Às vezes penso que tenho cara de anjo, (Angel) ou que sou uma espécie de Dalai Lama do ocidente.
Um dia destes desloquei-me a um evento desportivo. Sai do carro, dei meia dúzia de passos e aproveitei o declive do terreno, para observar o local da prova (zona para onde pretendia ir).
Nisto, vira-se um puto para mim, e pergunta se podia fazer uma chamada para a mãe, do meu telemóvel. Não tinha como negar! Trazia o telefone na mão esquerda. Tinha-o acabado de retirar do carro, para colocá-lo no bolso das calças.
Senti que tinha acabado de ser encostado à parede. Entreguei o telemóvel e aproveitei o instante, para tirar o retrato ao miúdo. O objectivo era certificar-me da pinta do artista. Tinha entre 10 a 13 anos. As sapatilhas foram o que mais me despertou a atenção. Eram umas nyke, azuis escuras brilhantes. Caso fosse necessário correr, para apanhá-lo, seria difícil. Pensei eu.
Entretanto, o rapaz afasta o meu telemóvel do rosto, e diz que não era aquele número. Precisava de fazer outra chamada. Desta vez para um amigo.
As suspeitas aumentaram.
No entanto, fiquei ali, à espera do meu telemóvel.
O miúdo não tinha aspecto de ladrão. A não ser que as sapatilhas fossem roubadas. Nisto ouvi as segundas palavras do jovem. A primeira conversa com o meu telemóvel. Disse que estava a chamar de um telefone de um senhor e que era para o amigo ir buscá-lo à porta. Não tinha bilhete para entrar…
Pati, patátá……….e eu ali. Aguardava o fim da chamada. Ainda por cima, estava duplamente condicionado: não podia afastar-me, para não ouvir a conversa e não podia ausentar-me, por causa do telemóvel.
Três minutos depois, (parece que foram 30) devolveu-me o telefone. Mais tarde, ainda ligou a mãe do rapaz e eu lá tive que explicar a história.
Não é a única.
Uns dias depois, ia tomar um “copo” numa festa, quando outro jovem, (ente os 18 e os 22 anos) pergunta se não me importava de pedir duas bebidas, com o meu cartão? Uma para ele e outra para o amigo. Para tranquilizar-me, e, o negócio avançar, tirou 10 euros do bolso. Face à prova, porque não? Lá dei o meu cartão. Eles pediram as bebidas (2 vodkas) e de imediato o rapaz meteu-me os 10 euros na mão. 5 cada bebida.
"Reúne sete ou oito sábios e tornar-se-ão outros tantos tolos, pois incapazes de chegar a acordo entre eles, discutem as coisas em vez de as fazerem" - António da Venafro
22.9.07
20.9.07
Conspirar
No meu país as crianças nascem em ambulâncias.
A justiça, existe, mas é lenta, ou funciona mal.
A democracia tem apenas 33 anos.
Na minha terra, só conheço dois bispos e um presidente.
A social-democracia é uma espécie de ópio oferecido ao povo.
Como contra partida, garantem que tenho sol todo o ano. Que dificilmente serei assaltado, apesar do Funchal ser uma das cidades do país, (a terceira) onde o furto mais cresceu.
Ao conceito, há quem chame qualidade de vida.
A justiça, existe, mas é lenta, ou funciona mal.
A democracia tem apenas 33 anos.
Na minha terra, só conheço dois bispos e um presidente.
A social-democracia é uma espécie de ópio oferecido ao povo.
Como contra partida, garantem que tenho sol todo o ano. Que dificilmente serei assaltado, apesar do Funchal ser uma das cidades do país, (a terceira) onde o furto mais cresceu.
Ao conceito, há quem chame qualidade de vida.
Meio anjo, meio pateta.
Ouvi e li hoje a entrevista de Miguel Albuquerque ao DN-Madeira.
Patético, no mínimo. Definitivamente, quem não tem nada para dizer, deve ficar calado. E o presidente da edilidade funchalense perdeu uma daquelas belíssimas oportunidades...
Senhor presidente, você já sabe e não deveria ser necessário gritar-lhe aos ouvidos: À MULHER DE CÉSAR NÃO BASTA SER SÉRIA, É PRECISO PARECER. E toda aquela trapalhada com o seu amigo Carlos Saraiva não parece. Não basta soprar para o ar.
Portanto, se não quer continuar a servir de saco de pancada do seu correlegionário, não se ponha a jeito. Defenda-se, proteja-se. Seja rigoroso e transparente. Seja e pareça sério. Não deixe espaço aos seus detractores. Porque senão, engolem-no!
PS - Eu sei que hoje estou para os clichés, mas quando outros já disseram melhor que nós...
Migalhas de poder
O PS-Madeira e o Bloco de Esquerda mostram-se interessados em continuar na Madeira o que os dirigentes nacionais fizeram em Lisboa. Eles dizem que que não, mas a verdade é que todos sabemos que isto poderá não passar de mais uma experiência, antecipando uma possível aliança nacional, a estabelecer já nas próximas legislativas. Mas sendo previsível, é igualmente legítimo. É naturalíssimo que o Francisco Louçã queira ser ministro. Aliás, acredito mesmo que ele poderá ser um bom ministro (desde que evite participar em manifestações orgásticas de destruição de milho transgénico, ou de andar à mocada com a polícia). Estou, portanto, a favor da coligação. Espero é que os dirigentes do Bloco deixem agora de parte a sua arrogância, altivez e pseudo-superioridade moral e assumam que são um partido como todos os outros: disposto a vender a sua agenda política em troca de umas migalhas de poder.
Sack Maclaren - Mourinho for England
No edição on-line do The Sun pergunta-se aos leitores se querem ver Mourinho à frente da selecção inglesa, substituindo no cargo Steve Mclaren.
Sem surpresa, os cibernautas ingleses não duvidam de que, com o "Special One" ao leme, a armada inglesa ganharia novo fôlgo.
"SACK MACLAREN -MOURINHO FOR ENGLAND", gritam alguns leitores do The Sun.
Será possível que tal aconteça? É esperar para ver...
Post-Scriptum: O despedimento de Mourinho é uma asneira só ao alcance de Abramovich e de Vale e Azevedo. Ele há com cada um...
Sem surpresa, os cibernautas ingleses não duvidam de que, com o "Special One" ao leme, a armada inglesa ganharia novo fôlgo.
"SACK MACLAREN -MOURINHO FOR ENGLAND", gritam alguns leitores do The Sun.
Será possível que tal aconteça? É esperar para ver...
Post-Scriptum: O despedimento de Mourinho é uma asneira só ao alcance de Abramovich e de Vale e Azevedo. Ele há com cada um...
...E eu voltei a ficar contente!
Ontem, os "Lobos" voltaram a perder no Mundial de Rugby. E eu voltei a ficar satisfeito (embora não possa comentar a actuação, já que não os vi jogar). O resultado, por si só, demonstra a evolução da equipa. A derrota por 39-5 (em rugby o resultado não traduz, em definitivo, uma goleada) não tem rigorosamente nada a ver com os 83-0 do jogo anterior contra a mesma Itália.
É justo lembrar que estamos a falar de uma equipa de amadores. A única que, em muitos anos, conseguiu qualificar-se para um Mundial. Parece óbvio, mas é bom recordar que ninguém exigia vitórias ou qualquer coisa do género. A única coisa que se pedia era atitude, garra, determinação. E isso, meus caros, é a imagem de marca desta selecção. Reconhecida pelos maiores portais da modalidade na net, pela imprensa estrangeira e sobretudo pelos milhares de adeptos que têm enchido os estádios.
Aliás, o primeiro jogo do Mundial a esgotar foi, adivinhem... o Portugal/Itália de ontem.
A prestação portuguesa tem, por isso, de ser considerada como extremamente positiva. Não pelos resultados, que eram o esperado, mas pelos valores que aquela equipa transporta para dentro de campo. Solidariedade, companheirismo, sacrifício, esforço são só alguns deles. Que ainda por cima andam arredados das manchetes dos nossos dias.
Se houve equipas que me fizeram sentir orgulhoso por ser português, esta foi uma delas. Por tudo aquilo que acima escrevi e por insistir em representar o país de forma tão digna numa modalidade que me diz muito.
Só para terminar, e para que se preceba o respeito que esta alcateia ganhou, fica um excerto de declarações de adversários antes e após os jogos:
- "I've seen a very good Portugal team and I have to congratulate them on the match they played" - Pierre Berbizier, treinador de Itália, após o jogo de ontem;
- "I was pretty confident we would break them down eventually, but they came out guns blazing in the first 10 minutes. It was a tough game and I'm feeling pretty bruised at the moment" - Rory Lamont, treinador da Escócia após o primeiro jogo do Campeonato;
- "Power and passion in Pool C" - Título da notícia que anunciava o jogo Portugal/Nova Zelândia no sítio do Mundial;
- "Everyone has earned the right to be here, so they deserve credit and everyone will get behind them" - Jerry Collins, capitão da Nova Zelândia, antes do jogo Portugal/Nova Zelândia;
- "They played well. There was lots of support for Portugal. To their credit they never stopped trying and never gave up" - Jerry Collins, após o jogo com Portugal;
- "Os portugueses placam com o coração" - Graham Henry, treinador da Nova Zelândia, antes do jogo contra Portugal;
É justo lembrar que estamos a falar de uma equipa de amadores. A única que, em muitos anos, conseguiu qualificar-se para um Mundial. Parece óbvio, mas é bom recordar que ninguém exigia vitórias ou qualquer coisa do género. A única coisa que se pedia era atitude, garra, determinação. E isso, meus caros, é a imagem de marca desta selecção. Reconhecida pelos maiores portais da modalidade na net, pela imprensa estrangeira e sobretudo pelos milhares de adeptos que têm enchido os estádios.
Aliás, o primeiro jogo do Mundial a esgotar foi, adivinhem... o Portugal/Itália de ontem.
A prestação portuguesa tem, por isso, de ser considerada como extremamente positiva. Não pelos resultados, que eram o esperado, mas pelos valores que aquela equipa transporta para dentro de campo. Solidariedade, companheirismo, sacrifício, esforço são só alguns deles. Que ainda por cima andam arredados das manchetes dos nossos dias.
Se houve equipas que me fizeram sentir orgulhoso por ser português, esta foi uma delas. Por tudo aquilo que acima escrevi e por insistir em representar o país de forma tão digna numa modalidade que me diz muito.
Só para terminar, e para que se preceba o respeito que esta alcateia ganhou, fica um excerto de declarações de adversários antes e após os jogos:
- "I've seen a very good Portugal team and I have to congratulate them on the match they played" - Pierre Berbizier, treinador de Itália, após o jogo de ontem;
- "I was pretty confident we would break them down eventually, but they came out guns blazing in the first 10 minutes. It was a tough game and I'm feeling pretty bruised at the moment" - Rory Lamont, treinador da Escócia após o primeiro jogo do Campeonato;
- "Power and passion in Pool C" - Título da notícia que anunciava o jogo Portugal/Nova Zelândia no sítio do Mundial;
- "Everyone has earned the right to be here, so they deserve credit and everyone will get behind them" - Jerry Collins, capitão da Nova Zelândia, antes do jogo Portugal/Nova Zelândia;
- "They played well. There was lots of support for Portugal. To their credit they never stopped trying and never gave up" - Jerry Collins, após o jogo com Portugal;
- "Os portugueses placam com o coração" - Graham Henry, treinador da Nova Zelândia, antes do jogo contra Portugal;
18.9.07
Retrato de Família II
A PSP continua a ter pouco prestígio junto de quem serve.
Domingo, assisti a uma cena que atesta a má imagem da Polícia em Portugal.
Um grupo de uns 8 agentes foi, literalmente vaiado, ao encerrar uma festa local. Passavam 30 segundos da meia-noite e os super agentes, todos com cara de maus, invadiram a divertida multidão.
A actuar desta forma, duvido que algum dia consiga obter o respeito dos cidadãos. Desconheço as licenças, mas o bom-senso mandava que, neste caso, existisse sensibilidade e bom senso, de quem zela pelo respeito da lei.
Eles, os polícias, multam indiscriminadamente.
Eles, os polícias, impõem as leias, sem olhar a factos.
Eles, os polícias, julgam-se acima da lei.
Eles, os policias, …
Eles, os …..
Domingo, assisti a uma cena que atesta a má imagem da Polícia em Portugal.
Um grupo de uns 8 agentes foi, literalmente vaiado, ao encerrar uma festa local. Passavam 30 segundos da meia-noite e os super agentes, todos com cara de maus, invadiram a divertida multidão.
A actuar desta forma, duvido que algum dia consiga obter o respeito dos cidadãos. Desconheço as licenças, mas o bom-senso mandava que, neste caso, existisse sensibilidade e bom senso, de quem zela pelo respeito da lei.
Eles, os polícias, multam indiscriminadamente.
Eles, os polícias, impõem as leias, sem olhar a factos.
Eles, os polícias, julgam-se acima da lei.
Eles, os policias, …
Eles, os …..
Retrato de família
No hotel CS Madeira a família PS também ficou mal na fotografia. Nunca deveria ter aprovado qualquer construção. Sobretudo, acima da cota da estrada monumental.
A família PSD, autárquica, borrou o resto do retrato. Permitiu que o promotor violasse o projecto inicial. Pior do que isso, deixou a obra, irregular, avançar.
Agora não tem coragem para mandar demolir. Vai legalizar, o ilegal.
PS – A entrevista de Albuquerque ao DN-M foi, no mínimo, parabólica.
A família PSD, autárquica, borrou o resto do retrato. Permitiu que o promotor violasse o projecto inicial. Pior do que isso, deixou a obra, irregular, avançar.
Agora não tem coragem para mandar demolir. Vai legalizar, o ilegal.
PS – A entrevista de Albuquerque ao DN-M foi, no mínimo, parabólica.
17.9.07
Ideias lunares
Apesar de algum retardamento, não posso deixar de passar algumas das afirmações do Jerónimo de Sousa, antes e pós Festa do Avante. Então não é que o homem continua a achar que na China existe uma sociedade socialista, que as FARC são um grupo de ches guevaras sequiosos de liberdade e que o Chávez é o ícone da libertação sul-americana. Eu às vezes pergunto-me onde raio é que vivem os comunistas portugueses. Na lua?!
China Town
Luís Amado diz não perceber a polémica gerada pelo facto de nem o governo nem o Presidente de República terem recebido o Dalai Lama.
Eu também não percebo como é que alguém que é ministro há tão pouco tempo possa ter assimilado tão rapidamente o que de pior existe na diplomacia portuguesa (e política em geral): mediocridade, cobardia e subserviência.
E o homem acha que é perfeitamente normal...
Mas causando-me algum espanto, não deixa de ser sintomático da forma como a Esquerda (e não só, que nesta idiotice pegada, o PSD não dá grandes lições) lida com o fenómeno China: até o Sá Fernandes acha que afastar as lojas chinesas da baixa de Lisboa - que para mim é uma atitude de higienização básica da baixa pombalina- é um acto xenófobo.
Eu também não percebo como é que alguém que é ministro há tão pouco tempo possa ter assimilado tão rapidamente o que de pior existe na diplomacia portuguesa (e política em geral): mediocridade, cobardia e subserviência.
E o homem acha que é perfeitamente normal...
Mas causando-me algum espanto, não deixa de ser sintomático da forma como a Esquerda (e não só, que nesta idiotice pegada, o PSD não dá grandes lições) lida com o fenómeno China: até o Sá Fernandes acha que afastar as lojas chinesas da baixa de Lisboa - que para mim é uma atitude de higienização básica da baixa pombalina- é um acto xenófobo.
Eu não sei, mas disseram
É delicioso o agradecimento de Bush a Sócrates, relativamente à intervenção da GNR no Iraque. Aquele thank you soou-me mais a fuck you very much. Mas pode ter sido impressão minha!
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Aterrar noutro planeta,
Com tantas etiquetas,
Doidos;,
internacional,
nem sei quais escolho,
Patetices; Socretinices,
politica,
política,
Portugal
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