Não sei se o post sobre o computador Magalhães me era dedicado, mas acuso o toque.
Para além da confusão que o blogger faz entre projectos distintos - um de Nicholas Negroponte, que tem objectivos humanistas, uma vez que pretende democratizar o acesso às TIC e outro da Intel, que apenas tem objectivos mercantilistas -, o que me revolta é o governo dos camaradas socialistas tentar deliberadamente enganar a população portuguesa, reclamando para Portugal uma autoria que não é sua.
Os amiguinhos do PS chegaram mesmo a afirmar que o PC era de concepção portuguesa, desenvolvido no âmbito do Plano Tecnológico.
Ora, isso é um embuste, é uma farsa e é uma intrujice: quem quiser - e a quem não incomodar ser enganado - poderá chamá-la de outra coisa qualquer.
Para além disso, convém distinguir os conceitos de fazer e montar. O computador não será feito em Portugal, será montado. O que faz com que ele seja de origem tão portuguesa como qualquer outra máquina de marca branca, montado às peças.
É que nem a Intel, extremamente interessada na impostura porque permitirá a venda de 500 mil máquinas, reconhece qualquer autoria lusitana.
Por outro lado, não se assuma tão depressa que o projecto e a aquisição de 500 mil PC's estão já garantidos. Porque este governo já nos mostrou que nem tudo o que anuncia corresponde à verdade. E o que hoje o sr. primeiro-ministro propagandeia com tanta solenidade, amanhã poderá ser desmentido e objecto dos mais profundos silêncios.
Mas parece que ao companheiro da blogosfera Tino não incomoda um governo impostor . A mim, ofende-me... E sem histerias!
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