5.6.09

"estória" de fé ou conto de fadas?

Aí está: Federer está na final de Roland Garros. Foi mais uma vitória em cinco sets, depois de ter estado a perder por 2-1. Tal como contra o veterano alemão Tommy Haas, o suiço teve de travar uma autêntica batalha para vencer o jovem (apenas 20 anos) argentino Juan Martin del Potro, número 5 do mundo.

Aconteça o que acontecer no domingo estaremos perante uma bela história. Se ganhar Robin Soderling será uma história que falará sobre esperança, crença e fé, protagonizada por um tenista que começou por ser uma grande promessa (foi 4º do ranking mundial de juniores), que depois viu a carreira descer de forma abrupta e que vem, aos poucos, renascendo. Hoje, Soderling chegou ao seu Shangri-la. Para ficar ou apenas para ver como é?

Se ganhar Federer escrever-se-á uma espécie de conto de fadas. O suiço é considerado, por muitos, como o melhor jogador de ténis de todos os tempos. Ganhou todos os grand slam com excepção de... Roland Garros (perdeu as últimas duas finais contra a sua besta negra, Rafael Nadal). Foi primeiro no ranking entre Fevereiro de 2004 e Agosto de 2008, quando um super Nadal o ultrapassou sem se fazer rogado. Joga um ténis quase perfeito, um hino à estética. É uma espécie de principe encantado dos courts. Talvez por isso seja o favorito do público francês que o tem, autênticamente, levado em ombros até à final. Se ganhar, concretizar-se-á um final feliz que vem sendo adiado ano após ano.

Honestamente, espero ver o jogo sem tomar partido. Porque se por um lado gostava de ver essa espécie de Robin dos Bosques em versão sueca continuar a surpreender o mundo, por outro creio que a carreira de Federer merece Roland Garros.

Esta final poderá ser uma das últimas oportunidades do suiço. Ele demonstrou, esta tarde, que está com enorme vontade de vencer. Mas aquela direita do Soderling pode fazer muita mossa...

Requerimento a Fernanda Câncio

Ó Fernanda, dado que já estou cansado do ar teatral a que ele equivale em todo o horário de cada canal, no noticiário, no telejornal, ligando-se ao povo, do qual ele se afasta, gastando de novo a fala já gasta e a pôr agastado quem muito se agasta por ser enganado. Ó Fernanda, dado que é tempo de basta, que já estou cansado do excesso de carga, do excesso de banda, da banda que é larga, da gente que é branda, da frase que é ópio, do estilo que é próprio para a propaganda, da falta de estudo, do tudo que é zero, dos logros a esmo e do exagero que o nega a si mesmo, do acto que é baço, do sério que é escasso, mantendo a mentira, mantendo a vaidade, negando a verdade, que sempre enjoou, nas pedras que atira, mas sem que refira o caos que criou. Ó Fernanda, dado que já estou cansado, que falta paciência, por ter suportado em exagerado o que é aparência. Ó Fernanda, dado que já estou cansado, ao fim e ao cabo, das farsas que ele faz, a querer que o diabo me leve o que ele traz, ele que é um amigo de Sao Satanás, entenda o que eu digo: Eu já estou cansado! Sem aviso prévio, ó Fernanda, prive-o de ser contestado! Retire-o do Estado! Torne-o bem privado! Ó Fernanda, leve-o! Traga-nos alívio! Tenha-o só num pátio para o seu convívio! Ó Fernanda, trate-o! Ó Fernanda, amanse-o! Ó Fernanda, ate-o! Ó Fernanda, canse-o!

Recebida via e-mail.

Mais uma do Magalhães

Pois sabiam os meus caros leitores que o Magalhães vem sem qualquer garantia, como é exigido por lei? Ou seja, o Ministério da Educação anda a vender computadores sem recibo e sem garantia, cometendo uma ilegalidade monumental. Mas isto são coisas de lana caprina.
Por isso, uns patetas aplaudem... Fazem-me lembrar aquela série longínqua, em que o pobre do Paulo era obrigado a aplaudir (Aplaude, Paulo, aplaude...), mesmo perante as mais bárbaras anedotas...

Vital no seu melhor II

Vital já nos tinha demonstrado que era (é) um mau candidato. Já nos tinha mostrado que é um homem sem princípios ou convicções. Já nos tinha habituado a vê-lo titubear, à força de tentar encontrar tacho. Também não era homem que me merecesse grande respeito, mas o que tem tentado fazer nesta campanha ultrapassa todos limites de sem-vergonhice. Esta tentativa brejeira de associar o BPN ao PSD é ultrajante e demonstra o quão ignóbil é o homem. Com esta idiotice, tentou, de forma espúria, de criar um caso Freeport para o PSD.
O que Vital esquece (ou é má-fé ou é imbecilidade) é que Oliveira e Costa e Dias Loureiro não exercem qualquer cargo no PSD. Mais, a haver “roubalheira” (e eu acredito que haja), não foi no exercício de um qualquer cargo político, como acontece com a suspeita que recai sobre Sócrates no caso Freeport. Para além de que as alegadas “roubalheiras” aconteceram debaixo dos narizes de Victor Constâncio e de Teixeira dos Santos (que, à data, era presidente da CMVM). Uma roubalheira destas e essas luminárias socialistas não detectaram?
A última ignomínia foi a tentativa descarada de associar Cavaco Silva ao caso. Foi propositado e foi encomendada, claro que foi, uma vez que aquela notícia sobre venda de títulos em 2003 não tem qualquer relevância informativa. Foi mesmo apenas uma tentativa de criar um problema ao PR e consequentemente ao PSD.
E é a este tipo que os socialistas querem associar a Europa. Gajos desses, fiquem com eles, bem trancadinhos em casa.

Vital no seu melhor


E lá vai o Robin

A saga de Robin Soderling continua em Roland Garros. Depois de ter eliminado Nadal e humilhado Davydenko, venceu Fernando González na primeira meia-final. Um grande jogo de ténis em 5 sets em que o sueco esteve, na maioria das vezes, melhor do que o chileno.

A saga do Robin dos bosques continua. A segunda meia-final começa agora. Será Del Potro capaz de arruinar o sonho de Federer?

3.6.09

Twitter

Sou, salvo seja, uma espécie de "maria vai com as outras" e por isso aderi ao Twitter. Não sei se vou andar lá por muito tempo, ou se vou ter paciência para aquilo. Mas se me quiserem ver por lá (altamente desaconselhável, juro-vos), o link é este (acho eu).

2.6.09

Um herói improvavel

Robin Soderling é um sueco que até anteontem era virtualmente desconhecido para aqueles que não seguem o ténis com muita atenção. Número 25 do mundo, faz 25 anos daqui a dois meses. Este ano jogou 21 jogos até chegar a Paris, tendo ganho 11 e perdido 10.

Nunca levou para casa o cheque de vitória de um torneio importante. Em 2009 venceu em Sunrise (um challenger), foi semi-finalista em Auckland e chegou aos quartos de final de Brisbane. Em 2004 e 2008 ganhou em Lyon e em 2005 ganhou em Milão. Terminou o ano de 2008 em 17º do ranking mundial depois de ter partido da 53ª posição.

Pois bem, domingo passado o sueco resolveu entrar para a história, terminando com o reinado de Rafael Nadal em Roland Garros. Contra todas as probabilidades, venceu o espanhol por 3-1. Recorde-se que o ultimo encontro entre Nadal e nórdico terminara com um esclarecedor 2-0 para o primeiro, com parciais de 6-1 e 6-0...

Quem esperava que o bom do Soderling gozasse os seus 15 minutos de fama e fosse recambiado de volta à Suécia na oportunidade seguinte enganou-se redondamente. É que hoje o rapaz resolveu atirar com mais um favorito "borda fora" e seguir, todo lampeiro, para as meias-finais.

A vítima foi o russo Nicolay Davydenko, número 11 do mundo, que vinha a jogar um excelente ténis. Soderling não "fez a coisa por menos": despachou o atordoado Nicolay por 3-0, com concludentes 6-1, 6-3 e 6-1!

Nas meias-finais o sueco vai defrontar aquele que, na minha opinião, depois da "queda" de Nadal é um dos principais favoritos à vitória no torneio, Fernando Gonzalez, número 12 do ranking mundial e especialista em terra batida. Esta tarde, o chileno fez jus a isso mesmo despachando, em 4 sets, o número 3 do mundo, Andy Murray.

A ver vamos como se aguenta Soderling, o herói improvável a quem alguns já chamam Robin dos bosques. Mas teria graça vê-lo na final.

Amanhã perspectivam-se dois grandes jogos: o único sobrevivente do naufrágio da armada espanhola, Tommy Robredo, enfrenta o argentino Juan Martin del Potro, número 5 do ranking mundial, que vem jogado de forma extraordinária.

Por sua vez o único francês em prova, Gael Monfils (11º do mundo), vai tentar resistir ao relógio suíço de Federer e avançar até à meia-final. Na minha opinião não terá grandes hipóteses, mas enfim...

1.6.09

Stuart Staples - 16 summers 15 falls

O vocalista dos Tindersticks gravado por Vicent Moon.

O sr. Queiroz

Queiroz diz que os seus críticos na selecção são burros ou querem fazer dos outros burros.

Apetece-me fazer como os miúdos e, de língua de fora, gritar:

quem diz é que é!

No caso do Sr. Queiroz, esta expressão infantil aplica-se perfeitamente.

Um candidato inacreditável

Vital Moreira é um candidato inacreditável... Foi, de facto, um verdadeiro "tiro no próprio pé" dado pelo PS.

Hoje teve mais uma tirada genial: a culpa da mensagem "positiva" dos socialistas não estar a passar é da comunicação social que, pelos vistos, e segundo Vital, prefere dar notícias negativas a mostrar o "Portugal positivo" que o bom do homem jura encontrar todos os dias na rua...

Vá lá que o senhor nos faz rir... Já não é tudo mau.

Apoio

Quem quiser deixar uma mensagem de incentivo ao "maluco" que se propõe ligar o Funchal a Santa Cruz de Tenerife em mota de água pode ir até fredericorezende.blogspot.com . A aventura merece ser seguida com algum interesse.

Um estranho Roland Garros sem Nadal

Ontem, Roland Garros teve um dia histórico, com a eliminação do superfavorito Nadal e da vencedora do ano passado, Ana Ivanovic.

Foi a primeira derrota da carreira de Nadal em Roland Garros (até ontem, tinha 30 jogos, 30 vitórias) e logo contra um adversário, Soderling, a quem derrotara, há pouco tempo, por 2-0 (6-0 e 6-1). Foi-se a hipótese de ultrapassar o mítico Bjorn Borg com 5 vitórias seguidas no grand slam francês.

Em Madrid começou a notar-se que Nadal não estava a jogar bem. No "masters" da capital do seu país chegou à final, mas foi batido, de forma surpreendentemente fácil, por Federer. Durante o torneio teve dias muito dificeis, nomeadamente a meia-final contra Djokovic, tendo sido obrigado a salvar quatro (se não estou em erros) match points.

Roland Garros foi o culminar de uma estranha época de Nadal, que começou de forma extraordinária (vitória na Australia, primeiro grand slam do ano), vitórias em Indian Wells, Monte Carlo, Barcelona, Roma, finais em Roterdão e Madrid e que está, neste momento, a ser muito complicada.

Vamos ver se este descanso forçado dá ao campeão espanhol tempo para preparar a época de relva, nomeadamente Wimbledon. Em Queen's, daqui a aproximadamente 15 dias, Nadal poderá começar a dar uma resposta, sendo certo, porém, que aconteça o que acontecer o tenista tem o primeiro lugar garantido até ao final do ano.

Federer tem toda a responsabilidade do seu lado. Com Verdasco de fora, Murray em dificuldades, talvez o chileno Fernando Gonzalez possa ser uma ameaça consistente (está a jogar de forma extraordinária). Davidenko, um russo que de vez em quando renasce parece também muito bem contado nas "casas de apostas". Eu, pessoalmente, tenho muitas dúvidas que alguém coniga parar o ténis de Federer, que se assemelha, pela sua precisão, ao funcionamento de um relógio suiço.

Post-Scriptum: Neste momento Federer joga contra Tommy Haas. Perdeu o primeiro set, no tie-break.

31.5.09

Alberti

No es más hondo el poeta en su oscuro subsuelo.
encerrado. su canto asciende a más profundo
cuando, abierto en el aire, ya es de todos los hombres.

Rafael Alberti

Agradecido, agradado, embevecido e orgulhoso!

Ainda que com atraso, obrigado meninas por terem partilhado comigo aquela noite!

WOAB;
SU;
BLUE.

Eleições na sua real dimensão

Não se ouve uma única palavra sobre a revisão do actual quadro de referência estratégica, não se ouve uma única palavra sobre as consequências do Tratado de Lisboa, não se ouve uma única palavra sobre os destinos de Portugal e a sua posição estratégica nesta Europa cada vez mais alargada, não se ouve uma única palavra sobre o que farão as empresas e os trabalhadores portugueses com a deslocalização económica para o leste da União Europeia, não se ouve uma única palavra sobre despoluição e qualidade das águas, não se ouve uma única palavra sobre a competitividade da cidadania.

Moita Flores

A diferença entre nós e eles, é que entre os social-democratas ainda há quem, sem qualquer tipo de partidarite aguda, consiga colocar as coisas na sua real perspectiva. Infelizmente, não abundam na política homens com esta dimensão! Nem aqui, nem lá, nem noutro qualquer lugar (leia-se: partido).