"Reúne sete ou oito sábios e tornar-se-ão outros tantos tolos, pois incapazes de chegar a acordo entre eles, discutem as coisas em vez de as fazerem" - António da Venafro
2.9.10
Boa estratégia
1.9.10
Mais um!?
Ainda ninguém percebeu que o Porto Santo não tem condições para investimentos daquele género? Ainda ninguém percebeu que a única estratégia possível para salvar o destino Porto Santo é assumir a sazonalidade e apresenta-lo como destino seguro para famílias e férias em família, com unidades hoteleiras e infraestruturas que proporcionem actividade para miúdos e graúdos? Um bom exemplo é a utilização que o Diário faz do Complexo de Ténis durante o mês de Agosto...
Ainda ninguém percebeu que os madeirenses são, e serão sempre - a não ser que seja proibido - os maiores e mais importantes clientes do destino Porto Santo e que os madeirenses não têm poder de compra para faustosas unidades de 5 estrelas (ou seis, ou sete, ou 31, que é o número de golos do Ronaldo em cada época)?
Ainda ninguém percebeu que esta indefinição está a dar cabo de um destino emergente, que tem razoáveis condições?
Ainda ninguém percebeu que estas ilhas têm tanto mais graça quando se mostram como são, quando apostam na proximidade entre os visitantes e os residentes, na efectiva partilha de espaços e de hábitos entre os primeiros e os segundos, quando se mostram pequenas e familiares como contraponto às cidades impessoais de onde chega quem nos visita? Ainda ninguém percebeu que as ilhas têm de se mostrar devagar, têm de ser espaços reservados e preservados mas abertos à descoberta, espaços tranquilos, pachorrentos, que transmitam a calma que falta nos sítios grandes? Ainda ninguém percebeu que aqueles que chegam não vêem para ver "mamarrachos" de aço e de vidro? Pois, esqueci-me, "o burro sou eu", não preciso que me recordem.
31.8.10
Magister consuus est!
E já agora, quem manda primeiro, manda mais, por isso: passa tu ainda melhor...
Pois, pois, Miguel...
Por isso, quanto à plataforma democrática, muito obrigado e passa bem!
A favor da emancipação da UMAR
Como poderiam estas organizações, sempre tão expeditas em condenar qualquer atitude que lhes cheire a discriminação sexual, estar caladas perante uma violação tão grave aos direitos humanos?, pensava eu. Bem sei que a Venezuela, a Bolívia e o Irão são os mais recentes aliados da esquerda portuguesa (que se juntam a Cuba e à Coreia do Norte). Mas esta não me parecia razão suficiente para este silêncio, pelo que andei a deambular por sites ver se descobria algum protesto, alguma veemente condenação.
Não encontrei! Sobre isto, o movimento feminista português foi a banhos e nada tem a dizer!
Descobri, não obstante, algumas coisas “interessantes” que não deixam de impressionar. Pelo menos a mim, que sou impressionável.
Descobri que a UMAR representa mais os interesses da comunidade gay do que as mulheres (heterossexuais). Pelo menos a julgar pela página de apresentação do seu site, onde em cinco destaques, dois são sobre causa gays, dois sobre o umbigo da associação e um sobre literatura. Defesa dos direitos das mulheres? Nicles batatóide!
Também no site, descobri várias páginas, estudos, etc., sobre o “direito” do aborto. Sobre fertilidade ou apoio a jovens mães, que o queiram ser, népia, como se a procriação e a maternidade não fossem direitos da mulher.
A UMAR quer novas instalações. Ao que parece, o espaço onde está alojada não reúne condições para a actividade que desenvolve.
Vi que tinham uma petição e, julgava eu, que servia para recolher donativos para requalificação do espaço. Não, ledo engano.
Esta associação, que ocupa há anos um espaço municipal de Lisboa e que deixou se deteriorar, quer que, agora, a Câmara Municipal de Lisboa pague a construção de um espaço para si. Li, impávido, na petição: “Deste modo, as pessoas abaixo-assinadas, conhecendo e reconhecendo o valor da intervenção da UMAR apelam a que seja encontrada uma situação condigna através da criação de um Centro de Cultura e Intervenção Feminista na Cidade de Lisboa que envolvesse diversas vertentes: espaço para o centro de documentação, livraria, exposições, realização de debates, concertos, teatro, performances, instalações, formação, atendimento/reencaminhamento a vários níveis.”
Ora, sendo esta uma associação sem fins lucrativos com um âmbito de intervenção próprio, definido e limitado, como é que pretendem que seja o erário público a financiar a sua actividade que é privada? Como podem exigir que aqueles a quem costumam acusar de fascistas e reaccionários, que discordam das suas posições sobre o aborto, sobre as causas gays, financiem a associação? Têm uma agenda própria (legítima, de resto) que querem manter? Pois bem, financiem-na!
Se querem novas instalações, procedam como as restantes milhares de associações do país: façam uma gestão equilibrada e cuidada da tesouraria, façam recolhas de donativos, promovam actividades lucrativas. Mas façam a V/ expensas, porque não estou para pagar a uma actividade com a qual discordo.
Bem sei que andam habituadas a viver de subsídios, mas aqui está uma boa oportunidade para se emanciparem…
"Soir De Fete", Sarkozy?
Não será a banda sonora exacta para um tempo em que o Governo francês expulsa os ciganos, abrindo um precedente perigoso. Mas é oportuna. Que tal enviar a canção a Sarkozy, que pelos vistos a desconhece?
30.8.10
Jacinto Serrão tem que dizer o que pensa do Governo de Sócrates
O arrependido
Encher o saco
29.8.10
Autorização para fogos "acidentais"
No Paúl da Serra lavra um incêndio de grandes dimensões.
Não se sabe bem como começou mas é uma aposta segura que tenha tido mão humana. Não sabemos ainda se intencionalmente, a estatística diz que não, mas na ausência de trovoadas e vulcões activos, a descuidada ou intencional mão humana é quase certa.
Enquanto alguns "justiceiros" se preparam já para imaginar sevícias a aplicar aos pretensos incendiários, incitados por alguns politiqueiros oportunistas, vivemos mais um fim de semana em que um pouco por toda ilha foi possível ouvir petardos e foguetes... Não sei quem será mais criminoso. Os fogueteiros? Os organizadores das festas que os contratam? Os que assinam as autorizações para que se lance o fogo? Ou os que apesar de conhecerem melhor que ninguém os riscos de incêndio, os alertas laranjas e vermelhos, têm medo de perder meia-dúzia de votos se proibirem os morteiros nos arraiais? Quem são os verdadeiros culpados?
Façam-se os arraiais com música e músicos, com bandas, danças e bailaricos, com vinho seco e espetada, com folhas de louro nod postes das bandeirolas, com bolo do caco com manteiga, com tapetes de flores, procissões, missas e festeiros, com o pároco da aldeia ou apenas com o bispo, com comícios ou simples bilhardices, com o orgulho nos melhores bordados pendurados nas varandas, com boa disposição e traje domingueiro, com tudo o que faz falta e tudo a que temos direito... Mas de uma vez por todas haja coragem e acabe-se com aquele pedaço de pólvora na ponta de uma caninha que não se sabe bem onde vai cair, mas antes que atinja as casas é muitas vezes lançado na direcção da mata mais próxima.
Enquanto alguns “justiceiros” olham de soslaio para os vizinhos, para levadeiros, pastores ou apenas para o fundo do copo à procura de “culpados” que possam linchar (alguém tem que pagar pelo fogo que não se conseguiu apagar, não é? Ora se é!), enquanto outros propõem penas mais pesadas para os incendiários mesmo sem saber quais são as actuais (3 a 12 anos), pela n-ésima vez este fim-de-semana ouço petardos e foguetes e vejo as canas fumegantes a cair aqui ao lado, certamente com algum tipo de autorização assinada por alguma entidade (ir)responsável.