"Reúne sete ou oito sábios e tornar-se-ão outros tantos tolos, pois incapazes de chegar a acordo entre eles, discutem as coisas em vez de as fazerem" - António da Venafro
24.11.05
Plano Tecnológico
O Público oferece o Plano em PDF. Basta clicar aqui.
Quem quiser entrar na discussão pode fazê-lo aqui.
23.11.05
Telenovela
Não, não é o enredo de uma telenovela mexicana. É a política portuguesa no seu melhor. Para acompanhar clique aqui. A "estória" promete
ILGA
Tá lindo
afirma o menino Alegre.
- Não gosto nada. Agora só brinco com o gordo
responde o menino Sócrates.
Isto tá bonito. Lindo de ser ver...
22.11.05
Excertos e intervenções XII
Excertos e intervenções XI
Excertos e intervenções X
Excertos e intervenções IX
Excertos e intervenções VIII
Excertos e intervenções VII
"Como foi possível ter chegado a isto? Como foi possível ter deixado as coisas chegarem a este ponto? Que esperança podem ter os nossos jovens quando todos os dias a caminhada fica mais longa, penosa e sem fim à vista? Que esperança podem ter os nossos jovens quando para progredir se vêem impelidos a sair do seu próprio país? Que esperança podem ter os nossos jovens quando saem das universidades directos para as esguias filas do desemprego? [...] A terra prometida afasta-se. Nem o “povo escolhido” atravessa o deserto nem Ulisses chega a casa. O que fazemos portanto? Nada como andar entretidos. Andar entretidos com eleições presidenciais que ainda estão a dois meses de distância. Faz-me lembrar o Natal e as decorações dos centros comerciais que chegam ao ridículo de começarem no dia 1 de Novembro. Afinal, o Natal sempre é quando um homem quiser. Vale tudo para encantar a serpente. Vale tudo para contentar o séquito sedento pela divisão dos despojos do saque. Entretidos com as eleições, os portugueses entrarão nesta quadra natalícia com a certeza do dever cumprido. Com dinheiro no bolso, álcool nas veias, carne na mesa e presentes no sapatinho, a época privilegia o adormecimento, o apaziguamento, o torpor desmazelado e o nacional-porreirismo de quem vive em festa permanente."
Excertos e intervenções VI
Excertos e intervenções V
"[...] A tudo isto acresce a actividade política: os políticos começam a ser conhecidos pelas mentiras que dizem, pelas contradições evidentes, pelas acusações inusitadas que trocam e que em nada contribuem para a elevação do discurso político e seriedade das políticas. É indesmentível a ideia pejorativa que os cidadãos comuns transmitem e que têm dos políticos. E a coisa tende a piorar: às mentiras, às contradições, às acusações é preciso adicionar as sombras de corrupção, os favores feitos e a promiscuidade instituída. Se a isto juntarmos as promessas descaradas e por cumprir... o que falta para sermos linchados?"
Excertos e intervenções IV
Excertos e intervenções III
"A instabilidade é hoje uma manifestação característica da política em Portugal. Em pouco menos de meia dúzia de anos, três eleições para o governo, impuseram quatro primeiros-ministros e outros tantos executivos que se sucederam nos tempos, nos ministérios e nas políticas. Muitos orçamentos, muitos orientações, muitas bazófias: todos com a mesma premissa: controlar o monstro, matar o défice, salvar a pátria. Mas o problema não são as eleições, maioritariamente monótonas: o problema é o modo como elas são provocadas e as verdadeiras causas que ocultam. Ainda hoje, se está para perceber porque é que só agora os poderes presidenciais são demasiados poderosos quando não o foram para destituir, deselegante e pouco polidamente diga-se de passagem, um governo escolhido pela maioria dos portugueses. Só hoje se discute a filosófica questão do presidencialismo e dos seus poderes institucionais."
Excertos e intervenções II
"A crise financeira do Estado é grave. Ouvimos isto há muitos anos da boca dos mais diversos especialistas, peritos e outros géneros de experts. Todos conhecem as causas e têm os antídotos milagrosos. Há anos que os ouvimos, mas há anos também que estamos exactamente na mesma: a nossa economia não cresce, as despesas não diminuem, as receitas são colectadas pela metade, a terra prometida afasta-se. Temos de enfrentar a concorrência global, sendo um país periférico e tendo um vizinho que diariamente nos engole enquanto assobiamos para o lado, recusando nada ver. A tudo isto é preciso somar as hordas de analfabetos funcionais que anualmente produzimos, a ausência de políticas de incentivo ao risco e ao empreendedorismo, a inexistência de justiça fiscal, a evidente desqualificação e degradação dos sectores produtivos. Não há milagres. Por mais que supliquemos por Fátima, não há milagres. [...] Talvez por isso se fale hoje no esgotamento da social democracia clássica e do socialismo democrático. À esquerda, desde os gloriosos 30 anos, que é visível a sua decadência e o seu problema ideológico que mais não é do que a essência e razão da sua existência. Navegamos todos à deriva. E porquê? Porque a economia não cresce e não crescendo nada tem para dar e ou para distribuir. Porque a economia não cresce e não crescendo não produz emprego, não garante direitos, não garante benefícios; Porque a economia não cresce e não crescendo não garante a sobrevivência e põe em causa o Estado social. [...] Restam duas soluções: ou entrar na dança e caminhar dançando para o abismo – num suicídio que pelo menos poria fim definitivo ao nosso sofrimento; ou de facto mudar para transformar e não para deixar tudo exactamente na mesma, afrontando os interesses instalados."
Excertos e intervenções I
"Mádira" Nights
O homem, de nome artístico Nemo James, deu-se ao trabalho de incluir na cançoneta o cada vez menos pacato lugar da "Assomada" - não há turista que não vá lá! - só para arranjar termo que rimasse com "Levada". Ora digam lá se não foi um trabalho notável!
Resta dizer que o bom do Nemo, que lembra o Clif Richard nos seus piores dias, está a pensar seriamente abandonar a carreira musical porque, refere no seu sítio, é dificil viver só da música em Inglaterra. Principalmente quandoa o talento, a julgar pela amostra, não abunda.
Eu, que sou uma alma caridosa, dou um conselho ao nosso amigo Nemo: mande um mp3 para a Secretaria do Turismo. Acredite que se o fizer terá algumas probabilidades de vender a musiqueta. E vê-la tornar-se um "hino" do turismo da Madeira, cantada todas as noites no Casino pelo bom do Pires, substituto do "mítico" Sérgio Borges, que por sua vez substituira Tony Amaral, que era parecido com um dos membros dos Platers.
Caro Nemo, atreva-se. Meta-se no submarino e venha (esta ficou um bocado esquisita, mas que se lixe!). Eu ajudo-o. E começo por divulgar a sua canção. Aqui vai:
Madeira Nights
"Madeira nights, Madeira day
show I love your beautiful land
and your simple ways
from Camacha to Assomada
we Lambada'd down the Levada
you gave to me a gift I can never repay
Madeira nights, Madeira days
There's a place in my heart
where the sun always shines
any time of year onto the sparkling sea
it's a magical island under a mystical sky
and it cast it's spell on me
You can step back in time
to how it used to be
when you were young
and the world simple and free
you can walk down the street
with no fear of harm
smiling faces are all you'll see
From the peaks of the mountains to the countryside
from the clear mountain streams to the awesome tide
I loved every part of your wondrous land
I loved your strength and pride
The people of Madeira how I envy you
you have something special
something kind and true
don't ever change how you are inside
how you do the things you do"
Já agora, propangandeio o seu sítio: http://www.nemo-james.co.uk/
Só tenho pena de não conseguir colocar aqui a sua música. Penso que este blog ainda não tem essa funcionalidade. E se tem, eu não a sei utilizar. Mas prometo que reencaminharei a sua canção para todos os endereços de correio electrónico que conheço. Penso que contribuirei dessa forma para a promoção daquele que, comparado consigo, é um génio musical, o Toy.
21.11.05
Pelos tomates
"Agarrei-o pelos tomates!
Na Lituânia, uma senhora de 93 anos fez um ladrão passar por um mau bocado, quando se agarrou impiedosamente aos testículos do malandro. Soja Popova foi atirada para o chão quando abriu a porta de casa a dois jovens, mas conseguiu ripostar ao "apertar com todas as minhas forças" aos testículos de um deles, garantiu a valente senhora. A idosa relata que o jovem começou a gritar que nem um animal e que o amigo tentou puxá-lo, mas "eu tenho um poder de agarrar como ferro". A mulher diz ter uma força descomunal nas mãos devido aos muitos anos a ordenhar cabras. Os gritos de agonia do rapaz alertaram a vizinhança que chamou de imediato a polícia. O infeliz par foi detido pelos agentes ao saírem por uma janela de um dos quartos. Um (o mais infeliz) foi levado para o hospital, o outro, para uma cela. Um porta-voz da polícia garantiu que "não teriam ido longe, já que um deles mal conseguia andar e até pareceu agradado quando viu os carros da polícia. Pediu de imediato que o levassem ao hospital, por causa de umas dores insuportáveis."Mandamento sagrado: Não assaltarás a casa de quem ordenhou cabras durante 70 anos, se fores homem (e se o quiseres continuar a ser).O jovem pertence agora ao grupo de coral em falsete da prisão-hospital onde está internado.
Vá lá... ainda teve sorte. Podia a senhora ter dado para ordenhá-lo..."
40 milhões com SIDA
Humor negro (ou a verdade escondida)
Colombo Regressa à Ilha
Porque será que Sílvio Santos, o testa de ferro do grupo Siram, fala tanto na necessidade de novas ligações aéreas entre a Madeira e o Porto Santo? “Mais qualidade, um outro avião, para dar resposta às necessidades da ilha."? |
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Revolta das ovelhas em Madrid
Em Madrid, as ovelhas voltaram a sair numa marcha de protesto contra o fim das rotas de transumância. E defilaram, patrióticamente, em frente às Portas do Sol, passendo-se pelo centro de uma das maiores metrópoles europeias. Tal como em em Portugal, na velha Espanha são ainda evidentes os contrastes resultantes das recentes transformações que motivaram o fim do domínio dos campos e das formas de vida tipicamente rurais. Agora, reinam as cidades e os códigos urbanos. Se calhar, para mal das ovelhas de Madrid.