7.8.09

Smog - Bill Callahan

O senhor Bill Callahan tem um novo disco. Esta faixa é de um anterior porque não consegui encontrar nada de "Somethimes I Wish We Were an Eagle". Mas deliciem-se com este "Rock Bottom Riser". É o meu presente de fim-de-semana.

Uma canção revolucionária chilena

No tempo de Pinochet, cantava-se assim, às escondidas, no Chile. De Carlos Puebla.

Miguel Enriquez foi secretário-geral do Movimeinto de Izquierda Revolucionaria entre 1967 e 1974, ano da sua morte, quando fez explodir uma granada ao ver a sua casa cercada por agentes da DINA, polícia secreta de Pinochet.

Ainda hoje, Henriquez é homenageado como um dos "heróis" da luta revolucionária mundial.

Um camarada hipopotamo

Um hipopotamo revolucionário... Também os há, pelos vistos...

6.8.09

Boas atitudes (actualizado)

Acho que a candidatura de Rui Caetano à Câmara Municipal do Funchal está a fazer um bom trabalho. E reconheço-lhes o mérito de se entregarem a esta luta, com todas as vicissitudes a que estão sujeitos. Continuem o bom trabalho!

Mas não julgues, caro Rui, que ganhaste um eleitor...!

Quero também aqui enaltecer a entrada na política activa de uma jovem blogger madeirense, a Luísa Gouveia.
É n.º 3 da candidatura do CDS ao Município do Funchal. Merecem reconhecimento os candidatos que sabem que o único tacho que terão é trabalho. Como também é salutar a entrada de jovens na política, que não provenham do carreirismo das jotas (que prestam um péssimo serviço à democracia). Bem visto por Lino Abreu.
Boa sorte!

PS - Para quem passou por cá antes da actualização deixo a pergunta: terá sido um acto falhado?

Más atitudes

Espero que não haja complacências para com o energúmeno que agrediu o deputado Jaime Leandro.
Como espero que o PS/Madeira tenha algum pingo de vergonha e não se tente aproveitar politicamente de um acto cujo julgamento deve ser apenas judicial!

5.8.09

Entregues à bicharada ou mais uma boa razão para não votar em Sócrates!

Afinal, parece que a Opus Gay apoia, efectivamente, o PS. Quem tinha razão era o Jardim, que há muitos anos vaticinava que o lóbie gay dominava o país. Não domina o país, mas parece que quer dominar os partidos...

A Opus Gay tem consistentemente defendido que os partidos deveriam apresentar nas suas listas eleitorais candidatos homossexuais, que defendendo ideias sociais e proprias, possam reflectir as diferentes sensibilidades desta comunidade LGBT plural.
Neste sentido, vimos congratular-nos com a escolha do PS na pessoa do Dr.Miguel Vale de Almeida, pois certamente será um excelente suporte para a defesa dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo, que a direcçao do Partido Socialista prometeu levar a bom termo na próxima legislatura.
Nao podemos, portanto, senão apoiar vivamente esta escolha e incentivar os outros partidos a que também enveredem pelo mesmo caminho
.

A Direcção da Opus Gay
Antonio Serzedelo

PS - Idiota, puramente idiota, para além de preconceituosa, a apologia que esta organização faz da inclusão de homossexuais nas listas dos partidos, pela simples condição de serem... homossexuais. Dizem estes gajos que apenas querem que lhes sejam reconhecidos os mesmos direitos! Pois a mim parece-me que o que pretendem é espalhar a boa nova gay. Aviso desde já: contra essa doença, estou vacinado!
Sinceramente, há com cada uma neste mundo...

Sobre as listas do PSD

Para além das tontices que alguns já nos habituaram, ou as profundas imbecilidades que aquele novo porta-voz do PS (is it for real?) debita de vez em quando, a verdade é que as listas do PSD às próximas eleições legislativas merecem alguma reflexão e um ou outro comentário.
Antes de mais, o respeito pelas estruturas locais não significa cedência ao caciquismo. A líder do PSD tem o dever de ouvir as distritais mas não está, de modo algum, refém dos nomes que essas estruturas indicam. Aliás, na Madeira, conhecemos bem o que aconteceu quando a liderança do PS deixou-se manipular pelas concelhias, permitindo a golpada que levou alguns ao poder (e que não mais de lá foram arredados).
É, portanto, perfeitamente legítimo que Manuela Ferreira Leite indique para as listas pessoas que lhe estão próximas e que lhe garantam alguma estabilidade. Ainda para mais, porque o PSD pode vir a ser poder em governo minoritário e tem de se precaver contra a possibilidade de terrorismo interno (que alguns poderiam ter a tentação de implementar). Posto isto, é legítima a exclusão de Pedro Passos Coelho e de Miguel Relvas das listas. Reconheço a qualidade de ambos, bem como o facto de poderem constituir-se como mais-valias eleitorais. Mas percebo a opção; é legítima e democrática. E do ponto de vista eleitoral, esta até pode vir a ser uma medida que colha junto do eleitorado porque demonstra a sua resiliência, obstinação e inflexibilidade às vontades dos caciques.
Tenho mais algumas resistências relativamente à inclusão de Helena Lopes da Mota e António Preto nas listas. Acho que Marques Mendes havia implementado um bom princípio de que suspeito de corrupção e arguido não é candidato. Este é um retrocesso enorme do ponto de vista democrático, da transparência e da moralidade e terá consequências eleitorais, para além de causar algum incómodo a Manuela Ferreira Leite. Mais, é que a opção nem se justifica pela qualidade de ambos que, em minha opinião, deixa muito a desejar.
Por outro lado, também não percebo a inclusão de Nogueira Pinto. A esta reconheço qualidade, mas não percebo como se pode premiar alguém que apoia António Costa para Lisboa, nem o que espera ganhar Manuela Ferreira Leite. É que, a valer alguma coisa eleitoralmente, Nogueira Pinto vale à direita e não é com essa que o PSD tem de se preocupar. Por isso, apesar de achar que os partidos não devem ser agências de emprego para os carreiristas, percebo alguma revolta interna na distrital de Lisboa.

O que vale um magalhães...

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Ementa fantástica!

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Ah ganda Patricío!


Ah ganda Patricío... Ontem, o homem safou toda a gente. Áinda dizem que a selecção não tem ponta-de-lança... Bahhh, asneiras!


Mas, ó camarada Bento, não foram muitos os erros da sua parte num jogo só? Eu até acho que você é bom treinador mas, ó homem, meter o namorado da Floribela em jogo deixando o Vukcevic no banco? Colocar o Pereirinha ao intervalo deixando o... Vukcevic no banco? Meter o bom do Postiga numa posição que nem ele sabia bem qual era? Pôr um rapaz de nome Marques em campo, num jogo daquela responsabilidade? O tipo é esforçado, mas que diabo, você acha mesmo que é o melhor defesa-esquerdo do plantel? E o Roca? Não seria importante num jogo que, sabia-se à partida, seria disputado a meio-campo, contra uma equipa poderosa fisicamente?


São perguntas de quem não sabe nada da matéria, mas enfim... Foi mais um jogo para aprender, espero eu...


Vamos lá ver se isto começa a correr melhor.

4.8.09

Ainda as inconstitucionalidades do Estatuto Político-Administrativo dos Açores

Parece-me que era mais que evidente que o Tribunal Constitucional iria declarar inconstitucionais algumas normas do Estatuto Político-Administrativo dos Açores. Cavaco não as vetou por razões constitucionais, porque já as tinha vetado politicamente e não queria ver a sua intervenção ou influência política menorizada por razões legais. Foi, portanto, legítima a posição assumida pelo Presidente da República. Mas Cavaco também sabia que o diploma estava ferido de inconstitucionalidades e esperava que alguma instituição (nomeadamente o Provedor de Justiça), o enviasse para o Tribunal Constitucional, como veio a acontecer. Foi uma boa jogada de antecipação, pois sabia que as normas não passariam e não tinha que se sujeitar ao constrangimento de evocar razões legais para uma posição que ele queria que passasse como política (como de facto é).
Por isso é que os partidos que aprovaram o documento demonstraram uma aparente incapacidade política, quando se sujeitaram a enfrentar o Presidente numa temática em que a lei estava manifestamente ao lado de Cavaco.
E falo em “aparente” porque a inépcia não pode ser assim tão grande! Então os deputados não sabiam, como Cavaco sabia, que este diploma iria parar inevitavelmente em cima da mesa dos juízes do Palácio Ratton? E não estavam informados, como Cavaco estava, acerca das inconstitucionalidades? E não antecipavam, como Cavaco o fez, que o Tribunal Constitucional as iria mandar retirar? Ou, por outro lado, sabiam de tudo isto e aprovaram o documento apenas para contentar os partidos e o povo açorianos, num aparente recontro com o Presidente, como se fosse paladinos da autonomia, contra o centralismo de Cavaco, sabendo, contudo, que, mais tarde ou mais cedo, aquelas normas seriam retiradas?
Sinceramente, sinto-me mais inclinado para esta versão porque estou convencido que as cúpulas partidárias – da esquerda à direita – de Lisboa são centralistas e não vêem com bons olhos o aprofundamento das autonomias. E apenas fazem a sua apologia por razões eleitoralistas, para contento das estruturas partidárias regionais e porque receiam a emergência de um real separatismo por parte das populações insulares.
Se os partidos políticos que aprovaram o Estatuto Político-Administrativo dos Açores fossem, efectivamente, favoráveis ao aprofundamento das autonomias, esperavam pela revisão constitucional – existia consenso partidário na Assembleia que permitia alterar a Constituição - de forma a fazer passar as normas declaradas inconstitucionais. A questão é que não as queriam ver aprovadas e esta foi uma óptima forma de saírem airosamente.
E eram assim tão importantes essas normas, para o aprofundamento da autonomia dos Açores? Não, mas eram simbólicas e eram equilibradas. Especialmente o artigo 114º, que consagrava a obrigação do chefe de Estado de ouvir todos os órgãos regionais, antes de dissolver a Assembleia Legislativa Regional, ou o artigo 140 que limitava a intervenção da Assembleia da República no que ao Estatuto dizia respeito. Estas são duas normas simbólicas que, se aprovadas, revelavam confiança nas autonomias e na capacidade dos povos insulares decidirem o seu futuro.
Os juízes do Tribunal Constitucional fizeram os que lhes competia e estiveram bem. Cavaco deu o peito e mostrou a sua posição e esteve bem. Mas aos partidos que se auto-intitulam de defensores das autonomias outra forma de estar. Pedia-se menos miopia, menos pequenez, menos politicazinha de trazer por casa, menos estratégia partidária de pequenos interesses. Estiveram mal e, tentando esconder, mostraram a sua verdadeira face.

Justifica-se

Isaltino diz que se recusa a servir de "bode expiatório" de uma eventual má vontade contra os políticos.

Má vontade de quem, camarada Isalto? Da população? da justiça? Dos media? De todos em conunto e de nenhum em particular?

É assim, a atirar para todos os lados, que Isaltino anuncia uma recandidatura surrealista a mais um mandato na Câmara de Oeiras. Condenado em primeira instância a 7 anos de prisão efectiva, tendo o tribunal dado como provados 4 dos 7 crimes de que vinha acusado, o camarada Isalto vitimiza-se e enfeuda-se no seu município da periferia de Lisboa. Curiosamente, o país, através dos seus políticos, permite que isso aconteça. De facto, se há má vontade contra os detentores de cargos públicos, casos como o de Isaltino só vêem comprovar que a péssima imagem de que gozam os mesmos é perfeitamente justificável.

3.8.09

Melhor Benfica dos últimos anos?!

Sinceramente estou a gostar deste meu “novo” Benfica. Chegaram jogadores de indelével qualidade – como são os casos de Saviola, Javi Garcia e Ramires - e alguns dos talentos que por lá andavam apagados rejuvenesceram – como acontece com Aimar, Di Maria e Cardozo.
A equipa não só demonstra um melhor futebol, como encara os jogos com uma garra que há muito andava alheada da Luz.
Parece, portanto, que Jorge Jesus é o homem certo no lugar certo. E até eu começo a ficar convencido que, talvez, o JJ seja, afinal, treinador para o Benfica. A diferença da qualidade do futebol praticado e da entrega dos jogadores indicia isso mesmo, ainda que reconheça que todos estes jogos têm sido a “feijões” – tendo, contudo, já defrontado alguns adversários difíceis.
Estou, portanto, satisfeito e optimista relativa mente à época futebolística que se avizinha.
Só que, à boa maneira portuguesa, ando cá com uma “pulga atrás da orelha”: estranho algumas contratações, algumas dispensas e algumas permanências.
Vamos, antes de mais às contratações. Para quê ter garantido o empréstimo de Keirrison, que custa 3.5 milhões de Euros/época, se já vimos que não será titular e que talvez nem seja segunda escolha? Não está em causa o talento do jogador – que eu, de resto, nem conheço – mas pagar 3.5 milhões em ordenados para um jogador que não sabemos o que vale, parece-me demais. Ainda por cima, se ele jogar e valorizar-se, quem beneficiará com isso é sempre o Barcelona!
Por outro lado, temos a insistência na contratação de César Peixoto. Qual a necessidade de o contratar, se ainda este ano contratámos o Schaffer (para titular, presumo eu) e tínhamos o Jorge Ribeiro e o Sepsi para eventuais suplentes no lado esquerdo da defesa? Isto para já não falar de David Luiz que, como vimos na época passada, pode perfeitamente fazer o lugar.
Também não percebo a contratação de Júlio César. Então vamos ao mercado buscar um terceiro guarda-redes? Que falta faz? Para terceiro, não poderia ficar o Moretto?
Quanto às dispensas, naturalmente que discordo do empréstimo de Sepsi até porque tenho dúvidas que Peixoto seja mais jogador que o romeno.
Relativamente às permanências, então temos agora 6 (!) avançados e vamos ainda ficar com o Mantorras? Para quê? É que nem para peças ele já serve e o Benfica não é a Santa Casa da Misericórdia. Tenho pena do que lhe aconteceu, mas como benfiquista acho que só deve ficar no plantel quem estiver em condições de jogar à bola. E nem o empolgamento que o angolano provoca do Terceiro Anel justifica a sua permanência e o seu ordenado.
Por tudo isto, tenho algum receio que a política de contratações do Benfica não esteja apenas a ter em conta as reais necessidades desportivas da equipa. Que outros interesses mais obscuros estejam por detrás de algumas escolhas. Como acontece, frequentemente, com o FCP e que eu desejaria que não se replicasse no meu “Benfas”.

Despedimentos no DN, ou a hipocrisia de alguns políticos madeirenses

Lamento os despedimentos que ocorreram no Diário de Notícias da Madeira. Lamento porque por detrás dos números há dramas pessoais e acho que todos temos o direito à realização pessoal e profissional; lamento porque conheço algumas das pessoas e reconheço as suas qualidades pessoais e profissionais; lamento porque alguns dos agora desempregados são profissionais que me habituei a respeitar e em quem, como seu leitor, tenho vindo a confiar há já alguns anos.
Posto isto, partilho da visão do Nélio de Sousa no que toca aos motivos evocados para estes despedimentos. O Diário de Notícia das Madeira sempre foi um jornal “arregimentado” e todos sabemos que os choques com o governo regional mais não são do que “arrufos de namorados”. E por isso, nunca o Diário foi prejudicado relativamente à publicidade institucional. Para já não falar nas cachas que era/são dadas ao Diário por todos os governantes madeirenses, mesmo ao mais alto nível, bem como pelos empresários.
Assim sendo, tenho algumas dúvidas que as quebras de receitas advenham de uma alegada concorrência desleal por parte do Jornal da Madeira. Porque a verdade é que o Diário de Notícias de hoje não é o mesmo de há 10 anos. E acho que a empresa deverá reflectir muito bem a cerca do futuro da publicação. Porque apesar de ter sido sempre um jornal de regime, isso nunca impediu que a informação fosse isenta, rigorosa e de qualidade. E talvez seja exactamente a qualidade editorial (ou a falta dela) que leva o Diário perder leitores (e estará a perder?!).

Por outro lado, indigna-me profundamente que uns palhaços se aproveitem desta situação para fazer a política mais rasteira e imbecil, atribuindo estes despedimentos ao governo regional da Madeira, por financiar um órgão de comunicação social concorrente. Conforme tenho visto, alguns destes energúmenos colocam o ar mais choroso e lamentam os despedimentos, como se estivessem realmente preocupados com as pessoas. Daqui a nada estarei mesmo a vê-los a pedir uns apoios para a empresa. Mas não tiveram/têm o mínimo pejo em exigir os despedimentos de algumas dezenas de funcionários do Jornal da Madeira, caso este encerre, conforme defendem. Então, só incomoda se os despedidos forem do Diário de Notícias, porque se forem do Jornal não há problema, é?!
Conforme dizia a minha avó, vão mais é ser hipócritas lá para o raio-que-os-parta!

2.8.09

Pensar antes ajuda, ou não?

Alguns dos senhores candidatos da oposição advogam a criação de polícias municipais nos concelhos da RAM. Será que os senhores sabem quanto custa isso? Não seria melhor pensar antes de propôr?

Let Your Light Shine On Me

Blind Willie Johnson, músico de blues e gospel nascido no século XIX interpreta aqui este fabuloso Let Your Light Shine On Me, uma canção de cariz religioso (como a maioria daquelas que cantou). Deleitem-se.