10.9.09

É preciso tê-lo...Tino!

Há dias que desaTino. Ultimamente, então, acontece com frequência.
Sei que isto da blogosfera não passa de uma massagem ao ego de todos nós - em que nos julgamos muito lidos, muito queridos, muito odiados, muito comentados. Razão que me faz, constatemente, recordar que o que por aqui se escreve não passa de meia dúzia de opiniões passageiras, por vezes nem bem pensadas e, frequentemente, parcas de argumentação e fundamentação. "A espuma dos dias"... (para citar tipo da Erva Vermelha (?!), um tal de Boris Vian - para introduzir aqui um laivo intelectualóide).
Por isso, contra o meu narcisismo e vaidade, que me gritam elogios, impõe-se a razão e o discernimento: tudo isto são balelas, que se perdem na infinitude do ciberespaço.
Contudo, se tento não me levar a sério, por vezes não consigo evitar levar os outros com seriedade (sim, eu sei, é um defeito que tenho). Mesmo quando escrevem tontices mais tontas do que aquelas tontices que eu escrevo (perdoem-me a redundância, que não passa de uma tentativa falhada de criar um pleonasmo). E perco ainda mais o Tino, quando vejo o dito sem ele. Que é o que tem acontecido com muita frequência nos últimos tempos quando leio as tiradas dasaustinadas e desaTinadas, superficiais e balofas, acerca da educação, de democracia, de política (mas quem é que disse que havia Tino para a política? Quem criou essa fantasia, sem qualquer Tino?).
Hoje, voaram farpas da Madeira, que me acusaram de falar do que não sei. Frequentemente o faço. E, não obstante a tal louca e vã vaidade, tenho disso consciência. O que já é bem mais do que se pode gabar o Tino (que o tem sequestrado, pois não se vê), que para além de não saber, escreve acerca disso, como se isso desconhecesse.
Mas, apesar do meu desaTino, e porque quero manter algum (ou, pelo menos, continuar iludido de que não sendo, tenho - ser ou ter?, eis a questão), deixo aqui uma sugestão com (penso eu) algum Tino: ousarmos ler aquilo que se comenta (e nem sequer é preciso hermenêutica) ajudaria a não pensarmos ou escrevermos as tais tontices, das quais não conseguimos fugir. Que é como quem aconselha: volta lá atrás e lê o que escrevi. Repara agora nas interrogações do terceiro parágrafo. E, se não achares muito cansativo, lê mais qualquer coisinha lá para a frente. Agora, relê o que escreveste. Percebes o que tento insinuar, ou é preciso um desenho?

Posto isto, uma pergunta: porque raio isso apenas aconteceu com o PS?

2 comentários:

Anónimo disse...

le tu o que escreveste e ve se te ficou algum tino naquele que es um desatino, decifra la isso e destingue quando falas disso ou de politica, arrogancia apresentas e nao aceitas os comentarios, que democratico...

Sancho Gomes disse...

anónimo, vc estava com os copos quando escreveu? é que não se percebe peva!
se quer discutir alguma coisa comigo, identifique-se. porque não argumento com cobardes!