho ao tipo antes mesmo de ele entrar em campo) ficou, como habitualmente, impune. E lá prosseguiu o Benfica com Petit, de sarrafada em sarrafada até à vitória final.

Apesar de tudo, não alinho na "Teoria da Conspiração Sistémica". Não que o "sistema" seja uma invenção da mente dilacerada de Dias da Cunha, mas porque não há teoria que resista a um Peseiro no banco.

11-0

Para o PSD, 11-0 será o pior resultado possível. Porque não permitirá corrigir situações que devem ser corrigidas. E porque há quem não mereça ganhar. E 11-0 não permitirá fazer triagens.

Vira o disco e toca o mesmo

O Dr. C. Pereira resolveu voltar atrás, apresentando as propostas que apresentara há dois meses, há um mês, há quinze dias. E fugindo, como o Diabo da Cruz, a concretizar as insinuações que vinha fazendo. Se o fizesse, ficariamos todos a ganhar. Resumindo, "vira o disco e toca o mesmo".

O pior é que a música sai desafinada. E mesmo assim fará as delícias dos meninos e das meninas da capital do império. É só esperar pela data da partida, uns meses depois do "9 de Outubro".

Quem já não está a gostar muito da valsa é o Dr. Serrão. Que pensa na melhor maneira de se manter na pista de dança por mais uns tempos. Principalmente se os onze músicos que diz comandar falharem (cenário perfeitamente previsível, já que até os metais de Machico estão a entrar fora de tempo).

Em resumo, "vira o disco e toca o mesmo".

Por estas (e por outras)

A Drª. Violante quer transportes públicos gratuitos no centro do Funchal. Boa ideia. Principalmente quando proposta por alguém que afiança estarem as finanças do município em muito mau estado. É por estas e por outras...

3.10.05

Boa notícia

A criação de uma caixa de correio para o blogue é uma boa notícia.

Contudo, penso que o endereço correcto da mesma é conspiracaoassete@hotmail.com e não www.conspiracaoassete@hotmail.com.

Amor com amor se paga

Soares vota em Alegre... na segunda volta.

Alegre vota em Soares... na segunda volta.

Tão amigos que eles são. E nada hipócritas, já agora.

Cartazes de outros mundo











































Retirados daqui.

Comentários e caixa de Correio

A partir de hoje, os meus posts deixam de permitir comentários. Digam o que quiserem, achem o que quiserem, o problema é vosso. E a decisão é minha. Ponto final.

Aos leitores que restarem, a "conspiração" passa a disponibilizar uma caixa de correio electrónio: conspiracaoassete@hotmail.com .

Se quiser envie textos, comentários, anedotas ou aquilo que lhe apetecer para o endereço acima referido. Nós publicaremos no blog tudo aquilo que acharmos minimamente interessante.

Quanto aos outros participantes da Conspiração, são livres de permitirem, ou não, comentários nos seus posts.

"Qué Flô?"

Nos meus tempos de Lisboa existiam personagens fantásticos que entravam nos bares do Bairro Alto e da "24" para vender flores. Indianos e paquistaneses de bigode e restos de smoking que distribuiam rosas vermelhas a troco de 500 escudos.

"Qué Flô? - quinhentos escudo!"

diziam, enquanto abriam a boca num sorriso de dentes amarelos roubado aos galãs de Bollywood.

"Qué Flô? - quinhentos escudo. Flô boa pá minina. Mininas gosta de flô! Só quinhentos escudo!"

insistiam, enquanto olhavam para o balcão, enquanto esperavam o inevitável aparecimento do gerente da tasca e os inevitáveis empurrões em direcção à porta da rua.

Eram personagens fascinantes. Que às vezes também vendiam relógios, erva, telemóveis, colares e quinquilharia de toda a espécie. E que nunca chegaram à Madeira.

Curiosamente, sábado passado fui surprendido numa discoteca do Funchal por um tipo de smoking e sorriso plastificado, que distribuia rosas vermelhas a quem se lhe atravessava ao caminho.

Não era um "qué flô", mas sim um figurante contratado pela candidatura do Dr. C. Pereira.

"Qué flô? - troco por um voto!",

parecia dizer, sorriso de plástico que assustava as meninas com quem se cruzava.

"Qué flô? - troco por um voto",

parecia dizer, sorriso copiado dos personagens massificados pelos cartazes de plástico do Dr. C. Pereira.

"Qué flô? - troco por um voto",

parecia dizer, sorriso de plástico copiado ao Dr. C. Pereira.

"Qué flô? É de plástico. Como a campanha do Dr. C. Pereira".

Senti falta dos indianos.

2.10.05

O Clone Albuquerque



O recandidato do PSD à Câmara do Funchal está em euforia. Com a reeleição quase certa, Miguel Albuquerque passa de delfim a Dom Sebastião.

Até nos tiques, já está a ficar igual a Alberto João Jardim. Chega, “DISPARA” (despeja recados aos jornalistas) e avança, por entre a população, com beijos e abraços.

É também homem para, avançar com obra, sem dinheiro. O que interessa é mostrar trabalho à população, porque o povo, já não vai em cantigas. À boa maneira do líder, em vésperas de eleições, a Câmara do Funchal, se não tem obra para inaugurar, inventa alguma coisa, para aparecer na comunicação social. Se não é por causa do índice da recolha de lixo, é por causa da abertura de uma exposição, sobre ambiente, no átrio do Município. Se não é por causa do programa para a terceira idade - A Falar é que a Gente se Entende - é por causa de uma visita ao Parque Ecológico do Funchal. Uma semana o Parque, na outra, uma conferência sobre os burros.

Depois, Albuquerque bate desalmadamente em Lisboa, tal como o carismático líder. Envia bocas à oposição, discorda das leis dos municípios, etc., etc…

Enfim, começo a desconfiar que no PSD, já fazem clones.