Um evento fundamental, que deveria interessar a todos os portugueses com responsabilidades ou interesse na educacao, nas que passa ao lado da maioria. Enfim, mas por ca estou e escreverei sobre o que de importante por aqui se passou.
PS Ha quantos anos nao escrevia num teclado azerty!!!
"Reúne sete ou oito sábios e tornar-se-ão outros tantos tolos, pois incapazes de chegar a acordo entre eles, discutem as coisas em vez de as fazerem" - António da Venafro
16.9.06
15.9.06
A saúde precisa de ir ao Médico
É mais um caso entre outros. Segunda-feira faleceu uma jovem com 20 anos, de meningite no hospital.
O conselho de Administração do Serviço Regional de Saúde prometeu dar uma explicação, até quarta-feira. Já passaram dois dias e o dito Conselho nada disse.
Considero que existem alguns factos por esclarecer, apesar de saber que dificilmente vão existir culpados.
É prática comum, nestes casos, a tutela elaborar relatórios técnicos, imperceptíveis ao comum dos mortais. Até os próprios médicos, não os conseguem explicar.
A Ordem dos Médicos, também não actua, apesar do assunto já ser público.
Só levanto mais uma questão. Como é que os médicos conseguem realizar diagnósticos correctos se trabalham, por dia, 10 e 12 horas todos os dias. De manhã estão no hospital. À tarde nos consultores e clínicas privadas. Ao fim de um mês, são poucos os seres humanos capazes de resistir a tanta fadiga. No entanto, os nossos profissionais da saúde fazem-no o ano inteiro. Enquanto, parece-me evidente que cometem alguns pequenos pecados, mas como não há ninguém que lhes faça nada….
PS- segundo a família, a jovem foi várias vezes às urgências do Centro de Saúde de Machico (pelo menos 5). Além disso, foi observada na terça-feira (5/10/06) no Hospital. O médico não lhe conseguiu fazer um diagnóstico correcto. É no mínimo lamentável. Como a jovem continuava com o mesmo problema de saúde - uma sinusite acompanhada de fortes dores de cabeça- recorreu à medicina privada. Passou duas vezes pela Clínica de Santa Luzia (quarta-feira e sexta-feira de manhã). Mais uma vez o médico que a observou falhou no diagnóstico. Na altura a jovem já tinha a vista esquerda muito vermelha e a cara enxada. No hospital fizeram-lhe um “RX” aos pulmões e mandaram-na para casa tomar a medicação que estava a fazer. Voltou às urgências do hospital na sexta-feira, depois de ter passado,pelo Centro de Machico. Deu entrada nas urgências à meia-noite. Só foi atendida 2 horas depois, segundo o que disse o médico que foi nomeado para falar sobre o caso. Do Hospital enviaram-na para os Marmeleiros durante o dia de sábado. Dos Marmeleiros, regressou no domingo, aos cuidados intensivos da Cruz de Carvalho, onde faleceu na madrugada de segunda-feira.
O conselho de Administração do Serviço Regional de Saúde prometeu dar uma explicação, até quarta-feira. Já passaram dois dias e o dito Conselho nada disse.
Considero que existem alguns factos por esclarecer, apesar de saber que dificilmente vão existir culpados.
É prática comum, nestes casos, a tutela elaborar relatórios técnicos, imperceptíveis ao comum dos mortais. Até os próprios médicos, não os conseguem explicar.
A Ordem dos Médicos, também não actua, apesar do assunto já ser público.
Só levanto mais uma questão. Como é que os médicos conseguem realizar diagnósticos correctos se trabalham, por dia, 10 e 12 horas todos os dias. De manhã estão no hospital. À tarde nos consultores e clínicas privadas. Ao fim de um mês, são poucos os seres humanos capazes de resistir a tanta fadiga. No entanto, os nossos profissionais da saúde fazem-no o ano inteiro. Enquanto, parece-me evidente que cometem alguns pequenos pecados, mas como não há ninguém que lhes faça nada….
PS- segundo a família, a jovem foi várias vezes às urgências do Centro de Saúde de Machico (pelo menos 5). Além disso, foi observada na terça-feira (5/10/06) no Hospital. O médico não lhe conseguiu fazer um diagnóstico correcto. É no mínimo lamentável. Como a jovem continuava com o mesmo problema de saúde - uma sinusite acompanhada de fortes dores de cabeça- recorreu à medicina privada. Passou duas vezes pela Clínica de Santa Luzia (quarta-feira e sexta-feira de manhã). Mais uma vez o médico que a observou falhou no diagnóstico. Na altura a jovem já tinha a vista esquerda muito vermelha e a cara enxada. No hospital fizeram-lhe um “RX” aos pulmões e mandaram-na para casa tomar a medicação que estava a fazer. Voltou às urgências do hospital na sexta-feira, depois de ter passado,pelo Centro de Machico. Deu entrada nas urgências à meia-noite. Só foi atendida 2 horas depois, segundo o que disse o médico que foi nomeado para falar sobre o caso. Do Hospital enviaram-na para os Marmeleiros durante o dia de sábado. Dos Marmeleiros, regressou no domingo, aos cuidados intensivos da Cruz de Carvalho, onde faleceu na madrugada de segunda-feira.
14.9.06
Save the Waves.
É com certeza um filme incómodo para a Madeira e (I)nconveniente. Vem mesmo a propósito, “Uma Verdade Inconveninte”, é outro alerta sobre como vai o mundo que estreia esta quinta-feira em Portugal.
O interessante é que “Lost Jewel of the Atlantic" e Uma verdade Inconveniente” são realizados segundo a mesma matriz. De uma forma “despretensiosa”, diria lúdica, os dois documentários questionam a intervenção do homem no meio ambiente.
É óbvio que as escalas são incomparáveis. Enquanto “Lost Jewel of the Atlantic” ocupa-se da micro- “aldeia” do Jardim do Mar, o objecto da análise de “Uma verdade Inconveniente” é o planeta.
No resto, os objectivos até são os mesmos. Partilham uma idêntica matriz cinematográfica, neste caso, o documentário. Um género, que curiosamente, volta a estar na moda. Há muitos anos, para não exagerar (50), que não estreavam tantos documentários. Além da dose exagerada, que foi o 11 de Setembro, os que foram, entretanto realizados, foram remetidos para os festivais da especialidade.
Mas de volta a “Lost Jewel of the Atlantic” para acrescentar que um documentário, e este não foge à regra, é sempre o ponto de vista do realizador.
É óbvio que qualquer documentário parte de uma base sólida de factos. Caso contrário, seria insustentável produzi-lo. É no entanto, necessário não esquecer que há um objectivo por detrás. Julgo que a intenção, neste caso concreto do realizador é questionar, provocar o cidadão para as obras que foram realizadas no Jardim do Mar.
Seriam necessárias para a protecção da costa como justifica o governo? Quem faz, (as obras) apresenta argumentos “saudáveis” para justificar a acção. Quem crítica, coloca a nu algumas das fragilidades dessa acção. É neste binómio, bem-mal, que o mundo gira. É a partir deste confronto de ideias que é solicitado, a cada um que faça o seu próprio juízo de valor, sobre o que vai ver.
O interessante é que “Lost Jewel of the Atlantic" e Uma verdade Inconveniente” são realizados segundo a mesma matriz. De uma forma “despretensiosa”, diria lúdica, os dois documentários questionam a intervenção do homem no meio ambiente.
É óbvio que as escalas são incomparáveis. Enquanto “Lost Jewel of the Atlantic” ocupa-se da micro- “aldeia” do Jardim do Mar, o objecto da análise de “Uma verdade Inconveniente” é o planeta.
No resto, os objectivos até são os mesmos. Partilham uma idêntica matriz cinematográfica, neste caso, o documentário. Um género, que curiosamente, volta a estar na moda. Há muitos anos, para não exagerar (50), que não estreavam tantos documentários. Além da dose exagerada, que foi o 11 de Setembro, os que foram, entretanto realizados, foram remetidos para os festivais da especialidade.
Mas de volta a “Lost Jewel of the Atlantic” para acrescentar que um documentário, e este não foge à regra, é sempre o ponto de vista do realizador.
É óbvio que qualquer documentário parte de uma base sólida de factos. Caso contrário, seria insustentável produzi-lo. É no entanto, necessário não esquecer que há um objectivo por detrás. Julgo que a intenção, neste caso concreto do realizador é questionar, provocar o cidadão para as obras que foram realizadas no Jardim do Mar.
Seriam necessárias para a protecção da costa como justifica o governo? Quem faz, (as obras) apresenta argumentos “saudáveis” para justificar a acção. Quem crítica, coloca a nu algumas das fragilidades dessa acção. É neste binómio, bem-mal, que o mundo gira. É a partir deste confronto de ideias que é solicitado, a cada um que faça o seu próprio juízo de valor, sobre o que vai ver.
Voltei
Depois de uma pausa de um mês, aqui estou fresquinho e de faca afiada. Como sempre o objectivo é irritar e instruir.
Mário Soares, um economista de pacotilha
Não sei porque ainda se perde tempo com Mário Soares. Até da Lua se vê que o provecto político português sofre de morte cerebral há décadas. Ora vejamos o que disse ele desta vez.
Na sua insondável sabedoria (medida pelo número de livros que possui), Mário Soares afirmou numa recente entrevista, a qual nunca deveria ter dado nem nunca lha deveriam ter feito, que o país está a recuperar economicamente. Soares chegou a esta conclusão porque tem visto (presumo que da janela da sua casa) muitos carros de alta cilindrada a passar nas estradas. E vai daí um exercício de sociologia de bolso: os portugueses estão mais ricos.
Olhem, eu cá nunca votei neste homem. Nem quando ele era são, nem quando ele era senil, como já dava para intuir nas últimas eleições presidenciais. Por isso não lamento nada. Aturem-no.
Na sua insondável sabedoria (medida pelo número de livros que possui), Mário Soares afirmou numa recente entrevista, a qual nunca deveria ter dado nem nunca lha deveriam ter feito, que o país está a recuperar economicamente. Soares chegou a esta conclusão porque tem visto (presumo que da janela da sua casa) muitos carros de alta cilindrada a passar nas estradas. E vai daí um exercício de sociologia de bolso: os portugueses estão mais ricos.
Olhem, eu cá nunca votei neste homem. Nem quando ele era são, nem quando ele era senil, como já dava para intuir nas últimas eleições presidenciais. Por isso não lamento nada. Aturem-no.
Como nos vê a CIA
No Factbook da CIA, onde consta um breve resumo actualizadíssimo de todos os países do mundo, a economia portuguesa aparece descrita do seguinte modo. Evidentemente, justo e verdadeiro.
«A poor educational system, in particular, has been an obstacle to greater productivity and growth.»
(Um sistema educacional pobre, em particular, foi um obstáculo a uma maior produtividade e a um maior crescimento). https://www.cia.gov/cia/publications/factbook/index.html
Cats
13.9.06
Só querem uma bola
Os miúdos que jogam nas camadas jovens do Gil Vicente acamparam à porta do seu estádio como forma de protesto pela sua suspensão das competições nacionais de futebol. Acho bem e acho legítimo. Entendo que nestas coisas, os miúdos não devem servir de retaliação pelos pecados dos adultos e que uma medida de liminar bom senso da FPF e do seu inenarrável presidente Madaíl, seria a reintegração imediata destes jovens desportistas nas suas respectivas competições. Eu sei que o método para chamar a atenção não é, porventura, o mais correcto. Acampar à porta da casa do Dr. Madaíl ou da sua Federação seria muito mais divertido, por exemplo. Ou mesmo acampar à porta do Dr. Laurentino Dias que confortavelmente anda a assobiar para o lado. Mas, caramba, falamos de miúdos. E falamos de miúdos que não se chamam Mateus, não se chamam Fiúza ou Loureiro, não são profissionais, nem têm nada a ver com as merdas dos adultos. Só querem uma bola e um campo com balizas. Não acho que seja pedir muito.
Lost in Translation
O Expresso, garante uma publicidade paga no Público de hoje, esgotou os 160 mil exemplares da sua última edição (a primeira em novo formato) em cinco horas. Não foi pela prosa com certeza. Foi por causa destas duas moças, deste moço e por causa de um filme magnífico já por aqui referenciado. Para este sábado, a mesma publicidade promete 200 mil exemplares.
* Foto roubada daqui
Without You
Liguei o autorádio. Antena 1. Without You na versão original dos BadFinger. Uma canção de merda. Escrita por Peter Ham e Tom Evans em 1970. Flower Pop incluída depois nos repretórios de Harry Nilsson (que jura tê-la escrito), Neil Young, Shirley Bassey, Heart, Air Supply, Mariah Carey, entre outros. E que este ano voltou a ser gravada por um rapaz de nome Clay Aiken, do qual poucos, estou certo, ouviram falar.
Without You ajudou a fazer carreiras. E contribuíu para que Peter Ham se tivesse enforcado no quintal da sua casa, em 1975. O manager e a editora não lhe pagavam os direitos de autor e os royalties a que tinha direito, reclamou na nota de suicídio. E contribuíu para que Tom Evans se tivesse enforcado, na garagem de sua casa, corria o ano de 1983. Ninguém lhe pagou aquilo a que tinha direito, clamou Evans.
A canção, que como todas as outras é um organismo vivo e dotado de extraordinária inteligência, sendo senhora de sua vontade, continuou o caminho que para ela traçou. Vive bem e será, com certeza, gravada brevemente por outra candidata a estrela. E voltará a subir aos tops, estou em crer. E hoje, apareceu no rádio do meu carro. Pela voz do fantasma de Ham. Pela mão do fantasma de Evans.
Deixo-vos com ela. Divirtam-se.
Without You
No I can't forget this evening
Or your face as your were leaving
But I guess that's just the way the story goes
You always smile but in your eyes your sorrow shows
Yes it shows
No I can't forget tomorrow
When I think of all my sorrows
When I had you there but then I let you go
And now it's only fair that I should let you know
What you should know
I can't live
If living is without you
I can't live
I can't give anymore
I can't live
If living is without you
I can't give
I can't give anymore
No I can't forget this evening
Or you face as you were leaving
But I guess that's just the way the story goes
You always smile but in your eyes your sorrow shows
Yes it shows
I can't live
If living is without you
I can't live
I can't give anymore
I can't live
If living is without you
Can't live
I can't give anymore
Without You ajudou a fazer carreiras. E contribuíu para que Peter Ham se tivesse enforcado no quintal da sua casa, em 1975. O manager e a editora não lhe pagavam os direitos de autor e os royalties a que tinha direito, reclamou na nota de suicídio. E contribuíu para que Tom Evans se tivesse enforcado, na garagem de sua casa, corria o ano de 1983. Ninguém lhe pagou aquilo a que tinha direito, clamou Evans.
A canção, que como todas as outras é um organismo vivo e dotado de extraordinária inteligência, sendo senhora de sua vontade, continuou o caminho que para ela traçou. Vive bem e será, com certeza, gravada brevemente por outra candidata a estrela. E voltará a subir aos tops, estou em crer. E hoje, apareceu no rádio do meu carro. Pela voz do fantasma de Ham. Pela mão do fantasma de Evans.
Deixo-vos com ela. Divirtam-se.
Without You
No I can't forget this evening
Or your face as your were leaving
But I guess that's just the way the story goes
You always smile but in your eyes your sorrow shows
Yes it shows
No I can't forget tomorrow
When I think of all my sorrows
When I had you there but then I let you go
And now it's only fair that I should let you know
What you should know
I can't live
If living is without you
I can't live
I can't give anymore
I can't live
If living is without you
I can't give
I can't give anymore
No I can't forget this evening
Or you face as you were leaving
But I guess that's just the way the story goes
You always smile but in your eyes your sorrow shows
Yes it shows
I can't live
If living is without you
I can't live
I can't give anymore
I can't live
If living is without you
Can't live
I can't give anymore
Um pacto
O Dr. Mendes, por certo ofuscado com a possibilidade das luzes da ribalta, entendeu fazer um acordo com o Eng. Sócrates para colocar a Justiça na ordem. Ou, pelo menos, para pô-la a funcionar o que, diga-se em abono da verdade, já não seria nada mau uma vez que esta tarefa se afigura como uma verdadeira tarefa de Sísifo. Muita gente aplaudiu a iniciativa. E aplaudiu o sentido de Estado do PSD que se mostrou um partido da oposição obediente e, acima de tudo, responsável. Claro que o Eng. Sócrates agradeceu a benesse e aproveitou a deixa. Do PSD não rezará a história durante os oito anos em que o Eng. Sócrates liderará um país sem adversário, interno ou externo, à altura. Com a casa em ordem (ou o PS se preferirem), restava ao primeiro-ministro mandar dizer quem manda e quem de facto decide no país. Com o Dr. Cavaco em Belém, o pacto era garantido e o Dr. Mendes, que deu o ar de um aluno muito sério que ouve com atenção os conselhos do mestre, lançou-se às migalhas. Obviamente ninguém avisou o Dr. Mendes que o presente vem envenenado e que as suas modéstias opiniões de pouco valerão. A Justiça não se vai reformar, porque pura e simplesmente é irreformável. Bastava ver as corporações que aplaudiram a iniciativa. No fim, tudo ficará na mesma porque a máxima se mantém inalterável: é preciso mudar alguma coisa para deixar tudo exactamente na mesma. O Dr. Mendes já cá não estará politicamente para ver o resultado da obra para a qual contribuiu. E o Eng. Sócrates sempre pode dizer que tentou.
Gente perigosa ou senil (risquem o que não interessa)
O Dr. Soares no Prós e Contras da última segunda-feira voltou a afirmar que é preciso negociar com a Al-Qaeda. Portanto, o Dr. Soares acha que devemos negociar com terroristas. Quem te viu e quem te vê.
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