31.8.07

Provocações

Na minha webring tenho acompanhado um curioso desfile de filmes. Ou melhor, um desfile de listas de filmes.
Esta coisa de "listas de..." tem sempre muito que se lhe diga. Porque são minimalistas, porque a imposição de numerus clausus é redutora, enfim...
Tudo isto é muito certo, mas a mim, que sou um gajo comichoso, as listinhas causam-me sempre algum prurido. Ainda para mais quando tenho a sensação que se está a fazer um concurso para ver quem é capaz de apresentar mais filmes que nunca ninguém viu. Ora este, que apresenta o filme do realizador x, ícone de uma subcultura de Hong-Kong, ou aquele que gosta mesmo é dos filmes de uma produtora (dita) independente fantástica do Paquistão, ora ainda aqueleoutro cujo ideal cinéfilo é representado pelo realizador Y, bastante conhecido por quatro gajos que se encontram na Praça Vermelha, uma vez por semana, para discutir a arte russa no 1º Lénine.

Mas se por um lado sou comichoso, por outro sou invejoso. Por isso também apresento aqui a minha lista de filmes favoritos. E como quero ser inovador, a minha lista tem 2 e 3/4 filmes. Ora, aqui vai:

Rambo - A fúria do herói. Um épico a não perder!
Garganta funda. Histórico e magnânime.
3/4º Herbie, um carocha dos diabos. De morrer a rir.

Vejam e deliciem-se!

A sul, sempre a sul

"Peregrinos de líquidas estradas. Peregrinos dos metálicos subúrbios, onde o grito mudo nos anestesia. Viajante das luas marítimas, beijar-te, ter-te nos dedos e no calor ardente da pele. Acredito, amor, que a sensação de uma luminosidade percorre o teu corpo navegante. Viajar contigo nas flores húmidas do bosque, no musgo sumarento dos ventos que te devastam o corpo. Descansar em cima do gigantesco nenúfar lavrado na tempestade. Viajar contigo dentro de uma flor branca, carnívora. Adormecer os sentidos no pólen metálico do mastro, sem horas, viajar como qualquer coisa atirada ao rio que, flutuando, se desintegra no tempo. E ficaremos ali, imóveis, à espera de nada. Múrmurio de estiolada lua que me povoa o sonho. Ilha nua em canto fúnebre. Ó meu amante, meu porto de regresso, templo nu, junto ao mar que arrasta nossos corpos liquefeitos, e semeia ossos na marítima memória."

Al Berto, O Medo.

29.8.07

Verão Atípico II

De certeza que é das temperaturas altas do Verão.

Ontem, foi o Correia da Manhã quem melhor trabalhou a notícia sobre a suspeita de envenenamento de uma menina na Madeira.

O assunto foi notícia segunda-feira na região. A maioria dos órgãos de informação madeirenses, apenas citou o comunicado da Polícia Judiciária.
Afinal, a notícia poderia ser desenvolvida, como foi pelo matutino lisboeta. Que eu saiba, o CM não tem nenhum correspondente na Madeira. Quer isto dizer que, sem conhecer o terreno e sem fontes, o jornal conseguiu fazer aquilo que nenhum órgão de informação local fez. Contra mim falo.

A inquietação, não é de hoje, vem de ontem. Há sensivelmente um mês, uma outra notícia com origem na PJ da Madeira, foi devidamente tratada pelo Diário de Notícias de Lisboa.

Perante tão evidentes factos, questiono-me o que não acontece com o resto das não-notícias?

Verão Atípico I

O diabo deve estar louco.
Raimundo Quintal, ex-autarca, fez uma grave acusação e é como se nada tivesse dito. O assunto morreu no mesmo instante em que o ex-vereador da Câmara do Funchal abriu a boca.

Não houve feed-back. Deve ser das férias. Só pode, porque não encontro outra explicação para o profundo silêncio.

Ou será que o que disse não é grave? Recordo que Raimundo Quintal afirmou que existem “não eleitos nas câmaras e no governo com bens (carros de luxo e casas com piscina) superiores aos ordenados que auferem”.
Que eu saiba ninguém desmentiu o professor. Será que enterraram a cabeça no cascalho e estão à espera que a tempestade na Câmara do Funchal passe?

Clipping Urbano

Mais um blog excelente para quem se interessa por assuntos relacionados com media. Já está nos favoritos.

Isto anda parado!

Andamos meios parados. É do Verão, acho eu...