As alterações ao modelo desportivo que vem sendo seguido na Madeira só pecam por tardias. O incentivo ao clube-escola e a implantação de um modelo competitivo, para jovens até aos 16 anos, menos focado nos resultados imediatos e mais na formação dos adolescentes não só como atletas, mas também como cidadãos, representará, estou em crer, um salto qualitativo importante.
Por vezes, confundimos a árvore com a floresta. Focamo-nos em resultados de excelência, alcançados por jovens com capacidades excepcionais, e achamos que são representativos daquilo que é o desporto na Região.Infelizmente não são. São, na maioria dos casos, situações pontuais, motivadas pelo esforço e pelo empenho individuais.
Creio que mais importante do que apoiar o desporto profissional é apoiar e incentivar a práctica desportiva regular, tornando-a habitual para a maioria da população. Nesse sentido, nota-se algun esforço por parte das entidades públicas - o Projecto Movitol, do IDRAM, foi um bom exemplo - mas são ainda as associações privadas quem lidera o movimento. A Associação de Desporto para Todos, do Duarte Oliveira, é exemplar. Instituições como o Clube Naval de São Vicente, o Clube Desportivo do Campanário, o Clube Maresia do Porto Moniz, ou outras, fazem também um trabalho meritório. Mas não recebem, muitas vezes, o reconhecimento devido.
O desporto profissional deve ser o topo de uma pirâmide, e não ao contrário. Os clubes são entidades focadas essêncialmente, na obtenção de resultados imediatos. Mesmo nos escalões de formação. Por isso excluem aqueles que têm menos capacidade. É essa tendência que os clubes-escola poderão inverter. Excluindo menos, dando menos primazia à competição do que à formação, poderão ser viveiro de bons atletas, mas poderão sobretudo ajudar a criar, numa nova geração, a cultura da práctica desportiva. Gente que se habituará também a ver desporto da maneira saudável que só o conhecimento traz.
Com uma base mais alargada de practicantes e de público, o desporto da Região poderá dar o salto em frente que as infraestruturas entretando construídas merecem.
"Reúne sete ou oito sábios e tornar-se-ão outros tantos tolos, pois incapazes de chegar a acordo entre eles, discutem as coisas em vez de as fazerem" - António da Venafro
9.8.07
8.8.07
Piazzola
É verdade: na Fnac, pelo mesmo preço (4,95 euros), podem também comprar-se, nestes dias, algumas compilações de bons músicos. Astor Piazzola está no lote.
(O seu "Libertango" tá a tocar no rádio do meu carro há dois dias. Confesso, no entanto, que já me começa a fartar um bocadinho...)
Post-Scriptum: Patricia, fico agora à espera da comissão combinada...
(O seu "Libertango" tá a tocar no rádio do meu carro há dois dias. Confesso, no entanto, que já me começa a fartar um bocadinho...)
Post-Scriptum: Patricia, fico agora à espera da comissão combinada...
Informação (in)útil
A Fnac está a vender, "a preço de banana" - esta expressão perdeu parte da sua veracidade, ao preço que a banana anda, de facto...
ok, recapitulando...
A Fnac anda a vender, baratinho, alguns dos bons filmes dos últimos anos. Para quem se interessar, o genial Coffee and Cigarettes, de Jim Jarmusch, está a 4 euros e 95 cêntimos (mais barato que um quilo de banana, na verdade!).
Na lista, e pelo mesmo preço, estão também filmes de Bergman - Saraband (ao cuidado do Angelino) - e obras como As Bonecas Russas, Amadeus, de Milos Forman, em caixa especial, ou Last Days, de Gus Van Sant, com Brad Pitt.
Já ouvi, metade de vocês deve estar a pensar
"mas este otário ainda compra filmes e discos e essas merdas que se sacam da net à borla!"
pois, mas que querem, é um vício...
De qualquer maneira, fica a informação.
ok, recapitulando...
A Fnac anda a vender, baratinho, alguns dos bons filmes dos últimos anos. Para quem se interessar, o genial Coffee and Cigarettes, de Jim Jarmusch, está a 4 euros e 95 cêntimos (mais barato que um quilo de banana, na verdade!).
Na lista, e pelo mesmo preço, estão também filmes de Bergman - Saraband (ao cuidado do Angelino) - e obras como As Bonecas Russas, Amadeus, de Milos Forman, em caixa especial, ou Last Days, de Gus Van Sant, com Brad Pitt.
Já ouvi, metade de vocês deve estar a pensar
"mas este otário ainda compra filmes e discos e essas merdas que se sacam da net à borla!"
pois, mas que querem, é um vício...
De qualquer maneira, fica a informação.
Há tipos com graça
Há tipos que de facto têm graça. António Vilarigues é um deles. Hoje, o "Farpas" resolveu alegrar-me a tarde e postou um artigo do dito senhor que, confesso, me encheu de espantosa boa disposição. Não é que o homem escreve que na Madeira há um imparável movimento popular de descontentamento face a Alberto João Jardim e ao PSD! É evidente que para o senhor Vilarigues as eleições de seis de Maio, que deram aos que estarão, segundo ele, prestes a ser julgados em praça pública, uma das maiores maiorias de sempre, foram um pormenor irrelevante, um pequeno passo atrás no imparável avanço da oposição.
Para apoiar a sua mirabolante visão, o senhor Vilarigues argumenta que o declínio do PSD-Madeira é vísivel pelo crescimento...da CDU. É evidente que a queda vertiginosa do PS-Madeira, o único partido que poderia aspirar a ser poder é, para o homem, um pequeno detalhe, que nem merece uma linha no generoso espaço que o Público lhe cedeu para opinar.
Confesso que já era admirador das qualidades de escriba do senhor Vilarigues, embora não o lesse sempre. Mas a partir de hoje juro que não perderei um artigo que seja desse visionário. É que nem o Ricardo Araújo Pereira me faz rir com tanta vontade!
Para apoiar a sua mirabolante visão, o senhor Vilarigues argumenta que o declínio do PSD-Madeira é vísivel pelo crescimento...da CDU. É evidente que a queda vertiginosa do PS-Madeira, o único partido que poderia aspirar a ser poder é, para o homem, um pequeno detalhe, que nem merece uma linha no generoso espaço que o Público lhe cedeu para opinar.
Confesso que já era admirador das qualidades de escriba do senhor Vilarigues, embora não o lesse sempre. Mas a partir de hoje juro que não perderei um artigo que seja desse visionário. É que nem o Ricardo Araújo Pereira me faz rir com tanta vontade!
7.8.07
A ler (linguagem popular da Madeira)
Um texto que me foi enviado por e-mail. Numa linguagem muito própria, que infelizmente se está a perder.
Há frases que só se percebem pelo contexto, mas creio que todos nós já ouvimos a maioria das expressões.
Para ler, pois tem graça.
Post Scriptum: Infelizmente, não sei quem ffoi o autor do texto. Se alguém souber, a caixa de comentários fica excepcionalmente aberta...
Era uma vez.....
Tava o vendeiro ao paleio com o vadio do vilhão quando ouviu uma zoada.
Era a água de giro.
O buzico do levadeiro que vinha mercar palhetes à venda, vinha às carreiras e às parafitas com bizalho.
Dá-lhe uma cangueira, trompicou no matulhão do vilhão. Bate cas ventas no lanço e esmegalha a pucra. O vilão dá-lhe uma reina vai a cima dele para lhe dar uma relampada, patinha uma poia.
Ficou todo sovento.
O vendeiro dá-lhe uma resonda por ele querer malhar num bizalho dum pequeno. Vem o levadeiro e, ao ver o vasola , que anda à gosma e a encher o pamdulho à custa dos outros, a ferrar com o filho, fica variado do miolo e diz-lhe umas.
O vilhão atazanado, atremou mal e pensou que ele lhe tinha chamado de
chibarro, ficou alcançado, deu-lhe uma rabanada e foi embora todo
esfrancelhado.
O levadeiro ficou mais que azoigado mas lá foi desatupir a levada.
O piquene chegou a casa todo sentido, com um mamulhão. A mãe que é uma rabugenta, mas abica-se por ele, ao vê-lo todo emantado, deu-lhe um
chá que era uma água mijoca, pensando que canalha é mesmo assim, mas, como
ele não arribava, antes continuava olheirento , entujado e da chorrica foi
curar do bucho virado e do olhado.
O buzico arribou e até já anda a saltar poios de bananeiras na Fajã.
Há frases que só se percebem pelo contexto, mas creio que todos nós já ouvimos a maioria das expressões.
Para ler, pois tem graça.
Post Scriptum: Infelizmente, não sei quem ffoi o autor do texto. Se alguém souber, a caixa de comentários fica excepcionalmente aberta...
Era uma vez.....
Tava o vendeiro ao paleio com o vadio do vilhão quando ouviu uma zoada.
Era a água de giro.
O buzico do levadeiro que vinha mercar palhetes à venda, vinha às carreiras e às parafitas com bizalho.
Dá-lhe uma cangueira, trompicou no matulhão do vilhão. Bate cas ventas no lanço e esmegalha a pucra. O vilão dá-lhe uma reina vai a cima dele para lhe dar uma relampada, patinha uma poia.
Ficou todo sovento.
O vendeiro dá-lhe uma resonda por ele querer malhar num bizalho dum pequeno. Vem o levadeiro e, ao ver o vasola , que anda à gosma e a encher o pamdulho à custa dos outros, a ferrar com o filho, fica variado do miolo e diz-lhe umas.
O vilhão atazanado, atremou mal e pensou que ele lhe tinha chamado de
chibarro, ficou alcançado, deu-lhe uma rabanada e foi embora todo
esfrancelhado.
O levadeiro ficou mais que azoigado mas lá foi desatupir a levada.
O piquene chegou a casa todo sentido, com um mamulhão. A mãe que é uma rabugenta, mas abica-se por ele, ao vê-lo todo emantado, deu-lhe um
chá que era uma água mijoca, pensando que canalha é mesmo assim, mas, como
ele não arribava, antes continuava olheirento , entujado e da chorrica foi
curar do bucho virado e do olhado.
O buzico arribou e até já anda a saltar poios de bananeiras na Fajã.
Barreiros
Esperemos que esta época o Estádio dos Barreiros encha.
(há de ser sempre o "meu" estádio. Foi lá que aprendi a ver futebol, em tardes ensolaradas de domingo, com tremoços e vendedores de gelados, gritos e ambições desmedidas, bandeiras e cachecóis, árbitros "gatunos", jogadores trapalhões, palmas e apupos, sustos, muitos sustos. E alguns abraços após o "último minuto". Daí ter tirado estas fotografias.)
A Tap pediu desculpas
A TAP pediu hoje desculpas ao FC Porto pelo incidente que motivou veemente protesto dos "dragões", levando mesmo o clube a anunciar que não voaria mais com a companhia. Já agora, a transportadora deveria alargar o pedido de desculpas a todos os madeirenses e a todos os açorianos pelo péssimo serviço que presta nas ligações para as regiões autónomas. E a todos os milhares de passageiros que sofrem com os atrasos dos aviões, com a ineficiência dos balcões e com a sobranceria incompetente de muitos dos funcionários da TAP. O gesto ficava-lhes tão bem! E já que abriram o precendente...
RTP Madeira em excelente forma
Foi excelente o trabalho de cobertura do RVM 07 feito pela RTP-Madeira. Um exemplo a ser seguido até pelas estações nacionais. Parabéns a todos aqueles que participaram, organizaram ou colaboraram nas emissões.
Como sobreviverá o Washington Post?
Um artigo fantástico sobre o impacto da blogosfera e das novas tecnologias, que "democratizaram" a produção e o acesso à informação, e os média tradicionais. Via Ponto Média.
Mendigos trocam Portugal pelo estrangeiro.
Nas ruas da capital da Dinamarca, (Copenhaga) há um português sem-abrigo, que por nada nesta vida abandona o país. Prefere viver ao relento do que voltar para Portugal.
Apesar disso, ainda consegue fazer economias mensais, de qualquer coisa como 1500 euros. Nada mau para quem vivia em Portugal com um ordenado de 500.
Pormenores desta fantástica “estória” no SOL.
Apesar disso, ainda consegue fazer economias mensais, de qualquer coisa como 1500 euros. Nada mau para quem vivia em Portugal com um ordenado de 500.
Pormenores desta fantástica “estória” no SOL.
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