Os que viram o Brasil – Coreia do Norte já perceberam que os coreanos não serão pêra doce para ninguém. Fechados no seu meio campo labutam 90 minutos como formigas à espera do inverno rigoroso que mate o adversário. Disciplinados, não vacilam e correm como se tudo no mundo dependesse disso. E é isto o que fatalmente nos distancia: nós corremos pelo dinheiro, pela fama, pelo mediatismo; eles correm pela vida.
A vingança também estará na memória dos Coreanos. Em 66, a equipa ao regressar a casa terminou quase toda nos campos de reeducação depois de um desvario num bar inglês para comemorar a vitória sobre a Itália, antes da derrota com Portugal. A lenda diz que quase nenhum sobreviveu às condições dos campos apadrinhados pelo antes Grande Líder. Que não serão diferentes dos idealizados pelo actual Querido Líder.