28.2.07

Não dá mais

A entrevista do Dr. Serrão hoje ao DN foi reveladora da pobreza franciscana que reina na Rua do Surdo. O presidente do PS castigou os leitores, mais uma vez, com um discurso redondo, feito de lamúrias e queixinhas que de tanto repetidas se tornam maçadoras. De resto, nem um pequeno rasgo de inteligência (política), nem uma "novidadezinha" que seja, nem uma ideiazinha (mesmo que pouco brilhante), nada...

Risível a teima infantil "tenho melhoeres secretários que tu". Lembrou-me eu e o meu irmão quando discutíamos por causa da colecção de cromos. Tínhamos seis ou sete anos!

Por quem está "com a cabeça do cepo" - palavras do Dr. Serrão - foi uma oportunidade perdida

27.2.07

O Cúmulo do Ridículo

Esta segunda-feira os madeirenses menos atentos devem ter ficado expectantes. Afinal não existem partidos na Madeira.

O que existem são filiais. Será que também têm negócios na zona offshore da região?

É que o Presidente da República recebeu, ontem, os partidos em Belém e só vi emplastros. Não ouvi nenhuma voz da Madeira.

Se não podem existir partidos regionais, porque é que estes “senhores” cantam de galo? São uma espécie de foras da lei. Não se percebe porque é que reclamam tempos de Antena, espaços no serviço público de rádio e televisão? Se não existem, não têm direitos. Se aparecem, não deviam.

Onde estão os partidos da autonomia, se nem partidos podem existir? Como é que os políticos deixaram que a situação chegasse a este cúmulo?

Finalmente, o Óscar

A Academia de Hollywood premiou um grande relizador, em deterimento de um excelente filme.
Babel foi o derrotado dos Óscares. É verdade que Martin Scorsese já merecia uma estatueta. Só não sei se "The Departed — Entre Inimigos" é um trabalho notável. Ainda não vi o filme, mas uma coisa é certa. Scorsese é senhor de uma cinematografia invejável. Estamos a falar de mais de 40 filmes. O Óscar fugia-lhe, mas acabou por levá-lo segunda-feira para casa. Foram necessários: - Táxi Driver (1976 - curiosamente recebeu 4 nomeações para os óscares), O Toiro Enraivecido (1980), Nova Iorque Fora de Horas (1985) Tudo Bons Rapazes (1990). Em 1995 o delicioso Casino. Scorsese no seu melhor. Falha com Kundun (1997). É provavelmente o menos "hollywoodiano" de todos os filmes do realizador. Vi-o e não gostei. Mais recentemente devem estar lembrados de O Aviador (2004) com Leonardo Di Caprio no papel de um esquizofrénico amante de aeronaves.

É uma longa carreira de trabalho árduo, de um dos conceituados realizadores da actualidade. Scorsese é capaz do melhor e do pior. Não é um autor regular. Isso não lhe retira mérito. Acrescenta-lhe expectativa. Quando estreia um filme, deste homem, ninguém pode dizer que já sabe o que vai ver.