1.5.10

Porque no te callas?

As últimas declarações e atitudes de Mário Soares só vêm comprovar que o vetusto reformado evoluiu de pai da democracia para o seu pior cancro.
Por vezes devido à incapacidade para sair da ribalta (acha ele que os portugueses ainda querem saber o que pensa?), outras por despeito, a verdade é que o ex-presidente da República tem minado a democracia (já ela apodrecida) com atitudes e declarações absurdas. Prova que a idade pesa a todos.

Bárbaros do Norte

E a horda de vândalos volta a atacar.

29.4.10

Uma dúvida

Se um tipo for atacado por um Pit Bull está a ser alvo de pitbullying?

Igualdade versus liberdade

Um conflito pertinente da democracia de hoje reside no antagonismo gritante entre igualdade e liberdade. Indiscutivelmente, quanto mais iguais formos, menos livres seremos.

28.4.10

Calling you



"A desert road from Vegas to nowhere. Some place better than were you've been. A coffee machine that needs some fixing in a small cafe just around the bend. I'm calling you. Can't you hear me? I'm calling you."

Jeff Buckley

Jeff Buckley - Sketches for My Sweetheart the Drunk



Uma das melhores. De um dos melhores.

Porque a Igreja não está entregue à bicharada

D. Manuel Clemente é um homem de elevada estatura intelectual e ética.
Prova, ao contrário do que nos querem fazer crer jacobinos dos tempos modernos, que a hierarquia da Igreja também tem homens com grande dimensão. O que desfaz a teoria de que a cúpula da Igreja é dominada por seres sórdidos e vis.
Se faz falta mais homens como ele na Igreja? Um sim imensurável. Como fazem falta aos partidos, às empresas, às organizações, enfim, à humanidade. Nem mais, nem menos.

Bancarrota? Agradeça aos cretinos que suportam Sócrates

Apesar de não perceber nada d economia, parece-me evidente que Portugal está a ser vítima de especulação.
Todavia, isso não desresponsabiliza Sócrates do desastre governativo para onde nos arrastou. Estamos à beira da bancarrota? Agradeça a um socretino perto de si!

Regulação? Economia livre? Confiança no mercado? Por mim, ia tudo à bomba.

Os neo-liberais defendem que os estados-nação devem ter apenas um papel regulador da economia. Mas então expliquem lá: quem faz a regulação das agências de rating para evitar as especulações que promovem? Como é que podemos confiar no papel regulador dos estados-nação (noto que Passos Coelho vai mais longe e defende que a regulação deve ser feita por privados…!), se estes reconhecem não ter qualquer capacidade de intervenção contra os ataques especuladores das empresas e dos investidores?
Como é que querem que confiemos numa economia livre quando nos dão constantes provas de que as populações do mundo capitalista estão nas mãos de apenas três empresas? Como confiar mercado?

Com esta Alemanha, eu também não quero qualquer projecto europeu

Anda a Alemanha e a senhora Merkel indignada pelo incumprimento da Grécia, Portugal e os restantes países do sul.
Mas as mesmas Alemanha e senhora Merkel já não se preocupam se a dívida acumulada pelos estados-nação e populações mediterrânicas serviram para comprar os carros produzidos na Alemanha; aliciados pelo marketing das empresas de publicidade alemãs; para pagar as casas que as construtoras alemãs construíram e as imobiliárias alemãs que as venderam; para comer os cereais que a Alemanha nos envia; para garantir infra-estruturas para os alemães passarem férias convenientemente.
À Alemanha e à senhora Merkel só lhes interessa o mercado, não uma real convergência social na construção do projecto europeu. Ora, para isto, dispenso a Alemanha, a senhora Merkel e até a própria Europa.

Querem que eu trabalhe mais e pague mais impostos para quem, afinal?

Não percebo nada de economia. Por isso peço aos especialistas que me expliquem porque é que os bancos centrais não podem emprestar dinheiro aos estados-nação, mas emprestam à banca com taxas de juro de 1%, para que esta possa depois emprestar aos estados-nação com taxas de juro de 5%, ou 6% (como acontece hoje com Portugal), sendo que sempre que essa mesma banca está aflita, os estados-nação atiram o dinheiro que pediram emprestado a essa banca, para a salvar, pedindo de novo a ela que empreste a taxas de juro elevadas, para fazer face ao buraco que ela deixou?
E porque carga d’água, vem depois essa banca, com ares de gente séria, advogar pelo fim dos compromissos sociais dos estados-nação, de modo a salvar o sistema financeiro e a economia?
A pergunta é: querem que produzamos mais riqueza para quem, afinal?

26.4.10

Liga Record deste fim-de-semana

Bracalli - Maxi Pereira - David Luiz - Luisão - Javi Garcia - Rúben Amorim - André Santos - Nuno Assis - Flávio Meireles - Falcão (cap) - Carlão

Uma evidência

Faltou o momento chave em todos os discursos de ontem. Pedir desculpa aos novos pelo evidente falhanço do país e pela tragédia à nossa porta. Serão eles, os mais novos, a ter de recuperar o sonho de um país viável. Não vale a pena sonhar com passados que não voltam ou com amanhãs que cantam. O despertar será doloroso, tal como o sacrifício de todos por esta enorme causa comum: o futuro das gentes de Portugal.

Uma solução

Num dos seus últimos discursos antes das próximas eleições presidenciais, o PR veio pôr o dedo na ferida nacional, apontando o mar e a criatividade como soluções para o marasmo económico português. Eu que já estou por tudo, estou disposto a arriscar e aproveitar a palavra sábia e experiente do PR. Num país sem saída, porventura, jogar-me ao mar com exuberante criatividade pode ser uma inusitada e salvadora solução.

Uma certeza

E em pleno coração da Europa, a Bélgica vive nova preciosidade. O conflito linguístico aberto entre francófonos e flamengos provocou a demissão do primeiro-ministro, deixando o país em suspenso. A Bélgica, no fundo, resume alguma desta Europa meio perdida, quase gasta e muito ressentida, que vive numa realidade paralela. Do país da banda desenhada também não se devia esperar outra coisa.