9.12.05

O problema deste homem é ter muitas vezes razão...

Vasco Pulido Valente, Público, 09-12-2005

Muito inteligente

"Pouco a pouco, a língua da política acabou por se tornar numa "língua de pau". Basta reparar, por exemplo, nesta campanha: com a possível excepção Soares, só se ouvem fórmulas sobre fórmulas, que há muito tempo perderam qualquer espécie de significado ou valor evocativo. O jornalismo comenta essas fórmulas com outras fórmulas, se possível mais pobres, mais rígidas, mais previsíveis. Na televisão, além disto, a impropriedade e a asneira fervem. E na televisão por cabo, em muitos casos, já não se usa mesmo o português. Quem recebe relatórios de organismos do Estado, ou de uma empresa (de um banco, por exemplo), ou de um médico, está habituado às contorções que os peritos precisam para dizer a coisa mais trivial e óbvia. E não vale a pena insistir no e-mail ou nas mensagens SMS, que raramente excedem a comunicação do primata inferior. Chegámos, como povo falante, muito próximo do grunhido.
Responsável por uma perversão que se tornou célebre sob o nome de "eduquês", contra a qual até o dr. Grilo se julgou no dever de protestar, o ministério da Educação achou agora conveniente eliminar, suponho que para animar a iliteracia indígena, as provas de português no 12.º ano. O pessoal superior do Ministério da Educação e a sra. ministra, que seriam incapazes de contar, como constantemente o provam, a história do Capuchinho Vermelho em 70 palavras, não vêem a menor vantagem na capacidade de escrever com lucidez, precisão e brevidade. Provavelmente pensam que o telemóvel basta às crianças meio mentecaptas, que saem do secundário. Uma convicção quase com certeza de experiência feita, que o Governo partilha. O analfabetismo protege sempre o analfabetismo.
Entretanto, o deputado (e poeta) Manuel Alegre promete um "Laboratório (?) da Língua Portuguesa" e o dr. Cavaco puxa pela sua qualidade de "incentivador da Língua Portuguesa" ("incentivador", calculem) e proclama a sua fé na virtude persuasiva do verbo. Não entrou evidentemente naquelas cabeças que, por falta de vocabulário e de compreensão sintáctica, não tarda muito ninguém conseguirá ler ou perceber português. Nem sequer um jornal. Quanto mais Garrett, Camilo, Eça ou Pessoa. A "defesa da língua" serve para propaganda eleitoral (capítulo: política externa). Mas não interessa ao Ministério da Educação. O ministério julga favorecer a ciência e a técnica, transformando Portugal num país de alarves. Muito boa ideia. E muito inteligente."

8.12.05

Corrigindo II

Azar dos azares, um leitor deste blogue interpela-me na rua. Vindo do nada, cumprimenta-me efusivamente. Queria ter o especial prazer de me fazer engolir aquilo que escrevi sobre o Benfica. Dou-lhe razão: pela boca morre o peixe e a minha previsão/profecia não se concretizou. Mas uma das coisas mais difíceis de se fazer num blogue, é escrever antecipando. É isso que de facto nos pode diferenciar e tornar um pouco mais interessantes. Neste caso, como em tantos outros, admito a minha falha. Mas mantenho uma certeza: o Benfica não irá muito mais longe como até o mais fanático compreenderá. Por agora, sorte dos jornais que prometem uma quadra natalícia divinal, patética e extremamente cómica. Afinal, a comédia mantém-se em cena.

Corrigindo

O texto aqui referenciado (ver post mais abaixo) como sendo da autoria de Eduardo Prado Coelho, não é na realidade de Eduardo Prado Coelho. Aliás, o mesmo já foi por ele desmentido numa das suas crónicas.

O mesmo aconteceu recentemente com um célebre texto de Miguel Sousa Tavares, totalmente desvirtuado e manipulado, que fez furor nas caixas electrónicas de correio e que continha uma série de acusações gravíssimas à família Soares e aos seus interesses na construção do futuro aeroporto da OTA.

A moda parece que pegou. Por isso todo o cuidado é pouco. Nestas coisas nada como tacto e bom senso.

Prognósticos só no fim, mas...

cá vai uma proposta de totobola com os debates "esclarecedores" das presidenciais.

Dia

Canal

Direita do Écran

Esquerda do Écran

Prognóstico Totobola 1X2

2ª Feira, 5/12

SIC

Alegre

Cavaco

x

5ª Feira, 8/12

RTP

Jerónimo

Soares

x

6ª Feira, 9/12

TVI

Cavaco

Louçã

x

2ª Feira, 12/12

RTP

Alegre

Louçã

x

3ª Feira, 13/12

SIC

Cavaco

Jerónimo

x

4ª Feira, 14/12

TVI

Soares

Alegre

1x2

5ª Feira, 15/12

RTP

Jerónimo

Louçã

1x2

6ª Feira, 16/12

SIC

Soares

Louçã

x

2ª Feira, 19/12

TVI

Alegre

Jerónimo

x

3ª Feira, 20/12

RTP

Cavaco

Soares

x

PARA LER E REFLECTIR...

Eduardo Prado Coelho - in Público

A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vierdepois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.

Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.

Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ... e para eles mesmos.

Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.

Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos.

Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros. Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica. Onde nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar a alguns.

Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame.

Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar-lhe o lugar.

Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes. Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.

Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta.

Como "matéria prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que nosso país precisa. Esses defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte...

Fico triste. Porque, ainda que Sócrates fosse embora hoje mesmo, o próximo que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve Sócrates, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa?

Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados! É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação,então tudo muda... Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.

Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a nos acontecer: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez. Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO. E você, o que pensa?.... MEDITE!

EDUARDO PRADO COELHO

7.12.05

Cinemas

A teoria de que mais cinemas trazem melhor cinema, não se aplica na nossa aldeia. Há mais centros comerciais e mais salas mas, espantem-se, os filmes são exactamente os mesmos em ambos os complexos, situação que não se compreende uma vez que os filmes são comercializados por distribuidoras diferentes. É a tal coisa: como o povo come e cala e vê qualquer coisa que passe – incluindo comédias intragáveis e filmes de terror de série B – ninguém se queixa e o mercado nada exige. Sendo assim, não há milagres. Ir a um ou a outro é exactamente igual, quando não deveria ser. O melhor mesmo é ficar em casa.

A bola

Em polvorosa anda o país desportivo. E a comunicação social afecta ao Benfica, que é quase toda. Criou-se por aí uma espécie de esperança que gerou uma excitação inusitada e incompreensível junto do Benfica (que, recorde-se, é último classificado do pior grupo de sempre da Liga dos Campeões: 8 golos marcados em dez jogos realizados) e dos benfiquistas que andam convencidíssimos que vão eliminar o Manchester United, uma ideia criada com a conivência da comunicação social, apenas para enganar papalvos e gerar falsas esperanças. Para isso nada como ir buscar ao baú das memórias o Eusébio e os jogos míticos do passado (a época de ouro) já só possíveis de ver em edições especiais em DVD ou em programas da RTP/Memória. Mas para alcançar o sonho, só falta mesmo ganhar o Manchester United. Em casa. Coisa de pouca monta como se vê.

Não entremos por isso, em euforias balofas e sem sentido: o Benfica será logo à noite, claramente, eliminado das competições. E eu como adepto do futebol não entro em patriotismos saloios que nos dizem que devemos sempre apoiar as equipas portuguesas nas competições europeias. Apoio-as se tiverem um mínimo de qualidade e decência. No resto, a Pátria que nao me peça favores que não os faço. Entre um Manchester United e um Benfica nos oitavos de final de uma competição como a Liga, eu prefiro, de longe, o Manchester. Em primeiro lugar, porque me dá garantias de bons jogos e, em segundo lugar, porque me dá garantias de futebol de ataque, sem tropeções e sem as desculpas do costume. Para além do mais, o futebol é demasiado importante para ser conivente com o tipo de gente (presidentes, treinadores e jogadores) que por aí (ler no futebol português) deambula impune: gente sem classe, sem carisma, sem ideias e sem inteligência. Quanto a mim, o futebol em Portugal é um redundante equívoco. E um exercício pleno de masoquismo, que não merece o mínimo crédito.

Amanhã, as manchetes dos jornais serão todas iguais: fizeram falta os lesionados e/ou o árbitro e/ou a falta de sorte do costume. Pelo meio, vão esquecer que o Manchester recebeu o Benfica com sete lesionados e que nem por isso deixou de cumprir com a sua obrigação: ganhar o jogo. Coisa que, por exemplo, o Benfica não fez quando “recebeu” o Lille “fora de casa” (precioso eufemismo) e perante 40 mil emigrantes.

Mas claro que, e apesar de tudo, o Benfica continuará a ser o maior clube do mundo. Pena que o mundo não se resuma a Lisboa ou à treta das fronteiras deste país. Ou mesmo à Bulgária, Moldova e países dentro do género.Aí não haveria a mínima dúvida.

Português




O Governo sócratico acha que os exames de português não são necessários.

Realmente, para quê maçar os alunos com semelhante disciplina? Ainda por cima quando a população portuguesa fala, e escreve, num português escorreito, fluido, digno de um Eça!

O panfleto que hoje me entregaram na baixa da cidade é disso exemplo. Como poderão ver (e ler).

O texto é magnifíco. Só é pena que no panfleto não se revele onde fica o restaurante. Porque, ao que parece, no café.come "não se come para viver, antes vive-se para comer".

6.12.05

Sondagem

Apesar da pobreza franciscana do debate, uma sondagem revela que Cavaco ganhou a Alegre. Quinta-feira, na RTP, o segundo round. Soares, à esquerda do ecrã, enfrenta um Jerónimo estranhamente à direita. Se quiser conhecer o calendário desta espécie de "I Liga da Política" vá aqui.

O regime salva-se

Foi bom saber que o Dr. Cavaco e o Dr. Alegre concordam em tanta coisa. Particularmente no ódio que nutrem pelo Dr. Soares - "odeiam o homem, lá isso odeiam", como bem escreveu Vasco Pulido Valente.

O regime está safo!

Serpentine


"I'm caught in the flow of things
My memory's a broken machine
This is how my day begins
This is just one day unseen

Let's do it serpentine, any time
Let's do it right here
Let's do it serpentine, I don't mind
Let's do it right here

Is it bad that you're good for me
Did I love you just randomly?
I'm caught in the flow of sound
And you're just some melody

Let's do it serpentine, any time
Let's do it right here
Let's do it serpentine, I don't mind
Let's do it right here

There's a cute little litany
Put it on my shoulder
Eight o'clock and we agree
It makes me look much older

one-two in fire (2 times)

Got my clockworks company
I got my dark green trenchcoat on
I'm sure it will always be
Someone staying and someone gone

Let's do it serpentine, any time
Let's do it right here
Let's do it serpentine, I don't mind
Let's do it right here"

Tom Barman & Guy Van Nueten

dEUS

Os dEUS tocam hoje no Porto. E eu gostava de lá estar.

O novo álbum, "Pocket Revolution", é bom. Quase tão bom como os primeiros discos da banda, "Worst Case Scenario", de 1994, e "In a Bar, Under the Sea", de 1996. E bem melhor que o falhado "The Ideal Crash", de 1999.

Canções como "Suds and Soda", "Via", "Serpentine", "Theme From Turnpike" ou "Little Arithmetics", entre outras, fazem parte do meu imaginário, integraram a minha "banda sonora privada" dos últimos anos . Por isso, é bom saber que os dEUS estão de volta. Mesmo sem Jules De Borgher, o baterista dos primeiros discos.

Avanços tecnológicos

Depois da divulgação do estudo realizado pelo Instituto Nacional de Estatística, concluo que o programa: “um computador uma família”, só beneficiou quem já tinha computador.

A utilização das “novas telecnologias”, na Madeira, continua abaixo da média nacional.


Nota: excerto notícia DN


«36,1 por cento dos madeirenses utilizam computador

Dados resultam do Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e Comunicação realizado este ano pelo Instituto Nacional de Estatística

No primeiro trimestre deste ano, 36,1 por cento dos madeirenses com idades compreendidas entre os 16 e os 74 anos utilizaram computador.
Estes dados fazem parte dos resultados do Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias realizado no corrente ano pelo INE (Instituto Nacional de Estatística), em colaboração com a Unidade de Missão Inovação e Conhecimento (UMIC).
No que se refere à utilização de computadores pessoais, a Região encontra-se abaixo da média nacional (39,6), mas ainda está acima daquelas onde a proporção de utilizadores é menor, ou seja, dos Açores (33,4 por cento) e do Norte do país (35 por cento).
É em Lisboa que se encontra o maior número de utilizadores, ou seja, cerca de metade da população residente (47,5 por cento) com idade entre os 16 e os 74 anos usa computador diariamente.
Além disso, há que sublinhar que, no primeiro trimestre deste ano, 42,5 por cento dos agregados domésticos possuíam computador e 31,5 por cento tinham acesso à Internet a partir de casa. Isto indica um crescimento médio anual de 16,6 por cento no número de computadores, entre 2002 e 2005.
O estudo em causa também refere que a casa e o local de trabalho são geralmente os locais escolhidos para utilizar o computador, sendo que a proporção de homens que recorre a esta tecnologia é maior que a das mulheres. Em termos de análise por escalões etários, são os mais jovens que mostram maior propensão para o uso do computador (78,1% dos utilizadores têm entre 16 e 24 anos).
As conclusões deste Inquérito sublinham ainda o facto de que a «utilização de computador varia na razão directa do nível de instrução: a proporção de utilizadores desta tecnologia é de 90,2 por cento entre os indivíduos que possuem ensino superior para 24,1 por cento dos que têm um nível de escolaridade até ao 3º Ciclo».
Já no que se refere aos utilizadores de Internet, na Região, cerca de 29 por cento dos indivíduos nas referidas faixas etárias acederam à "World Wide Web" no primeiro trimestre deste ano. Este valor indica igualmente que a Madeira está também abaixo da média nacional fixada nos 32 por cento. Apenas Lisboa supera a média do país de utilizadores de Internet, com 41,3 por cento.
Ao nível nacional, são os estudantes que mais acedem à Internet (94,5 por cento utilizam esta tecnologia), sendo que sete em cada dez indivíduos com idades entre os 16 e os 24 anos são utilizadores da "rede".
O Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias refere igualmente, a título de curiosidade, que cerca de 75 por cento dos indivíduos inquiridos nunca frequentaram qualquer curso ou acção de formação relacionada com computadores.
«As competências adquiridas ao nível da utilização de computador e de Internet são, maioritariamente, devidas a processos de auto-aprendizagem, à medida que se utilizam as tecnologias (85 por cento dos indivíduos) e à ajuda de colegas, familiares e amigos (84 por cento dos indivíduos)». »
Ana Luísa Correia

Afinal havia outra


Como em todas as boas histórias existe uma D. Eugénia.
Benemérita da igreja, cujo pedido foi ignorado pela Santa Diocese.

O DN-M trás o resto da estória.

Pedido de desculpas"à la Serrão"

A justificação dos deputados do PS-Madeira na Assembleia da Republica por terem votado a favor do Orçamento de Estado foi um autêntico pedido de desculpas. Que se tornava necessário, de resto.

5.12.05

Paixão pelos Euros


"Quando eles não sabem o que dizem, perdoai-lhes Senhor."


O bispo deve andar com alucinações. O Pior… é que homem pensa que o governo é o Pai Natal.

Ele, - D. Teodoro Faria, já era para estar na reforma e o Alberto João Jardim até pode parecer aos olhos do Bispo o Pai Natal, mas garanto-lhe que ainda não é.

É preciso ter muita lata para pedir que o Executivo pague à igreja, o terreno onde foi construído o arquivo regional.

De certeza que o Bispo deve sofrer de “alzheimer”e não sabe. Se sabe, já se esqueceu que foi o governo - quer dizer, os madeirenses - que pagaram a construção das igrejas da Madeira Nova.

Recordo-me da igreja da Nazaré, da de São Roque e Livramento no concelho do Funchal.
Em Machico foi erguida a do Caniçal e recuperada a do Porto da Cruz.

Em projecto está a igreja do Jardim da Serra para construir de raiz.

Se a este aleatório pacote juntarmos a recuperação de telhados, de fachadas, de órgãos, de capelas, adros e por aí fora,... o executivo gastou fortunas. Dinheiro que dava para construir uma nova sé.

Agora o Bispo ainda quer mais dinheiro antes da reforma? É a anedota do Ano. Chegou tarde, mas a tempo de fazer parte das melhores piadas de 2005.

Comentários

Um "boicote" qualquer do meu computador obrigou-me a a reabrir os comentários. Até o conseguir resolver, vou ter de aceitar todas as palermices (e não só) que aqui quiserem escrever. Mas não as prometo ler.

Tem graça

"Amanhã temos o Porto-Artmedia. Quarta-feira temos o Benfica-Manchester. Hoje, para a quecer, temos o Alegre-Cavaco".

Cartoon do "desportivo" Record.

Debate

Cavaco tem hoje um dos debates mais dificeis desta primeira volta das presidênciais. Vamos ver como se sai.

Bom negócio

Sócrates prepara-se para entregar a gestão de todos os aeroportos portugueses ao concessionário que ganhar o Concurso do século, perdão, da OTA. Todos não. Os quatro aeroportos dos Açores não serão geridos por privados. Pura e simplesmente porque dão prejuízo. Um excelente negócio para o Estado, não hajam dúvidas!

Para saber mais ler aqui.

Ignorância

Teria graça ouvir a esquerda acusar a direita de querer "mitificar" a figura de Sá Carneiro. Esquecendo-se do "Cunhal mítico". E do próprio processo de mitificação de Soares, recusado pelo próprio ao candidatar-se à presidência da Republica, impondo-se a toda essa esquerda, para mal dela. Mas não tem, porque a acusação resulta da ignorância. Do desconhecimento do percurso político e da herança política de um dos portugueses mais importantes do século XX.