5.2.10

O meu maninho tem um blog

Zarco Scripts. É assim que se chama o blog do meu maninho mais novo. O miúdo escreve bem. Vai ser o orgulho da família... Passem por lá.

Até o Sol

Isto é cabala atrás de cabala, valha-me Deus! Coitado do senhor Sócrates... Agora é o Sol (e não é aquele que ultimamente tem andado escondido)...

Vou ali e já venho

Sócrates, seguindo o exemplo de Guterres, ameaça fugir do pântano que criou e usa a Lei das Finanças Regionais como pretexto. Só que ao contráro de Guterres, um homem honesto, o actual pimeiro-ministro tenta uma manobra do género "vou ali e já venho". Eu, honestamente, acharia que a demissão de semelhante figura seria uma benção para o país. Mas temo o "efeito dramatização".

Nota de rodapé: O facto do Governo utilizar a LFR como pretexto para abrir uma crise política baseia-se na crença de que a opinião pública nacional apoia a posição de força. O que nos deve fazer pensar sobre algumas questões relacionadas connosco.

4.2.10

Basta que Sim que o Miguel tem piada

Dois dos posts mais divertidos que li na blogosfera madeirense, pelo meu amigo e ex-professor Miguel.
Leia aqui e aqui.

Piada do ano

Aquele que é considerado como o pior ministro das Finanças da União Europeia fala em credibilidade externa.
Um humorista, este Teixeira dos Santos!

Uma dúvida

Depois de tanto escândalo envolvendo jornalistas e órgãos de comunicação social, folga-se apurar que pelos vistos o poder político é sempre inocente e que nunca pratica coacção sobre nada. Para tal conclusão basta ler os defensores oficiosos e irredutíveis do governo da República, que vêem no executivo apenas pessoas íntegras, honestas e que nunca, mas mesmo nunca, exercem a sua influência ou poder. Lamentavelmente, alguém andará muito errado por aqui. E não sei mesmo o que será mais grave: se a arrogância de tentar minimizar a gravidade dos factos e das evidências, se a ignorância manifesta sobre o que é a verdadeira natureza do homem.

3.2.10

Mais uma cabala. É a vida!

Mário Crespo é, indiscutivelmente, um dos jornalistas de referência da televisão portuguesa. É um profissional sério e competente.

Se as duas frases escritas acima fossem publicadas há duas semanas neste blog, a "caixa de correio" teria recebido uma série de comentários elogiosos do género

devia era haver mais como ele

aquilo é que é um jornalista

etc.

Curiosamente, após o jornalista ter denunciado uma atitude no mínimo questionável desse arauto da democracia que é o "primeiro" Sócrates, a dita caixa deverá receber comentários inflamados a referir mais uma terrível cabala contra aquela espécie de "madre Teresa", aquele poço de virtudes e de qualidades, aquele exemplo de honestidade e de rectidão chamado José Sócrates.

É a vida, como diria o Toneca do Contra-Informação... É a vida, de facto.

Depois, há quem queira ser levado a sério quando denuncia pressões políticas na Madeira. É a vida!

Post-Scriptum: Acompanho há muitos anos o trabalho de Mário Crespo enquanto jornalista, por isso mesmo desafio quem quiser, com o mínimo de bom-senso, a denunciar qualquer laivo de parcialidade naquilo que escreve, diz ou publica.

Chamar "operação de marketing" a uma denúncia que pode pôr em risco a carreira de Mário Crespo enquanto jornalista é risível.

Creio é que a denúncia deveria servir para que todos nós pensássemos sobre a qualidade da nossa democracia - inclusive sobre a qualidade da democracia na Madeira - e sobre o clima de fim de regime que paira sobre este desgraçado país, com as instituições (quase todas elas) desacreditadas.

Post-Scriptum 2: Tenho o prazer de conhecer pessoalmente Mário Crespo, com quem já estive por mais de uma vez. Dele, tenho a melhor das impressões e não hesito em classificá-lo como uma das pessoas mais educadas que conheço.

Vai ser preciso esperar muito mais?

Gostava de perceber algumas coisas:

- Que ráio se passou na cabeça de José Eduardo Bettencourt (JBB) para contratar o actual treinador do Sporting?

- Que ráio se passou na cabeça de JBB para dar 6,5 milhões por um senhor de nome Pongolle, quando o Ruben Micael foi para o Porto por menos de metade? Já agora, para continuar a jogar aquele rapaz que dá pelo nome de Saleiro, cheio de boa vontade. Mas só de boa vontade...

- Vamos ter de aturar por muito mais tempo os polgas, grimis, adriens, abeis e djalós deste mundo?

- Porque ráio de carga de água o Varela joga no Porto e o Djaló no Sporting?

- Por quanto tempo mais vamos ter de aturar uma política de contratações imbecil, uma política desportiva desastrosa e uma política financeira que, a julgar pelos números recentes, também não é famosa?

Se quiserem transformar o Sporting numa espécie de Belenenses, pelo menos assumam. Que merda, é humilhação atrás de humilhação!

Rokia Traoré - kèlè mandi

Ets senhora é uma benção. Remédio santo para os dias agitados.

2.2.10

Uma evidência

Em mais um repasto dominical, o Dr. Alegre, em adiantada e precipitada campanha, declarou três coisas: que não é candidato em nome de nenhum partido, que não é candidato para governar e que não é candidato para criar condições para demitir o governo. O Dr. Alegre achou por bem esclarecer a malta quanto aos seus intuitos que, pelos vistos, não resumem nada de tenebroso ou que ponha em causa a vidinha quotidiana da nossa tão estimada pátria.

Não fosse a nossa assumida capacidade para a prestidigitação e não conseguiríamos entender as evidentes entrelinhas de tão brilhante e inesquecível momento. O Dr. Alegre já percebeu que o único partido que por agora o apoia não é o seu e que há muita gente que desconfia das suas verdadeiras intenções quando ele aparece de braço dado com o Dr. Louçã, um profeta para quem a democracia é um notório incómodo. É necessário então que ele diga alguma coisa que descanse as cúpulas que mandam e que não assuste, ou abane, em demasia o sistema.

Mas, e lamentavelmente para o Dr. Alegre, o Eng. (?) Sócrates sabe bem o que a casa gasta e o modo como a política doméstica funciona. É por isso que neste momento esfrega as mãos de contente, perante a rifa que lhe coube em sorte: ao pé do putativo candidato da esquerda, revolucionário imprevisível e cheio de amizades inoportunas, o outro previsível candidato, o Prof. Cavaco, não passa de um conservador moderado com algumas ideias fixas, que o primeiro-ministro não admira, mas que inevitavelmente suporta.

Num tempo já de si incerto, e entre o conhecido e o desconhecido, o Eng. (?) Sócrates já não tem qualquer dúvida e definiu claramente a sua opção: mais vale um Cavaco que dê a mão, que um Alegre em permanente jantar.

Goebbels e lacaios

E Goebbels volta a atacar. Pensávamos que o tipo estava desterrado no Afeganistão, mas não. Ainda anda por aí dizer as alarvidades que lhes conhecemos.

PS - Alguém da blogosfera madeirense questionava se é lacaio quem defende Sócrates nesta questão com o Mário Crespo. Não, só lacaio, não! Pateta, imbecil, servil, energúmeno, são, assim, umas características que me recordo rapidamente.

Marítimo financia Braga?

Li hoje, no jornal A Bola, que o Marítimo emprestou o Olberdam. Sim, é verdade, emprestou um titular: não vendeu o passe; não trocou por outro jogador; não negociou. Emprestou, pura e simplesmente, porque fazia falta ao Braga um substituto ao Vandinho!
Ou seja, o Marítimo não beneficia das mais-valias desportivas, nem do potencial económico do jogador. E não me admirava nada que o dispensassem, a título definitivo, no final da época, em benefício do Braga, sem qualquer tipo de compensação, como fizeram ao Marcinho… Ou ao Mossoró, ou ao Evaldo, ou…
Sinceramente, esta política de gestão de jogadores do Marítimo começa a roçar o absurdo. Carlos Pereira nem consegue dar qualquer estabilidade ao plantel (ou aos treinadores e depois põe-se a vociferar), nem consegue mais-valias financeiras para o clube (se ao menos as saídas compensassem!). Tem uma estratégia ziguezagueante, sem qualquer nexo e começo a suspeitar que não é em benefício do Marítimo. Aliás, estaremos atentos para ver se o Marítimo será ressarcido deste empréstimo (que ricos que somos, para emprestar jogadores ao líder do campeonato…).
Nisto, estou com o BBS: é tempo de agradecer a mandar o Sr. Carlos Pereira à sua vidinha… E rapidamente, antes que ele dê cabo do clube!

O Amazongate

Entretanto, a floresta amazónica sofre igualmente com o aquecimento global ou com as ideias teóricas sobre o aquecimento global. De acordo com projecções pouco optimistas, entre 30 a 40% desta floresta é sensível à alteração na precipitação o que pode transformá-la numa savana talvez não em 2035, mas muito perto disso.

A tese foi desenvolvida e incluída num imenso relatório que, entrementes, também, já foi desmontado e desmentido por nítida falha de cálculos e de referência a fontes. Uma vez mais se vê que anda toda a gente a brincar com o assunto. E uma vez mais se prova que ou querem tornar mentiras em dogmas ou teorias em verdadeiras inconveniências.

Quando cientistas e políticos abraçam uma ideologia que não admite o contraditório, estão eles próprios a cavar a inevitabilidade do seu destino quando se depararem com falsos argumentos ou com informação não controlada ou evidentemente manipulada.

Depois da enorme crença ambiental no aquecimento global, que arrastou milhões de fiéis, há agora um evidente mal-estar provocado pelas manipulações em nome da causa. Não vale a pena se queixarem agora que do outro lado da barricada surgiu uma falange disposta a usar os mesmos métodos, o mesmíssimo tipo de argumentos e idêntica escala de propaganda. Errar uma vez, acontece. Errar duas vezes, ainda pode ser. Errar sistematicamente, só pode ser brincar. Com o ambiente, como é óbvio.

O Glacier Gate

Depois das estatísticas enviesadas, chegou a vez dos Himalaias. De acordo com estudos publicados, os Himalaias iam derreter por obra divina ou do aquecimento global, até 2035. Entretanto, descobriu-se que 2035 era um mais que evidente exagero e corrigiu-se a projecção para uma janela temporal de 300 anos. 25 ou 300 anos é, na prática, para alguns cientistas, quase a mesma coisa. 12 vezes mais para ser justo e preciso. Continuamos sem saber com quem estes tipos aprendem a fazer contas e projecções, mas convém que pelo menos não se dediquem, por enquanto, à construção de pontes ou de incineradoras. Em nome do ambiente, e de alguma gente inocente, já era qualquer coisa de muito útil.

O Climategate

Depois de o mundo quase ter terminado por várias vezes nos últimos anos, os ambientalistas de pacotilha, viram-se metidos numa embrulhada que meteu falsificação de estatísticas e omissão de informação relevante. A bomba estourou quase em plena Cimeira de Copenhaga, num momento em que a humanidade, ao que juram, não podia adiar mais o seu futuro. Ou o seu presente. Já não me lembro bem.

Claro está que omitir e escamotear informação não costuma ser processo que dê grande resultado, pelo que a cimeira acabou por redundar numa espécie de fracasso anunciado, ao mesmo tempo que abalava a credibilidade de alguns estudiosos que vêem o fim dos tempos em cada esquina deste mundo. Como é natural, a mentira teve perna curta e aos poucos as pessoas vão abrindo os olhos e vão percebendo as balelas que resumem uma gigantesca manipulação e um método que devia envergonhar gente crescida.

Agora, por causa do fundamentalismo de certas opiniões e da manipulação grosseira e (in)conveniente de estudos e estatísticas voltamos praticamente à estaca zero e sem sabermos bem qual é, na verdade, a gravidade da situação. Tudo o que se fez até agora pode resumir bem o espírito do tempo: quente e/ou frio, seco e/ou chuvoso. No fundo, apenas imprevisível. Com ligeiras abertas ao fim da tarde.

1.2.10

Mais uma tirada (so)cretina!

Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.

Mário Crespo

Ora, venham de novo dizer que é mentira, que Sócrates não convive mal com a imprensa livre e com os jornalistas que se atrevem a pensar pela sua cabeça e que ousam fazer aquilo que lhes compete, que é o escrutínio da coisa pública.
E venham acusar Mário Crespo de jornalismo de "sarjeta", como fez Sócrates à Manuela Moura Guedes.
A verdade é que Sócrates, que para grande infelicidade nossa, é PM deste país, é um psicopata com manias de perseguição, que representa um sério perigo para Portugal. E quanto mais tempo este tipo estiver no governo, mais riscos corremos...

31.1.10

Crusade (Choir) - Immediate Music (Kingdom of Heaven)

Comemoram-se 100 anos sobre a implantação da republica, sistema de Governo imposto e nunca referendado. Não seria uma boa oportunidade para discuti-lo?

Deixem ficar. Vamos passar o ano a ouvir falar dos "grandes ideais" da republica. "Coisa bonita de se dizer, viu"!

Os discursos desta manhã são premonitórios do que aí vem. Discutir abertamente o regime e a forma de Governo?! Perguntar ao povo aquilo que o Povo quer?! Que sacrilégios... Vá de (metro) Santanás que eu até sou ateu!

Fiquemos com a música.

identidade (cantada)

António Manuel Couto Viana cantado por José Campos e Sousa.

Um poema "dedicado" à Republica

Identidade

O que diz Pátria mas não diz glória
Com um silêncio de cobardia,
E ardendo em chamas, chamou vitória,
Ao medo e à morte daquele dia
A esse eu quero negar-lhe a mão,
Negar-lhe o sangue da minha voz,
Que foi ferida pela traição
E teve o nome de todos nós

O que diz Pátria sem ter vergonha
E faz a guerra pela verdade
Que ama o futuro, constrói e sonha Pão e poesia para a cidade
A esse eu quero chamar irmão
Sentir-lhe o ombro junto do meu
Ir a caminho de um coração
Que foi de todos e se perdeu


António Manuel Couto Viana

Lamentável!

Se dúvidas me sobrassem, este happening da APF (é, auto-intitulam-se de Associação para o Planeamento da Família (???), mas apenas se lhes reconhece contributos para a aprovação da lei do aborto e activismo da causa gay) mostra bem que tipo de participação querem ter na sociedade.
Lamentável é que a CMF dê cobertura e financie manifestações deste tipo, quando falta dinheiro para acções bem mais relevantes (lembro-me da celeuma que deu a parceria estabelecida com a Associação Portuguesa de Famílias Numerosas).
Uma política cultural muito sui generis, não haja dúvidas!