31.1.09

A derrocada

Xiça, até onde chega a insídia! Ah, caluniadores, mentirosos, bandalhos! Querem destruir o homem... Isso faz-se? Agora até a maezinha vem ao barulho. Valha-me Deus!

Mas hoje não me apetece escrever sobre o Sócrates. Apetece-me só estar sentado, calmamente, e ver a derrocada!

Paolo Conte - Hemingway

Para começar bem no fim de semana.

O tipo é um génio...

30.1.09

Um super homem

Cinco horas e 14 minutos. Não foi o tempo de uma viagem Porto- Algarve. Foi o tempo de duração da meia-final do Open da Australia entre os espanhóis Fernando Verdasco (um estreante nestas andanças de meias-finais de grand slams) e o campeão Rafael Nadal.

Um jogo grande e um grande jogo, a julgar pelos parciais de 5-7, 6-4, 7-5, 5-7 e 6-4.

Que venha Federer para mais uma grande final.l3617051

29.1.09

Ah, malvados!

A justiça inglesa diz que Sócrates é suspeito no caso Freeport. Ah, esses ingleses malvados!

Estão feitos com a Ferreira Leite, é o que é! Bandalhos! Desde o mapa cor de rosa que não nos deixam em paz!

É a vingaça, o Ricardo defendeu quatro ou cinco penáltis e pimba, os bifes não iam perder a oportunidade da desforra! O Lampard e companhia estão vingados.

Ah, esses malvados! Quem não lhes desse uma coça! Volta, Ricardo, tás perdoado!

Sócrates é suspeito. Não foi condenado. É apenas o primeiro chefe de governo de Portugal no pós 25 de Abril que é considerado suspeito, pela justiça, de actos ilícitos. Mas tem a presunção de inocência.

Não vão faltar vozes a dizer que esses ingleses aqui não mandam nada...

Coitadinho do Sócrates: não consegue provar ser autor daqueles projectos, não consegue provar que é engenheiro e agora não prova a sua seriedade...

Gritos? Não, apenas um berreiro ensurdecedor...

E a pergunta é: irá Sócrates se demitir? E, se o fizer, é porque é sério, porque quer parecer ou apenas por razões eleitorais (a vida vai estar bem mais complicada lá para Julho)?

28.1.09

Quem... falta à verdade

Quem está a mentir descaradamente, o Público ou o sr. ministro Silva Pereira?

Perdão - nestas coisas o respeitinho é bonito e há termos políticamente correctos para serem empregues -. Então cá vai: afinal, quem está a faltar à verdade... descaradamente?

Aceitam-se apostas... eu tenho a minha.

E depois da reunião...

E depois da reunião veio a decisão...
Persuasivos, estes ingleses!
E lá está o Público a inventar histórias e a caluniar quem quer trabalhar para o bem da pátria... tchhh, tchhh... não se faz!

Explicar a crise

O problema do mundo é o próprio mundo criado pelo
homem que vive no mundo.

E nada aconteceu

Esta noite. Sim, porque só escrevo à noite…
De dia, escapam-me as letras e tropeço na luz.

Às vezes, é assim…
Quero escrever. Tenho milhares de ideias.
Milhares de textos prontos para imprimir. Estão nas
pontas dos dedos, mas dão em nada.

Como é triste o vazio. Como é bonita a solidão do escuro.

Esta noite não digo mais nada.. Já disse tudo, sem pronunciar, nada..
Há pessoas assim. Nascem com o dom para as letras.
Eu, acho que nasci com o dom para o vazio.
Especialmente, hoje, porque amanhã não sei se existo, e acho que dificilmente
consigo escrever.

27.1.09

UM ESTRANHO CASO DE AMOR


Comecei por ver o filme enquanto tomava o pequeno-almoço.
Chegou-me aos ouvidos através da rádio.
Ouvi-o com atenção e disse. Quero ver este filme!

Passados alguns dias, estava sentado no meio do escuro para escutar
um segredo.
Prestei atenção e quando despertei daquela envolvente história , já tinham passado uns apressados 40 minutos. Aconteceu, quando libertei-me daquele enredo. Daquela estranha criatura. Nem é velha, mas também não é nova. É uma espécie de “Alien”. Recordam-se? “Alien – a Desforra” (1992). Existe uma diferença.
Comporta-se como um belo monstro. Aos poucos comecei a prestar-lhe atenção. A imaginar o fim desta parabólica estória.

Benjamin troca as voltas à vida. O único ponto de encontro connosco, acontece quando Benjamin Button, está entre os 40 e os 20 anos. O resto é um estranho caso.

Toca no mito da beleza eterna. Seriamos mais felizes, caso o ciclo de vida fosse invertida? Não sei a resposta.
O filme cruza vários géneros, várias épocas, vários filmes, vai ganhar algum Óscar?
Acho que sim. Confesso que não acompanho o cinema. Não sei quais as categorias, para que está nomeado, mas arrisco, argumento, caracterização e entregava um Óscar, eu que odeio os Óscares, a Cate Blanchett. Acrtiz secundária. Ele, (Brad Pitt) é outro caso sério, mas já desempenhou papeis com mais alma . Recordo “7 Pecados Mortais”, (1996) por exemplo.

O realizador é uma agradável surpresa. Não está em causa a capacidade, mas o género de trabalho. Foi David Fincher que realizou, “Zodiac", (2007) “ O Jogo” (1997) e claro "Seven” e um "Alien". Nada acontece por acaso e do céu, só chuva. Se não ganhar a estatueta de melhor filme, quando será? É o que vai pensar Fincher na noite das estatuetas.

Gosto da cor do filme. De algumas passagens. Gosto da seqência de planos em castanho. Da história do relógio. É magistral o encaixe. É um filme, sobretudo, de argumento, o que apaga a irrepreensível realização clássica. Peca por ser demasiado “ollywoodesco", mas o defeito é meu. Sou anti-ollywood. E mais não revelo.
Vão precisar de fôlego para as 2 horas de fantasia e amor. Faltam as estrelinhas. * * * *. A quinta, falta um bocadinho,assim, ( ) para chegar lá.

25.1.09

Construção

Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acbou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público
Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado

Morreu na contramão atrapalhando o sábado

Chico Buarque - 1971

Chico Buarque - Construção

Já não a ouvia há muito tempo. Hoje, numa série de televisão a que acho piada - Conta-me como foi - surgiram imagens do Chico Buarque a interpretar a "Construção", nos inicíos dos anos 70. Apeteceu-me ouvi-la e partilha-la.

Madeira Canal?

O novo canal de televisão da Madeira está em "ritmo acelerado"... Pelo que sei, muitos dos profissionais que constituirão a estrutura estão já escolhidos.

Associado ao Porto Canal e aos futuros canais regionais de Lisboa e Algarve, o Madeira Canal, projecto liderado pela Media Luso, transmitirá 24 horas por dia mas, pelo que sei, não dará grande destaque à informação.

Um projecto a acompanhar...