21.12.07

O mundo dos números

A ACIF montou uma tenda gigante na Rua dos Aranhas e fez um duplo número de circo. Veio a calhar, porque é Natal.

A Câmara do Comércio apelou à redução da taxa do IVA (13%), para estimular o consumo. Segundo a Associação há comerciantes à beira de um ataque de nervos. A perda do poder de compra dos madeirenses está a fazer estragos na economia.

A explicação é simples. Quando a oferta é superior à procura a tendência é para que os preços baixem. Foi o que aconteceu ao longo de 2007. A inflação estabilizou na casa dos 1%.

É este o argumento que a ACIF também vai usar para negociar os aumentos dos salários para o próximo ano. Já avisou que face ao actual quadro macro económico os salários vão ser alinhados com a inflação. Ou seja, só podem crescer 1,1%.

C no P

Ontem, o Conspiração foi um dos blogs do dia no Público. Foi porreiro, pá!

Jantar

Foi um bom jantar, sim senhor...

Que venha o próximo.

19.12.07

Bom jantar!

Votos de um bom jantar a todos os bloggers que estarão presentes no convívio organizado pelo Baby_Boy_Swim.
Apenas lamento não poder estar presente, mas deixo os meus cumprimentos a todos.
Porque esta coisa da blogosfera deverá receber da nossa parte a importância que realmente tem. E fundamental, fundamental, são as pessoas e as relações que se estabelecem! Ainda que nos situemos em antípodas ideológicas.
Abraço a todos.
PS - Há jantaradas que valem a pena!

Virgens ofendidas

Alguma blogosfera mostra a sua indignação pelo facto do Tribunal Judicial do Funchal levar a julgamento Armando Baptista-Bastos, devido às alegadas ofensas a Alberto João Jardim, feitas num artigo de opinião publicado a 8 de Julho de 2005, no Jornal de Negócios.
Ora, era só o que faltava um governante não poder processar um comentador (atenção, foi um artigo de opinião), caso entenda que a sua honra foi ofendida. E Baptista-Bastos já é bem velhinho (porque o homem já é velho, não é apenas crescido) para saber que o seu artigo traria consequências, de resto, inevitáveis.

Mas acho especial piada aos paladinos da justiça que aplaudiram a vergonhosa recepção de Paulo Pedroso na Assembleia da República, após a sua libertação, ou que nada tiveram a opinar sobre o processo interposto por José Sócrates a António Balbino Caldeira, do Portugal Profundo, que denunciou toda aquela trapaça da Universidade Independente, mas que agora: aqui-del-rei, que Jardim é um fascista e que persegue os jornalistas.
Como diria o meu bom amigo Gonçalo, bordamerda convosco!
É mais do que legítimo que qualquer cidadão que sinta a sua honra ofendida processe o autor destas alegadas injúrias. Tal como quem as faz, tem que ser coerente e enfrentá-las sem subrefúgios.


PS - Por mim, estaria disposto a ir a tribunal por todos os adjectivos com que já mimei o governo da República. Porque gostaria de repeti-los todos.

Novos blogs

Como o prometido é devido, actualizámos a lista de blogs de cá e respectivos links.

Da lista sairam, por falta de actualização, A Vida de um Maxikeiro, Aberto Até de Madrugada, Jhurnalisto (é pena o Paulo não o actualizar porque na minha opinião era dos melhores), o Mundo de Lady Arwen, Pináculos, Refúgio, Telas Acrílicas, Terra dos xavelhas, Um Dia de Cada Vez e Veleiro à Deriva.

Sei que a esmagadora maioria dos conspiradores (todos, exceptuando eu) teriam preferido uma limpeza mais global. Mas acho que assim tá porreiro.

Acrescentei ainda alguns. A saber:

Docas nas Asas do Desejo
Pérolas Intemporais
O Mundo do meu sonho
Zaragata no Calhau
Urbanidades
Best Of Madeira (Nuno Morna)

Giuditta Russo

Giuditta Russo, uma italiana, foi advogada durante dez anos. Ao longo deste tempo, ganhou todos os processos que defendeu, qualquer coisa como 250, notabilizando-se como uma causídica de sucesso.

O feito é notável. Verdadeiramente notável. E ainda mais notável é se soubermos, como acrescento, que a boa da Giuditta Russo nunca frequentou sequer a Universidade de Direito e viveu, todo este período, numa bem montada farsa, ocultando as suas reais habilitações e fazendo-se passar por algo que não era. Ela própria, há pouco tempo, assim o confessou, farta que estava do embuste e perante a dificuldade de um processo mais complexo.

Agora, Giuditta Russo, enfrenta a justiça italiana e o seu próprio julgamento. Tem como atenuantes o facto de ter mostrado arrependimento e de ter confessado o crime, o que por si só não lhe deve valer de muito. Nos entrementes, Giuditta já fez o que qualquer um faria: escreveu uma autobiografia sobre o seu caso específico, um sucesso de vendas em Itália, e vendeu a sua história para argumento de filme, uma consequência lógica para histórias tão inverosímeis, mas que eu espero que tenha como protagonista central a Monica Belucci, uma excelente actriz.

Nós por cá ficamos a aguardar que outros tenham atrevimentos semelhantes e que o confessem humildemente em público, ao mesmo tempo que anunciam uma megaprodução cinematográfica.

Agora, assim de repente, um político a desempenhar um cargo importante já dava para animar a malta nesta quadra natalícia, marcada pela falta de dinheiro e algum desespero. A Monica Belucci, como é natural, não servia para o papel, mas o Joaquim de Almeida assentava que nem uma luva no mesmo. Afinal, ele tem andado bem longe dos portugueses, vive num outro mundo, tem um ar feroz, é bem parecido e fala bastante bem inglês.

Epílogo de uma festa

A festa de Natal do Manchester United já aconteceu. Lamentavelmente não houve desistências e assim não pude estar presente com tudo pago para discutir amenamente o aquecimento global e o papel do existencialismo na literatura. Azar o meu, sorte a deles.

No entanto, parece que a festa não acabou bem porque há, claramente, tendências internas inconciliáveis. O número de metros que a água do mar irá subir nos próximos 50 anos ou o número de quilos que o Sr. Gore tem actualmente são apenas alguns exemplos de uma luta fratricida pelo predomínio de uma teoria.

Houve, pelos vistos, críticas mais fortes de uma das “bailarinas” que farta de não conseguir impingir os seus pontos de vista aos fantásticos jogadores do United, decidiu chamar a polícia local para resolver o assunto, terminando prematuramente com a festa, sem se chegar a grandes conclusões.

Ainda assim, queria fazer duas pequeninas correcções relativamente ao post inicial sobre este assunto. Primeira: não foram “100 mulheres bonitas”; foram apenas “90 bailarinas”. Segunda: as suites, disponibilizadas acho eu que para as conferências e workshops paralelos, eram 35 e não 30, como anteriormente referi.

Feitas estas correcções, apenas mais um aparte: o nosso Ronaldo não pôde estar presente neste evento dos jogadores do United porque foi à gala da FIFA receber um prémio de terceiro melhor jogador do mundo. O miúdo merecia pelo menos ter ficado em segundo, não só pela época fantástica que fez como também por ter voluntariamente abdicado da festa mais aguardada do ano. De qualquer maneira, eis a prova de que um azar nunca vem só.

Ó Grande Abdallah!

O Abdallah é um gajo porreiro. Uma alma piedosa. Um lamechas, no fundo. Vai daí, indultou uma mulher que após ter sofrido uma violação colectiva foi condenada a 200 chicotadas e a seis meses de prisão...

Oh, grande Abdallah! Quão Misericordioso consegues ser! Se não fosse heresia, até te considerava um verdadeiro humanista, ó Abdallah!

Mostrar serviço

Cada vez mais estou convencido de que a "Operação Noite Branca" foi apenas uma manifestação de força da PJ do Porto e do MP lá do sítio face à Procuradoria. A precipitação pode sair cara. Se não, como é que se explica que cinco dos 11 suspeitos de associação criminosa, homicídio voluntário, tráfico de estupefacientes, receptação e detenção de armas proibidas saiam em liberdade, com medidas de coacção como "termo de identidade e residência" - três casos - ou "apresentações períodicas"?

Eu, de justiça, percebo pouco. Mas como leigo na matéria, custa-me a entender como é que alguém que é suspeito de semelhantes crimes sai em liberdade após o interrogatório. Na minha opinião, o "pessoal" do norte decidiu mostrar serviço antes de tempo. E não sei se não deu cabo da investigação.

18.12.07

Sabiá

(...)

Vou voltar!
Sei que ainda vou voltar
Não vai ser em vão
Que fiz tantos planos
De me enganar
Como fiz enganos
De me encontrar
Como fiz estradas
De me perder
Fiz de tudo e nada
De te esquecer...


Tom Jobim

Sabiá - Chico Buarque e Tom Jobim

Há uma versão genial de Sabiá no disco. Como não a encontrei no You Tube, deixo-vos esta.

Tom Jobim


Esta obra-prima está à venda na FNAC por 7,5 euros.

Docas nas asas do Desejo

Um blog com piada. De cá. Brevemente, vai para os links ali do lado (que têm de ser actualizados urgentemente, eu sei). Façam o favor de o lerem.

Docas nas asas do desejo;

Sugestão I

"Memórias do Funchal", de Melim Mendes, obra ontem apresentada e incluída na colecção Funchal 500 Anos. À venda nas livrarias. Um excelente presente de Natal.

Apenas um aparte

A Jugoslávia (Sérvia, Macedónia, Eslovénia, Croácia, Montenegro e Bósnia-Herzegovina), criada em 1918, era um estado com dois alfabetos, três línguas, quatro religiões, cinco nacionalidades, seis repúblicas e sete vizinhos.”* Como vêem um belo quadro multicultural. Quem gostar de nós, que desate este.

*João César das Neves, Dois milhões de anos de Economia, p.180

Um apelo

Depois de tanta “história” (ou será histeria?) feita à pressão, convém salientar que acho absolutamente irrelevante qualquer referendo, qualquer consulta ou qualquer outra chatice que me faça sair de casa num qualquer domingo primaveril, para exercer um qualquer acto desnecessário. Depois de votar no Prof. Cavaco e de eleger o Eng. (?) Sócrates, o povo português já provou inequivocamente que não deve ser chamado para absolutamente nada. Cada um tem o que merece.

A Menina Natal II

Este ano, a menina natal veio de calças. Reconheça-se que está mais frio.

A Costa Oeste da Europa

Há dias, quase distraído, dei por mim a ouvir o fecho do telejornal da RTP1. O Ministro da Economia, que andava estranha e convenientemente desaparecido, veio apresentar a nova (mais uma) imagem de Portugal no exterior. Portugal - Europe’s West Coast (Portugal - a Costa Oeste da Europa) assim se chama a campanha dirigida para um conjunto de mercados específicos e prioritários para o país e que mete, ao barulho, gente ilustre como Mourinho, Mariza e o nosso Cristiano Ronaldo. Ao som do fado, uma tristeza cantada, a notícia discorria sobre a potencialidade e os objectivos do governo para um sector que, ao fim e ao cabo, deve ser o único com parcial futuro nesta modorra instalada.

Entendo, claro, que o governo faz muito bem em aproveitar a notoriedade destas individualidades, mesmo que elas pouco ou nada tenham a ver com o país que as viu nascer, um mero acidente que genética e socialmente não deve ter lá grande explicação. Mourinho, por exemplo, quem não se lembra?, sofria de um primário ódio nacional antes de se tornar no Special One inglês e o treinador mais desejado (pelos adeptos da bola e por alguns segmentos femininos) no mundo. Relembre-se ainda que alguns dos atletas recomendados, nem se treinam em Portugal para sorte do desporto mundial e, por arrasto, da glória da pátria.

Pessoalmente admiro ainda a imaginação do nome e a forma encontrada para promover a nação nuns cartazes bem desenhados. No fundo, os portugueses não são mesquinhos nem egoístas, amam a “energia eólica” e desejam, intimamente, que muitos estrangeiros dêem abnegadamente pela nossa existência. Que dêem abnegadamente pela nossa existência e que dêem verdadeiramente com a costa e à costa como nós, há muito tempo, já demos. De preferência, ao som do eterno fado e, se não for muito incómodo, com uma ventoinha na mão.

16.12.07

Sofrimento por amor


Há muitos anos que sou apaixonado por Paula Moura Pinheiro. A mistura dos olhos verdes com uma atípica capacidade de comunicação, fina ironia, boa argumentação e manifesta desenvoltura intelectual (para além de um sorriso lindo!) há muito que me fizeram cativo da apresentadora. Reconheço: é patético, mas sou apaixonado por uma figura da televisão!

Contudo, ultimamente este amor - provavelmente como qualquer outro amor (será a sua natureza?) - tem sido abalado. É que o Câmara Clara, que começou por ser um bom programa, começa a ficar um bocado chato. Estou um tudo-ou-nada fartinho de ver convidados que apenas falam para si.

Vá lá Paula, não faças morrer este já tão velho amor!

Rica democracia, gritam os socialistas II

Será este tipo de transparência que os socialistas madeirenses reclamam para a Madeira?

Rica democracia, gritam os socialistas

"(...) Sócrates não quer hipotecar o seu contributo «histórico» para o projecto europeu, rompendo o compromisso com os restantes líderes europeus para que o Tratado seja rapidamente ratificado, evitando consultas populares (...)."

SOL

Quando a merda de um pseudo-prestígio vale mais do que o interesse de uma Nação.
Não será este um acto de traição?!