28.5.09

Bando de ratos

O PS exigia (e bem) a demissão de Dias Loureiro do Conselho de Estado, atendendo às ligações pouco transparentes e as suspeitas que sobre si pendiam, decorrentes da falência do BPN. Já então, quando reivindicava o compromisso do PSD e denunciava o (alegado) silêncio da direcção social-democrata, mantinha seguros Vítor Constâncio e o presidente do Eurojust. Não via, aliás, razões para as demissões destes ilustres socialistas.
Agora, tendo Dias Loureiro apresentado a sua renúncia, por maioria de razão está obrigado o PS, se ainda lhes restar um pingo de dignidade, ética e sentido de estado, a providenciar a demissão do presidente do Banco de Portugal e de Lopes da Mota. Seria o mínimo que poderiam fazer, se sobrasse alguma decência. E isto, para não chegar ao ponto de pedir a demissão de Sócrates. Deus sabe que razões não faltam. Só que, neste momento, seria uma prenda demasiado doce para o primeiro-ministro. Que sofra as consequências da sua desgraçada política! Estranho, também, o silêncio da blogosfera socialista madeirense. Aqui há uns dias, pareciam paladinos da moralidade política. Fazendo tábua rasa dos rabos-de-palha que lhes está associado ao socialista traseiro, era vê-los, empertigados, e dando ares de gente séria, questionar o silêncio do PSD e as decisões do presidente da República. Agora, perante a demissão que exigiam, quedam-se pela mudez, que é como quem diz, andam para aí calados que nem ratos. Questão de coerência

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