24.11.05

Projecto

O projecto parece bom. Vamos ver se funciona. Via Blasfémias.

Plano Tecnológico

O Governo aprova hoje, em Conselho de Ministros, o Plano Tecnológico, uma das "bandeiras" eleitorais de José Sócrates. A aprovação acontecerá uma semana depois da demissão do coordenador do Plano, José Tavares que, recorde-se, "bateu com a porta" alegando divergências com o Ministro da Economia, Manuel Pinho, ou seja, estava farto de ver o sr. Ministro "meter o bedelho" em assuntos que o transcendiam. O cenário traçado diz-me que poderemos estar a assistir a mais uma apresentação folclórica, destinada a convencer os parolos do burgo de que daqui a dez anos seremos os maiores. Mas espero, de facto, estar enganado.

O Público oferece o Plano em PDF. Basta clicar aqui.

Quem quiser entrar na discussão pode fazê-lo aqui.

23.11.05

Telenovela

Louçã diz que o Valter foi despedido por ser faltoso (provavelmente é verdade). O Valter diz que Louçã é mentiroso (provavelmente é verdade). O Sindicato diz que viu a acta que trama o Valter. Um tal de Ribeiro diz que o Valter não faltava. Um jornalista diz que o Ribeiro é mentiroso.

Não, não é o enredo de uma telenovela mexicana. É a política portuguesa no seu melhor. Para acompanhar clique aqui. A "estória" promete

Tá gira

Esta tá gira. Como se o Governo português soubesse alguma coisa...

ILGA

A risível ILGA está chateada porque a Igreja Católica não admite padres homosexuais. E o que se poderia esperar de uma associação com nome de matrona de bordel?

Texto

Bom texto de um tal Isaque Ladeira nas cartas de leitor do Diário, publicadas hoje. A ler.

Canção

A cançoneta do Nemo James de que vos falei ontem pode ser sacada aqui. Boa sorte.

Tá lindo

- Ele gosta de mim. Só não quer é dizer

afirma o menino Alegre.

- Não gosto nada. Agora só brinco com o gordo

responde o menino Sócrates.

Isto tá bonito. Lindo de ser ver...

22.11.05

Mais um Roth nas bancas

Excertos e intervenções XII

"Mas os objectivos políticos das últimas eleições eram claros: eles iam ganhar cidades, eles iam ganhar vilas e freguesias. Eles iam ganhar aldeias inteiras, sítios e outros lugarejos. Eles iam inclusive ganhar a capital, e daí promover, quem sabe, “a queda do império”; e gritá-la a plenos pulmões “urbi et orbi”; para a cidade de Roma e para o mundo. Fasquia alta: queriam ganhar o mundo; ganharam um poço sem fundo. Mas como diz o povo: entradas de leão, saídas de sendeiro. Não só o mundo era demasiado grande, como espantados perceberam que tudo era demasiado ambicioso. Mas aplauda-se a nova jurisprudência: houve por aí quem garantisse que, em política, não se pode perder aquilo que não se tem. Está explicada a razão de muitos não perderem a vergonha na cara. As eleições não afastaram os politicamente incapazes, como acontece por toda a parte. Uma vez mais se deu por este território autónomo uma inusitada anomia, cultivada por quem lhe convém manter o status quo e deixar tudo igual. Orgulhosamente só, o bando caminha alegre e ingloriamente de derrota em derrota até à derrota final. Alguns, mais espertos, já desertam; outros resistem; no fim todos aguardam; [...]."

Excertos e intervenções XI

"A obsessão pela Câmara do Funchal só tem comparação com a obsessão romana em querer destruir Cartago: a qualquer preço, a qualquer custo. Delenda Est Carthago, eram as palavras de Catão, o Antigo sempre que terminava as suas intervenções no senado romano. Mas a raiva, a ira, o ódio, a hipocrisia, a mentira e a calúnia, tiveram a resposta esperada de quem é soberano nestas matérias: o povo. Tentou-se denegrir a imagem, fazendo da política um circo, uma feira de vaidades, por onde se passeava arrogância, altivez, presunção, insolência, soberba e onde não havia, pasme-se, humildade."

Excertos e intervenções X

"E por cá, como vamos? Na Madeira grassa uma espécie de conformismo hipócrita em que a oposição se limita a debitar ideias velhas e gastas com o intuito claro de ganhar tempo na comunicação social. Esta fúria imberbe que ganha contornos pitorescos à frente dos microfones e dos gravadores, assume-se como o singular estratagema visível de pessoas que não têm ideias, projectos ou ambições políticas que vão para além do botequim da esquina, da estrada esburacada ou da casa onde chove dentro, sempre com a conivência descarada de quem lhes dá cobertura. Vivemos por isso num absurdo. Num absurdo inenarrável e sem fim à vista. Há partidos que hoje, e aliás como sempre, se comportam como se tivessem 40 ou 50% dos votos e não o um ou os dois deputados do costume. E dão-se ao luxo de falar em nome dum grupo ou mesmo duma representação parlamentar num eufemismo que substitui bem, e comodamente, a piada de mau gosto. Basta ver as reportagens televisivas: sempre os mesmos; louve-se a decência de se alternarem nos microfones e nas cadeiras onde se sentam. Mas que dizer das estratégias políticas individuais que minam as actuais estruturas da oposição e que promovem a perpetuação dos politicamente incapazes, num assomo indiscritível de falta de dignidade na derrota? Sim, porque se enganam todos aqueles que julgam que as eleições afastam ou removem os politicamente incapazes. Nesta terra, a meio do oceano imersa, há partidos políticos que ganham eleições consecutivamente quase há tantos anos como o PSD. A ingenuidade é muito querida e ainda por cima é de graça. Mas houve tempos recentes de singela expectativa. Houve tempos em que um exército de mercenários se propunha conquistar Roma e entregá-la aos bárbaros. Foram tempos de grande fanfarronice e jactância. Foram tempos de apalermada desorientação, também. Para a história ficaram alguns momentos humorísticos e algumas ideias peregrinas de cariz satírico; Mas chegados ao campo de batalha, a fúria e o ódio viscerais eram tão fortes que impediram os mercenários de ter qualquer veleidade. Estavam cansados e desgastados. Sem liderança e já sem força. Mas encheram-se, como sempre, de vitórias morais. Tentou-se inclusive assustar o povo como antigamente se assustavam as criancinhas romanas: inventado medos, espantalhos e outros monstros; “Aníbal está às portas” [...]."

Excertos e intervenções IX

"Lá longe continua a ver-se, algures, o D. Sebastião. Triste povo este que não entende que o D. Sebastião não existe, que nunca chegou, que nunca vai chegar. E que é precisamente por isso que o mito sobrevive: porque ele precisa de se reproduzir eternamente no tempo e no espaço, carregando às costas o seu simbolismo que é a certeza de que nunca se concretizará, enquanto entra no nosso imaginário colectivo e connosco convive nas horas dos dias e nos dá aquilo que mais procuramos e ambicionamos: uma luz ao fundo do túnel, uma corda onde nos agarrarmos, uma lufada de ar fresco, qualquer coisa que nos ligue à máquina e nos dê fé e nos dê uma nova e continuamente renovada esperança. Agora é pela figura austera. Antes tinha sido pela terceira via, pelo choque fiscal, pelo choque tecnológico e outras balelas parecidas. O que nos importa isso? Nada. Há uma nova luz ao fundo do túnel. Mas desenganem-se os mais inquietos que vêem na figura do Dr. Cavaco o homem que vai mudar de vez o regime e entregar nas mãos da “perigosa” e “envergonhada” direita o poder que o camarada Presidente Sampaio lhes sonegou. Não há perigo. O consenso é geral, porque o sistema limita-se a reproduzir-se, a manter-se, a conservar-se.[...]"

Excertos e intervenções VIII

"O ridículo não mata em política. E nunca matou por sinal. Se dúvidas houvesse, bastava olhar para o circo montado à esquerda para perceber o arraial onde a festa se desenvolve. Como se avança na política em Portugal, senhores? Como avançam os candidatos presidenciais? O camarada Jerónimo avançou para marcar terreno; o Dr. Francisco Anacleto Louçã avançou porque o camarada Jerónimo avançou para marcar terreno e assim lhe fazer marcação cerrada; o Dr. Mário Nobre Soares avançou porque não queria que o Dr. Cavaco fizesse um passeio pela avenida; e o Dr. Alegre avançou porque pá, se chateou com a malta, pá, em nome da ética republicana, pá. Em comum, todos tinham um ódio escondido e uma motivação secreta: derrotar o putativo Dr. Cavaco que conseguiu a proeza de juntar toda a esquerda, da operária à burguesa radical, da clerical à aristocrata, num mesmo saco e com um mesmo objectivo. A busca incessante pelo protagonismo tem destas cenas irreais, dignas da Twilight Zone. O nosso absurdo já não precisa de ser representado por Sísifo acartando infinitamente o seu fardo montanha acima; basta olhar para os aspirantes da esquerda à presidência da república portuguesa e chorar pelo nosso fado, pelo nosso destino. Ao que chegamos. Nietzsche falou-nos do mito do eterno retorno. Uma ideia nefasta e filosoficamente complicada: imaginem a ideia de que tudo aquilo que viveram se há-de um dia repetir infinitamente, uma vez, duas vezes, três vezes, tal como a Fénix que das cinzas renasce, e às cinzas volta para das mesmas cinzas renascer. Só isto justifica a exumação política do Dr. Soares que, supostamente reformado e cansado, andou por aí a escrever livros, andou pela Europa, dirigiu fundações e ainda teve tempo de marchar contra a guerra. Mas o Dr. Soares não é como alguns vinhos que se refinam com a idade; pelo contrário, azedou, endureceu o discurso e mesmo trocando alguns nomes mostra que o seu problema não é de facto a idade: são as ideias perigosas que no fim de uma etapa decidiu abraçar e que o levaram do centro político ao extremismo personificado no apóstolo da democracia portuguesa, o evangelista Francisco Anacleto Louçã e que fizeram do par o novo par maravilha da política portuguesa."

Excertos e intervenções VII

"Como foi possível ter chegado a isto? Como foi possível ter deixado as coisas chegarem a este ponto? Que esperança podem ter os nossos jovens quando todos os dias a caminhada fica mais longa, penosa e sem fim à vista? Que esperança podem ter os nossos jovens quando para progredir se vêem impelidos a sair do seu próprio país? Que esperança podem ter os nossos jovens quando saem das universidades directos para as esguias filas do desemprego? [...] A terra prometida afasta-se. Nem o “povo escolhido” atravessa o deserto nem Ulisses chega a casa. O que fazemos portanto? Nada como andar entretidos. Andar entretidos com eleições presidenciais que ainda estão a dois meses de distância. Faz-me lembrar o Natal e as decorações dos centros comerciais que chegam ao ridículo de começarem no dia 1 de Novembro. Afinal, o Natal sempre é quando um homem quiser. Vale tudo para encantar a serpente. Vale tudo para contentar o séquito sedento pela divisão dos despojos do saque. Entretidos com as eleições, os portugueses entrarão nesta quadra natalícia com a certeza do dever cumprido. Com dinheiro no bolso, álcool nas veias, carne na mesa e presentes no sapatinho, a época privilegia o adormecimento, o apaziguamento, o torpor desmazelado e o nacional-porreirismo de quem vive em festa permanente."

Excertos e intervenções VI

"A própria autoridade do Estado é questionável. E todos os dias diminui porque é colocada em causa aparentemente sem qualquer problema. Neste país já ninguém estranha que um órgão de soberania, e digo bem: um órgão de soberania, ande a brincar às greves enquanto, num outro prisma, o presidente do sindicato dos profissionais de polícia ameace bloquear Lisboa e com igual desplante, e em plena televisão, se vanglorie de já ter ajudado a despachar um primeiro-ministro para Bruxelas e que outro pode seguir a direcção do Quénia. Estamos em plena morte da autoridade: ninguém obedece a ninguém, ninguém cede, o regabofe está instituído [...]. Reina a impunidade geral, a chacota e a certeza corrente que a justiça nunca chegará."

Excertos e intervenções V

"[...] A tudo isto acresce a actividade política: os políticos começam a ser conhecidos pelas mentiras que dizem, pelas contradições evidentes, pelas acusações inusitadas que trocam e que em nada contribuem para a elevação do discurso político e seriedade das políticas. É indesmentível a ideia pejorativa que os cidadãos comuns transmitem e que têm dos políticos. E a coisa tende a piorar: às mentiras, às contradições, às acusações é preciso adicionar as sombras de corrupção, os favores feitos e a promiscuidade instituída. Se a isto juntarmos as promessas descaradas e por cumprir... o que falta para sermos linchados?"

Excertos e intervenções IV

"[...] Mas perceba-se as diferenças: por muito menos, a comunicação social adocicada e domesticada, fez do santanismo (um nome forçado), razão de ser da sua quimera, desgosto colectivo e seu inimigo declarado. Foi contra o que se fazia, contra o que não se fazia. Hoje as trapalhadas abundam, mas os silêncios são comprometedores e demonstrativos do conluio e da conivência entre ambos os poderes. Afinal, é chique ser-se de esquerda, estar-se com a esquerda, ser-se um intelectual, ler uns livros do Chomsky e acreditar na Bíblia, no “Império” do Negri; é chique ir às manifestações, atirar uns molotovs, fazer jardinagem guerrilheira enquanto o Dr. Louçã nos ensina a resistir à polícia e a sermos subversivos; é bonito ser-se assim, pensar-se assim; ainda para mais quando é o próprio aparelho ideológico do Estado a instigar e a fazer proliferar essa ideologia monstruosa que atende pelo nome de politicamente correcto, uma espécie de novo marxismo encapotado ao serviço da demagogia de pior índole e de gente que se julga moralmente superior aos outros."

Excertos e intervenções III

"A instabilidade é hoje uma manifestação característica da política em Portugal. Em pouco menos de meia dúzia de anos, três eleições para o governo, impuseram quatro primeiros-ministros e outros tantos executivos que se sucederam nos tempos, nos ministérios e nas políticas. Muitos orçamentos, muitos orientações, muitas bazófias: todos com a mesma premissa: controlar o monstro, matar o défice, salvar a pátria. Mas o problema não são as eleições, maioritariamente monótonas: o problema é o modo como elas são provocadas e as verdadeiras causas que ocultam. Ainda hoje, se está para perceber porque é que só agora os poderes presidenciais são demasiados poderosos quando não o foram para destituir, deselegante e pouco polidamente diga-se de passagem, um governo escolhido pela maioria dos portugueses. Só hoje se discute a filosófica questão do presidencialismo e dos seus poderes institucionais."

Excertos e intervenções II

"A crise financeira do Estado é grave. Ouvimos isto há muitos anos da boca dos mais diversos especialistas, peritos e outros géneros de experts. Todos conhecem as causas e têm os antídotos milagrosos. Há anos que os ouvimos, mas há anos também que estamos exactamente na mesma: a nossa economia não cresce, as despesas não diminuem, as receitas são colectadas pela metade, a terra prometida afasta-se. Temos de enfrentar a concorrência global, sendo um país periférico e tendo um vizinho que diariamente nos engole enquanto assobiamos para o lado, recusando nada ver. A tudo isto é preciso somar as hordas de analfabetos funcionais que anualmente produzimos, a ausência de políticas de incentivo ao risco e ao empreendedorismo, a inexistência de justiça fiscal, a evidente desqualificação e degradação dos sectores produtivos. Não há milagres. Por mais que supliquemos por Fátima, não há milagres. [...] Talvez por isso se fale hoje no esgotamento da social democracia clássica e do socialismo democrático. À esquerda, desde os gloriosos 30 anos, que é visível a sua decadência e o seu problema ideológico que mais não é do que a essência e razão da sua existência. Navegamos todos à deriva. E porquê? Porque a economia não cresce e não crescendo nada tem para dar e ou para distribuir. Porque a economia não cresce e não crescendo não produz emprego, não garante direitos, não garante benefícios; Porque a economia não cresce e não crescendo não garante a sobrevivência e põe em causa o Estado social. [...] Restam duas soluções: ou entrar na dança e caminhar dançando para o abismo – num suicídio que pelo menos poria fim definitivo ao nosso sofrimento; ou de facto mudar para transformar e não para deixar tudo exactamente na mesma, afrontando os interesses instalados."

Excertos e intervenções I

"O problema português é o atraso. Não são as palavras, o pessimismo, os avisos. O problema português, central, estrutural e, consequentemente, conjuntural é o nosso evidente, cego e nefasto atraso. A raiz da questão está nos embustes, nos truques, no subdesenvolvimento endémico, nas golpadas, na impossibilidade lusitana de viver à custa alheia; o problema não está no mundo, na concorrência dos outros, na globalização, no neoliberalismo; a base da tragédia está na nossa incompetência e neste conservadorismo que impede e bloqueia a mudança e no facto de não vivermos num verdadeiro estado liberal que defenda uma verdadeira economia de mercado; o problema só por si por não se resolver, naturalmente agrava-se; [...] o que os portugueses precisam de ouvir é a verdade; o que os portugueses não precisam de ouvir são os contos de fadas, histórias da carochinha ou novelas intermináveis que soam a falsidade, aleivosia e aldrabice à distância; A crise do Estado é política. [...] E é isso que os portugueses também precisam de ouvir; basta de mentiras, de encobrimentos, de patranhas, de trapaças. Não tenhamos qualquer pejo em assumir o risco e em chamar as coisas pelos nomes. E a crise é acima de tudo política porque o regime notabilizou-se pela ocupação empedernida, cúmplice e desenfreada do Estado e pela apropriação indevida das suas benesses, benefícios e outras espécies de vantagens, deixando-se dominar por um clientelismo político, cancerígeno, que o mina e atrofia e que o impede agora de respirar. Este clientelismo sobrevive há demasiado tempo e com a complacência dos partidos que se vão alternando na cadeira do poder, onde são já mais de cinco milhões aqueles que directa e indirectamente dependem do Estado nas suas mais diversas formas e feitios. Talvez seja por isso que as campanhas eleitorais em Portugal sejam gigantescas fraudes onde tudo se cala, tudo se esconde, tudo se evita. Em nome da paz podre, do silêncio cúmplice, do grito mudo, canta-se música alegre e anedotas giras para fazer rir o Zé Povinho enquanto se lhe abre a caça ao voto. É claro que ele acredita. Que cegamente acredita. Como recentemente acreditou no oásis no deserto que lhe garantia ir baixar os impostos, produzir 150 mil empregos ou aumentar as pensões de reforma dos portugueses."

"Mádira" Nights

Um turísta/cantor britânico resolveu fazer uma canção chamada "Madeira Nights" (Mádira, em inglês).

O homem, de nome artístico Nemo James, deu-se ao trabalho de incluir na cançoneta o cada vez menos pacato lugar da "Assomada" - não há turista que não vá lá! - só para arranjar termo que rimasse com "Levada". Ora digam lá se não foi um trabalho notável!

Resta dizer que o bom do Nemo, que lembra o Clif Richard nos seus piores dias, está a pensar seriamente abandonar a carreira musical porque, refere no seu sítio, é dificil viver só da música em Inglaterra. Principalmente quandoa o talento, a julgar pela amostra, não abunda.

Eu, que sou uma alma caridosa, dou um conselho ao nosso amigo Nemo: mande um mp3 para a Secretaria do Turismo. Acredite que se o fizer terá algumas probabilidades de vender a musiqueta. E vê-la tornar-se um "hino" do turismo da Madeira, cantada todas as noites no Casino pelo bom do Pires, substituto do "mítico" Sérgio Borges, que por sua vez substituira Tony Amaral, que era parecido com um dos membros dos Platers.

Caro Nemo, atreva-se. Meta-se no submarino e venha (esta ficou um bocado esquisita, mas que se lixe!). Eu ajudo-o. E começo por divulgar a sua canção. Aqui vai:

Madeira Nights

"Madeira nights, Madeira day
show I love your beautiful land
and your simple ways
from Camacha to Assomada
we Lambada'd down the Levada
you gave to me a gift I can never repay
Madeira nights, Madeira days

There's a place in my heart
where the sun always shines
any time of year onto the sparkling sea
it's a magical island under a mystical sky
and it cast it's spell on me

You can step back in time
to how it used to be
when you were young
and the world simple and free
you can walk down the street
with no fear of harm
smiling faces are all you'll see

From the peaks of the mountains to the countryside
from the clear mountain streams to the awesome tide
I loved every part of your wondrous land
I loved your strength and pride
The people of Madeira how I envy you
you have something special
something kind and true
don't ever change how you are inside
how you do the things you do"

Já agora, propangandeio o seu sítio: http://www.nemo-james.co.uk/

Só tenho pena de não conseguir colocar aqui a sua música. Penso que este blog ainda não tem essa funcionalidade. E se tem, eu não a sei utilizar. Mas prometo que reencaminharei a sua canção para todos os endereços de correio electrónico que conheço. Penso que contribuirei dessa forma para a promoção daquele que, comparado consigo, é um génio musical, o Toy.

21.11.05

Pelos tomates

Uma das melhores "estórias" que li ultimamente. Retirada daqui.


"Agarrei-o pelos tomates!

Na Lituânia, uma senhora de 93 anos fez um ladrão passar por um mau bocado, quando se agarrou impiedosamente aos testículos do malandro. Soja Popova foi atirada para o chão quando abriu a porta de casa a dois jovens, mas conseguiu ripostar ao "apertar com todas as minhas forças" aos testículos de um deles, garantiu a valente senhora. A idosa relata que o jovem começou a gritar que nem um animal e que o amigo tentou puxá-lo, mas "eu tenho um poder de agarrar como ferro". A mulher diz ter uma força descomunal nas mãos devido aos muitos anos a ordenhar cabras. Os gritos de agonia do rapaz alertaram a vizinhança que chamou de imediato a polícia. O infeliz par foi detido pelos agentes ao saírem por uma janela de um dos quartos. Um (o mais infeliz) foi levado para o hospital, o outro, para uma cela. Um porta-voz da polícia garantiu que "não teriam ido longe, já que um deles mal conseguia andar e até pareceu agradado quando viu os carros da polícia. Pediu de imediato que o levassem ao hospital, por causa de umas dores insuportáveis."Mandamento sagrado: Não assaltarás a casa de quem ordenhou cabras durante 70 anos, se fores homem (e se o quiseres continuar a ser).O jovem pertence agora ao grupo de coral em falsete da prisão-hospital onde está internado.

Vá lá... ainda teve sorte. Podia a senhora ter dado para ordenhá-lo..."

40 milhões com SIDA

Existem 40 milhões de pessoas, em todo o mundo, infectadas pelo vírus da SIDA. O flagelo atinge países ricos, mas dizima algumas nações pobres, particularmente em África. São números que convém recordar. Sempre.

Humor negro (ou a verdade escondida)

Sampaio iniciou uma presidência aberta para relevar a necessidade dos idosos se manterem activos. Creio que levará Mário Soares pelo país todo, apresentando-o como exemplo.

Porto





Colombo Regressa à Ilha

Porque será que Sílvio Santos, o testa de ferro do grupo Siram, fala tanto na necessidade de novas ligações aéreas entre a Madeira e o Porto Santo? “Mais qualidade, um outro avião, para dar resposta às necessidades da ilha."?
Será que não conseguiu fazer negócio com a Aerocondor, como já foi notícia, por mais do que uma vez, e agora faz retaliação à empresa? Será que abandonou o projecto de pareceria e tem um outro em vista, mas é necessário alertar para o serviço da Aerocondor?

É no mínimo, estranho, o comportamento do empresário, com interesses económico-turísticos no Porto Santo.

Há poucos dias, o Presidente da República deslocou-se à ilha, para assinar o Programa Piter para o Porto Santo. Como é do conhecimento público, há 2 anos que este empresário anda a apresentar o hotel Colombo`s Resort. Já o fez “n” vezes. A última das quais, ontem, com a presença do arquitecto catalão Ricardo Bofill.

Se Jorge Sampaio o fez há poucos dias, porque é que não aproveitou a boleia presidencial? Não teria mais “publicidade” de borla, se é esse o objectivo? Evitava pagar as viagens dos jornalistas da Madeira e dos espanhóis, que desta vez trouxe com a comitiva.

Este mesmo empresário, não apareceu no local, no dia em que Jorge Sampaio apadrinhou os contratos-programa com outros dois hoteleiros, para o Porto Santo. O projecto Colombo´s estava incluído no programa Piter mas ficou de fora devido aos elevados preços (diz agora 40 mil contos por quarto. Edição de hoje do DN) mas já ouvi falar em 60 mil contos. O dobro do preço praticado em Portugal.

Pelo menos acertou no nome. Colombo`s. Também andou às voltas para conseguir o que queria.






Revolta das ovelhas em Madrid


Em Madrid, as ovelhas voltaram a sair numa marcha de protesto contra o fim das rotas de transumância. E defilaram, patrióticamente, em frente às Portas do Sol, passendo-se pelo centro de uma das maiores metrópoles europeias. Tal como em em Portugal, na velha Espanha são ainda evidentes os contrastes resultantes das recentes transformações que motivaram o fim do domínio dos campos e das formas de vida tipicamente rurais. Agora, reinam as cidades e os códigos urbanos. Se calhar, para mal das ovelhas de Madrid.