A OMS decidiu não contratar mais fumadores. A medida é ridícula e demonstrativa do novo fascismo politicamente correcto que por aí abunda. Tudo isto, claro, sem contar com o inusitado atentado aos direitos, liberdades e garantias dos seres humanos.
A interferência, da OMS, em assuntos que são do foro íntimo de cada um é evidente. E esclarecedor da idiotia que reina sobre certas cabeças iluminadas que pretendem fazer do mundo um paraíso artificial. Depois dos fumadores, virão os gordos (hambúrgueres e seus derivados), os viciados em cafeína e a geração Prozac. Depois os feios. E assim sucessivamente, até se formar uma espécie de novos arianos puro-sangue. Daí até as análises exaustivas à procura de doenças geneticamente perigosas e vírus desconhecidos será um outro pequeno passo rumo à selecção dos ilustres e distintos funcionários da OMS, uma casta apurada cientificamente. Em pouco tempo, a OMS será um conjunto de gente sã, esbelta e provavelmente muito bonita e inteligente, imune a doenças e a vícios, coisas mundanas das pessoas inferiores. Pena, para eles, que o mundo inteiro não seja igual à estética do circo que rodeia a fórmula 1 (e igual também à futura OMS): significava estar muito perto do objectivo final e que a caça às bruxas tinha de facto resultado. E ainda dizem que o fascismo morreu.