24.9.10

Caso Carlos Queiroz: consequências? Dah!...

A decisão do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) decidiu contra o Conselho de Disciplina da FPF, na suspensão que este último impôs a Carlos Queiroz e que o impediu de estar no banco da selecção em dois jogos de apuramento para o Europeu de Futebol.
Diz o secretário de Estado que o acórdão não nega os factos. Não nega, não senhor, apenas afirma que “o arguido agiu, única e exclusivamente, na defesa dos interesses da Selecção Nacional, e no quadro da sua responsabilidade por ela”.
Agora, o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) levantou o castigo aplicado pelo AdOP, em mais uma derrota do grupelho de energúmenos que conspirou contra Queiroz.
Não espero qualquer consequência. Não espero que o Conselho de Disciplina se demita (como deveria acontecer), não espero que a administração da FPF se demita, não espero que a direcção do AdOP se demita, não espero que Laurentino Dias se demita. E por uma razão muito simples: é que ninguém, desta gentalha, tem qualquer escrúpulo.

Mas este processo é elucidativo do tipo de gente que constitui as elites dirigentes deste país: ele é na política, ele no movimento associativo, ele é no futebol, ele é na justiça, ele é até em entidades que deveriam ter como directiva a ética. Interesses obscuros dominam toda a vida portuguesa.
Estamos entregues à bicharada…


PS – abominei a forma como Portugal jogo enquanto Queiroz lá esteve. Mas o que lhe fizeram é de uma perfídia monumental
Por certo, muita gente hoje rejubila e aplaude o Sr. Ahmadinejad louvando-lhe a “coragem” e a “frontalidade” apresentadas, ao mesmo tempo que vê nas suas teorias idiotas a resposta pronta para alimentar as suas incapacidades de “transformar” o mundo. Infelizmente o ódio à América é superior à racionalidade exigida. E o ódio à América é uma realidade inacreditavelmente presente. Que um dia pagaremos caro. E bem caro.

23.9.10

Um exemplo

A vida quotidiana e os jornais desmentem categoricamente a quimera que o Eng. por aí apregoa. Aliás, há ministros que reconhecem que os tempos não são para grandes gabarolices e é isso que justifica, por exemplo, o recuo no TGV. Apesar da insistência do mesmo Eng. num Portugal fantástico, mas declaradamente inexistente, esta amarga constatação é um exemplo gritante da bipolaridade da sua acção governativa.

22.9.10

Uma coincidência

Enquanto o Eng. Sócrates e o PS se entretinham, no fim-de-semana, a falar de dimensões paralelas, a esquerda era inapelavelmente derrotada num dos seus tradicionais bastiões: a Suécia. Neste momento, praticamente não existem governos de esquerda dentro da UE, sendo que três deles pertencem aos célebres PIGS – Portugal, Grécia e Espanha. Mas deve ser mera coincidência a relação entre ser governado por esta gente e ir a caminho do abismo.
O Sr. Madaíl, que se mantém onde não é desejado, tem gerido o processo de escolha do seleccionador com uma ligeireza infantil. É por isso que, quanto a mim, a escolha de Paulo Bento é mais um erro de palmatória desta direcção. Porque um treinador com um currículo curto e sofrível e com projecção internacional nula, não assustará ninguém no plano externo, nem acalmará ninguém no plano interno. Ainda assim, boa sorte.

20.9.10

Quem viu o dérbi constatou a nulidade que é a equipa do Sporting. Ausência de soluções ofensivas dignas, um meio-campo fora do jogo e uma defesa a meter água por todo o lado, onde se destacam pela negativa os dois centrais, um par psicadélico. O resultado acaba por ser escasso tal a superioridade evidenciada pelo Benfica. O Sporting tem muito que palmilhar para ter um mínimo de estofo de candidato ao título.