14.12.07

Por um referendo

Também já assinei a petição. Porque acho que é hora de em Portugal se discutir verdadeiramente a Europa, ouvindo os cidadãos.

13.12.07

Uma piadinha...

Apoio telefónico do Hospital Psiquiátrico Júlio de Matos.

Responde o atendedor de chamadas da Casa de Saúde:
"Obrigado por ter ligado para o Júlio de Matos (Instituto de Saúde Mental), a companhia mais adequada aos seus momentos de maior loucura.
Se você é obsessivo-compulsivo, marque repetidamente o 1;
Se você é co-dependente, peça a alguém que marque o 2 por si;
Se você tem múltipla personalidade, marque o 3, 4, 5 e 6;
Se você é paranóico, nós sabemos quem você é, o que você faz e o que quer. Aguarde em linha enquanto localizamos a sua chamada;
Se você sofre de alucinações, marque o 7 nesse telefone colorido gigante que você, e só você, vê à sua direita;
Se você é esquizofrénico, oiça com atenção, e uma voz interior lhe indicará o número a marcar; Se você é depressivo, não interessa que número vai marcar. Nada o vai tirar dessa sua lamentável situação;
Porém, se VOCÊ votou Sócrates, não há solução, desligue e espere até 2009.
Aqui atendemos LOUCOS, não atendemos PARVOS nem INGÉNUOS! Obrigado!

Ó rapaz, são moinhos!

Hoje, passando a revista diária pela blogosfera (socialista, neste caso) surgiram-me de repente as palavras de António Gedeão:
«Os meus olhos são uns olhos.
E é com esses olhos uns
que eu vejo no mundo escolhos
onde outros, com outros olhos,
não vêem escolhos nenhuns.
Quem diz escolhos diz flores.
De tudo o mesmo se diz.
Onde uns vêem luto e dores,
uns outros descobrem cores
do mais formoso matiz.
Nas ruas ou nas estradas
onde passa tanta gente,
uns vêem pedras pisadas,
mas outros gnomos e fadas
num halo resplandescente.
Inútil seguir vizinhos,
que ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos.
Onde Sancho vê moinhos
D. Quixote vê gigantes.
Vê moinhos? São moinhos.
Vê gigantes? São gigantes

Eles estão convencidos que são gigantes, mas o bom do Sancho é que sabe!

Pintura de Daumier

Europa para os cidadãos

Atendendo que o projecto de construção europeia não é exclusivo dos políticos, empresários e eurocratas;
atendendo que os cidadãos têm direito a decidir que Europa querem;
atendendo que não podemos compactuar com a mentira, enquanto forma de fazer política;
atendendo que os governantes não estão mandatados para decidir discricionariamente sobre a vida dos povos que os elegem;
atendendo que o identidade nacional não é património dos governos;
atendo que a cabordia não pode ser a norma da conduta política;
atendendo que este monte de papel iluminaria alguém apenas se lhe deitássemos fogo e que é fundamental esclarecer os europeus sobre o que aqui está escrito, eu já assinei a petição e exorto a que façam o mesmo!

Tá melhor... parece-me

Ontem, foi a segunda ou a terceira vez no ano que gostei de ver o Sporting jogar.

Os ucranianos não eram propriamente um adversário temível (particularmente com 12 lesionados, entre os quais seis titulares), de qualquer maneira já deu para ver um Sporting diferente para melhor. A ver vamos se nos próximos jogos a boa impressão se confirma.

Post-Scriptum: Gostei do Adrien (grande estreia!). E gostei da atitude do Paulo Bento que não teve receio de "encostar" o Miguel Veloso, um excelente jogador que tem de perceber que deve manter a humildade se quiser continuar a evoluir. Gostei também do Izmailov (muito bom jogador). Já o Farnerud mostrou porque joga pouco tempo. É que o homem não desenvolve, xiça...

12.12.07

Jardim sucede a Jardim

Estou em crer que todas as recentes movimentações conduzem a um caminho... Jardim sucederá a Jardim em 2011... Sou capaz de apostar um jantar, até porque já vi este filme antes... São testados vários cenários e depois...

Post-Scriptum: Não tenho nada contra ou a favor, uma vez que, não sendo militante do PSD (ou de qualquer outro partido), os assuntos internos "laranja" não me dizem respeito.

Sítio do Governo Sérvio

O sítio do governo sérvio sobre o Kosovo. Em inglês.

Resposta Sérvia

Eis as respostas sérvias ao discurso da UE. Não vai ser fácil...

Balcãs



Para que se perceba melhor o "drama balcânico", dois excelentes mapa sobre as divisões étnicas na península. Um deles representa aquilo que etnicamente era a Jugoslávia. O Outro representa o Kosovo antes da guerra de 1999. É óbvio que os números se alteraram. Mas são um bom instrumento de análise para quem quiser perceber os Balcãs.
Nos últimos dias revisitei o passado. O recente e o longínquo. Foi uma aventura debruçar-me sobre algumas coisas que a memória, entretanto, apagou.

Nesta viagem parti, passei e regressei a ontem. Refiz sinuosos percursos. Confrontei-me com as minhas dúvidas, com os meus receios.

Encontrei frases belas: “as dúvidas acumulam-se. Saltam como se de gotículas de água se tratassem”.

Existem outras mas escolhi esta.
Talvez por ser a mais bonita, talvez por ser a que melhor espelha a alma.

11.12.07

Um teste fundamental

A Resolução 1244 do Conselho de Segurança da ONU, de 10 de Junho de 1999, põe fim à guerra do Kosovo e apoia uma "autonomia substancial" para o território, passando a província para o controlo da ONU mas mantendo a integridade territorial da Sérvia. Oito anos depois, continua a ser a única válida para o Kosovo. Esperemos pois que a UE e os EUA não a tentem contornar, apoiando uma qualquer declaração unilateral de independência por parte das autoridades kosovares, que estão a ser pressionadas nesse sentido por grupos mais radicais da maioria albanesa (os norte-americanos estão mais virados para esse cenário do que os europeus). Se o fizerem, poderão desencadear um terremoto com graves consequências, particularmente nas relações do Ocidente com a Russia, já de si tão instáveis. Poderão ainda contribuir para acender rastilhos em outras zonas de delimitação étnica no Cáucaso ou nos próprios Balcãs.

As declarações hoje produzidas pelos representantes kosovares vão no sentido de "acalmar as hostes", sublinhando que a independência é uma questão de (pouco) tempo. Mas nos Balcãs tudo é possível, pelo que é conveniente que os europeus e os norte-americanos se preparem para o pior cenário.

Para a UE, o problema agudiza-se pela proximidade geográfica. Mas não só. Alguns dos estados que a compõem não são favoráveis às pretensões separatistas. A começar pelo Chipre, passando pela Grécia (tradicional aliada de Belgrado), indo até à Eslováquia e a Espanha (por razões óbvias). Se não chegar a um consenso interno a União dará mais uma gritante demonstração de fraqueza, num processo que deveria liderar.

Mas o que fazer neste momento, sabedo-se da dificuldade para colocar em prática uma das permissas mais... ingénuas do "Plano Ahtisaari" - conseguir uma Resolução do Conselho de Segurança da ONU que apoiasse a independência do Kosovo, "dando a volta" aos "amigos" russos?

Neste momento, é esta a situação:

De um lado temos um "candidato a Estado" que não passa de um "buraco negro", como escreveu recentemente o Le Temps em editorial. Dominado por máfias e por corrupção, com infra-estruturas inexistentes ou parcialmente arruinadas. Com o desemprego a rondar os 40% (dados da UE). Mas cuja esmagadora maioria da população (constituída por 2 milhões de albaneses e pouco mais de 100 mil sérvios) defende a autodeterminação. Com autoridades eleitas sem a participação da minoria sérvia (recorde-se que Belgrado ordenou aos seus cidadãos no território para boicotarem as recentes eleições), mas apoiadas pelos EUA e pela maioria dos estados da UE (Portugal incluído).

Do outro, um estado soberano que fruto da política criminosa de Milosevic se transformou no grande derrotado dos recentes conflitos dos Balcãs. Mas que hoje é uma democracia, procurando aproximar-se da Europa. E que vê no Kosovo uma espécie de "berço da Nação", território onde se situam, por exemplo, alguns dos espaços e monumentos mais representativos da identidade nacional sérvia.

Desde 1999 temos duas comunidades que vivem em linhas paralelas, mas que procuram não se cruzar. Principalmente no que aos sérvios diz respeito. Se não, consultem o sítio da Igreja Ortodoxa sérvia na província (em inglês). Bastante revelador, denunciando crimes e alegados crimes perpetrados pela maioria albanesa.

E então, o que fazer agora? Será a independência coordenada a melhor solução, como defende Timothy Garton Ash, um dos europeus que melhor entende o leste e os Balcãs? Talvez. Até porque, como refere Ash, a "História (...) pratica uma justiça aproximada, na melhor das hipóteses".

Para a Sérvia, será doloroso perder a província, mas a médio prazo a "amputação" poderá trazer proveitos, porque libertará energia para aquilo que é realmente importante.

O discurso a fazer aos sérvios deve então ser, ainda segundo Ash, "negoceiem a soberania formal sobre o Kosovo pela hipótese concreta de um futuro melhor na UE".

Para completar o puzle, diga-se que em Março realizam-se as eleições presidênciais sérvias. "Um passo em falso" poderá levar ao poder grupos nacionalistas com discurso - e práxis - muito semelhante ao do velho "Slobo". O que não deixará de causar instabilidade numa das fronteiras da Europa dos 27.

Muito do futuro da UE nas próximas décadas jogar-se-á na capacidade ou incapacidade que os 27 demonstrarem para liderar o processo em curso. Este um teste no qual a União não pode falhar, uma vez que o Kosovo "é na Europa, e não no Wisconsin", como bem escreve Ash.

No Público de hoje surge um bom calendário. Que "marca" a independência do Kosovo para Fevereiro. Sob a liderança da União Europeia. A ver vamos.

Diamonds and Rust

Mais uma música que não ouvia há anos. Voltei a ouvi-la aqui.

A propósito, Joan Baez faz 50 anos no próximo ano... Uma informação ao melhor estilo do "Trivial Pursuit"...

Conquista de uma nova fronteira

Mundos virtuais: a conquista de uma nova fronteira?

Ler em The Economist. Via discursos.

Orçamento

Há 31 anos a Madeira adquiriu o Estatuto de Região Autónoma. Tem agora poderes, próprios e entretanto reforçou as competências em matéria fiscal e económica.

31 anos depois continua a ter uma economia frágil. Baseada no turismo, nos serviços da administração pública, na construção civil e num tecido empresarial que depende da saúde do resto dos sectores de actividade para sobreviver.

Continuamos a ser financeiramente dependentes de um pai que muitas vezes mal tratamos.

O nosso dinheiro nunca chegou para pagar as nossas contas. Nos últimos anos foram ensaiadas engenharias financeiras para fintar as regras impostas por um pai forreta (continente). Criamos sociedades de desenvolvimento, a IGA, o Serviço Regional de Saúde EP e outras do género estão a ser preparadas, como uma SGPS para gerir as águas da Madeira.

É com estes constrangimentos que começa hoje mais um debate da conta da Madeira.

Os números do Governo nunca coincidem com as contas da oposição.

Os bates de orçamentos são terrenos pantanosos. Têm uma matriz matemática, mas quem melhor domina as regras da retórica é que vence a batalha dos números.

Ao Governo compete fazer a defesa das contas. À oposição, revelar a fragilidade dos valores. É este o guião do filme que vai ser rodado nos próximos 4 dias no parlamento.

No final tudo vai ficar bem.

A democracia cumpriu-se, mas a democracia, só por si, não faz milagres. Muito menos económicos.

Funchal 500 Anos

No Farpas, surgiu ontem uma crítica à programação do Funchal 500 Anos. A crítica é livre, mas convém esclarecer alguns pontos:

- Em primeiro lugar, existe, ao contrário daquilo que foi escrito, um eixo programático. Como não me apetece repetir tudo aquilo que já foi dito e que já está publicado remeto-vos para aqui. Ao analisar a programação ver-se-á, facilmente, que os eixos fundamentais definidos no documento apresentado estão nela representados.

- Em segundo lugar, dizer-se que não existem actividades para o público escolar revela alguma falta de atenção. Se não, vejamos estes dois itens da programação, sendo que o Concurso Escolar está a ser realizado desde 2003, caminhando já para a V Edição (em 2006, envolveu quase 1.000 alunos ou pessoas integradas em instituições).

- Em terceiro lugar não será correcto dizer-se que a área do património foi esquecida. Ver aqui, aqui e aqui.

Os 500 Anos do Funchal servirão, nesta área, para contribuir para que os cidadãos se interessem pelo património. Só isso faz sentido. Para além do mais, muitos dos livros que serão editados na Colecção Funchal 500 Anos versarão o tema do património. Representam em conjunto um bom levantamento da história da cidade e da Madeira. Acredito pois que a melhor forma de fazer com que a população comece a pensar a cidade é dá-la a conhecer melhor. E é isso que se vai fazer.

- Em relação à integração de eventos "habituais" na programação, creio é de uma lógica elementar. A CMF e a EM Funchal 500 Anos ajudarão a contextualizá-los no ano das comemorações. É o que se faz em todo o lado. Não é novidade, por isso, não percebo a crítica, honestamente. Faria sentido ver, em 2008, a Festa da Flor versar outra temática que não o V Centenário? Ou que as Festas de Natal e Fim de Ano da cidade esquecessem os 500 Anos? Aliás, são óptimos exemplos de trabalho em conjunto.

Para preparar 2008 dezenas de entidades públicas e privadas (basta reparar no calendário de eventos) de todas as áreas, bem como centenas de pessoas a título individual estão, hoje, a trabalhar com a Funchal 500 Anos. Consegue o autor do post encontrar melhor exemplo de busca de sinergias? Consegue o autor do post ver que este é um óptimo exemplo para o futuro? Não se esqueça ainda que eventos como o Festival Internacional de Cinema, por exemplo, nasceram debaixo do chapéu dos 500 Anos, com o apoio da CMF desde o primeiro dia. No exemplo em questão, graças ao empenho, à generosidade e à competência do Henrique Teixeira O FICF há de viver muitos anos. Se calhar, havemos de estar presentes na XX edição!

Repare, caro Cláudio, o objectivo do Funchal 500 Anos é muito mais ambicioso do que possa parecer a quem não estiver com atenção. Pretende-se revolucionar mentalidades, oferecendo uma programação de qualidade em todas as áreas (estão programados eventos na área do Desporto, da Ciência, da Literatura, das Artes Plásticas, do Cinema, do Teatro...) e procurando que os hábitos de consumo de produtos culturais cheguem à maior parte da população. Criando um Plano de Comunicação ambicioso. Que chegue a toda a gente, em todo o lado. Que promova o conhecimento da cidade.

Promovendo intercâmbios, trocas de conhecimento e experiências entre os agentes culturais da Madeira e de fora para que os primeiros (e os segundos, em alguns casos) evoluam. Percebam, em última análise, a vantagem de trabalhar em conjunto.

Ambiciona-se deixar uma marca permanente para o futuro.

E a propósito, as críticas são sempre bem vindas. Desde que não sejam feitas, apenas, com motivações políticas.

Se precisar de mais informações, vemo-nos no jantar do dia 19, no qual participarei com muito prazer.

Cumprimentos

Post-Scripum: A Programação completa, com o respectivo organigrama, está aqui.

A Marca chega a Portugal

A Económica SGPS, proprietária do Diário Económico e Semanário Económico, vai lançar, ainda antes do Euro 2008, a edição portuguesa do jornal A Marca. Que promete ter um alinhamento equidistante dos três maiores clubes, procurando assim abranger o maior número de leitores possível. Mais atenção ao campeonato espanhol (a competição "fora de portas" mais seguida em Portugal) e aos clubes ditos pequenos são outras das possíveis mais-valias do projecto.

10.12.07

Real politik vs ética

Robert Mugabe é um ditador, responsável por um desgoverno absoluto que está a arruinar o Zimbabwe. Não tem qualquer respeito pelos direitos mais elementares do homem. Dos homens. Dos negros como ele e que jurou defender. Tem razão Brown para não querer sentar à mesa deste déspota, apesar dos motivos serem errados. Porque não passa do orgulho ferido e porque o império britânico foi prejudicado com a tomada de poder de Mugabe. Não se trata da defesa efectiva dos direitos do homem, por parte do PM inglês (todos sabemos que é uma questão de política interna). Porque o governo britânico não tem pruridos em sentar à mesa de outras ditaduras tão ou mais violentas que a do Zimbabwe, como a Arábia Saudita.

Há algumas semanas, o governo português acolheu com honras de Estado o cacique-aspirante-a-ditador Hugo Chávez. Na altura, reconhecia a pertinência de termos de engolir este sapo: a comunidade portuguesa na Venezuela é demasiado grande e o governo português tem o dever de zelar pelos seus interesses.
Parece, contudo, que o principal motivo do encontro não foi a defesa da comunidade portuguesa, mas garantir negócios chorudos para a Galp. E sinceramente, senti um amargo de boca!

Este fim-de-semana, recebemos com pompa e circunstância Muammar Kadhafi, líder do regime opressivo que governa a Líbia. Aliás, vimos Sócrates de mão dada com o Líder Supremo líbio e todo ele era sorrisos. O motivo para tanta alegria era a garantia de outros negócios chorudos para a Galp e para outras empresas portuguesas. Que são levadas para a Líbia atraídas pelos dinares líbios, sem qualquer tipo de preocupação com essas questões humanistas.
Uma vez mais, todo um povo vergou-se aos interesses económicos de meia dúzia.
A isto chamam de real politik: eu chamaria de hipocrisia. E a mim, custou-me a engolir ver o PM do meu país a fazer acordos com um líder de um governo que não tem qualquer respeito pelos direitos do homem. A fazer acordos económicos. A vender a dignidade de um país aos interesses de alguns!
Não me admiro nada que qualquer dia estejamos à mesa de negociações com terroristas, conforme propunha, num rasgo invulgar de imbecilidade, Mário Soares. Já estivemos mais longe!

Provocação

E você, sabe o que é um pleonasmo?!
O Pleonasmo é uma redundância linguística (também conhecido pelo termo filosófico de tautologia).
Denominado pleonasmo de reforço ou estilístico, trata-se do uso da redundância como figura de estilo, para enfatizar ou reforçar uma ideia, recorrendo às mesmas palavras ou a outras semelhantes. Muito utilizado por autores como Pessoa, Camões, Vergílio Ferreira.

Jantar de bloggers

Porque me parece uma boa ideia para deixarmos cair os nossos alter-egos bloggers e porque se estivesse na Madeira participaria, aqui fica a divulgação desta iniciativa.