24.1.09

Nervosismo

Um Sócrates inseguro e nervoso tentou explicar o "caso Freeport". Honestamente, parece-me que quanto mais explica menos clarifica...

Entre Júlio Monteiro - um homem discreto e muito rico - e Sócrates alguém está a mentir.

23.1.09

Portugueses sem os quais passaríamos bem


Deputado do PS reconhece nulidade do Ministro

O deputado do PS, Ventura Leite, acusou o Ministro das Obras Públicas, Mário Lino, de negligência no caso da Airbus. Na sequência da acusação, Leite pediu ao Primeiro Ministro socialista, José Sócrates, que retirasse das mãos de Lino projectos como o TGV ou o novo Aeroporto da OTA.

Bom, parece que não é só a oposição que acusa Mário Lino de ser uma perfeita nulidade, já que um representante da bancada da maioria partilha, inequivocamente, da mesma opinião... A vida é bela, de facto...

22.1.09

Última nota sobre a notícia do Público

Convém não esquecer, sob pena de cairmos no pecado que tantas vezes censuramos, que a notícia do Público trata uma investigação, confirmando que ela existe e que atinge pessoas que são muito próximas do Primeiro Ministro. Não há arguidos, muito menos condenados. É importante não esquecer.

Alguns comentários

Alguns comentários no Público, referentes ao caso a que abaixo aludimos. Retirados ao acaso, não são, de facto, um painel sociologicamente representativo da população portuguesa. Podem, contudo, ser um indicador daquilo que pensam muitos portugueses sobre a classe política e sobre o PM em particular.

22.01.2009 - 15h33 - Maria Anunciada Bemposta, Covilhã
Como eu gostava que o apanhassem, mesmo. Era agora, que tudo está maduro e começa a declinar a sua boa estrela. Ai, como eu gostava que o apanhassem. E há tanto por onde!... Mas eles estão todos feitos uns com os outros. Todos!

22.01.2009 - 15h33 - José Pinheiro, Guimarães
Sobre a veracidade da noticia,eu não fui,nem sei quem foi,nem tenho raiva de quem sabe,mas a ser verdadeira o Pinócrates deveria pôr o lugar á disposição e a "Malta" agradecia.

22.01.2009 - 15h32 - Fidalgo, Setúbal
Quando o país se afunda cada vez mais, e estas suspeitas aumentam, é triste ver que ainda há alguns palhaços a aplaudir e a apoiar quem está no poder. Abram os olhos e vejam a triste realidade que nos rodeia.

22.01.2009 - 15h31 - Carlos Hespanha, Porto
Convém não esquecer que a polícia judiciária fez buscas. Isto não é boato nenhum! As pessoas estão desconfiadas e preocupadas relativamente à conduta de José Sócrates.

22.01.2009 - 15h29 - Anónimo, Porto

José Eduardo, 15.22: Aqui não há boatos! Aqui vemos factos decorrentes de uma investigação da policia do Reino Unido e que implica de certa forma o Sócrates já que o seu tio foi alvo de buscas. Não devemos esquecer a assinatura do Sócrates no documento...

Está a apertar...

Parece que "a coisa" aperta...

Vamos lá ver até onde vai.

Estreia no TMBD


Acho graça ao Pedro. Espero estar entre os espectadores da peça que estreia a 28 de Janeiro no "Baltazar Dias".


Numa terra onde o humor é, normalmente, maltratado, alguns dos trabalhos do Pedro são uma lufada de ar fresco.

Incompreensível

Chateia-me, francamente, que em ano de crise, quando todas as familias "apertam o cinto", quando se pedem sacrifícios ao povo, o Grupo Parlamentar do PSD-M arranje uma "artimanha" para garantir o bendito jackpot, fugindo a uma decisão do Tribunal Constitucional, que quer se queira quer não é legítima.

Gostava, de facto, que me explicassem porque razão se deve aumentar a subvenção aos partidos em tempos que, repito, são de crise e de crise muito grave. Gostava que me explicassem porque ráio de carga de água a ALM, com menos deputados custa mais dinheiro. Muito mais dinheiro.

São coisas que gostava de perceber. Eu e grande parte da população. Mesmo aquela maioria que vota habitualmente PSD.

Decisões como o Jackpot e como a anunciada "finta" ao Tribunal Constitucional para garantir o aumento do financiamento partidário contribuem, apenas, para descredibilizar a política e os seus dirigentes. Porque são incomprensíveis à luz de qualquer análise...

21.1.09

E esta hein?!

A famosa "Lei jackpot" que o PSD fez aprovar na Assembleia Legislativa Regional da Madeira, por maioria, foi chumbada pelo Tribunal Constitucional. Como é possível legislar sobre matérias reservadas à Assembleia da República? Os parlamentares juristas do PSD "andaram todos a dormir"?
Fica provado que nem sempre vence a maioria, nem a força da maioria, venceu a força da razão! As restantes leituras e interpretações dos factos deixo para os especialistas....

Colonial, mas correcto!

Apesar de ser manifestamente colonial o argumento de que o Parlamento Regional não tem competência para legislar em matéria de atribuição de subvenções partidárias - o alegado fundamento legal não anula a sua imoralidade -, esteve bem o Tribunal Constitucional ao chumbar a denominada "lei do jackpot". Porque era indecente querer que o erário público suportasse despesas no valor de cerca de 100 mil euros/ano por deputado. A verdade é que a maior parte dos que lá estão nem merecem o seu vencimento mensal, quanto mais os cidadãos terem de pagar esta lotaria.
Por isso, neste caso, apesar da macieira estar podre, a verdade é que as maçãs são mais do que comestíveis. E espero que, se houver alguma dignidade partidária, não se volte a insultar desta forma os contribuintes madeirenses. Porque nem os deputados merecem, nem o seu trabalho justifica.

Tu disseste (Who Cares?)

Tu disseste "quero saborear o infinito"
Eu disse "a frescura das maçãs matinais revela-nos segredos insondáveis"
Tu disseste "sentir a aragem que balança os dependurados"
Eu disse "é o medo o que nos vem acariciar"
Tu disseste "eu também já tive medo. muito medo. recusava-me a abrir a janela, a transpôr o limiar da porta"
Eu disse "acabamos a gostar do medo, do arrepio que nos suspende a fala"
Tu disseste "um dia fiquei sem nada. um mundo inteiro por descobrir"
Eu disse "..."

Eu disse "o que é que isso interessa?"
Tu disseste "...nada"

Tu disseste "agora procuro o desígnio da vida. às vezes penso encontrá-lo num bater de asas, num murmúrio trazido pelo vento, no piscar de um néon. escrevo páginas e páginas a tentar formalizá-lo. depois queimo tudo e prossigo a minha busca"
Eu disse "eu não faço nada. fico horas a olhar para uma mancha na parede"
Tu disseste "e nunca sentiste a mancha a alastrar, as suas formas num palpitar quase imperceptível?"
Eu disse "não. a mancha continua no mesmo sítio, eu continuo a olhar para ela e não se passa nada"
Tu disseste "e no entanto a mancha alastra e toma conta de ti. liberta-te do corpo. tu é que não vês"
Eu disse "o que é que isso interessa?"
Tu disseste "...nada"

Eu disse "o que é que isso interessa?"
Tu disseste "...nada"

Adolfo Luxúria Canibal

Dedicado a alguém muito especial que só tem uma questão a atormentá-la: Who Cares?

Um ministro com muito para explicar

Um ministro com muito que explicar...

Para além das gaffes habituais.

20.1.09

Os dados estão lançados

A tomada de posse de Obama representa um momento de esperança. Até eu, que não fui um adepto de primeira hora do novo presidente, convenci-me aos poucos de que os Estados Unidos e o mundo necessitavam de outro tipo de discurso, que recuperasse a crença de que outro caminho, sendo desejável, é também possível.

Obama é um político extraordinariamente inteligente. Ontem, fez questão de baixar as expectativas. Mas mesmo assim, a fasquia está muito alta. Esperemos que o capital de esperança que trouxe não se volte contra ele, porque de desilusões estamos todos fartos. Pede-se:

- Que consiga dar voz ao povo, combatendo os abusos dos "donos" da globalização;

- Que consiga perceber que os recursos são finitos e que urge uma nova política ambiental;

- Que abra caminho a uma sociedade mais consciente, menos baseada nesta espécie de consumismo apocalitico; Isso faz-se pelo discurso e pelo exemplo;

- Que abra caminho a uma sociedade onde o crescimento não seja um valor em si mesmo, um valor abstracto, mas sim um factor concreto que contribua para dar melhores condições de vida à maioria;

Não é pouco. Mas por isso e para isso é que foi eleito, à revelia das grandes máquinas partidarias norte-americanas. Foi a esperança que congregou à sua volta milhões de cidadãos, nos EUA e no mundo, que o empurraram para a vitória.

É um caminho dificil. Que levará tempo. Resta saber se Obama terá vontade e força para o percorrer, não sucumbindo ao primeiro revés. Os dados estão lançados. O capital de esperança é enorme. Esperemos que não traga uma desilusão ainda maior.

Portugueses sem os quais passaríamos bem


19.1.09

Governo obriga escolas a cometer ilegalidades

O governo garante que a avaliação docente irá ser aplicada, escudando-se no facto de que as escolas têm que cumprir a legislação. Até aqui tudo bem. O grave (seria até engraçado, se não tivesse consequências tão catastróficas para o funcionamento da escola) é que o mesmo governo obriga as escolas a ingressar na ilegalidade, quando determina que os Regulamentos Internos têm de estar adequados ao Decreto-Lei 75/2008, ainda que o seu funcionamento se mantenha à luz do Decreto-Lei 115/99. Isto parece uma questão formal, mas implica que todos os actos de gestão, administração e de disciplina estejam enfermados de ilegalidade. Passíveis, portanto, de serem, a qualquer momento, impugnados.
E é esta qualidade legislativa que uns patetas aplaudem!

Avaliação docente vai até ao final do ano civil

No início do mês, o Ministério da Educação (ME) emitiu normativos que clarificavam a aplicação do sistema de avaliação docente, na sua nova fórmula e redacção (ilegal, insisto eu, sem que ninguém tenha provado o contrário).
De acordo com as luminárias do ME, a avaliação terá de estar concluída impreterivelmente até ao final do ano civil. A razão é simples: até ao final do ano lectivo não há tempo para aplicar a avaliação. Ora, o que aqueles iluminados esqueceram é que este é um ano de concurso nacional. O que, naturalmente, origina reestruturações nos corpos docentes das escola. Ainda para mais, porque é um concurso com a validade de três anos. E isto implicará que avaliados e avaliadores deverão continuar o processo, apesar de poderem estar em lados opostos do país.
E é este modelo que as escolas têm de implementar.

50%? Qual quê... Uns três ou quatro!


No dizer do governo, adesão à greve dos professores não chegou a 50%. Uns três ou quatro, diria eu. O facto de o concelho onde resido ter registado uma adesão próximo a 100% (comprovado por mim) é apenas uma coincidência...


Uma ordem do além

Maradona confessou à imprensa internacional ter ordenado a Rui Costa e ao Benfica a utilização de Di Maria contra o Olhanense para poder observar o jogador.

A agremiação que joga de vermelho acatou a ordem e o bom do argentino lá fez uns minutitos contra os algarvios.

Mas é compreensível. Não é todos os dias que se recebe uma ordem emanada directamente do maior astro do mundo da bola, que até inspirou a criação de uma Igreja que o idolatra. Foi, de facto, um chamamento do além!

Foi quase tão surreal como o frango do Moretto contra o Belenenses, que o árbitro resolveu estragar anulando aos azuis um golo limpo como a camisola do Nuno Gomes depois de um jogo!

Ah Ganda Benfica!

18.1.09

Alguém acredita?

Há quantos anos o eng. Sócrates é primeiro-ministro?

Há quantos anos prometeu baixar os impostos? A baixa de impostos não foi uma das bandeiras da sua campanha de 2005?

Já o fez?

Porque ráio de carga d'água vem agora prometer, outra vez, uma baixa de impostos para aqueles que menos ganham?

Alguém acredita nas lágrimas de carpideira do eng. Sócrates, que sendo primeiro-ministro há quase quatro anos vem agora dizer que em Portugal os impostos não têm na consideração que deviam a diferença de rendimentos?

Alguém acredita em semelhante figura?

Desviar as atenções

O eng. Sócrates fez do casamento entre homosexuais uma das bandeiras da sua moção eleitoral. Como se fosse um tema vital para o país.

É tão bonito desviar as atenções daquilo que realmente interessa...