1.2.08

Com a cidade aos pés

Escrevo com Lisboa aos pés. Estou sentado junto à muralha do castelo de São Jorge e daqui vejo o Rossio, o casario da cidade pombalina, as feias torres das amoreiras e a ponte, a espaços a ponte, envolta numa cortina de névoa.

Daqui oiço a cidade. Ou as milhares de cidades que percorrem à pressa as avenidas.Que enchem o metro. Que correm para o rio. Que vagueiam loucas pelas esplanadas. Que cantam na rua. Que vivem devagar. Que correm. Que mentem. Que falam a verdade.

As cidades brancas que se fecham nos escritórios das Avenidas Novas. As cidades negras que inventam o sol nas periferias. As cidades ilegais que vagueiam a medo à volta do Teatro grande.

Daui vejo o Rossio...

Post-Scriptum: o tipo que inventou a net portátil é um génio...