10.2.06

E agora, o autor

Não, não podemos ser arrogantes.

Julgo que devemos todos concordar com as opiniões dos inefáveis lutadores por um mundo melhor, Francisco Louçã e Fernando Rosas. Não podemos ser arrogantes em relação a quem profere estas sábias palavras. Estaremos a ser injustos se não apoiarmos estas posições, julgo mesmo que um visionário destes já fazia falta há muito tempo, o último que tivemos já partiu há mais de 60 anos, mais precisamente 61 anos no próximo dia 30 de Abril.

"[The creation of Israel after World War II] killed two birds with one stone [for Europe] … [The objectives achieved by Europe were] [s]weeping the Jews out of Europe and at the same time creating a European appendix with a Zionist and anti-Islamic nature in the heart of the Islamic world …Zionism is a Western ideology and a colonialist idea ... and right now it massacres Muslims with direct guidance and help from the United States and a part of Europe ... Zionism is basically a new [form of] fascism."(In written answers to questions from the public reproduced in several Iranian newspapers)

"Today, they [Europeans] have created a myth in the name of Holocaust and consider it to be above God, religion and the prophets … This is our proposal: give a part of your own land in Europe, the United States, Canada or Alaska to them [Jews] so that the Jews can establish their country."(Speaking to thousands of people in the Iranian city of Zahedan)

"Some European countries insist on saying that Hitler killed millions of innocent Jews in furnaces.... Although we don't accept this claim, if we suppose it is true, our question for the Europeans is: Is the killing of innocent Jewish people by Hitler the reason for their support to the occupiers of Jerusalem? If the Europeans are honest they should give some of their provinces in Europe -- like in Germany, Austria or other countries -- to the Zionists and the Zionists can establish their state in Europe."
(While speaking to reporters at an Islamic summit in Mecca)

"Israel must be wiped off the map … The establishment of a Zionist regime was a move by the world oppressor against the Islamic world . . . The skirmishes in the occupied land are part of the war of destiny. The outcome of hundreds of years of war will be defined in Palestinian land."
(In an address to 4,000 students at a program titled, 'The World Without Zionism')

Com certeza estamos perante um dos maiores humanistas vivos, só fica bem aos sempre bem colocados bloquistas defenderem esta postura.

8.2.06

Lamentável

A ALR viveu hoje um dos piores dias desde que há memória. Ninguém duvida da legitimidade eleitoral do PSD. Só que essa legitimidade significa também elevado grau de responsabilidade. Infelizmente, não é assim que pensam alguns deputados da maioria. Creio que há limites para aquilo que se faz. Que hoje, foram ultrapassados.

Post-Scriptum: A oposição, com a sua arrebatada saída de cena, também alimentou o espectáculo dado hoje no Hemiciclo.

6.2.06

Intenções e capacidades

A questão actual do Irão é complexa. E delicada. Mas é importante perceber que, actualmente, as relações entre Estados se devem moldar e projectar de acordo com as suas capacidades reais e potenciais e não baseadas nas suas intenções declaradas (boas ou más). Por duas singelas razões. Porque as intenções podem mudar com o tempo (primeira razão); e porque as más intenções se disfarçam por vezes de altruístas intenções, como a experiência comunista tão bem demonstrou (segunda razão). E, como diz o outro, de boas intenções...

O Jorginho do Sporting

Como vejo o Sporting demasiadas vezes a jogar com menos um, já tenho uma certeza inabalável: o Deivid é o Jorginho do Sporting.

Atrasos vergonhosos

A Atlântico, revista da direita liberal, foi lançada no continente na passada terça-feira, dia 31 de Janeiro. Hoje é dia 6 de Fevereiro e a Atlântico ainda não chegou às bancas madeirenses. Vergonhoso.

Não percebo.




Quando alguém se manifesta contra os excessos do Islão é um bárbaro, inculto, alguém que não compreende as diferenças culturais, um primário que generaliza tudo. Então o que dizer da propriedade estrangeira completamente destruída por jovens zelosos da sua religiosidade (pelos vistos mais importante que outras, pelos vistos mais pura e intocável que outras), que dizer das ameaças contra a vida de estrangeiros ou crentes em outras fés (Ah, bom, são infiéis), que dizer das chantagens lançadas sobre os governos ocidentais acerca do corte de fornecimento de petróleo (avancemos para a energia nuclear, acaba-se logo com a pressão) ?

Muitos acham legítimo, muitos falam da perspectiva dessa gente, muitos abordam a questão da revolta social dos oprimidos. A religião deles tem a mesma raíz da minha e da sua arquinimiga. A deles é mais recente do que qualquer uma das suas irmãs. A deles podia ter aprendido alguma coisa com os erros das outras duas. Mas não, a deles evoluiu ao contrário, cristalizou, parou no tempo, "purificou-se" e impediu que os seus crentes evoluissem.

Não me lembro de alguma embaixada árabe ter sido atacada depois da publicação de cartoons contra o Ocidente ou Israel. Segue-se uma pequena comparação.