24.10.06

“Memórias de um rústico erudito”


É dos melhores livros autobiográficos que já li. Pode não parecer, mas Rosado Fernandes foi professor na Universidade de Columbia em Nova Iorque, onde, em poucas linhas, diz aquilo que já todos sabemos: que nos EUA ninguém ganha nada sem trabalhar.

Para a posteridade fica o episódio em que Rosado Fernandes, quando era eurodeputado eleito pelo CDS, esbofeteou um deputado dinamarquês, supostamente por este ter insultado o seu “bom nome” e o de Portugal. Sem dúvida um grande homem, nas armas e nas letras, claro está.

A diarreia de Miguel Sousa Tavares


O mais pulha dos comentadores portugueses, de quando em quando, vomita o seu ódio contra a Madeira. Se pudesse, Miguel Sousa Tavares deixava os madeirenses à fome. E se se aguentassem, não ponho de parte que os mandava gasear.

O seu ódio é de tal ordem de ordinarice que omite tudo que possa credibilizar os madeirenses. Omite a percentagem de aplicação dos fundos comunitários, omite a melhor rede de estradas do país, omite os progressos evidentes, o aumento do poder de compra, o desporto, o crescimento de grupos empresariais (como se fossem só os empresários madeirenses a estarem conluiados com o Estado). A MST só o anedótico interessa.

Felizmente, MST é só um simples comentador que intervala análises políticas superficiais na TVI com personagens dos “Morangos com Açúcar” ou, mais recuadamente, com teenagers anónimos do Big Brother.

Se MST fosse alemão ou filandês, ainda se aturavam as suas críticas maldosas. Agora, ouvir sermões de dedo espetado de um tipo que é dum país que não consegue dar um só exemplo de organização e eficiência é que não.

O Independentista de São Vicente

O que mais irrita na sociedade madeirense é a sua capacidade para amplificar disparates, como é o caso da teoria da independência da Madeira.

Ainda não vi ninguém vir dizer ao senhor Gabriel Drumond para ter juízo. Dão-lhe importância e rios de entrevistas onde espalha os seus pensamentos de aldeão.

Para nosso grande mal, a Madeira não é mesmo auto-viável. E não há volta a dar a isto, pelo menos nas próximas décadas. Resta-nos pedir, e com jeitinho, como sempre se fez.