20.1.10

Avatar


No cinema, Avatar provoca furor. Toda a gente fala do filme e Cameron, um cineasta menor, é elevado aos píncaros ao inaugurar, ao que dizem, uma nova era cinematográfica.

Lamento discordar da maioria que ama e idolatra Cameron.

Se por um lado, o filme conta com um efeito tridimensional interessante, por um outro, o filme é um argumento muito pobrezinho e moralmente deprimente, sem qualquer meada por onde se pegue e que convém, desde logo, não ser levado a sério.

No fundo, a historiazinha de Cameron não é mais que uma tentativa fútil de apontar o dedo à civilização ocidental e ao seu estilo de vida aparentemente predador que ele, Cameron, condena e abomina, mas onde, curiosamente, muito bem sobrevive.

A qualidade argumentativa, inexistente, em Cameron fica assim, e uma vez mais, bem patente. Entre o amor da burguesa e o rústico (ao som da Céline Dion, a rebentar com os meus tímpanos) ou um qualquer regresso à época das cavernas (onde ele acha que seríamos todos mais felizes), o Sr. Cameron só prova que pode ser muito bom nos efeitos especiais e nas megas produções, mas que não percebe patavina da vida e do mundo em que vive. Daí o delírio permanente. Contagiante, por sinal.

Um candidato

No circo nacional, ninguém bate o Dr. Alegre. Apostado em criar factos políticos com elevada projecção mediática, o Dr. Alegre nunca está feliz com a sua vivência política nula e acalenta, já não secretamente, tornar-se qualquer coisa de importante fora da poesia e das jantaradas com os amigos.

Agora, anunciou uma nova candidatura presidencial que, embora ainda muito longe, já colocou o jornalismo do costume em entusiástica apoteose. Pelo que nos é dado entender, o Dr. Alegre é uma espécie de salvador da pátria, que vai vencer a crise e devolver a esperança aos portugueses, colocando-nos no caminho da salvação terrena e, quem sabe, numa nova era da esquerda moderna onde tudo, com tempo e jeito, se resolve.

São-me absolutamente indiferentes as ideias e as manias do Dr. Alegre e dos seus convivas de ocasião. Ainda assim, convém avisar a criatura que, se depois de mais de 30 anos como deputado nunca fez parte da solução, deve ser então, e de certeza absoluta, parte do problema. E que a tristeza deste pobre país, que ele novamente se propõe representar, também se vê pelos putativos candidatos que recorrentemente se apresentam a eleições: seja porque julgam poder vencê-las, seja porque adoram jantaradas regadas com poemas e gritos de revolução. Que a coisa aconteça sempre de cinco em cinco anos, é pormenor de pouca monta porque, bem no âmago do Dr. Alegre, e na verdade, não há qualquer utilidade no tempo presente: ele, ou sonha com um passado que não volta, ou quer um futuro que não existe.

Bat For Lashes

Uma das mais originais compositoras que os últimos anos nos apresentaram.

Pouco conhecida do grande público português, a menina Natasha Kahn, nome de baptismo de Bat For Lashes, foi indicada, em 2008, para os Brit Award nas categorias de revelação e de melhor artista feminina, mas não ganhou nenhum dos prémios.

Em 2009 editou o segundo álbum, Two Suns. O primeiro, de onde foi tirado este Horse and I, aparecera no mercado em 2006, sob o nome de Fun and Gold.

Aconselho a audição. A sério, faz bem à saúde

Santo António casamenteiro dos homossexuais???

Parece que alguns membros do activismo gay deste país (que não representa, propriamente, a comunidade homossexual), bem como alguma esquerda ateísta, estão indignados pelo facto da iniciativa Casamentos de Santo António não incluir pessoas do mesmo sexo.
Argumentam que a iniciativa é promovida por uma instituição pública (Câmara Municipal de Lisboa) e que por isso os casamentos entre pessoas do mesmo sexo não deveriam ser discriminados (veremos o tempo que esta gente levará a gritar a discriminação, que garantiam não haver, quanto à questão da adopção).
Posso estar enganado mas tendo em consideração que Santo António (não o António, mas o Santo) é património da Igreja (assim, sem aspas), e que a Igreja não sacramenta os casamentos entre pessoas do mesmo sexo, parece-me evidente que esta exigência é uma ingerência absurda nos rituais da Igreja (recorde-se que o Casamento é um dos sete Sacramentos).
Aliás, é até idiota que pretendam exigir igualdade naquilo que outrora garantiam ser diferente (casamento e matrimónio) e demonstra bem que o que estas associaçõezinhas de vão de escada pretendem é hostilizar a Igreja e os Católicos.
Como também demonstra que muitos dos auto-denominados activistas das causas gay pretendem é andar na esfera mediática, promovendo sabe-se lá que outros interesses.
Com tudo isto, daqui a nada, não há quem possa aturar mais tontices destas grupelhos (o que não é o meu caso, que nunca os suportei). O que, paradoxalmente, até é positivo.

PS - Mas olha que havia de ser giro, os Casamentos de Santo António transformados uma parada gay…

Uns desiludem outros não contam para nada

A posição de José Manuel Rodrigues e do CDS-PP da Madeira está a tornar-se insustentável. O pedido de adiamento da discussão da alteração à Lei das Finanças Regionais (LFR) assemelha-se a uma fuga para a frente face ao aparente "roer da corda" do partido a nível nacional e à intrangigência negocial de Sócrates.

Já o PS-M, entretido em mais uma luta interna, da qual parece ter saído vencedor, mais uma vez, o "Grupo do Éden" (há quem qualifique como "bloco central"), representado por Jacinto Serrão - eu continuo a dizer que foi um dos mais fracos líderes de sempre do PS-M, mas enfim - tem pouco ou nada para dizer neste momento.

Se o CDS-PP, a confirmar-se o cenário, arrisca-se a desiludir, e muito, os milhares de madeirenses que nas últimas eleições nacionais contribuiram para um excelente resultado eleitoral, podendo vir a pagar um preço muito alto, do PS-M não se espera rigorosamente nada de útil (ou inútil). Simplesmente não conta. O que é pena.

19.1.10

Quem tem razão?

Esta manhã, o Diário de Notícias de Lisboa anunciara que o CDS-PP iria apresentar a sua proposta para a Lei de Finanças Regionais (LFR). A notícia (e com ela a fonte declarada, José Manuel Rodrigues), foi desmentida por Assunção Cristas, deputada do partido na Assembleia da República e tida como muito próxima de Paulo Portas, que parece ter dado razão à acusação feita por Guilherme Silva, segundo a qual os "centristas" teriam "roído a corda" nesta matéria, alinhando com o Governo do PS numa posição muito pouco favorável às pretensões da Madeira.

Assumindo aquilo que até agora ninguém tivera coragem de assumir entre os "centristas", ou seja, que a alteração à LFR não é relevante para o CDS, CRistas garantiu que, ao contrário daquilo que seria expectável, a LFR não iria ser levada à mesa de negociações no encontro que decorre neste momento entre Sócrates e os "centristas".

Em que ficamos? Quem está mal informado, Assunção Cristas (que por acaso participará no encontro desta tarde com José Sócrates) ou o vice-presidente da bancada parlamentar do CDS-PP na Assembleia da Republica, José Manuel Rodrigues?

A posição da deputada deixou visivelmente incomodada a estrutura local do CDS-PP. Lino Abreu foi rápido a reagir, mas estará ele informado sobre o que vai na alma dos dirigentes nacionais?

Terá Guilherme Silva razão? Quer parecer-me que sim...

E agora, José? Eu cá vou esperar pelo jornal das 8...

18.1.10

Florence and The Machine - Drumming Song

Florence and The Machine, uma das bandas revelação em 2009. Embora não seja muito o meu género, se calhar vale a pena seguir a menina Florence e os seus amigos. Digo eu...

A ouvir em 2010

Lista das novas bandas que, segundo a BBC, são de audição obrigatória em 2010. Com links.

Fotografias

Algumas fotos minhas que descobri quando ontem andava a rever ficheiros mais antigos no computador.





17.1.10

Cotidiano nº2

Hay dias que no se lo que se pasa
E abro o meu Neruda e apago o sol
Misturo poesia com cachaça
E acabo discutindo futebol
Mas não tem nada, não tenho meu violão
Acordo de manhã, pão com manteiga
E muito, muito sangue no jornal
Aí a criançada toda chega
E eu chego achar Herodes natural
Depois faço a loteca com a patroa
Quem sabe o nosso dia vai chegar
E rio, porque rico ri à toa
Também não custa nada imaginar
Aos sábados em casa tomo um porre
E sonho soluções fenomenais
Mas quando o sono vem e a noite morre
O dia conta histórias sempre iguais
Às vezes quero crer mas não consigo
É tudo uma total insensatez
Aí pergunto a Deus: escute, amigo
Se foi prá desfazer porque é que fez


Toquinho

Kings and Belle

Abaixo, duas das bandas pop (pelo menos eu classifico-as assim) de que mais gosto: o duo Kings of Convenience e os mais velhinhos Belle And Sebastian. É o que tenho andado a ouvir nos últimos dias. Será que isto quer dizer alguma coisa? Acho que não... Enfim, são dias.

Kings Of Convenience - Mrs Cold

A primeira

Belle and Sebastian - Expectations

A segunda