«O cinema americano, que é visto pelos intelectuais europeus como um conjunto de banalidades decadentes, provoca debate político e força mudanças sociais. É mais relevante do que qualquer filme que se limite a juntar planos fixos que duram vinte minutos.»
Editorial da revista Sábado
"Reúne sete ou oito sábios e tornar-se-ão outros tantos tolos, pois incapazes de chegar a acordo entre eles, discutem as coisas em vez de as fazerem" - António da Venafro
11.3.06
9.3.06
A fragmentação socialista
Tenho a impressão de que a direcção do partido do “soco”, como antes os pequenos o chamavam, não vai chegar longe. Talvez não dure até ao Natal.
Isto também porque o socialista comum, bem como o evoluído, e ainda para mais madeirense, é avesso à autoridade, às regras, à disciplina e aos jogos de poder. O seu genético apetite para dizer tontices livremente afasta, de facto, qualquer hipótese de harmonia de grupo. Coisa que Jacinto Serrão ainda não deu conta.
Mas vendo bem, e fora as causas endémicas, todas aquelas cabeças que chefiam o grupo vieram directamente dos confins da Madeira para “escola secundária” da Penteada, para aí congeminarem o seu pequeno assalto ao partido socialista. O que também não foi difícil.
Como, quase sem excepções, são todos rústicos e de maus fígados, vão acabar por rebentar por dentro. O que está quase. E o que, diga-se, não será nenhuma tragédia para a democracia madeirense. Ou para o que resta dela.
E só de pensar que um dia muitos (demasiados!) colocaram a hipótese destes bípedes chegarem ao Governo Regional, dá-me vontade de emigrar.
Magno Velosa
Isto também porque o socialista comum, bem como o evoluído, e ainda para mais madeirense, é avesso à autoridade, às regras, à disciplina e aos jogos de poder. O seu genético apetite para dizer tontices livremente afasta, de facto, qualquer hipótese de harmonia de grupo. Coisa que Jacinto Serrão ainda não deu conta.
Mas vendo bem, e fora as causas endémicas, todas aquelas cabeças que chefiam o grupo vieram directamente dos confins da Madeira para “escola secundária” da Penteada, para aí congeminarem o seu pequeno assalto ao partido socialista. O que também não foi difícil.
Como, quase sem excepções, são todos rústicos e de maus fígados, vão acabar por rebentar por dentro. O que está quase. E o que, diga-se, não será nenhuma tragédia para a democracia madeirense. Ou para o que resta dela.
E só de pensar que um dia muitos (demasiados!) colocaram a hipótese destes bípedes chegarem ao Governo Regional, dá-me vontade de emigrar.
Magno Velosa
Repita lá, Dr. Serrão!?
Eu ainda não percebi qual é o mérito político que se pode reconhecer a Jacinto Serrão.
O homem, de cada vez que faz uma intervenção política profere idiotices sem tamanho, as suas opiniões não têm qualquer sustentação, não passam, enfim, de lugares-comuns que até se podem admitir ao Sr. Manuel, que é taxista, mas que não são dignas do líder do maior partido da oposição madeirense.
Então não é que agora o homem “descobriu” que a relação de Jorge Sampaio com os sucessivos governos foi marcada pelo bom relacionamento institucional (DN-Madeira). Desculpe, repita lá! Bom relacionamento institucional? Disso não tenho dúvidas, se falarmos na relação entre o Dr. Sampaio e o Eng. Guterres, ou entre o (já - felizmente) ex-presidente e o Eng. Sócrates. Mas dizer que a relação de Sampaio com os governos PSD foi marcada pelo bom relacionamento demonstra uma cegueira atroz na interpretação política. Esta relação foi sempre muito tumultuosa e por vezes com conflitos abertos (apesar de na maior parte das vezes terem sido muito discretos). E diga-se de passagem que determinados episódios só não foram mais graves devido ao bom-senso por parte dos líderes do PSD. Basta lembrarmo-nos dos episódios com Durão Barroso, com a crise do Iraque. Sampaio admitiu mesmo que teria demitido o Governo (curiosamente aceitara, anos antes, a participação portuguesa noutros conflitos, também sem o aval da ONU), caso este insistisse no envio de tropas para o Iraque. Tinha legitimidade para tal? Claro que sim. O que não se percebe lá muito bem é que isto se tenham passado pouco tempo depois da demissão do anterior PM, por considerar que Portugal estava mergulhado num lodaçal. Como é que Sampaio contribuiu para a serenidade? Com ameaças. “Ganda” relacionamento institucional, sim senhor!
Por outro lado, na tomada de posse de Santana, alertou logo que estaria atento ao Governo. Ou seja, deixou a espada de Dâmocles pender sobre a (já) bastante frágil cabeça de Santana Lopes. Das duas uma: ou o homem não aceitava a solução proposta pela maioria, ou então não tinha nada que andar a dizer que iria estar atento às medidas tomadas no âmbito da política externa, economia e justiça. Tivesse ficado calado, porque a um presidente não compete proferir ameaças. A ele compete fazer cumprir a Constituição. Mas naquele momento, todos os portugueses souberam que o “bebé” do Santana estaria condenado antes de chegar à segunda infância. Depois, ainda diz que soube interpretar o desejo dos portugueses, o que abriu um precedente terrível: sempre que um governo estiver com sondagens desfavoráveis corre o risco de ser demitido. Sim, porque convenhamos que a demissão daquele governo não se deveu à incompetência do então PM (que o era, de facto). Se assim fosse, a primeira medida a ser tomada por Cavaco Silva seria demitir o montanhês do Sócrates (ó homem, tome um acto digno, uma vez na vida e beba sicuta, como o seu homónimo!). Não! A demissão deveu-se a contingências políticas muito especiais. O Governo estava a ser atacado por tudo o que mexia, o Eng. Sócrates, com aquele seu ar de constante virgem ofendida, estava bem colocado nas sondagens, não se vislumbrava a retoma económica. Tudo factores que, obviamente, demonstravam que o PS ganharia as eleições.
A demissão deveu-se a trapalhadas? Ora, e então as mentiras claras não merecem igual castigo?
Não meu caro Dr. Serrão: a presidência de Sampaio não foi marcada pelo bom relacionamento institucional. Estes 10 anos foram marcados por atitudes titubeantes do Sr. presidente, que em caso de dúvida apoiava os seus camaradas de partido. Fez-me lembrar aqueles árbitros (como o de ontem, no jogo Liverpool-Benfica) que decidem sempre a favor do mesmo. Na hora de decidir, o cartão rosa sempre falou mais alto.
PS – A cereja no topo do bolo foi a reencaminhamento de Vítor Constâncio para o cargo de Presidente do Banco de Portugal. O carrasco dos governos PSD, exactamente por o ter sido, é mantido no cargo pelo Sr. Presidente da República, pouco tempo antes de ser substituído e já com um novo Presidente eleito. Estou curioso para ver o que dirá a história destes dois mandatos. Por enquanto, resta manifestar a minha indignação e mágoa por ter vivido numa época em que um Presidente da República quis mais ser presidente dos socialistas do que de todos os portugueses.
O homem, de cada vez que faz uma intervenção política profere idiotices sem tamanho, as suas opiniões não têm qualquer sustentação, não passam, enfim, de lugares-comuns que até se podem admitir ao Sr. Manuel, que é taxista, mas que não são dignas do líder do maior partido da oposição madeirense.
Então não é que agora o homem “descobriu” que a relação de Jorge Sampaio com os sucessivos governos foi marcada pelo bom relacionamento institucional (DN-Madeira). Desculpe, repita lá! Bom relacionamento institucional? Disso não tenho dúvidas, se falarmos na relação entre o Dr. Sampaio e o Eng. Guterres, ou entre o (já - felizmente) ex-presidente e o Eng. Sócrates. Mas dizer que a relação de Sampaio com os governos PSD foi marcada pelo bom relacionamento demonstra uma cegueira atroz na interpretação política. Esta relação foi sempre muito tumultuosa e por vezes com conflitos abertos (apesar de na maior parte das vezes terem sido muito discretos). E diga-se de passagem que determinados episódios só não foram mais graves devido ao bom-senso por parte dos líderes do PSD. Basta lembrarmo-nos dos episódios com Durão Barroso, com a crise do Iraque. Sampaio admitiu mesmo que teria demitido o Governo (curiosamente aceitara, anos antes, a participação portuguesa noutros conflitos, também sem o aval da ONU), caso este insistisse no envio de tropas para o Iraque. Tinha legitimidade para tal? Claro que sim. O que não se percebe lá muito bem é que isto se tenham passado pouco tempo depois da demissão do anterior PM, por considerar que Portugal estava mergulhado num lodaçal. Como é que Sampaio contribuiu para a serenidade? Com ameaças. “Ganda” relacionamento institucional, sim senhor!
Por outro lado, na tomada de posse de Santana, alertou logo que estaria atento ao Governo. Ou seja, deixou a espada de Dâmocles pender sobre a (já) bastante frágil cabeça de Santana Lopes. Das duas uma: ou o homem não aceitava a solução proposta pela maioria, ou então não tinha nada que andar a dizer que iria estar atento às medidas tomadas no âmbito da política externa, economia e justiça. Tivesse ficado calado, porque a um presidente não compete proferir ameaças. A ele compete fazer cumprir a Constituição. Mas naquele momento, todos os portugueses souberam que o “bebé” do Santana estaria condenado antes de chegar à segunda infância. Depois, ainda diz que soube interpretar o desejo dos portugueses, o que abriu um precedente terrível: sempre que um governo estiver com sondagens desfavoráveis corre o risco de ser demitido. Sim, porque convenhamos que a demissão daquele governo não se deveu à incompetência do então PM (que o era, de facto). Se assim fosse, a primeira medida a ser tomada por Cavaco Silva seria demitir o montanhês do Sócrates (ó homem, tome um acto digno, uma vez na vida e beba sicuta, como o seu homónimo!). Não! A demissão deveu-se a contingências políticas muito especiais. O Governo estava a ser atacado por tudo o que mexia, o Eng. Sócrates, com aquele seu ar de constante virgem ofendida, estava bem colocado nas sondagens, não se vislumbrava a retoma económica. Tudo factores que, obviamente, demonstravam que o PS ganharia as eleições.
A demissão deveu-se a trapalhadas? Ora, e então as mentiras claras não merecem igual castigo?
Não meu caro Dr. Serrão: a presidência de Sampaio não foi marcada pelo bom relacionamento institucional. Estes 10 anos foram marcados por atitudes titubeantes do Sr. presidente, que em caso de dúvida apoiava os seus camaradas de partido. Fez-me lembrar aqueles árbitros (como o de ontem, no jogo Liverpool-Benfica) que decidem sempre a favor do mesmo. Na hora de decidir, o cartão rosa sempre falou mais alto.
PS – A cereja no topo do bolo foi a reencaminhamento de Vítor Constâncio para o cargo de Presidente do Banco de Portugal. O carrasco dos governos PSD, exactamente por o ter sido, é mantido no cargo pelo Sr. Presidente da República, pouco tempo antes de ser substituído e já com um novo Presidente eleito. Estou curioso para ver o que dirá a história destes dois mandatos. Por enquanto, resta manifestar a minha indignação e mágoa por ter vivido numa época em que um Presidente da República quis mais ser presidente dos socialistas do que de todos os portugueses.
8.3.06
As 7 vidas de Paulo Portas
O jornalista anti-europeísta e político defensor da vida e da não despenalização das drogas leves, entre outras idiotices latinas, voltou. Voltou para um programa de televisão com um título dissimulado: “O Estado da Arte”. Ao que parece, Paulo Portas vem para nos aclarar, com sua mundividência, os assuntos do “sítio”, como com razão outrora chamava Eça de Queirós a Portugal.
Mas então, ao que vem mesmo Paulo Portas? Em princípio, deverá vir dar voz à dita “direita” que ele putativamente ainda acha que representa, ou pior, que ainda acha que existe.
E na Madeira, vai ser bom de ver, os fiéis locais ficarão encarregues de anunciar a Boa Nova, isto é, o sétimo renascimento do “menino” Portas. Para já não falar nos seus artigos de opinião (como a contra-gosto os tenho que assim nomear) na impressa regional, onde se assistirá ao eco das ideias quinzenais deste “nobre” cuja única coisa que aprecio são os fatos de bom corte e algumas técnicas de retórica.
Magno Velosa
Mas então, ao que vem mesmo Paulo Portas? Em princípio, deverá vir dar voz à dita “direita” que ele putativamente ainda acha que representa, ou pior, que ainda acha que existe.
E na Madeira, vai ser bom de ver, os fiéis locais ficarão encarregues de anunciar a Boa Nova, isto é, o sétimo renascimento do “menino” Portas. Para já não falar nos seus artigos de opinião (como a contra-gosto os tenho que assim nomear) na impressa regional, onde se assistirá ao eco das ideias quinzenais deste “nobre” cuja única coisa que aprecio são os fatos de bom corte e algumas técnicas de retórica.
Magno Velosa
O Benfica ganhou - um apontamento vulgar
O clube de Salazar, dos esbirros do antigo regime e dos mais tontinhos e saloios portugueses ganhou. O jogo contra o Liverpool foi muito bom, muito mau será o zurzido que fará durante semanas. Mas pronto, por acidente é o meu clube, ainda que desapaixonadamente.
Magno Velosa
Magno Velosa
Elas
Para elas.....os meus sinceros parabéns.
Imaginem a que lhes der mais jeito. Quer dizer,.... pica.
Imaginem a que lhes der mais jeito. Quer dizer,.... pica.
Defesa acérrima
O meu amigo Bento, no http://www.esquina-do-mundo.blogspot.com/ vem fazendo uma defesa acérrima da actual liderança socialista. Não o critico nem questiono a opção, é um direito que lhe assiste. Mas hoje, numa resposta a um post meu datado de ontem, comete uma série de erros de análise que convém corrigir.
Em primeiro lugar, o então líder Mota Torres teve os melhores resultados percentuais que o PS-Madeira jamais obteve. É um facto, facilmente comprovável.
Dizer que a subida de 2004 se deve ao especial mérito do presidente socialista Serrão é, de facto, curioso. E revela uma analise com algumas…”omissões”, tais como o aumento do número de deputados, o resultado perfeitamente anormal de 2000 – creio que até o Inguilha a concorrer de camisola rosa teria aumentado o score – ou a situação especial em que o país vivia. Ou, em última instância, os trinta anos de poder laranja.
Em segundo lugar, faz uma série de considerações sobre as “fugas de informação” que deram origem à notícia Bernardo contra Bernardo. Quem quiser leia.
O resto não comento, porque acho que não vale a pena. Eu não tenho uma visão manequísta do universo, não entendo que de um lado estão os bons e do outro estão os maus. Limito-me a acreditar que nos dois lados da barricada existe gente de valor e com valores, que tenta, todos os dias, fazer o melhor. Eu, pelo menos, conheço gente assim.
E já agora, quanto a tachos, é necessário não esquecer o comportamento do líder Serrão quando chegou a Assembleia da Republica e de lá só saiu “à lei da bala”, quando prometera o contrário.
Da resposta do Bento emergem outros defeitos, mais relevantes. Em primeiro lugar, ele não desmente o essencial (até confirma), ou seja, os métodos agora criticados foram igualmente utilizados por quem detém o poder rosa. Como o Diário lembra hoje, aliás.
Em segundo lugar, falta qualidade ao grupo parlamentar do PS, o que se revela na ausência de produtividade do mesmo.
Em terceiro lugar, não se conhece, à actual direcção do PS-Madeira, uma única ideia política válida. Os socialistas não agem, reagem. E normalmente, andam a reboque dos meios de comunicação social que agora criticam.
Enfim, é uma direcção pobre, politicamente inábil, trauliteira ao jeito da música pimba do Quim Barreiros.
Bom, como isto já vai longo, que tal tomarmos uma cerveja amanhã, Bento?
Em primeiro lugar, o então líder Mota Torres teve os melhores resultados percentuais que o PS-Madeira jamais obteve. É um facto, facilmente comprovável.
Dizer que a subida de 2004 se deve ao especial mérito do presidente socialista Serrão é, de facto, curioso. E revela uma analise com algumas…”omissões”, tais como o aumento do número de deputados, o resultado perfeitamente anormal de 2000 – creio que até o Inguilha a concorrer de camisola rosa teria aumentado o score – ou a situação especial em que o país vivia. Ou, em última instância, os trinta anos de poder laranja.
Em segundo lugar, faz uma série de considerações sobre as “fugas de informação” que deram origem à notícia Bernardo contra Bernardo. Quem quiser leia.
O resto não comento, porque acho que não vale a pena. Eu não tenho uma visão manequísta do universo, não entendo que de um lado estão os bons e do outro estão os maus. Limito-me a acreditar que nos dois lados da barricada existe gente de valor e com valores, que tenta, todos os dias, fazer o melhor. Eu, pelo menos, conheço gente assim.
E já agora, quanto a tachos, é necessário não esquecer o comportamento do líder Serrão quando chegou a Assembleia da Republica e de lá só saiu “à lei da bala”, quando prometera o contrário.
Da resposta do Bento emergem outros defeitos, mais relevantes. Em primeiro lugar, ele não desmente o essencial (até confirma), ou seja, os métodos agora criticados foram igualmente utilizados por quem detém o poder rosa. Como o Diário lembra hoje, aliás.
Em segundo lugar, falta qualidade ao grupo parlamentar do PS, o que se revela na ausência de produtividade do mesmo.
Em terceiro lugar, não se conhece, à actual direcção do PS-Madeira, uma única ideia política válida. Os socialistas não agem, reagem. E normalmente, andam a reboque dos meios de comunicação social que agora criticam.
Enfim, é uma direcção pobre, politicamente inábil, trauliteira ao jeito da música pimba do Quim Barreiros.
Bom, como isto já vai longo, que tal tomarmos uma cerveja amanhã, Bento?
7.3.06
Culé
El Barça es mes que un clube.
La Font de Canaletes. Se ainda andasse por aquelas bandas!
Post-Scriptum: O Ronaldinho joga que se farta!
La Font de Canaletes. Se ainda andasse por aquelas bandas!
Post-Scriptum: O Ronaldinho joga que se farta!
Concurso
Um grupo israelita lançou um concurso de cartoons anti...semitas. Ver aqui. Via O insurgente.
Meia hora
Vi meia-hora de jogo. O suficiente para dizer que é uma pena se o Barça for eliminado.
E não tenho nada contra o Mourinho, antes pelo contrário...
E não tenho nada contra o Mourinho, antes pelo contrário...
Provar do mesmo veneno
Tenho ouvido e lido acusações a João Isidoro, José António Cardoso e outros que tais. Entendo-as. Os “críticos” do PS-M são personagens burlescas. Tal como, de resto, a maioria dos “respeitáveis” membros da actual direcção do partido, politicamente a mais pobre que há memória.
Com um líder inapto (espécie de marioneta nas mão de um tipo de Santana a quem não se conhece uma ideia que seja).
Com um simpático fumador de cachimbo, que entre uma cachimbada e outra um dia rasgou o belo cartãozinho de militante rosa.
Com um Emanuel que os quer ver a todos pelas costas, fingindo sacrificar-se pela causa enquanto espera pelo o voo seguinte para Bruxelas.
Com um grupo parlamentar que é, tão só, o menos produtivo entre todos os que compõem a AR.
É óbvio que Isidoro e Cardoso são tipos pouco recomendáveis. Mas e os actuais geradores do “status quo” são o quê? Não trilharam eles os mesmos caminhos? Não foi Freitas santanense quem levou José António Cardoso à vitória num célebre congresso disputado contra o João de São Vicente?
Não foi o Freitas de Santana quem tramou Bernardo Trindade e Bernardo Martins, passando para a imprensa – DIÁRIO DE NOTÍCIAS - a informação prematura de que eles se candidatariam à liderança no dito congresso, eliminando as pretensões de qualquer um deles?
Não foi Serrão que, enquanto líder da JS, tramou (ou ajudou a tramar, porque sozinho, duvido que conseguisse!) o então líder do partido?
Não foram estes senhores que ajudaram a boicotar o trabalho da anterior direcção do PS-Madeira, contribuindo para o “belo” resultado de 2000?
E agora pregam lições de moral? Acusam de conspiradores aqueles que utilizam os mesmos métodos que os colocaram onde estão? Não foi através dos mesmos jornais que chegaram lá? Será que o DN foi sempre “instrumento privilegiado de comunicação do PSD”? E se assim é, deu jeito, não?
Eu não tenho rigorosamente nada a ver com o PS-Madeira. Não defendo Isidoros, Cardosos, Caldeiras, Pestanas, Freitas ou outros quaisquer. Não tenho de ter opinião sobre quem é o melhor líder para os socialistas cá do burgo. Mas sei apenas que, observando as coisas como elas são, a actual direcção está apenas a provar o veneno que destilou durante anos. Com uma particularidade. É que Mota Torres teve o melhor resultado de sempre do PS-M. Emanuel Jardim Fernandes esteve perto de ganhar a Câmara do Funchal. E Serrão, até agora, ficou-se por resultados “satisfatórios mas aquém das expectativas que o PS Madeira legitimamente tinha”.
Post-Scriptum: Poupem-se ao trabalho de dizer que “este texto foi feito por encomenda porque não interessa ao PSD ver o PS com uma direcção forte. Está mal escrito e tem erros. E faz parte da conspiração para acabar com o líder - transitório porque continuam à espera de Bernardo – e colocar lá o Cardoso, para bem do PSD”. Pois que assim seja. Estou-me nas tintas.
Com um líder inapto (espécie de marioneta nas mão de um tipo de Santana a quem não se conhece uma ideia que seja).
Com um simpático fumador de cachimbo, que entre uma cachimbada e outra um dia rasgou o belo cartãozinho de militante rosa.
Com um Emanuel que os quer ver a todos pelas costas, fingindo sacrificar-se pela causa enquanto espera pelo o voo seguinte para Bruxelas.
Com um grupo parlamentar que é, tão só, o menos produtivo entre todos os que compõem a AR.
É óbvio que Isidoro e Cardoso são tipos pouco recomendáveis. Mas e os actuais geradores do “status quo” são o quê? Não trilharam eles os mesmos caminhos? Não foi Freitas santanense quem levou José António Cardoso à vitória num célebre congresso disputado contra o João de São Vicente?
Não foi o Freitas de Santana quem tramou Bernardo Trindade e Bernardo Martins, passando para a imprensa – DIÁRIO DE NOTÍCIAS - a informação prematura de que eles se candidatariam à liderança no dito congresso, eliminando as pretensões de qualquer um deles?
Não foi Serrão que, enquanto líder da JS, tramou (ou ajudou a tramar, porque sozinho, duvido que conseguisse!) o então líder do partido?
Não foram estes senhores que ajudaram a boicotar o trabalho da anterior direcção do PS-Madeira, contribuindo para o “belo” resultado de 2000?
E agora pregam lições de moral? Acusam de conspiradores aqueles que utilizam os mesmos métodos que os colocaram onde estão? Não foi através dos mesmos jornais que chegaram lá? Será que o DN foi sempre “instrumento privilegiado de comunicação do PSD”? E se assim é, deu jeito, não?
Eu não tenho rigorosamente nada a ver com o PS-Madeira. Não defendo Isidoros, Cardosos, Caldeiras, Pestanas, Freitas ou outros quaisquer. Não tenho de ter opinião sobre quem é o melhor líder para os socialistas cá do burgo. Mas sei apenas que, observando as coisas como elas são, a actual direcção está apenas a provar o veneno que destilou durante anos. Com uma particularidade. É que Mota Torres teve o melhor resultado de sempre do PS-M. Emanuel Jardim Fernandes esteve perto de ganhar a Câmara do Funchal. E Serrão, até agora, ficou-se por resultados “satisfatórios mas aquém das expectativas que o PS Madeira legitimamente tinha”.
Post-Scriptum: Poupem-se ao trabalho de dizer que “este texto foi feito por encomenda porque não interessa ao PSD ver o PS com uma direcção forte. Está mal escrito e tem erros. E faz parte da conspiração para acabar com o líder - transitório porque continuam à espera de Bernardo – e colocar lá o Cardoso, para bem do PSD”. Pois que assim seja. Estou-me nas tintas.
6.3.06
Parabéns e saudação
Ao contrário do que acontece com outros tripulantes deste blog, a condecoração dada por Sampaio ao jornalista Tolentino Nóbrega não me choca. Porque reconheço a sua capacidade profissional.
Aprendi a admirar as pessoas pela sua inteligência. E não pela ideologia ou pela sua “praxis” política. Os meus parabéns ao Tolentino.
Post-Scriptum: É bom voltar a ler o Magno neste blog. Para irritação de alguns atrasados mentais armados em “comentadores”.
Aprendi a admirar as pessoas pela sua inteligência. E não pela ideologia ou pela sua “praxis” política. Os meus parabéns ao Tolentino.
Post-Scriptum: É bom voltar a ler o Magno neste blog. Para irritação de alguns atrasados mentais armados em “comentadores”.
5.3.06
Honrarias
O senhor Toletino Nóbrega, que não conheço, recebeu uma condecoração do Presidente da República, supostamente por ser, na Região Autónoma da Madeira, a única pessoa independente e lúcida.
Em princípio, para se receber uma condecoração é necessário que se tenha mérito. Ora, como o que este jornalista faz não é mais do que de vez em quando mandar mil e tal caracteres para Lisboa, relatando algumas peripécias regionais, não vejo onde está a justificação da honraria, a qual infelizmente já se tornou num reconhecimento para gente absolutamente vulgar.
Depois, o que é mais grave, é que este “prémio” essencialmente político pretende legitimar a ideia do “défice democrático” na Madeira. Comparando, implicitamente, um esforçado correspondente de um arquipélago democrático, como é o nosso, a um jornalista que, sob risco, exerça a sua actividade informativa numa região totalitária e sem liberdade de expressão, como não é a nossa.
Se a ideia era essa, penso que para receber o penduricalho com uma fita em melhor lugar estaria a malta que rabisca o “Garajau”.
Magno Velosa
Em princípio, para se receber uma condecoração é necessário que se tenha mérito. Ora, como o que este jornalista faz não é mais do que de vez em quando mandar mil e tal caracteres para Lisboa, relatando algumas peripécias regionais, não vejo onde está a justificação da honraria, a qual infelizmente já se tornou num reconhecimento para gente absolutamente vulgar.
Depois, o que é mais grave, é que este “prémio” essencialmente político pretende legitimar a ideia do “défice democrático” na Madeira. Comparando, implicitamente, um esforçado correspondente de um arquipélago democrático, como é o nosso, a um jornalista que, sob risco, exerça a sua actividade informativa numa região totalitária e sem liberdade de expressão, como não é a nossa.
Se a ideia era essa, penso que para receber o penduricalho com uma fita em melhor lugar estaria a malta que rabisca o “Garajau”.
Magno Velosa
Fim de semana
Dispensável. O texto e os comentários, creio eu. Mas é fim de semana, por isso percebe-se...
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