3.12.05

Palpites

Estou cá com um palpite que a partir desta semana a arbitragem e o sistema vão ser os responsáveis por tudo o que acontecer ao Nacional...

Doenças incuráveis

Num assomo de loucura, apostei com um amigo meu que o Marítimo fica à frente do Nacional...

2.12.05

No Algarve

O blog de uma madeirense temporariamente no Algarve.

Vagabundear pela blogosfera

Um blog que representou uma agradável surpresa.

Dúvida

Como é que um país que não produz quase nada chega a isto?

A caça às bruxas

A OMS decidiu não contratar mais fumadores. A medida é ridícula e demonstrativa do novo fascismo politicamente correcto que por aí abunda. Tudo isto, claro, sem contar com o inusitado atentado aos direitos, liberdades e garantias dos seres humanos.
A interferência, da OMS, em assuntos que são do foro íntimo de cada um é evidente. E esclarecedor da idiotia que reina sobre certas cabeças iluminadas que pretendem fazer do mundo um paraíso artificial. Depois dos fumadores, virão os gordos (hambúrgueres e seus derivados), os viciados em cafeína e a geração Prozac. Depois os feios. E assim sucessivamente, até se formar uma espécie de novos arianos puro-sangue. Daí até as análises exaustivas à procura de doenças geneticamente perigosas e vírus desconhecidos será um outro pequeno passo rumo à selecção dos ilustres e distintos funcionários da OMS, uma casta apurada cientificamente. Em pouco tempo, a OMS será um conjunto de gente sã, esbelta e provavelmente muito bonita e inteligente, imune a doenças e a vícios, coisas mundanas das pessoas inferiores. Pena, para eles, que o mundo inteiro não seja igual à estética do circo que rodeia a fórmula 1 (e igual também à futura OMS): significava estar muito perto do objectivo final e que a caça às bruxas tinha de facto resultado. E ainda dizem que o fascismo morreu.

30.11.05

O último herói do Porto


O Jorge Costa foi o último herói romântico do futebol português. Um tipo duro. Temido pelos adversários. E pelos companheiros de equipa que ousavam ultrapassar os limites impostos pela disciplina férrea do FC Porto. Um tipo frágil. Que chorava em campo quando perdia. Ou quando ganhava.

O capitão nunca foi um jogador brilhante. Mas nunca lhe faltou coragem. Fazia-se a cada bola com a determinação de quem acreditava numa causa. De quem estava disposto a sacrificar-se. O capitão foi um caso singular de amor clubístico. E não merecia que um holandês manifestamente inapto para a função que desempenha lhe apontasse a saída da maneira como o fez.

Quando escrevo isto sou insuspeito. Porque sou do Sporting. E, meus caros amigos, quanta pancada deu o Jorge Costa nos avançados do meu clube!

Torres presidente

Li, num sítio qualquer, que o Torres Couto quer ser presidente do Sporting. Deus nos livre e guarde de semelhante atrocidade!

Quem me dera que eu fosse o pó da estrada

Mais um de Fernando Pessoa. Contributo do Ricardo


Quem me dera que eu fosse o pó da estrada
E que os pés dos pobres me estivessem pisando...

Quem me dera que eu fosse os rios que correm
E que as lavadeiras estivessem à minha beira...

Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rio
E tivesse só o céu por cima e a água por baixo...

Quem me dera que eu fosse o burro do moleiro
E que ele me batesse e me estimasse...

Antes isso que ser o que atravessa a vida
Olhando para trás de si e tendo pena...

Alberto Caeiro

Ciríaco e a asneira do ano

Após meses de vãs tentativas, o deputado socialista Óscar Ciríaco Teixeira conseguiu fazer-se notar no Parlamento. E como: gritando, a plenos pulmões, a asneira do ano.

Esta manhã, no debate parlamentar, o bom do Ciríaco, atarantado com uma discussão que visivelmente o transcendia, disparou que Santa Cruz poderia ser a segunda cidade da Madeira se não tivesse o Aeroporto. É que, defendeu o amigo Ciríaco, em Santa Catarina, sítio onde aterram e descolam aviões e avionetas, não se pode construir, pelo que a Câmara da terra perde uma fortuna na cobrança do Imposto Municipal sobre Imóveis.

Pelos vistos, para o genial Ciríaco socialista, uma infra-estrutura de somenos importância como um aeroporto inteiro (com pistas, aviões, guardas fiscais e um milhão de passageiros por ano) não justifica tão avultada perda de receitas. Por isso, os aviões deviam aterrar noutra terra, de preferência bem longe da bela Santa Cruz.

Se o presidente da Câmara que tutela a aldeia da Ota toma conhecimento de tão brilhante análise, Sócrates vai ter sarilhos, oh se vai!

Parabéns, caro Óscar Ciríaco. Há barbaridades que não estão ao alcance de qualquer um!

Vota Vieira


O meu candidato. Pelo menos na primeira volta.

"Basta de políticos de carreira, vota Vieira; Não faças asneira, vota Vieira; Queres dinheiro na algibeira, vota Vieira; Já os conheces de gingeira, vota Vieira."

Acrescento para acabar com bandalheira, vota Vieira

Datas

Curta biografia do dono dos dias.

13 de Junho de 1888 - Nasce em Lisboa Fernando António Nogueira Pessoa
1896 - Parte para Durban
1905 - Regressa a Lisboa
1906 - Inscreve-se no Curso Superior de Letras
1907 - Abandona o curso
1915 - Lançada Revista Orfeu. "Morte" de Alberto Caieiro
1916 - Suicídio de Mário de Sá Carneiro
1924 - Aparece a Revista Athena, dirigida por ele e Ruy Vaz
1927 - Começa a colaborar com a revista Presença
1934 - Edita a Mensagem, o seu único livro publicado em vida
30 de Novembro de 1935 - Morre em Lisboa, aos 47 anos

Liberdade

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.

O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa

Fernando Pessoa por Almada Negreiros

Invasão

Morreu, faz hoje 70 anos, um poeta universal, o português mais importante do século XX. Eis porque invade a Conspiração.

Fernando Pessoa por Luís Badosa

Se, depois de eu morrer...

"Se, depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,~
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas --- a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus.

Sou fácil de definir.
Vi como um danado.
Amei as coisas sem setimentalidade nenhuma.
Nunca tive um desejo que não pudesse realizar, porque nunca ceguei.
Mesmo ouvir nunca foi para mim senão um acompanhamento de ver.
Compreendi que as coisas são reais e todas diferentes umas das outras;
Compreendi isto com os olhos, nunca com o pensamento.
Compreender isto com o pensamento seria achá-las todas iguais.
Um dia deu-me o sono como a qualquer criança.
Fechei os olhos e dormi.
Além disso fui o único poeta da Natureza."

Alberto Caeiro

28.11.05

E se um dia...




...tivesse sido possível, juntar estes três numa mesma equipa?

Mitos e lendas




George Best

Livros

Via Origem das Espécies, uma lista que se propõe escolher os melhores livros de 2005. Alguns deles, foram aqui referenciados.

Está quase na hora

Os meninos do coro

Fuzileiros britânicos são apanhados numa praxe, filmados em plena luta livre e coisas afins. A coisa espanta e choca o mundo dos contos de fadas onde nada disto pode existir. Porquê? O pessoal odeia violência, principalmente se for gratuita. Claro que pelo meio devora tudo o que passa na televisão sem mastigar e sem apanhar nenhuma indigestão. Pormenor: a rapaziada em questão é toda voluntária, logo sabe bem ao que está e para o que vai. Segundo pormenor: ninguém se lembrou que a guerra não é propriamente higiénica e o “inimigo”, muitas vezes, pêra doce. Se for preciso sobreviver em ambientes inóspitos, convém ter estaleca e estar preparado para o drama. Terceiro pormenor: na guerra, eureka, morre-se. E, claro, mata-se. Não queiram transformar as nossas forças armadas num bando de meninos do coro incapazes de suportar a dor, as privações e as consequências da profissão/actividade que escolheram. E leram bem: que escolheram.

MOSQUITO I


Já começou a saga do Mosquito.

Não sei se já repararam, mas já está a ser exibido na televisão, o anúncio do ano.

Chama-se MOSQUITO I e é um conceito desenvolvido por sua excelência, a
Secretaria Regional dos Assuntos Sociais e pela Directora do Serviço Regional de Saúde Pública.

Segundo li na Internet, o “spot” já foi nomeado pela Associação de Publicitários de Portugal, o melhor anúncio de 2005.

Calma! Existem mais novidades!
MOSQUITO I já despertou, inclusive, o interesse de alguns gurus do marketing norte-americano.

Consta que numa daquelas viagens, secretas de aviões da CIA, entre a América e a Europa, o filme foi espionado, através de um super-potente aparelho de captação de imagem. Uma espécie de, telescópio AR-TERRA, que existe a bordo dos aviões.

A obra despertou, tanto interesse, que houve um espião, maluco da CIA, que o colocou na Internet.

Agora chovem pedidos de informação, nos serviços centrais do governo, para saber mais pormenores sobre o insecto, e sobre quem teve a brilhante ideia.

A comunidade de zoologistas americana também está interessada em estudar o insecto. O ex-reitor da Universidade – Ruben Capela – é que já afirmou que tem a solução para o problema. Como nasceu em África, e viveu no Continente durante vários anos, conhece bem esta espécie de insecto.

É tudo uma questão de pormenores. Basta uns dinheiros extras, que lhe foram retirados assim que deixou o cargo de reitor, para acabar com a praga.

Nada de americanos. Ou será que o povo tem memória curta? Já não se recordam das ameaças, americanas sobre a Madeira, do início da década de 90?

27.11.05

As contradições do governo

As contradições do governo


Passou despercebido à maioria do comum dos mortais.

O Governo anda baralhado.

No dia 8 deste mês, o director do Instituto Regional de Emprego, disse num órgão de Comunicação Social, que na Madeira, o desemprego atingia 3,9% da população.

Alguns dias depois, o director, foi desmentido por outro director. Só que desta vez, o da Segurança Social. Roque Martins cifra o valor, bastante acima, daquele que é oficialmente divulgado pelo Governo. Fala em 7% da população, à procura de trabalho na Madeira.





É sempre agradável viajar de avião. Principalmente quando quando é a última viagem. Tal como a última ceia, esta também é regada com vinho. Nada mau para uma despedida.

Chegou via e-mail.