Confesso que tenho alguma simpatia pela ministra da Educação. É uma mulher determinada, corajosa e que, pelo menos aparentemente, sabe o que faz e onde quer chegar. Dramaticamente, parece ter caído numa armadilha na questão dos Exames nacionais. Há quem defenda que foram sectores do ministério mais avessos à mudança que, propositadamente, criaram o cenário que levou à inevitável fragilização de Maria de Lurdes Rodrigues. É pena.
Tive o prazer de tê-la como professora no ISCTE. E, garanto-vos, era das melhores docentes daquela escola. Até porque Maria de Lurdes Rodrigues é essêncialmente uma professora e investigadora. Não tem "escola" política. E tem um trajecto partidário limitado. Dois "handicaps" que "algum" PS não perdoa. Porque, não se duvide, mais do que da oposição a Ministra da Educação está a ser vítima dos lóbis internos do Partido Socialista. Tal como aconteceu com Freitas do Amaral, de resto.
Ontem, Maria de Lurdes Rodrigues saiu-se péssimamente no Parlamento. Estou em crer sairá do Governo na próxima oportunidade que José Sócrates tiver para remodelar. Eventualmente, será substituída por um "cão de fila" - como é tradicional. mais uma vez, a Educação ficará a perder. Para gáudio dos incompetentes que vivem à sombra do sistema (sindicatos e sindicalistas incluídos).
"Reúne sete ou oito sábios e tornar-se-ão outros tantos tolos, pois incapazes de chegar a acordo entre eles, discutem as coisas em vez de as fazerem" - António da Venafro
21.7.06
20.7.06
Parlamentarices
São duas estórias deliciosas. Uma é boa, a outra é menos boa.
Dizem as más-línguas, que um destes dias, o Presidente da Assembleia ficou furioso.
Então, não é que um agente da PSP (que costuma estar à porta do Parlamento) não cumprimentou o homem.
Consta que Miguel Mendonça ficou indignado. Mandou um funcionário da Assembleia perguntar ao polícia se ele não conhecia quem tinha entrado?
Para testar o lapso do agente engendrou um plano maquiavélico Saiu por uma outra porta, deu a volta ao edifício, e entrou a falar ao telemóvel. Quando chegou a dentro comentou para o funcionário. Ele já aprendeu a lição.
A coisa boa é que foi este presidente que arranjou uma sala para os jornalistas fazerem o respectivo trabalho. Nisso esteve bem. No resto, tem estado mal.
Dizem as más-línguas, que um destes dias, o Presidente da Assembleia ficou furioso.
Então, não é que um agente da PSP (que costuma estar à porta do Parlamento) não cumprimentou o homem.
Consta que Miguel Mendonça ficou indignado. Mandou um funcionário da Assembleia perguntar ao polícia se ele não conhecia quem tinha entrado?
Para testar o lapso do agente engendrou um plano maquiavélico Saiu por uma outra porta, deu a volta ao edifício, e entrou a falar ao telemóvel. Quando chegou a dentro comentou para o funcionário. Ele já aprendeu a lição.
A coisa boa é que foi este presidente que arranjou uma sala para os jornalistas fazerem o respectivo trabalho. Nisso esteve bem. No resto, tem estado mal.
19.7.06
Gostava de escrever qualquer coisa, mas hoje prometi a mim mesmo, que não vou dizer mal de ninguém.
É como se fosse um dia santo.
“Eu, respeitador das regras sociais da religião, não vou pecar.”
Dizem que o Guilherme Teixeira, vereador das obras da Câmara de Santa Cruz, é um rapaz empenhado. Às vezes fica na Câmara a atender munícipes até às tantas (23 horas). E ninguém lhe dá o valor. Também dizem, mas eu não acredito, que existem empresários com os cabelos em pé no concelho. Já mandaram, inclusive, trabalhadores para casa porque a câmara não despacha os processos.
Outro cavalheiro é o presidente da Câmara do Funchal. Mais conhecido pelo “Cristo na Terra”. É uma jóia de homem. Cuida do roseiral, toca piano para as crianças e dizem que é monárquico. Vejam só! Monárquico! Deve ser coisa fina… O povo não sabe o que isso é, mas também não interessa. O importante é que cumprimenta as pessoas (ao contrário de outros delfins) e gosta de estar no meio da população. Nisso é um verdadeiro conquistador. Ou acham que dois mandatos não são obra? A última versão que ouvi é a que gosto mais. Não sei porquê. Há quem lhe chame o anti-Ornelas. Até pensei que era o tio Ornelas. Porreiro. Fica-lhe bem. Tem ar disso mesmo. De um tio bacano. Mas não!
ANTI-FERNÃO DE ORNELAS!!! …….
O nome não é estranho. Dei umas voltas pelas ruas do Funchal e lá encontrei. Umas voltas fictícias. É óbvio. Sair de casa a esta hora, nem pensar!
Depois é que me explicaram. O outro, o verdadeiro Fernão de Ornelas, abria ruas, este fecha-as.
Esta é boa. Mas qual é o problema….?
O trânsito! Porra!!.
Já podias ter dito antes. É que ando a pé e não tinha reparado no pormenor.
Está um caos!
Quem anda a pé não nota nada.
Assim cumpro a minha promessa. Não disse mal de ninguém.
Graças a Deus.
É como se fosse um dia santo.
“Eu, respeitador das regras sociais da religião, não vou pecar.”
Dizem que o Guilherme Teixeira, vereador das obras da Câmara de Santa Cruz, é um rapaz empenhado. Às vezes fica na Câmara a atender munícipes até às tantas (23 horas). E ninguém lhe dá o valor. Também dizem, mas eu não acredito, que existem empresários com os cabelos em pé no concelho. Já mandaram, inclusive, trabalhadores para casa porque a câmara não despacha os processos.
Outro cavalheiro é o presidente da Câmara do Funchal. Mais conhecido pelo “Cristo na Terra”. É uma jóia de homem. Cuida do roseiral, toca piano para as crianças e dizem que é monárquico. Vejam só! Monárquico! Deve ser coisa fina… O povo não sabe o que isso é, mas também não interessa. O importante é que cumprimenta as pessoas (ao contrário de outros delfins) e gosta de estar no meio da população. Nisso é um verdadeiro conquistador. Ou acham que dois mandatos não são obra? A última versão que ouvi é a que gosto mais. Não sei porquê. Há quem lhe chame o anti-Ornelas. Até pensei que era o tio Ornelas. Porreiro. Fica-lhe bem. Tem ar disso mesmo. De um tio bacano. Mas não!
ANTI-FERNÃO DE ORNELAS!!! …….
O nome não é estranho. Dei umas voltas pelas ruas do Funchal e lá encontrei. Umas voltas fictícias. É óbvio. Sair de casa a esta hora, nem pensar!
Depois é que me explicaram. O outro, o verdadeiro Fernão de Ornelas, abria ruas, este fecha-as.
Esta é boa. Mas qual é o problema….?
O trânsito! Porra!!.
Já podias ter dito antes. É que ando a pé e não tinha reparado no pormenor.
Está um caos!
Quem anda a pé não nota nada.
Assim cumpro a minha promessa. Não disse mal de ninguém.
Graças a Deus.
Confundir o cú com as calças
O Sr. presidente da Assembleia quer dignificar, diz ele, o parlamento. Como tal, começou pelo calçado e pela indumentária dos jornalistas. É uma questão de prioridades. Eu, porém, acho que deveria ter começado pelo funcionamento da casa e, porque não, pelos senhores deputados.
Em primeiro lugar, deveria começar a aplicar o regimento. Impor a lei é um bom começo para qualquer coisa.
Depois, poderia preocupar-se em manter a ordem na casa, evitando, tentando evitar ou penalizando os senhores parlamentares que tivessem comportamentos grosseiros. Meter a cabeça na terra como avestruz quando o "caldo entorna" não dignifica ninguém!
Poderia, em terceiro lugar, preocupar-se criar condições para elevar o nível do debate, que nestes tempos, tem andado na mó de baixo, ou não fosse o "Campanário um sítio onde toda a gente vive feliz e contente".
Se ainda houvesse tempo, procuraria assegurar uma boa cobertura informativa da vida parlamentar. E como? Criando, por exemplo, o tão falado "canal Parlamento", promovendo ou colaborando na idealização e realização de pequenas acções de formação sobre jornalismo parlamentar destinadas aos profissionais da informação e aos senhores deputados, alargando o âmbito do sítio da ARM na Net entre muitas outras coisas que não digo, porque a assessoria de comunicação paga-se, como é óbvio!
Mas o senhor presidente da ARM parece ter outras prioridades. E vai daí, acha que o calçado e as calças de ganga dos jornalistas é que não dignificam a Assembleia. Parece-me, no entanto, que está a confundir o "cú com as calças" - falamos de roupa, como é óbvio!
Em primeiro lugar, deveria começar a aplicar o regimento. Impor a lei é um bom começo para qualquer coisa.
Depois, poderia preocupar-se em manter a ordem na casa, evitando, tentando evitar ou penalizando os senhores parlamentares que tivessem comportamentos grosseiros. Meter a cabeça na terra como avestruz quando o "caldo entorna" não dignifica ninguém!
Poderia, em terceiro lugar, preocupar-se criar condições para elevar o nível do debate, que nestes tempos, tem andado na mó de baixo, ou não fosse o "Campanário um sítio onde toda a gente vive feliz e contente".
Se ainda houvesse tempo, procuraria assegurar uma boa cobertura informativa da vida parlamentar. E como? Criando, por exemplo, o tão falado "canal Parlamento", promovendo ou colaborando na idealização e realização de pequenas acções de formação sobre jornalismo parlamentar destinadas aos profissionais da informação e aos senhores deputados, alargando o âmbito do sítio da ARM na Net entre muitas outras coisas que não digo, porque a assessoria de comunicação paga-se, como é óbvio!
Mas o senhor presidente da ARM parece ter outras prioridades. E vai daí, acha que o calçado e as calças de ganga dos jornalistas é que não dignificam a Assembleia. Parece-me, no entanto, que está a confundir o "cú com as calças" - falamos de roupa, como é óbvio!
Não o acordem
Os senhores Serrão e Freitas andam particularmente atentos. E, na companhia do Sr. Martins, participam numa conferência de imprensa por dia. Tudo serve para carregarem os gravadores que lhes são estendidos. O assunto pode ter importância e pode não ter importância nenhuma, pode ser relevante ou não interessar ao "menino Jesus" que os tais dirigentes não se escusam de dar umas palavritas à imprensa. Surgem sempre dramaticamente carrancudos, como se a vida fosse um fardo que arduamente têm de suportar. E pior, levam-se a sério, o que revela uma notória falha na percepção do real!
Alguém disse ao Dr. Serrão que um dia haveria de ser presidente do Governo. E o homem, desafortunadamente, acreditou. Vestiu o melhor fatinho que pôde, ajeitou uma gravatita com o nó da moda, pôs uns óculos e desceu até à cidade, disposto a ser importante. E ei-lo, a viver o seu sonho côr de rosa! Por favor, não o acordem até 2008 (esta foi para ti, Vítor!).
Alguém disse ao Dr. Serrão que um dia haveria de ser presidente do Governo. E o homem, desafortunadamente, acreditou. Vestiu o melhor fatinho que pôde, ajeitou uma gravatita com o nó da moda, pôs uns óculos e desceu até à cidade, disposto a ser importante. E ei-lo, a viver o seu sonho côr de rosa! Por favor, não o acordem até 2008 (esta foi para ti, Vítor!).
Comentário
Eis o comentário "crítico" de um anónimo. O domínio do português diz bem da inteligência da criatura:
"Correcção: "se calhar por isso abandonáste o jornalismo. Não estavas à altura".
"Correcção: "se calhar por isso abandonáste o jornalismo. Não estavas à altura".
17.7.06
Coisas boas
Uma sugestão de Verão: Djavan ao Vivo. Neste duplo cd há a vida toda. Cantada e contada de tal forma que, aposto, juntando todos os músicos e músicas portuguesas feitas até hoje não sei se estas dirão tanto e tão bem. Ainda assim, convém ter presente, aquilo que se ouve jamais reside naquilo que se diz.
Explicações de Português (II)
Porque não há verdadeiramente assuntos políticos de interesse, e porque ninguém consegue verdadeiramente dar luta a José Sócrates, que se passeia aonde quer que vá, aqui vão mais alguns “pecados” linguísticos escutados e lidos frequentemente.
Ouvi numa rádio regional que a ExpoMadeira 2006 registou uma boa "aderência” de pessoas. Se foram todas de ténis para a mostra até acredito que a "aderência" ao solo tenha sido boa. Mas se não foram todas assim calçadas, como se presume, então o que houve foi uma boa "adesão". Que coisa difícil!
Depois, igualmente via rádio, ouvi que se iria proceder à "restauração" de uma chaminé de uma antiga fábrica de conservas. Se bem entendi, e se bem os ouvintes entenderam, o que se irá fazer ali é um restaurante, ou estabelecimento similar. A verdade é que não é nada disto que se vai fazer. O que o ignorante locutor queria dizer era que se irá proceder ao "restauro" da chaminé, isto é, à sua conservação.
Outro caso mais que até já dói nos ouvidos, nos meus pelo menos. "Ir ao encontro de" é o oposto, mesmo o oposto, de "ir de encontro a". Quem vai ao encontro da opinião de outro, está, no plano das ideias, de comum acordo, isto é, partilha da mesma opinião. Agora, quem vai de encontro à opinião de outro está, claramente, em desacordo, em oposição. O mesmo se passa no plano físico. Ir ao encontro de uma pessoa é, de facto, acompanhá-la, ir para perto dela. Ir de encontro a uma pessoa será, de facto, chocar com ela, como com frequência acontece nas ruas.
Isto são subtilezas e preciosismos, são sim senhor. Contudo, espanto-me em verificar que tantos "sábios", que dominam este universo e o outro e que ainda por cima os temos que ouvir e ler todos os dias, não sejam capazes de dominar as simples regras da sintaxe e da semântica na língua em que falam e escrevem.
PS: O próximo exercício, fica prometido, será “pegar” nos jornais regionais e mostrar, com evidências, que alguns jornalistas (não espero poucos!) terão que voltar à escola.
Ouvi numa rádio regional que a ExpoMadeira 2006 registou uma boa "aderência” de pessoas. Se foram todas de ténis para a mostra até acredito que a "aderência" ao solo tenha sido boa. Mas se não foram todas assim calçadas, como se presume, então o que houve foi uma boa "adesão". Que coisa difícil!
Depois, igualmente via rádio, ouvi que se iria proceder à "restauração" de uma chaminé de uma antiga fábrica de conservas. Se bem entendi, e se bem os ouvintes entenderam, o que se irá fazer ali é um restaurante, ou estabelecimento similar. A verdade é que não é nada disto que se vai fazer. O que o ignorante locutor queria dizer era que se irá proceder ao "restauro" da chaminé, isto é, à sua conservação.
Outro caso mais que até já dói nos ouvidos, nos meus pelo menos. "Ir ao encontro de" é o oposto, mesmo o oposto, de "ir de encontro a". Quem vai ao encontro da opinião de outro, está, no plano das ideias, de comum acordo, isto é, partilha da mesma opinião. Agora, quem vai de encontro à opinião de outro está, claramente, em desacordo, em oposição. O mesmo se passa no plano físico. Ir ao encontro de uma pessoa é, de facto, acompanhá-la, ir para perto dela. Ir de encontro a uma pessoa será, de facto, chocar com ela, como com frequência acontece nas ruas.
Isto são subtilezas e preciosismos, são sim senhor. Contudo, espanto-me em verificar que tantos "sábios", que dominam este universo e o outro e que ainda por cima os temos que ouvir e ler todos os dias, não sejam capazes de dominar as simples regras da sintaxe e da semântica na língua em que falam e escrevem.
PS: O próximo exercício, fica prometido, será “pegar” nos jornais regionais e mostrar, com evidências, que alguns jornalistas (não espero poucos!) terão que voltar à escola.
Discutir com fanáticos
Num jantar recente, uma discussão calorosa toma lugar. De um lado, um bando de fanáticos que acha que as pessoas são totalmente incapazes de discernir o certo do errado e do outro lado, eu, um modesto rapaz que se preocupa excessivamente com a liberdade. Pelo menos com a minha. A coisa descamba porque defendo que o Estado não deve impor o uso do capacete aos motociclistas ou do cinto de segurança aos condutores de automóvel (não aos seus passageiros, o que é diferente) e que isso é meio caminho andado para a imposição descabida de mil e uma outras coisas, disfarçadas de necessidade absoluta como a extraordinária multa que se quer passar a quem desrespeite uma bandeira vermelha na praia. Toda a gente me salta em cima: como é possível que alguém diga semelhante barbaridade? Cruzes credo, sou um bárbaro e desconhecia. De facto, vivemos num mundo povoado de insensatos, desde que a ciência nos prometeu que a imortalidade pode ser terrena em vez de espiritual. Basta ver os cuidados com a alimentação, o desporto desenfreado e a paranóia pelos ambientes saudáveis. Toda a gente quer viver até aos 150 anos. No mínimo. Tento me defender assim, como é óbvio, contra-atacando. Não alinho nisso. Nem em nada do género. O Estado não é omnipotente e não me deve dizer como devo ou não devo viver. Uma coisa é uma regra de trânsito que visa estabelecer as condições para circular nas estradas e outra bem diferente, são os adereços que devo ou não devo usar, supostamente para minha segurança. Um trovão quase me cai em cima da pinha. Os meus adversários ficam fulos, furiosos e furibundos (outro conjunto de três éfes famoso). Que se quisesse isso que assinasse uma declaração em como recusava a assistência do Estado no caso limite de me acontecer alguma coisa porque os contribuintes não têm que sustentar irresponsáveis e coisas do género. Perante este género de argumento pré-histórico decidi calar-me. Afinal, já ouvi dizer que não é saudável para o coração discutir com fanáticos.
Não lhe passam a bola
O Dr. Borges, uma curiosa personagem do mundo da alta finança, anda ligeiramente irritado com o Dr. Mendes, líder do PSD. Diz o Dr. Borges no Expresso desta semana que se ofereceu (não solitariamente) para ajudar o PSD a reformar o seu programa, mas que o Dr. Mendes nunca o chamou, colocando o mesmo nas mãos de gente pouco credível, (com a honrosa excepção do Dr. Balsemão, ressalvou ele). O Dr. Borges é algo caricato e um caso evidente de fabrico mediático: não se lhe conhece nenhum percurso político de relevo, mas arroga-se profundo conhecedor de tudo e mais alguma coisa, nomeadamente do Estado português o que lhe parece prometer, julga ele, um futuro algures como primeiro-ministro.
Reconheço que jamais votaria no Dr. Borges. E por duas razões muito simples: o Dr. Borges não é um político, é um mero técnico que alegadamente percebe de finanças e seus derivados (primeira razão) e porque o Dr. Borges representa (ou é o testa de ferro) um grupo de gente que não se quer reformar da política e que passa a vida a emperrar e a prejudicar as lideranças do PSD (segunda razão). Não sei porque se perde tempo a dar espaço a gente com pouca importância. Julgo que o Verão propicia este tipo de comportamento e dá azo a estas notícias. Mas é chegada a altura de colocar travão neste senhor: se quer assim tanto mandar, que se candidate. Não se refugie atrás de uma moção. Dê a cara. Apresente uma equipa. Vá a votos. É o mínimo que se pode exigir. Se quer legitmidade, conquiste-a.
Reconheço que jamais votaria no Dr. Borges. E por duas razões muito simples: o Dr. Borges não é um político, é um mero técnico que alegadamente percebe de finanças e seus derivados (primeira razão) e porque o Dr. Borges representa (ou é o testa de ferro) um grupo de gente que não se quer reformar da política e que passa a vida a emperrar e a prejudicar as lideranças do PSD (segunda razão). Não sei porque se perde tempo a dar espaço a gente com pouca importância. Julgo que o Verão propicia este tipo de comportamento e dá azo a estas notícias. Mas é chegada a altura de colocar travão neste senhor: se quer assim tanto mandar, que se candidate. Não se refugie atrás de uma moção. Dê a cara. Apresente uma equipa. Vá a votos. É o mínimo que se pode exigir. Se quer legitmidade, conquiste-a.
Um paradoxo
De acordo com notícias recentemente vindas a público e que alguns blogues também fizeram questão de mencionar, a Dra. Ana Gomes e o Dr. Carlos Coelho, ambos eurodeputados portugueses (a primeira pelo PS e o segundo pelo PSD), andam preocupados com os famigerados voos secretos da CIA em território europeu, razão que os fez pedir esclarecimentos ao governo português sobre tão traumatizante assunto. Desconheço se o Eng. Sócrates já os mandou dar uma volta ao bilhar grande ou a qualquer outro lugar menos convidativo, mas o empreendimento da dupla revela bem o absurdo em que se transformou o Parlamento Europeu, determinado em espezinhar o que resta da soberania dos Estados. Claro que vindo de quem vem a coisa não espanta: a Dra. Gomes não é propriamente conhecida pelo bom senso e o Dr. Coelho não passa de um burocrata que acha que a Europa onde ele vive é o melhor dos mundos. Face ao exposto, estamos perante sinais inequívocos de que esta dupla vive perfeitamente alienada da realidade que nos envolve. Einstein dizia que apenas duas coisas eram infinitas. A estupidez humana, como se recordam, era uma delas, como aqui, amável e cordialmente, a Dra. Gomes e o Dr. Coelho, fizeram questão de comprovar.
No meio disto tudo há algo que verdadeiramente me dilacera: a obstinação desta gente centra-se na CIA e não nos terroristas que ela combate. É que eu pensava que quem verdadeiramente nos ameaçava eram os terroristas. E não a CIA. Mas que curioso paradoxo.
No meio disto tudo há algo que verdadeiramente me dilacera: a obstinação desta gente centra-se na CIA e não nos terroristas que ela combate. É que eu pensava que quem verdadeiramente nos ameaçava eram os terroristas. E não a CIA. Mas que curioso paradoxo.
Burocráticos
Gosto muito deste meu país.
Um gajo tenta resolver um assunto através dos canais formais mas dificilmente consegue falar com o respectivo caramelo.
A resposta mais comum e idiota é que está numa reunião. (Muitas reuniões se fazem. Os resultados desses encontros de trabalho, inadiáveis e ininterruptos é que são nulos). Reúne-se por tudo e por nada. Ou melhor, inventam-se reuniões para não decidir, para não responder às legítimas questões colocadas pelos cidadãos.
Não vou revelar o departamento do Governo, que há semanas, tento contactar via telefone um macaco.
A outra desculpa esfarrapada das secretárias (coitadas, são pagas para mentir, mas nem isso sabem fazer) é que não está.
No entanto, quero desfazer o mito. Encontrei uma secretária sincera. Disse que o fulano que procuro tinha ido tomar café. Pediu-me para ligar dentro de 20 minutos. Passado o respectivo tempo Liguei. O homem ainda não tinha chegado do café. Dez minutos depois voltei a ligar, mas ainda continuava algures.
É uma autêntica festa a administração pública. Para chegar à fala com alguém é um autêntico purgatório. Muitas vezes para nos dizerem que o assunto é da responsabilidade de outro colega.
Voltam os telefonemas, os pedidos humildes e quase rastejantes para falar com o Drº, com a Drª, ou o Senhor Engenheiro.
Entretanto, o tempo avança e a questão continua por resolver.
É assim no meu país, é assim na minha terra.
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