"Reúne sete ou oito sábios e tornar-se-ão outros tantos tolos, pois incapazes de chegar a acordo entre eles, discutem as coisas em vez de as fazerem" - António da Venafro
16.12.05
Génio versus Rigor
A final antecipada da Liga dos Campeões joga-se em Fevereiro. Chelsea versus Barcelona ou o génio de Ronaldinho, E'to e Deco contra a inteligência e o rigor de Mourinho e a eficácia Lampard ou Drogba. Promete. Por mim, sou "blau-grana". Ao Benfica caberá defrontará o campeão em título, Liverpool, equipa nitidamente vocacionada para competições a eliminar.
15.12.05
Expressões que me chateiam
Sociedade Civil.
Está na moda. A torto e a direito escreve-se sobre a necessidade de "mobilizar a sociedade civil", de canalizar as "energias da sociedade civil" e outras barbaridades do género. Já agora, o que significa Sociedade Civil. E o que se opõe a ela. Sociedade Militar? Sociedade Secreta? Sociedade Eclesiástica? Sociedade do ráio que o parta?
Não serão todas as sociedades formadas pela interação de grupos, e de indivíduos, balizada por um conjunto de normas e regulações? E então porque carga de água há de haver uma Sociedade Civil. Que ainda por cima, no contexto em que aparece, exclui.
Eu, garanto, recuso-me a votar num tipo que utilize a expressão Sociedade Civil.
Está na moda. A torto e a direito escreve-se sobre a necessidade de "mobilizar a sociedade civil", de canalizar as "energias da sociedade civil" e outras barbaridades do género. Já agora, o que significa Sociedade Civil. E o que se opõe a ela. Sociedade Militar? Sociedade Secreta? Sociedade Eclesiástica? Sociedade do ráio que o parta?
Não serão todas as sociedades formadas pela interação de grupos, e de indivíduos, balizada por um conjunto de normas e regulações? E então porque carga de água há de haver uma Sociedade Civil. Que ainda por cima, no contexto em que aparece, exclui.
Eu, garanto, recuso-me a votar num tipo que utilize a expressão Sociedade Civil.
Cavaco gostou
Cavaco, estou certo, gostou do debate de ontem entre o paternalista Soares e o candidato-porque-sim Alegre, que redundou num autêntico empate técnico.
14.12.05
O Filme de Soraia
Será Soraia Chaves a razão que levou mais de 300 mil portugueses às salas de cinema nacionais para ver “O Crime do Padre Amaro”?
Eu creio bem que sim. É porque a película de Carlos Coelho da Silva, que conta também com as interpretações Ruy de Carvalho (uma cena), Nicolau Breyner, Jorge Corrula, Nuno Mello, Ana Bustorf e Rui Unas, entre outros, não é grande coisa. Mistura, às vezes de forma incoerente, vários estilos cinematográficos. Apresenta-nos personagens a mais e pior, absolutamente estereotipadas. Os cabeleireiros são gays. Os criminosos são negros e rappers. O gangster é mau como as cobras e burro. Os pais não gostam dos namorados das filhas e por isso elas fogem de casa para viver com o bandido que deixa de ser bandido. Os padres são corruptos e arrastam segredos tenebrosos atrás das batinas. A narrativa (a evolução das personagens e dos eventos) sofre de uma profunda descontinuidade, que transforma parte do filme num emaranhado sem sentido.
De facto, apesar do argumento – uma adaptação livre do romance de Eça de Queiroz – ser vendável (um bairro pobre, um padre acabado de sair do seminário que se deixa tentar pela belíssima Amélia, um gangster chateado, uns tiros e perseguições policiais), não fora Soraia Chaves e, garanto-vos, o filme não teria um décimo dos espectadores.
Com Soraia é quase impossível dizer mal de “O Crime do Padre Amaro”. Porque ela compensa qualquer falha. O filme podia ser mudo, a preto e branco, meter naves de marcianos e corridas de carros pelo meio e passar-se no século X. Podia ter como protagonista o Stallone e ser realizado pelo Ed Wood. Mas mesmo assim, garanto-vos, a Soraia, despida de preconceitos e de qualquer adereço de vestuário, valia o dinheiro do bilhete.
Post-Scriptum: Este ano, o cinema português está em alta, no que se refere ao número de espectadores. “Alice” foi visto por mais de 50 mil pessoas. “O Crime do Padre Amaro” por mais de 300 mil. Resta conhecer o percurso que fará “O Fatalista”, de João Botelho. Outro realizador que vende bem.
13.12.05
A ler
A Alta Autoridade para a Comunicação Social pronunciou-se sobre o conteúdo de um blog, atendendo a uma queixa que lhe fora apresentada. A delibração merece ser lida na íntegra. Pode fazê-lo aqui porque é um excelente documento para se perceber as normas de direito que regem os weblogs em Portugal.
Se quiser saber mais sobre o caso em concreto, clique aqui.
Se quiser saber mais sobre o caso em concreto, clique aqui.
Exemplo
A Junta de Freguesia do Imaculado Coração de Maria, no Funchal, lançou um sítio na Internet que me parece modelar disponibilizando, por exemplo, alguns serviços aos cidadãos. Um exemplo a seguir. Para consultar: www.jfimaculado.com .
12.12.05
Mais listas
Para percebermos que há coisas mais importantes que o nosso umbigo. E para sabermos que grandes questões se vão levantar nos diversos campos da Ciência. Eis outra lista extremamente interessante, via Quarta República.
Preciosidade política madeirense
E não é que há gente a fazer campanha pelo principal adversário do candidato em que vai votar? Parece incrível, mas é verdade. A falta de personalidade e de inteligência tem destas coisas. E a patetice também. Não há dúvidas que há partidos políticos verdadeiramente divertidos. Então na Madeira, nem se fala...
Constatações
As minhas previsões futebolísticas andam pelas ruas da amargura. Mas as dos debates por enquanto aguentam-se...
Manobras de diversão
É impressão minha ou o confronto de Mário Soares com o pseudo ex-combatente cheirou a manobra ensaiada? Deve ser o desespero das sondagens do homem que, dia sim dia não, muda a sua base de apoio. E que quer Alegre fora do PS.
Rescaldo
O jogo deveria ter-se ficado pelo empate. Mas depois daquele último golo do Bruno, pouco ou nada há a acrescentar sobre a vitória do Nacional. O meu Marítimo foi derrotado “apenas” por aquela obra genial produzida por um jogador de futebol. Minutos antes, Filipe Oliveira tinha tido nos pés a melhor oportunidade de todo o jogo, mas desperdiçou-a infantilmente, numa altura em que a vantagem maritimista seria, quase de certeza, mais do que decisiva. É esta a diferença entre os jogadores interessantes e os jogadores que não interessam: uns fazem o impossível, os outros falham o impossível.
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