17.5.10

Mais um exemplo de Desportivismo à Portuguesa

Depois das duas equipas e respectivos adeptos fazerem algumas centenas de quilómetros até à Capital do Império para uma suposta Festa da Taça, eis que num exemplo de enorme desportivismo e, quiçá, empolgados por sucessos anteriores, meia-dúzia de "alegados" adeptos do desporto, "supostamente" ligados a uma equipa ausente desta guerra decidiram festejar com os adeptos dos vencedores aplaudindo-os e brindando-os com uma chuva de calhaus, seixos redondos e paralelos. A aula prática de geometria sólida presta um enorme serviço ao país, estimulando a recuperação económica de duas ou três oficinas de bate-chapas e, com sorte, contribuindo para a futura poupança de alguns dos recursos energéticos do país, já que acredito que parte daqueles adeptos (e a maioria daqueles que já achava que ver futebol nos estádios é carregar a sorte) não voltará a encher o depósito para fazer 300 ou 500 km para isto:

Quanto ao tempo de reacção da Polícia, nada a dizer, uma hora de avanço é capaz de ser adequada para tornar mais justa a caça a estes "adeptos do desporto"...

4 comentários:

Woman Once a Bird disse...

Há que realçar que o investimento em uma aula prática de geometria será certamente aplaudida por quem teoriza sobre a educação, que considera que a prática (e a utilidade imediata da aprendizagem) deve ser decisiva. Para gente inquieta o melhor é mesmo o investimento em aulas radicais (na pior e mais comum acepção do termo).

Todo este episódio apenas vem confirmar o que já se adivinhava: a acefalia não escolhe clubes.

Sancho Gomes disse...

a acefalia, efectivamente, não escolhe clubes. mas jools, vou partir do princípio que nunca te tenhas referido aos ataques às casas do Benfica e aos seus associados, naquela deslocação ao Dragão, apenas porque não tiveste tempo. porque então, passara-se coisas bem mais graves do que chapa amolgada.

Jools disse...

Não, Sancho, não os condenei nessa altura porque tu já o tinhas feito (e bem) também neste blog. Por essa razão, ou seja, porque partilho contigo a repulsa por actos semelhantes cometidos sob influência de clubite aguda (uma espécie de ciúme que não se pode confundir com paixão clubística), achei que ainda não tinhas condenado estes por manifesta falta de tempo, ausência do país ou doença (longe vá o agoiro). Assim, decidi aproveitar para me associar a ti nesta condenação ao vandalismo que, aposto, uma vez mais vai passar impune.

Quanto à tua tentativa de quantificar e comparar a gravidade do acto, nem pareces o Sancho que conheço, defensor da propriedade privada e da sua integridade (Imaginei, por breves instantes, o que dirias se os estragos tivessem sido feitos por uma qualquer turba de sindicalistas). Será isso alguma virose, sei lá, uma pontada de "benfiquite"? :)

Abraço

Sancho Gomes disse...

Jools,
comecei o comentário dizendo que a acefalia não escolhe clubes, o que significa que o meu Benfica não é excepção (e Deus sabe a quantidade de energúmenos que defendem as cores do meu clube, a começar pelo PM...).
posto isto, fizeste bem e associar-te à minha indignação.
mas claro que há diferença entre uma arruaça ocasional (ainda que provocada por imbecis) e um ataque planeado. e claro que há diferença entre chapa amolgada e pessoas agredidas. e claro que há diferença entre um ataque perpretado com a conivência dos dirigentes desportivos e um apedrejamento pontua. nenhum é legítimo e ambos são condenáveis, mas a condenação terá de ser diferente (a pena, digamos assim).
já relativamente à propriedade privada, sou defensor, sim senhor, mas não me confundas com os liberais que neste blog convivem connosco. eu sou mais para o conservador do que para o liberal. aliás, sou uma estranha mistura entre social-democracia (ao nível de modelo social e economia) e conservadorismo (ao nível dos costumes).
de resto, como é normal, o teu texto está engraçado. pena que não escrevas mais vezes.
abraço e até pá semana.